A data faz referência ao aniversario de morte do lider negro Zumbi dos Palmares.
Feriado em algumas capitais como Rio de Janeiro em São Paulo, celebra-se no próximo 20 de novembro o dia da Consciência Negra. A data foi escolhida em 1995 por ocasião dos 300 anos na morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola morto por bandeirantes e tido como mártir dos abolicionistas. Por mais que sua imagem esteja diretamente associada ao Quilombo dos Palmares, Zumbi não participou da fundação comunidade auto-sustentável formada por escravos fugidos dos canaviais brasileiros.
A palavra quilombo tem origem nos termos "kilombo" ou "ochilombo", da língua falada ainda hoje por diversos povos Bantos que habitam a região de Angola. Originalmente, a palavra designava apenas um acampamento utilizado por populações nômades ou em deslocamento.
Os quilombos eram povoados de resistência e seguiam os moldes organizacionais da república. Entretanto, alguns historiadores defendem que muitos quilombos, inclusive o de Palmares apresentava uma certa hierarquia monárquica, semelhante ao modelo tribal de muitos povos africanos.
O quilombo dos Palmares localizava-se na Serra da Barriga, no Estado de Alagoas. Estima-se que tenha sido fundado 1580, por escravos fugitivos de engenhos das Capitanias de Pernambuco e da Bahia. Formado por inúmeras vilas ou mocambos - espécies de cidades cercadas, como as da idade média - o quilombo dos Palmares chegou a ter cerca de 20 mil habitantes.
Zumbi nasceu livre, mas foi capturado e entregue a um padre católico logo que atingiu sete anos de idade. Foi batizado e recebeu o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e muitos conceitos da religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, quando completou 15 anos abandonou tudo e voltou a viver no quilombo.
No ano de 1675, o quilombo foi atacado por soldados portugueses e Zumbi, ajudando na defesa, destacou-se como um grande guerreiro. Após uma batalha sangrenta, os soldados foram obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Passados três anos dessa batalha, o governador da província de Pernambuco procura o líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.
Em 1680, Zumbi torna-se líder do quilombo comandando a resistência contra as tropas do governo. No período de sua liderança a comunidade cresce e ganha força, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi demonstra habilidade no planejamento e organização do quilombo. O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.
Hoje:
O dia da Consciência Negra também põe em pauta a importância de discutir a temática negra na escola. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença desse grupo na história do Brasil - os negros correspondem a 6,8% da população brasileira segundo o IBGE, mas os chamados "pardos" chegam a um número próximo da metade da população brasileira. Não à toa, escolas e instituições diversas já reconhecem a importância de trabalhar a cultura negra em seu dia a dia.
A lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito escolar. "A sociedade em que vivemos valoriza outro estereótipo, o que resulta na invisibilização do negro. Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica Roseli, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural nos PCNs. "A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", conclui. Estratégias simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo para reforçar aidentificação cultural dos alunos negros. "Revelar a África pela própria visão africana também surte efeito.
Se liga:
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições da população negra nas áreas social, econômica e politico.
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições da população negra nas áreas social, econômica e politico.
Um afro abraço.
Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, Zumbi lutou pela liberdade de culto e pratica da cultura africana no Brasil Colonial.
Fonte: www.brasilescola.com/www.suapesquisa.com/educarparacrescer.abril.com.br

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