Em 1964, os Jogos foram disputados pela primeira vez no continente asiático. Tóquio tinha sido eleita como a sede olímpica de 1940, mas a capital japonesa desistiu em 1937, por causa do início da guerra contra a China. Em 1959, a cidade voltou vencer a eleição do Comitê Olímpico Internacional, para os Jogos de 1964.

A Negra Aida fez história no esporte.
Aida Santos foi a primeira atleta brasileira a chegar próxima de uma medalha olímpica. Em Tóquio, 1964, a carioca ficou na quarta posição no salto em altura, com 1,74m, mesmo com o pé torcido...
A atleta fez história nas Olimpíadas de Tóquio ao viajar como a única mulher da delegação brasileira. Sem técnico e sem material de competição, ela precisou de ajuda para preencher a ficha de inscrição em inglês e pegou uma sapatilha emprestada para competir no salto em altura. Surpreendeu quando conseguiu uma vaga na final e se tornou sensação ao ficar no quarto lugar, superada apenas pela romena Iolanda Balas, a australiana Michele Brown e a soviética Taisia Chenchik.
"Eu nunca esperava voltar lá no Japão, quando me chamaram para ir eu pensei comigo mesmo que tinha que ir ao cardiologista antes e levei medicamentos porque a emoção é muito forte", revelou seu desempenho na capital japonesa logo ganhou reconhecimento e Aída foi apelidada de "Leoa de Tóquio". Após as Olimpíadas de 1964, ela competiu na Cidade do México-1968, no pentatlo, modalidade em que conquistou duas medalhas de bronze nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg/67 e Cali/71.A visita ao Estádio Olímpico de Tóquio, no entanto, não trouxe apenas boas lembranças à atleta, que atualmente disputa competições de masters de vôlei. As dificuldades enfrentadas desde a viagem até os momentos de competição voltaram à cabeça de Aída dos Santos.
Como única mulher da delegação brasileira, ela fez as viagens acompanhando equipes masculinas. A ida a Tóquio foi ao lado da Seleção Brasileira de vôlei, que tinha Carlos Arhtur Nuzman na equipe, e teve uma escala em Paris. O retorno, com o time nacional de futebol, composto por amadores e comandado por Vicente Feola, técnico campeão da Copa do Mundo de 1958.
Em 2006, Aída dos Santos recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva no Prêmio Brasil Olímpico, e em 2009 foi agraciada com o Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico Internacional.
Aida teve três clubes na vida: o Fluminense
Atlético, de Niterói, onde começou, e competiu pelo Vasco e por seu clube do
coração, o Botafogo. Ela é formada em Educação Física e Pedagogia. Fez Educação
Física na UFRJ e Pedagogia na Universidade Gama Filho e foi diretora e técnica
de atletismo do Botafogo por muitos anos. Aída também foi professora de
Atletismo, Vôlei, Basquete, Natação, Ginástica e Ginástica Olímpica e Futsal na
Universidade Federal Fluminense, por onde se aposentou há 12 anos. Atualmente,
ela ainda serve ao Botafogo. Ela é benemérita, conselheira e suplente do
Conselho Fiscal do Alvinegro carioca.
Títulos
Campeã estadual, brasileira, sul-americana e
Pan-americana de salto em altura
1967 – Pan-Americano (Winninpeg-Canadá) –
medalha de bronze no pentatlo;
1964 – Olimpiadas de Tóquio – 4° lugar no salto
em altura com a marca de 1,74m, e melhor classificação olímpica do atletismo
feminino em todos os tempos).
Aída foi a única representante do atletismo
nacional e única mulher da delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio 1964. A
atleta, que também disputava provas de 100 metros rasos e lançamento de dardo,
participou sem uniforme, sem técnico, sem médico, sem sapatilha de prego.
1968 – Olimpíadas no México ficando na
22ª.colocação na prova do pentatlo
1971 – Pan-Americano (Cáli-Colombia) – medalha
de bronze no pentatlo
Foi homenageada em 1995 na inauguração da pista
de atletismo da UFF que tem o seu nome.
E em 2006 foi homenageada com o Troféu Adhemar
Ferreira da Silva, entregue anualmente a uma personalidade com importante vida
atlética.
Um afro abraço.
fonte:memoriadoesporte.org.br/www.lagartense.com.br/Agencia Lance, Wikipedia, FARJ
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