UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

As inúmeras etnias países africanos e as tradições persistem, ainda que de forma tímida.

A maior parte das religiões africanas sucumbiu ao processo de colonização imposto pelos europeus. Mas em alguns países africanos, as tradições persistem, ainda que de forma tímida. 

Os europeus e os árabes impuseram à África seus costumes cristãos e islâmicos milenares. Alguns cultos afros politeístas, também milenares, ainda resistem a essa influência estrangeira, mas a maioria das religiões africanas perdeu-se ou se transformou em meio aos processos de catequização.

Vamos pegar o exemplo da Guiné Bissau, país da costa oeste africana colonizado por Portugal e que só teve a independência reconhecida em 1973. Seu território é relativamente pequeno. A Guiné Bissau abriga cerca de 30 grupos étnicos diferentes numa área menor do que a do estado do Rio de Janeiro.


Muitos desses povos são politeístas e suas celebrações eram muito ligadas a elementos da natureza e do cosmos, como o sol, a lua, a chuva e o vento.


O estudante guineense Gorki Joaquim pertence à etnia balanta, também presente em terras do Senegal e de Gâmbia. Ele pôde acompanhar de perto o declínio da tradição religiosa africana a partir da propagação das celebrações estrangeiras, inclusive o natal.


"Os povos africanos, principalmente da minha etnia, manifestam o dia de Natal, mas de uma outra forma que não é o Natal ocidental. Eles comemoram esse dia com a primeira chuva: a primeira chuva que cai na terra, eles fazem uma festa para chamar o Deus da Agricultura para que haja uma boa colheita nesse ano. Mas depois, com esse Natal ocidental, acabou que essas coisas de tradição perderam a tradição africana. Quando eu tinha nove ou 10 anos de idade, havia essa tradição da primeira chuva. Cada etnia da Guiné Bissau tem a sua tradição".


Gorki Joaquim tem hoje 28 anos e estuda sociologia na Universidade de Brasília. Como o Cristianismo lá da Guiné Bissau é o mesmo difundido em todas as ex-colônias européias espalhadas pelo mundo, Gorki não vê muita diferença entre o Natal comemorado aqui no Brasil e nas áreas urbanas de seu país.


"Natal não é uma cultura dos países periféricos. Foram os colonizadores que trouxeram o Natal. Guiné-Bissau foi colonizada por Portugal, aí a gente comemora o Natal como os brasileiros comemoram o Natal: a família tem que estar junto, convidam-se amigos para participar do Natal. É igual no Brasil: as pessoas compram roupas para as crianças, vão para o supermercado para comprar coisas para as crianças".


O quadro é o mesmo em Cabo Verde, arquipélago africano de colonização portuguesa. Quem conta é a estudante caboverdeana Denise Fernandes, que faz geografia na UnB.


"É a época que mais junta a família, porque Cabo Verde tem muitos emigrantes que, aí, aproveitam a época do Natal para ficar junto com a família e festejar o Natal em família. É bem baseado na culinária portuguesa: bacalhau, cabrito, porco."

Apesar de uma certa padronização mundial na comemoração do Natal, cada etnia ou grupo religioso africano acaba incorporando um ou outro pequeno elemento às celebrações do nascimento do filho de Deus.


Os coptas, que são os cristãos ortodoxos do Egito, fazem um jejum de carnes e laticínios nos 40 dias que antecedem o Natal. A compensação, porém, vem na ceia natalina, repleta de pão, alho, arroz, carne fervida e fata, que é um prato egípcio típico.


No Quênia, parte da população aproveita a data para visitas aos amigos ao longo do dia. Quem tem condições financeiras não deixa de oferecer bebida, pão e carne ao visitante durante o período natalino.


Já na emergente África do Sul, a ceia de Natal costuma acontecer no quintal ou no jardim de casa para espantar o calor de dezembro.



Entre os balantas da Guiné Bissau, Senegal e Gâmbia, há o costume de se criar animais durante o ano, especialmente para que sejam saboreados na ceia, como conta o guineense Gorki Joaquim.


"A única coisa diferente que tem no interior do país é essa coisa de criar animais durante seis meses. Por exemplo, o cara cria galinha ou galo durante seis meses só para preparar esse galo para o Natal. Ou preparar um cabrito para o Natal. Só para o Natal. Aí, ele é intocável. Aí, os grupos, a juventude, também faz um trabalho comunitário, juntando dinheiro e esse dinheiro vai servir, no dia de natal, para comprar algumas coisas, como óleo, arroz e algumas coisas de necessidade básica para o natal".


Mas como será o Natal dos países mergulhados em guerra civil e assolados pela fome, pela miséria e pela Aids?


Bem, nesse caso, as lembranças festivas do nascimento de Cristo, da farta ceia natalina e dos presentes de Papai Noel não passam de pura ficção.


O Natal em algumas áreas de Uganda, Etiópia, Ruanda, Eritreia, Sudão, Zimbábue, República Democrática do Congo, entre outros, depende muito das ações humanitárias e solidárias desenvolvidas por organismos internacionais.



Celebração da união e valorização dos afrodescendentes

Cada família celebra Kwanzaa da sua própria maneira, mas as celebrações geralmente incluem canções e danças ,batucada com tambores africanos, leitura de histórias e poesias e uma grande refeição tradicional. A celebração dura sete dias, iniciando no dia 26 de dezembro e encerrando no dia 1º de janeiro.
Em cada uma das sete noites, a família se reúne  ao redor  das luzes uma das velas no Kinara (castiçal) onde os princípios da Kwanzaa são discutidos. Esses princípios, chamados de Saba Nguzo (sete princípios em suaíli) são valores da cultura africana que contribuem para a construção e reforço comunidade entre afrodescendentes



NATAL AFRICANO




A CANÇÃO DOS HOMENS

"Quando uma mulher, de certa tribo da África,
sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres
e juntas rezam e meditam até que aparece a "canção da criança".

Quando nasce a criança, a comunidade se junta

e lhe cantam a sua canção.
Logo, quando a criança começa sua educação
o povo se junta e lhe cantam sua canção.

Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.

Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua

canção.


Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo,
a família e amigos aproximam-se e,igual como em seu nascimento,
cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".

"Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a

canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime
ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado
 a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor.

Então lhe cantam a sua canção".

"A tribo reconhece que a correção para as condutas
anti-sociais não é o castigo;
é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.

Quando reconhecemos nossa própria canção

já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém."
"Teus amigos conhecem a "tua canção"
e a cantam quando a esqueces.

Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes

ou as escuras imagens que mostras aos demais.
Eles recordam tua beleza quando te sentes feio;
tua totalidade quando estás quebrado;

tua inocência quando te sentes culpado

e teu propósito quando estás confuso."

Tolba Phane

Um afro abraço e boas festas!!!!
fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre/www.sanbona.com/Tati Amaro, Astrid Van Rooy e Lyvia Sayã
/www.mundonegro.com.br/www.vagalume.com.br 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...