Mistura de dança com luta, a Capoeira tem sua origem na África trazida ao Brasil pelas mãos dos escravos, como forma de defesa. Ao som ritmado e bem marcado do berimbau de barriga, caxixi, atabaque, pandeiro e reco-reco, dois participantes ensaiam coreografias sincronizadas, gingadas de perna, braços, mãos, pés, cabeça e ombros. O repertório abrange chutes e piruetas cheios de molejo,
malícia e manemolência.
Existem duas vertentes: a Capoeira de Angola e a Regional.
Mestre Pastinha é o grande precursor da primeira, e Mestre Bimba, da Regional,
diferenciada pela introdução de golpes “ligados” e “cinturados”. A chamada Roda de
Capoeira divide-se entre lutadores e instrumentistas, responsáveis pelo tom e marcação dos
capoeiristas. O berimbau é a alma da batucada, entoando e guiando o ritmo da
apresentação.
A mais popular manifestação folclórica do estado encontra
eco no mundo inteiro. A Capoeira é prática difundida por todos os cantos; atraente
para os “gringos” e dominada com maestria pelo baiano. A manifestação é mais forte em
Salvador, Cachoeira, Mata de São João, Santo Amaro, São Félix, Feira de Santana,
Maragojipe e Nazaré.
Origens da Capoeira
Diferente do que muitos imaginam, os negros não
aceitaram pacificamente o cativeiro. A história está repleta de exemplos,
como a Revolta dos Malês e das várias rebeliões registradas ao longo do
século XIX, principalmente na Bahia. A Capoeira é um dos símbolos da
resistência do povo africano. Não se conseguiu ainda comprovar
cientificamente a sua origem no Brasil., provavelmente, a luta tem suas
raízes na luta que os escravos de origem banto trouxeram para o Brasil.
Eles habitavam a região da África Austral, hoje Angola. Desenvolvida e
aperfeiçoada como forma de defesa nos quilombos - comunidades organizadas
pelos negros fugitivos, em locais de difícil acesso-, a Capoeira foi sendo
ensinada aos cativos pelos escravos fugidos, que eram capturados e retornavam
aos engenhos.
Como os senhores de engenho proibiam os escravos de
praticar qualquer tipo de luta, os movimentos da Capoeira foram adaptados com cânticos e
músicas africanas, para ser confundida com uma dança. Como o candomblé, que era
cercado de mistérios, a Capoeira constituiu-se em uma forma de resistência
cultural e física dos escravos brasileiros. A prática da Capoeira ocorria em terreiros
próximos às senzalas e tinha como funções principais a manutenção da cultura e da saúde
física, além de alívio do estresse do trabalho. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com
pequenos arbustos,chamados na época de capoeira ou capoeirão. Por isso, a
luta recebeu este nome.
Assim, já no início do século XVI, milhares de africanos
foram desembarcados em terras brasileiras. Com eles, a história do país
ganhou alterações. Inicialmente foram mão-de-obra nos canaviais e depois na
mineração e em outras atividades produtivas. Foram trazidos contra sua
vontade mas, naturalmente, trouxeram sua cultura, sua vivência e, com ela, a
semente da liberdade que nunca morreu, mesmo na terra marcada pelos horrores
da escravidão.
É claro que essa cultura não estava nas escolas, nos
livros nem nos museus. Mas era guardada no corpo, na mente, na vivência
histórica do povo e transmitida há séculos através das gerações.
Manifestava-se por intermédio da música, da dança, da comida, da filosofia e
da religião. Basta recorrer à história do Brasil e encontraremos, a partir do
século XVI, a cultura negra presente com o seu vasto conjunto de expressões.
A origem do termo, que a maioria dos etnólogos acredita
que seja originário do tupiguarani, “caa” significa mato e “puera” que foi
mato. Diziam que quando o negro fugia ele ia para o mato, para a “capoeira”.
Estima-se que a capoeira surgiu por volta de 1600, mas não se sabe ao certo
se foi nas senzalas ou nos quilombos.
Nas senzalas, era praticada nos momentos de folga e para
os senhores não desconfiarem de que aquilo era um combate, aliaram aos
golpes, a ginga e a música. Nas fugas para o quilombo, a capoeira foi
muito útil para os escravos nas lutas contra os capitães-do-mato e capatazes.
