Grande Otelo: Ator, cantor e compositor brasileiro
Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a
mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher se suicidou-se logo após matar com veneno seu filho de seis anos de idade, que era
enteado do ator.
Sebastião fugiu
com uma Companhia de teatro mambembe que passava por Uberlândia e foi adotado
pela diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo.
Mas ele fugiu de novo e, após várias entradas e saídas do Juizado de Menores, foi adotado pela família de Antonio de Queiroz, um político influente. A mulher de Queiroz, Dona Eugênia, tinha ido ao Juizado para conseguir uma ajudante na cozinha. Mas foi convencida a levar para casa o menino que sabia declamar, dançar e fazer graça.
Sebastião estudou no Colégio Sagrado Coração de Jesus, onde cursou até a terceira série ginasial. Nos anos 20, integrou a Companhia Negra de Revistas, cujo maestro era Pixinguinha. Em 1932, entrou para a Companhia Jardel Jércolis, pai de Jardel Filho e um dos pioneiros do teatro de revista. Ganhou o apelido de pequeno Otelo, mas ele preferiu "The Great Otelo". Depois traduziu para o português, virando o Grande Otelo.
O ator passou pelos palcos dos cassinos, dos grandes shows e do teatro.
Mas ele fugiu de novo e, após várias entradas e saídas do Juizado de Menores, foi adotado pela família de Antonio de Queiroz, um político influente. A mulher de Queiroz, Dona Eugênia, tinha ido ao Juizado para conseguir uma ajudante na cozinha. Mas foi convencida a levar para casa o menino que sabia declamar, dançar e fazer graça.
Sebastião estudou no Colégio Sagrado Coração de Jesus, onde cursou até a terceira série ginasial. Nos anos 20, integrou a Companhia Negra de Revistas, cujo maestro era Pixinguinha. Em 1932, entrou para a Companhia Jardel Jércolis, pai de Jardel Filho e um dos pioneiros do teatro de revista. Ganhou o apelido de pequeno Otelo, mas ele preferiu "The Great Otelo". Depois traduziu para o português, virando o Grande Otelo.
O ator passou pelos palcos dos cassinos, dos grandes shows e do teatro.
Mais foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis,
um dos pioneiros do teatro de revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de
Grande Otelo, como ficou conhecido.
Trabalhou no cinema em "Futebol e Família" (1939) e "Laranja da
China" (1940), e em 1943 fez seu primeiro filme pela Atlântida:
"Moleque Tião". Junto com Oscarito, participou de mais de dez
chanchadas como "Carnaval no Fogo", "Aviso aos Navegantes"
e "Matar ou Correr". Em 1942, participou de "It's all
true", filme realizado por Orson Welles no Brasil.
Outra tragédia viria a abalar a vida de Otelo nessa época: sua mulher matou o
filho do casal, de seis anos de idade antes de se suicidar.
Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo
a mais conhecida a com Oscarito. Depois os
produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito. No final dos anos
50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no
cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina
americana Josephine
Baker. Com o fim da dupla com Vera Regina, Otelo passaria por um
período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação
do personagens título de Macunaíma (1969), filme baseado na obra de Mário de Andrade;
sendo inesquecível a cena de seu nascimento. Como ator dramático, marcou presença em vários filmes, dentre os quais "Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia" e 'Rio, Zona Norte". Em "Fitzcarraldo" (1982), do alemão Werner Herzog, filmado na selva do Peru, Otelo precisava fazer uma cena em inglês, mas resolveu falar espanhol. Quando o filme estreou na Alemanha, aquela foi a única cena aplaudida pelo público.
Teve cinco filhos, um deles o também ator José Prata.
Em 1993, Grande Otelo morreu de enfarte ao desembarcar na França, onde receberia uma homenagem no Festival de Nantes.
Acervo de
Otelo:
Já está disponível para acesso pela web grande parte do Acervo Grande Otelo,
recebido oficialmente pela Fundação Nacional da Arte(FUNARTE) em
dezembro de 2007. O acervo de Grande Otelo encontrava-se
há vários anos em um apartamento da Tijuca, guardado em caixas
de papelão, nas quais foram descobertos manuscritos, livros de autoria do ator,
e outros com dedicatórias de amigos e personalidades reconhecidas da cultura
brasileira; letras de música compostas por ele e parcerias, discos em vinil,
fitas-cassete com os mais variados conteúdos (entrevistas, músicas e programas
apresentados pelo artista); prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas e
certificados) recebidos durante a sua carreira, roteiros de cinema, TV, teatro,
rádio, shows, partituras, correspondências, livros, monografias, poemas, fotos,
obras de arte, recortes de jornais e revistas.
O trabalho
de restauração e catalogação do material se iniciou em 2004.
O material
catalogado foi fundamental para o conteúdo do Projeto 90 anos de Grande Otelo,
fornecendo informações inéditas sobre o ator para a biografia feita pelo escritor Sérgio Cabral,
um site,
um documentário e um espetáculo teatral. Após o
término do projeto, o acervo restaurado, higienizado e digitalizado foi
entregue à Funarte oficialmente no dia 17 de
dezembro. E acesso do publico ao acervo em fevereiro de 2008.
Um afro abraço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário