A expressiva maioria das escolas de samba, principalmente as do Rio de Janeiro, possui em sua denominação a expressão "Grêmio Recreativo Escola de Samba" (representada pela sigla GRES) antes do seu nome propriamente dito. Em São Paulo é também comum a sua derivação "Grêmio Recreativo Cultural e Escola de Samba". Há exceções, como a "Sociedade" Rosas de Ouro e a tradicional"Agremiação Recreativa e Escola de Samba" Vizinha Faladeira. Essa padronização nas nomenclaturas das entidades surgiu em 1935, quando as agremiações carnavalescas cariocas foram obrigadas a tirar um alvará na Delegacia de Costumes e Diversões para poderem desfilar. O delegado titular, Dulcídio Gonçalves, decidido a dar um aspecto de maior organização aos desfiles de escolas de samba, negou-se a conceder o alvará para associações com nomes considerados esdrúxulos, razão pela qual a GRES Portela teve que mudar para o nome atual, ao invés do anterior Vai Como Pode.
Ao contrário da Rose Parade, na qual a maior parte do trabalho é feita por profissionais de elevado custo, o desfile de cada escola de samba é um trabalho totalmente da comunidade. Muito além de um grupo musical, as escolas tornaram-se associações de bairro que cobrem a problemática social das comunidades que elas representam (tais como recursos educacionais e de cuidados médicos).
Sua história:

No entanto, entre 1930 e 1932, estas apenas foram consideradas como uma variação dos blocos, até que em 1932 o Jornal Mundo Sportivo, de propriedade do jornalista Mário Filho, decidiu patrocinar o primeiro Desfile de Escolas de Samba, na Praça Onze. Na redação do jornal - que também abrigava compositores de sucesso (tais como Antônio Nássara, Armando Reis e Orestes Barbosa), surgiu a idéia de realizar a organização de um desfile carnavalesco. O jornal, inaugurado no ano anterior por Mário Filho, irmão do jornalista Nelson Rodrigues, com o término do campeonato de futebol, estava sem assunto e perdia leitores; por este motivo, o jornalista Carlos Pimentel, muito ligado ao mundo do samba, teve a idéia de realizar na Praça Onze um desfile de escolas de samba, na época ainda grafadas entre aspas.Data de 1929 o primeiro concurso de sambas, realizado na casa de Zé Espinguela, onde saiu vencedor o Conjunto Oswaldo Cruz, e do qual também participaram a Mangueira e a Deixa Falar. Alguns consideram este como sendo o marco da criação das escolas de samba
A convite do Mundo Esportivo, 19 escolas compareceram. O jornal estabeleceu critérios para o julgamento das escolas participantes. A tradicional "ala das baianas" era pré-requisito para concorrer, sendo que as escolas, todas com mais de cem componentes, deveriam apresentar sambas inéditos e não usar instrumento de sopro, entre outras exigências.
A escola vencedora foi a Estação Primeira da Mangueira, enquanto o segundo lugar coube ao grupo carnavalesco de Osvaldo Cruz, hoje Portela. O sucesso garantiu a oficialização do concurso que permaneceu na Praça Onze até 1941 Com o tempo, as escolas de samba aproveitaram muitos elementos trazidos pelos ranchos, tais como o enredo, o casal de mestre-sala e porta-bandeira e a comissão de frente, elementos aos quais Ismael Silva, ao idealizar o Deixa Falar, era contrário.
Porém, as contribuições da Deixa Falar - que nunca chegou a desfilar como escola de samba realmente - foram fundamentais para fixar as características principais das escolas atuais. Entre elas destacam-se: o gênero musical (samba moderno), o cortejo capaz de desfilar sambando, o conjunto de percussão, sem a utilização de instrumentos de sopro, e a ala das baianas.
Com a ascensão do nacionalista Getúlio Vargas, e a fundação da União Geral das Escolas de Samba, em 1934 - ainda que a marginalização do samba persistisse por algum tempo - as escolas de samba começaram a se expandir e a ganhar importância dentro do carnaval carioca, suplantando os ranchos e as sociedades carnavalescas na preferência do público, até que estes viessem a se extinguir. Não demorou muito para que as escolas de samba também se expandissem para outros estados, com a fundação em 1935 da Primeira de São Paulo, a primeira escola de samba de São Paulo. Os concursos oficiais de Escolas de Samba na capital paulista só começaram em 1950, com a vitória da Lavapés, porém antes disso já existiram outros torneios de âmbito sub-municipal e também estadual. No início dos anos 1960, com a decadência dos cordões carnavalescos em São Paulo, alguns destes grupos, como o Vai-Vai e o Camisa Verde e Branco tornaram-se também escolas de samba.
Em Porto Alegre a primeira Escola de Samba considerada " moderna" foi a Academia de Samba Praiana, que em 1961, revolucionou o desfile de Porto Alegre. Até então, existiam blocos, cordões e tribos carnavalescas. A Praiana foi a primeira escola de samba do Rio Grande do Sul a introduzir enredos, alas, baianas, mestre-sala e porta-bandeira e outras características das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Em 1952, foi criado pela primeira vez, no Rio de Janeiro, o Grupo de acesso, devido ao grande número de escolas previsto para o desfile. Naquele ano, o desfile do grupo de acesso (Grupo 2, atual Grupo RJ-1) foi realizado e teve seu julgamento, porém o desfile do grupo principal (Grupo 1, hoje Grupo Especial) realizado sob fortes chuvas, teve o julgamento anulado, motivo este de não ter havido rebaixamento, apenas ascensão das primeiras colocadas do Grupo 2.
Em 1953, a partir da fusão da UGESB com a FBES, surge a Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro,que organizaria o desfile até a criação da LIESA, liga formada pelas escolas de samba da divisão principal, que passou a ser chamada de Grupo Especial. Em 2008, foi criada, para o carnaval do ano seguinte, a LESGA, com as escolas do segundo grupo passando também a ter sua liga própria. A criação da LIESA inspirou entidades semelhantes em outras cidades, como por exemplo a LIGA-SP.

Um afro abraço.
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA...
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:a enciclopédia livre/www.suapesquisa.com/carnaval/historia
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