Os negros ficavam escondidos na mata, e quando os capitães chegavam,
esperavam a hora certa para atacá-los. Nas batalhas para a destruição dos
quilombos a capoeira também foi de grande valia para os negros.
A Capoeira Regional ganhou o mundo
A Resistência
Nenhum povo vive eternamente sob o jogo da escravidão sem
se revoltar. Com o negro no Brasil não foi diferente. Suas primeiras reações
contra o cativeiro foram as fugas e as revoltas individuais e desorganizadas.
Com o tempo, sentiu a necessidade de organizar sua resistência contra o
opressor e passou a planejar as fugas e a pensar as formas de luta que
travaria para se libertar. Também entendeu que precisava de refugios seguros,
longe ds fazendas, da polícia e capangas do branco escravocrata.
O Corpo Como Arma
Para realizar as fugas, o negro entendeu que precisava
lutar. Não tinha acesso a armas nem a qualquer outro recurso de guerra. Tinha
apenas seu corpo e a vontade férrea de se ver em liberdade. Havia
trazido da África lembrança de jogos e "dança das zebras",
disputa festiva pelo amor de uma mulher. O próprio trabalho pesado dotava-lhe
de força os músculos. Era preciso juntar e canalizar essa agilidade e força
para a luta. A observação do comportamento de alguns animais brasileiros,
particularmente o lagarto, a cobra e a onça, que atacam e defendem-se com
destreza, ajudou na formação de um conjunto de movimentos que reuniu, então,
a agilidade, a técnica e a força.Começaram a ser ensaiadas, inicialmente, as
rasteiras, os pulos, as cabeçadas que iriam se desenvolver muito mais
posteriormente.
O Nome
Tornou-se necessário praticar, treinar e organizar os
movimentos conhecidos em forma de luta. Para isso era necessário afastar-se
das vistas dos feitores e guardas das fazendas, engenhos e minas. Mais uma
vez o negro encontrou na natureza esse apoio. Entrava nos matos próximos às
senzalas para se esconder e se preparar para a luta. Escolhia o mato com
poucas árvores e de ramagem baixa. Essa vegetação leva o nome indígena
de "capoeira". Esse termo passou a designar também a forma de
lutar e de adestrar o corpo utilizada pelo negro para enfrentar seus
opressores: a Capoeira. Arte - Dança - Música - Instrumento... Louvo
aqui meu berinbau mestre eterno de todo capoeira na Senzala ele avisava
da chegada do feitoe Berimbau ê ô a chegada do feitor... Mas, nem sempre
era possível afastar-se para o mato para o ensaio da luta. Como o negro nunca
deixou de praticar sua cultura, era comum, durante o período da escravidão,
que se juntassem grupos de homens e mulheres para a cantoria, para a dança e
mesmo para o culto aos orixás que também são saudados com ritmos e cantos.
Como a Capoeira nasceu conjugado movimentos de danças, os encontros festivos
ou místicos passaram também a ser mais uma oportunidade para a sua prática,
já que esses encontros, principalmente os festivos, não eram reprimidos pelos
donos de escravos. Assim a Capoeira ganhou o acompanhamento de cantos e
ritmos que acabaram incorporados eram os disponíveis e já conhecidos pelo
negro com destaque para o berimbau, o atabaque e o agogô. Mas foi o berimbau
que ficou como uma espécie de símbolo da Capoeira já que o atabaque e o agogô
integram a mitologia africana chegando mesmo, no caso do atabaque, a ser
reverenciado como uma divindade. Desta forma, o berimbau, considerado o
mestre dos mestres na Capoeira, ganhou importância nas lutas pelas suas
possibilidades rítmicas e sonoras. Ganhou a função de comandar o jogo da
capoeira com seus diferentes toques. Então, ao som dos instrumentos, palmas e
cantorias, o negro recriava o seu universo cultural, cultivava o seu
misticismo, alegrava-se ou lamentava-se e ainda se preparava para a luta.Os
feitores e capatazes passavam ao lado da festança e acreditam ser apenas um
encontro para a "dança de Angola", que recebia esse nome
em função da nação africana que mais cedeu negros para o tráfico de escravos.
