O primeiro caso de AIDS identificado no Brasil foi em 1982. As taxas de infecção subiram exponencialmente ao longo da década de 1980 e, em 1990, o Banco Mundial previu 1.200.000 casos até o ano de 2000, aproximadamente o dobro do número real que mais tarde foi comunicado pelo Ministério da Saúde e pela maioria das organizações internacionais.
A experiência brasileira é frequentemente citada como um modelo para outros países em desenvolvimento que enfrentam a epidemia da AIDS, incluindo a controversa política internacional do governo brasileiro, tais como o fornecimento universal de medicamentos anti-retrovirais (ARVs), políticas sociais para grupos de risco e a colaboração com organizações não-governamentais.
No Brasil, estima-se que existam 630 mil pessoas vivendo com o HIV. De 1980 (o início da epidemia) até junho de 2009, foram registrados 217.091 óbitos em decorrência da doença. Cerca de 33 mil a 35 mil novos casos da doença são registrados todos os anos no país. A região Sudeste tem o maior percentual (59%) do total de notificações por ser a mais populosa do país, com 323.069 registros da doença. O Sul concentra 19% dos casos; o Nordeste, 12%; o Centro-Oeste, 6%; e a região Norte, 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% (4.867) registram pelo menos um caso da doença.
No 1º de dezembro foi comemorado o Dia Mundial de Combate a AIDS de número 23. A disseminação do vírus HIV, entretanto, teve início há mais de 100 anos. Em 2008, a revista científica Nature divulgou um artigo assinado por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, que relatou uma experiência feita com amostras do vírus HIV na qual se estipulou 1908 como ano do nascimento do microorganismo.
Os primeiros registros oficiais de pacientes com a doença aconteceram nos EUA, em 1981, através do Centro para Controle de Doenças. De lá pra cá, ela vitimou mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, de acordo com dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, cerca de 11 mil pessoas morrem da doença anualmente.
Apesar do número, com medidas e procedimentos que servem de referência em todo o mundo, o Brasil experimenta, mais do que nos outros países, um aumento da sobrevida e baixa mortalidade dos infectados. A tendência é a de que a AIDS seja cada vez menos encarada como um mal mortal.
Como as comunidades de favelas do Rio de Janeiro: alternativas de integração, socialização.
O preconceito faz mal à saúde
No ano passado, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, a maioria das transmissões ocorreu em relações heterossexuais. Um dois muitos fatos que serve para derrubar a tese equivocada de que os grupos de risco são compostos fundamentalmente por homossexuais, prostitutas e viciados em drogas.
Em recente pesquisa encomendada pelo Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo, constatou-se que 20% dos paulistanos ainda acreditam que apenas gays e prostitutas contraem o vírus da AIDS. "Isso mostra que as pessoas acham que não são vulneráveis ao vírus. É importante continuar investindo na ideia de que não há grupo de risco", afirma Celso Monteiro, coordenador do programa.
Mulheres: número de casos notificados de AIDS em mulheres, no Brasil, continua em progressão. Esse fato motivou a realização deste estudo que foi desenvolvido com abordagem qualitativa, tendo como referencial teórico a Antropologia Cultural e o método etnográfico para a coleta e a análise dos dados. Objetivou identificar a percepção de risco de infecção pelo HIV, de mulheres moradoras em uma favela localizada na cidade de São Paulo, Brasil. Constou de entrevistas e de observação participante do contexto. Os resultados mostraram que essas mulheres demonstram conhecimentos sobre AIDS e reconhecem as várias formas de transmissão do HIV, bem como medidas de prevenção pela via sexual. Verificou-se, também, que essas mulheres não se vêem suscetíveis à infecção pelo HIV, por meio de seus parceiros, dependendo deles para se manterem saudáveis, bem com a sua família. Essa maneira de pensar e de agir pode estar contribuindo para a heterossexualização da AIDS no país.
Se liga:
O vírus da imunodeficiência humana (VIH), também conhecido por HIV (sigla em inglês para human immunodeficiency virus), é da família dos retrovírus e o responsável pela SIDA (AIDS). Esta designação contém pelo menos duas sub-categorias de vírus, o HIV-1 e o HIV-2. No grupo HIV-1 existe uma grande variedade de subtipos designados de -A a -J. Esses dois grupos tem diferenças consideráveis, sendo o HIV-2 mais comum na África Subsaariana e bem incomum em todo o resto do mundo.
Portugal é o país da Europa com maior número de casos de HIV-2, provavelmente pelas relações que mantém com diversos países africanos. É estimado que 45% dos portadores de HIV em Lisboa tenham o vírus HIV-2.
