Em 1964, os Jogos foram disputados pela primeira vez no continente asiático. Tóquio tinha sido eleita como a sede olímpica de 1940, mas a capital japonesa desistiu em 1937, por causa do início da guerra contra a China. Em 1959, a cidade voltou vencer a eleição do Comitê Olímpico Internacional, para os Jogos de 1964.
Foram investidos US$ 3 bilhões na construção de complexos esportivos, na
infra-estrutura e no sistema de transporte da cidade, na época com mais de 10
milhões de habitantes. Grande parte desse valor veio da ajuda dos Estados
Unidos, ainda em dívida com os japoneses pelos danos causados durante a Segunda
Guerra.
A Negra Aida fez história no esporte.
Que há quase 50 anos, Aida Santos, marcou história no atletismo nacional? Sem
nenhum apoio, treinador, tênis e até uniforme próprio, a carioca com aproximadamente 75 anos de
idade entrou para a história , Aida teve o
melhor desempenho de uma brasileira na história dos Jogos até as Olimpíadas de
Atlanta em 1996, quando as atletas Jacqueline e Sandra conquistaram a medalha de
ouro no vôlei de praia
Aida Santos foi a primeira atleta brasileira a chegar próxima de uma medalha olímpica. Em Tóquio, 1964, a carioca ficou na quarta posição no salto em altura, com 1,74m, mesmo com o pé torcido...
A atleta fez história nas Olimpíadas de Tóquio ao viajar como a única mulher da delegação brasileira. Sem técnico e sem material de competição, ela precisou de ajuda para preencher a ficha de inscrição em inglês e pegou uma sapatilha emprestada para competir no salto em altura. Surpreendeu quando conseguiu uma vaga na final e se tornou sensação ao ficar no quarto lugar, superada apenas pela romena Iolanda Balas, a australiana Michele Brown e a soviética Taisia Chenchik.
"Eu nunca esperava voltar lá no Japão, quando me chamaram para ir eu pensei comigo mesmo que tinha que ir ao cardiologista antes e levei medicamentos porque a emoção é muito forte", revelou seu desempenho na capital japonesa logo ganhou reconhecimento e Aída foi apelidada de "Leoa de Tóquio". Após as Olimpíadas de 1964, ela competiu na Cidade do México-1968, no pentatlo, modalidade em que conquistou duas medalhas de bronze nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg/67 e Cali/71.A visita ao Estádio Olímpico de Tóquio, no entanto, não trouxe apenas boas lembranças à atleta, que atualmente disputa competições de masters de vôlei. As dificuldades enfrentadas desde a viagem até os momentos de competição voltaram à cabeça de Aída dos Santos.
Como única mulher da delegação brasileira, ela fez as viagens acompanhando equipes masculinas. A ida a Tóquio foi ao lado da Seleção Brasileira de vôlei, que tinha Carlos Arhtur Nuzman na equipe, e teve uma escala em Paris. O retorno, com o time nacional de futebol, composto por amadores e comandado por Vicente Feola, técnico campeão da Copa do Mundo de 1958.
Em 2006, Aída dos Santos recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva no Prêmio Brasil Olímpico, e em 2009 foi agraciada com o Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico Internacional.
Aida teve três clubes na vida: o Fluminense
Atlético, de Niterói, onde começou, e competiu pelo Vasco e por seu clube do
coração, o Botafogo. Ela é formada em Educação Física e Pedagogia. Fez Educação
Física na UFRJ e Pedagogia na Universidade Gama Filho e foi diretora e técnica
de atletismo do Botafogo por muitos anos. Aída também foi professora de
Atletismo, Vôlei, Basquete, Natação, Ginástica e Ginástica Olímpica e Futsal na
Universidade Federal Fluminense, por onde se aposentou há 12 anos. Atualmente,
ela ainda serve ao Botafogo. Ela é benemérita, conselheira e suplente do
Conselho Fiscal do Alvinegro carioca.
Títulos
Campeã estadual, brasileira, sul-americana e
Pan-americana de salto em altura
1967 – Pan-Americano (Winninpeg-Canadá) –
medalha de bronze no pentatlo;
1964 – Olimpiadas de Tóquio – 4° lugar no salto
em altura com a marca de 1,74m, e melhor classificação olímpica do atletismo
feminino em todos os tempos).
Aída foi a única representante do atletismo
nacional e única mulher da delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio 1964. A
atleta, que também disputava provas de 100 metros rasos e lançamento de dardo,
participou sem uniforme, sem técnico, sem médico, sem sapatilha de prego.
1968 – Olimpíadas no México ficando na
22ª.colocação na prova do pentatlo
1971 – Pan-Americano (Cáli-Colombia) – medalha
de bronze no pentatlo
Foi homenageada em 1995 na inauguração da pista
de atletismo da UFF que tem o seu nome.
E em 2006 foi homenageada com o Troféu Adhemar
Ferreira da Silva, entregue anualmente a uma personalidade com importante vida
atlética.
Um afro abraço.
fonte:memoriadoesporte.org.br/www.lagartense.com.br/Agencia Lance, Wikipedia, FARJ
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