Afastando-se os feitores, intensificava-se o treinamento e o negro
aparelhava-se cada vez mais para lutar. Mesmo que um feitor parasse e ficasse
admirando a dança, dificilmente compreenderia que aqueles movimentos,
executados com leveza dos felinos e com a plástica de um bailarino, pudesse
trazer, no seu conjunto, poderosos golpes desequilibrantes, traumatizantes e
rápidos como o bote da temível cascavel.
As Fugas e os Quilombos
Mas a escrevidão continuava, o sangue do negro molhava as
terras do Brasil ao mesmo tempo que sua força-de-trabalho movia a economia da
então colônia portuguesa. Mas o negro não aceitava a condição de escravo nem
os métodos desumanos da escravidão. Lutava, fugia, procurava ganhar forças
junto a outros setores da comunidade, sensibilizava os chamados
abolicionistas.Em suas fugas utilizava-se da Capoeira para o enfrentamento
com os seus opositores. Embrenhava-se no mato, procurava um lugar onde a
água fosse boa e a terra generosa e que fosse de difícil acesso aos chamados "capitães-do-mato",
homens encarregados de recapturar os negros fugitivos. Essas localidades, que
agregavam geralmente um significativo número de homens e mulheres negros,
ficaram conhecidos como "quilombos" e seus moradores como"quilombolas".
O mais famoso e importante quilombo da história brasileira
foi o quilombo de Palmares, que surgiu no início do século XVII onde hoje se
situa o atual Estado de Alagoas.
Esse quilombo ganhou importância pela sua organização
interna, sua capacidade de resistência na guerra contra os escravocratas e
pela eficiência de seus integrantes na produção de alimentos, roupas e
posteriormente armas. Palmares resistiu a quase um século as agressões dos
brancos.
Todo quilombo possuía um líder, o Ganga Zumba que, por sua
vez obedecia a um líder maior, com influencias em vários outros quilombos,
chamado Zumbi, um misto de homem-guerreiro e de
deus da guerra. O mais famoso foi justamente o lendário Zumbi dos Palmares,
hoje símbolo da toda luta e resistência contra todas as formas de injustiça e
de opressão. Zumbi dos Palmares comandou os guerreiros de Palmares nos
últimos anos de existência daquele quilombo.
Estrategista habilidoso, guerreiro imbatível, instituiu a
Capoeira no adestramento de seus homens. Palmares foi destruído em 1694 pelo
bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. Zumbi conseguiu escapar vivo, mas
tempos depois foi traído. Preso, foi decapitado e sua cabeça viajou
quilômetros para assustar, intimidar os negros. Não adiantou. Os negros
julgavam Zumbi imortal e a luta continuou...
Abolição e as Dificuldades-
Em 1888 ocorreu "Abolição da
Escravatura". O mínino que se pode dizer é que a capoeira desempenhou
importante papel para apressar o fim da escravidão instituída. Foi luta, foi
resistência, foi instrumento que apavora os opressores. Reunidos em grupos,
os negros formavam as famosas "maltas", conjunto de
capoeiristas temíveis que investiam contra fazendas e engenhos para libertar
outros negros. A capoeira convenceu, pelo medo, aqueles que insistiam em ver
na escravidão vantagens econômicas, que o melhor seria a abolição.
Mas os problemas dos negros não terminam com a assinatura
da Lei Áurea. A falta de trabalho, o difícil acesso à educação e mesmo a
exploração dos que conseguiam alguma forma de emprego continuam existindo e
marcam nossa história até os dias de hoje.
Os capoeiristas, após a abolição, encontraram mais uma vez
na capoeira meio de sustento e instrumento de educação de seus filhos e
apadrinhados. Faziam exibições públicas, participavam de apostas e desafios
nos quais sempre se podia ganhar algum dinheiro. Continuou também como uma
arma de defesa de uma camada social explorada e discriminada. Por outro
lado, foi impossível barrar o surgimento de grupos que colocavam a capoeira a
serviço de grã-finos e de políticos inescrupulosos que sabiam muito bem usar
o povo contra o próprio povo. As Maltas menos esclarecidas eram utilizadas
para desmanchar comícios, perseguir adversários políticos e desmanchar
reuniões públicas. Consta até mesmo que, aproveitando-se da ilusão de que a princesa
Isabel era protetora dos negros, os monarquistas criaram grupos de
capoeiristas que atacavam os republicanos.