Em 2008, a OMS estimou que existam 33,4 milhões de infectados, sendo 15,7 milhões mulheres e 2,1 milhões jovens abaixo de 15 anos. O número de novos infectados neste ano (2009) foi de 2,6 milhões. O número de mortes de pessoas com AIDS é estimado em 1,8 milhões.
Já dentro do corpo, o vírus infecta principalmente uma importante célula do sistema imunológico, designada como linfócito T CD4+ (T4).
De uma forma geral, o HIV é um retrovírus que ataca o sistema imunológico causando eventualmente a síndrome da imunodeficiência adquirida em casos não tratados.
O HIV-1 foi descoberto e identificado como causador da AIDS por Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi da França e Odete Ferreira de Portugal em 1983 no Instituto Pasteur na França. O HIV-2 foi descoberto por Odete Ferreira de Portugal em Lisboa em 1985.
Sua descoberta envolveu uma grande polêmica, pois cerca de um ano após Montagnier anunciar a descoberta do vírus, chamando-o de LAV (vírus associado à linfoadenopatia), Robert Gallo publicou a descoberta e o isolamento do HTLV-3. Posteriormente se descobriu que o vírus de Gallo era geneticamente idêntico ao de Montagnier, e que possivelmente uma amostra enviada pelo francês havia contaminado a cultura de Gallo.
O último boletim da UNAIDS projeta cerca de 33,2 milhões de pessoas que vivem com o HIV em todo o mundo no final de 2007, a maioria na África. Segundo a UNAIDS (2008), dois terços dos infectados estão na África sub-saariana.
Nos Estados Unidos, infectar voluntariamente outro indivíduo configura transmissão criminosa do HIV. Acontece o mesmo em muitos países ocidentais, inclusive no Brasil.
O vírus do HIV adaptou-se à espécie humana a partir de símios SIV.
Nas pessoas com HIV, o vírus pode ser encontrado no sangue, no esperma, nas secreções vaginais e no leite materno.
Assim, uma pessoa pode adquirir o HIV por meio de relações sexuais, sem proteção - camisinha -, com parceiros portadores do vírus, transfusões com sangue contaminado e injeções com seringas e agulhas contaminadas. Mulheres grávidas portadoras de HIV podem transmitir o vírus para o feto através da placenta, durante o parto ou até mesmo por meio da amamentação. A transmissão de doenças de mãe para filho é chamada de transmissão vertical.
Na África subsaariana, principalmente na África do Sul, por muitos anos houve um movimento contrário à existência do HIV, por parte de membros do governo, aliada a inúmeras superstições e mitos, apesar das comprovações científicas. Por isso em alguns locais dessa região a quantidade de indivíduos infectados é de mais de 35%.
Caminho para a cura
O Fundo Global contra a AIDS, Malária e Tuberculose já aplicou mais de 22 bilhões de dólares em programas de 150 países. Até 2014 o fundo não financiará mais projetos. Em decorrência da crise econômica nos países mais desenvolvidos, os investimentos acabaram sofrendo redução, com o volume de doações caindo bruscamente.Na contramão de tudo isso, uma parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o laboratório Kyolab - especializado em fitoquímica de medicamentos -, localizado em Campinas, promete revolucionar o tratamento da AIDS. Através de testes in vitro, uma planta usada na medicina tradicional contra o câncer, mostrou-se também eficaz contra o HIV.
Obs:Especialistas é testar o medicamento em macacos Rhesus antes de passar para testes em seres humanos. Se tudo correr como o previsto, dizem os cientistas, será um dos maiores avanços em muitos anos.
fonte:: Wikipédia, a enciclopédia livre/unegro-saude.
Apesar do número, com medidas e procedimentos que servem de referência em todo o mundo, o Brasil experimenta, mais do que nos outros países, um aumento da sobrevida e baixa mortalidade dos infectados. A tendência é a de que a AIDS seja cada vez menos encarada como um mal mortal.
Em recente pesquisa encomendada pelo Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo, constatou-se que 20% dos paulistanos ainda acreditam que apenas gays e prostitutas contraem o vírus da AIDS. "Isso mostra que as pessoas acham que não são vulneráveis ao vírus. É importante continuar investindo na ideia de que não há grupo de risco", afirma Celso Monteiro, coordenador do programa.
O Fundo Global contra a AIDS, Malária e Tuberculose já aplicou mais de 22 bilhões de dólares em programas de 150 países. Até 2014 o fundo não financiará mais projetos. Em decorrência da crise econômica nos países mais desenvolvidos, os investimentos acabaram sofrendo redução, com o volume de doações caindo bruscamente.Na contramão de tudo isso, uma parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o laboratório Kyolab - especializado em fitoquímica de medicamentos -, localizado em Campinas, promete revolucionar o tratamento da AIDS. Através de testes in vitro, uma planta usada na medicina tradicional contra o câncer, mostrou-se também eficaz contra o HIV.
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