- A Proibição
Perseguida a ferro e fogo durante a escravidão, a capoeira
continuou sendo alvo dos poderosos mesmo após a abolição. Agora era com leis
que tentavam dar-lhe um fim. O código penal de 1890, criado e imposto durante
o governo de Deodoro da Fonseca, proibiu a prática da capoeira em todo o
território nacional. O código foi reforçado com decretos que especificavam
penas pesadas contra capoeiristas. A perseguição oficial somava-se o ódio de
alguns chefes, chefetes e vassalos da polícia que tentaram, então, exterminar
por completo a capoeira. O motivo só pode ser aquilo que ela traz na sua
essência:
A Liberdade.
E foi em nome da liberdade, agora não somente para o negro
mas para a capoeira como um todo, que a luta continuou. E mesmo sob o ferro
da repressão, grandes nomes de capoeiristas célebres passaram para a história
como Nascimento Grande, Manduca da Praia, Natividade, Pedro Cobra e Besouro
Magangá, entre outros. Mas é o nome desse último, Besouro nasceu na Bahia e
ganhou esse nome devido à lenda que o cerca, atribuindo-lhe a capacidade de
se transformar em inseto e fugir voando quando cercado por muitos homens
armados. Sem usar armas, o famoso capoeira, bateu-se a vida toda contra a
injustiça. Defendeu trabalhadores contra patrões desonestos, investiu inúmeras
vezes contra a polícia para defender inocentes. Perseguido, nunca deixou-se
prender. Nem as balas conseguiram acabar com ele. Foi vítima de uma arma mais
poderosa: A Traição. Seu nome é glória na capoeira e símbolo de todo aquele
que combate a injustiça e a desigualdade.. Mesmo com toda perseguição, a Capoeira não foi extinta.
Nos terreiros, nos quintais, no mato, ela continuou sendo transmitida de pai
para filho, de amigo para amigo, de camarada a camarada. Continuou inclusive
seu aperfeiçoamento, sua capacidade de dotar o corpo de condições perfeitas
para todo o tipo de enfrentamentos. Sobreviveu aos diversos períodos
ditatoriais pelos quais passou a República no Brasil.
Em 1932, no Governo de Getúlio Vargas, o país enfrenta mais
uma de suas inúmeras crises. Getúlio Vargas, político esperto, trata de
agradar o povo com medo de sua possível revolta organizada. Sabia que a
Capoeira estava latente no seio do povo e mandou que a liberassem. Impôs,
porém, a condição de que ela fosse praticada apenas como folquedo, como "folclore",
e que perdesse, assim, sua condição de cultura popular, de elemento utilizado
pelo povo.
Da Angola Surge a Regional
Foi após a liberação que a história de Capoeira sofre uma
profunda divisão. Continuou sendo praticada nas suas origens, ainda com o
nome de Capoeira de Angola mas perdia
terrenos para outras formas e costumes que visavam atender a interesses
econômicos, como o turismo, e interresses políticos para agradar autoridade
plantão. Um nome que lutou a vida toda para preservação da Capoeira, como
cultura popular, como herança histórica foi Mestre Pastinha- Vicente Ferreira
Pastinha, chamado Mestre dos Mestres na Capoeira. Para Pastinha, a Capoeira
era muito mais que luta, que esporte, era filosifia de vida. A grande marca da Capoeira de Angola é o seu apego à
intuição, à capacidade do corpo de responder as necessidades, cultiva mais
que a força, o reflexo e a malícia. Caracteriza-se muito mais pela defesa do
que pelo ataque e perspicácia em perceber o melhor momento para os golpes
fatais. Essas características dotam-lhe de grande beleza plástica e nas
rodas, os movimentos parecem ocorrer em câmera lenta. Isso deu ao Mestre Pastinha
a condição de ser chamado de "O Poeta da Capoeira".
Outro nome a respeito e importância dentro da Capoeira foi
o Mestre Bimba - Manoel dos
Reis Machado, baiano, criador da Capoeira Regional. Bimba aprendeu
capoeira com um negro africano. Seu primeiro contato foi com a Capoeira de Angola.
Tendo sido um excelente aluno, tornou-se rapidamente um exímio capoeirista.
Preocupou-se com o aperfeiçoamento técnico da capoeira e foi o primeiro a
tentar sistematizar uma linha para o aprendizado da luta. Passou a estudar os
movimentos do corpo na capoeira, seu equilíbrio e a velocidade que precisavam
atingir. Tomou contato com outras lutas, observou novamente as danças
brasileiras. Juntou tudo isso e formou um mátodo de ensino no qual, antes de
conhecer a capoeira propriamente, o aluno passa por uma série de exercícios
físicos que lhe darão condições de jogo, e luta. Bimba foi absorvido, em
grande parte, pelas idéias de transformar a capoeira em puro Esporte Nacional,
sem associá-la a sua Essência História mas, nem por isso, deixou de prestar
um grande serviço à Capoeira. Sua preocupação maior foi a de permitir que
qualquer um, branco, negro, forte ou fraco, tivesse acesso ao aprendizado da
Capoeira.
Pensando assim, em 1937 Bimba fundou sua famosa academia
agora com todo um método de ensino. Não havia mais o improviso, nem o peso da
intuição e da malícia. Com Bimba a Capoeira precisava ser treinada
exaustivamente e o condicionamento físico passou a ser mais importante que a
malícia e o reflexo. Com a incorporação de elementos de outras lutas, os golpes
de ataque passaram a ter mais presença e importância do que os de defesa, a
força ganhou mais destaque que a manha e a astúcia. Muitos dizem que a
Capoeira Regional empobreceu a Capoeira, mas talvez esta não tivesse
sobrevivido às perseguições se não fossem as inovações concluídas por Mestre
Bimba. E nunca poderá ser negado que a Regional é uma evolução da Capoeira de
Angola. E a Capoeira está viva. Filho de um campeão de Batuque, uma espécia de
luta-livre comum na Bahia durante o século XIX, Mestre Bimba, depois de
conhecer a Capoeira Angola, achava que o esporte precisava de uma nova
roupagem e se adaptar às técnicas das outras lutas que surgiam mundo afora.
Assim, Mestre Bimba criou a Capoeira Regional,
uma luta rápida, disciplinada e muito mais técnica do que a Capoeira Angola. Para desenvolver o estilo, Mestre Bimba buscou em outras
artes marciais, principalmente no Batuque, alguns dos movimentos para a nova
Capoeira que surgia. A Regional foi a responsável por popularizar a Capoeira
mundialmente. O nome de Mestre Bimba é conhecido em mais de 70 países hoje.
Acredita-se que cerca de 11 golpes da sequência básica
desenvolvida por Mestre Bimba podem ser fatais.
Mas a violência nunca foi a intenção do mestre. Baseado na
disciplina, na integração entre corpo e mente e na adoção de hábitos
saudáveis, Mestre Bimba desenvolveu um método de ensino dos mais rígidos.
Seus alunos eram proibidos de beber, fumar, brigar e deveriam treinar os movimentos
básicos da Capoeira todos os dias.
Graças a tudo isso, a cada ano a Capoeira ganha mais
adeptos, que são atraídos pelo ritmo, pela cultura e pela garantia de
fortalecimento do corpo. Após 500 anos, seu valor como arte marcial foi
finalmente reconhecido.
Hoje, por exemplo, cresce o número de lutadores
profissionais que, juntamente aos outros praticantes do esporte, sabem que a
Capoeira é muito mais do que só uma dancinha.
BREVE RESUMO DA LEI 10.639/03
Objetivos:
Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e africanas
não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma
questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes
comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O objetivo principal para
inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes,
posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial,
tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos
direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana,
como outras que direta ou indiretamente contribuíram ( contribuem) para a
formação da identidade cultural brasileira.
A lei 10639/03 visa fazer um resgate histórico para que as
pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a
sua própria história.
Desse modo, prevê ainda trabalhar o conhecimento da
historia e cultura da África a partir do processo de escravidão, bem como
conceitos sócio-político-históricos baseados no estudo da mesma como
produtora de temáticas diversas: filosofia, medicina, matemática, dentre
outras.
Contudo, na tentativa de amenizar os preconceitos em sala
de aula propõe-se que não sejam abordados nas escolas certos temas como:
raça, racismo, etnia, etnocentrismo, discriminação racial, etc.
Um afro abraço.
fonte: historia.blogspot.com/portaldoprofessor.mec.gov.br/www.bahia.com.br
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eu queria propor um negócio a vcs
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