Dia Nacional da Consciência Negra.
Há ainda aqueles que rejeitam as teses que localizam o samba como
patrimônio cultural negro, expropriado pelos brancos e transformado em
artigo de consumo. O certo é que sempre que se ressalta a importância
política do samba e da música popular em geral, os ícones são muito mais
brancos do que negros. Dos anos 60, por exemplo, guarda-se muito mais a
memória dos festivais televisivos, com as presenças de Chico Buarque,
Caetano Veloso e Edu Lobo, do que dos shows do Rosa de Ouro, em que
Hermínio Bello de Carvalho reunia Clementina de Jesus, Elton Medeiros e
Paulinho da Viola.
O imaginário nacional reproduzido nas salas de aula acaba sendo pautado pelos mesmos lapsos, tanto de alunos quanto de adultos. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, onde a segregação sempre foi mais demarcada, inclusive nos espaços físicos das cidades, no Brasil o preconceito é mais velado e sinuoso. Suas mazelas, porém, começam cedo. Desde a primeira infância, a criança é exposta quase que unilateralmente à literatura infantil de referência europeia. Nos contos de fadas mais populares não existem princesas ou heróis negros.
Combate à ideologia do fracasso
Embora o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira seja obrigatório, não há, de forma efetiva, cursos de formação e preparação de docentes para que trabalhem esses conteúdos a partir do currículo, em especial nas disciplinas de história, língua portuguesa e artes. "A maioria se diz despreparada para abordar a temática étnico-racial porque nunca teve isso na vida", diz Malachias.
Reconhecer o histórico de racismo e preconceito e estabelecer uma relação afetuosa e democrática de orientação não é tão simples. "Embora não se possa apontar elementos que identifiquem professores racistas, é possível identificar práticas racistas.
Possibilidades:
Como possibilidade de alterar esse cotidiano é interessante apontar que o movimento negro tem exercitado diferentes práticas educativas e proposto pedagogias que trazem elementos para a reversão de aspectos naturalizados no ensino. A pedagogia interétnica, desenvolvida no final da década de 70, em Salvador (BA), por exemplo, tem como objetivo fundamental o estudo e a pesquisa do etnocentrismo, do preconceito racial e do racismo transmitidos pelo processo de socialização ou educacional - família, comunicação, escola, sociedade global e meios de comunicação -, além de indicar medidas educativas para combater os referidos fenômenos, utilizando a história, a psicologia e a sociologia como elementos estratégicos.
Ainda e grande a necessidade de apresentar e destacar nossa referencias negras em tod@s as áreas...sendo assim dois grandes atletas negros: João do Pulo e Daiane dos Santos:
O imaginário nacional reproduzido nas salas de aula acaba sendo pautado pelos mesmos lapsos, tanto de alunos quanto de adultos. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, onde a segregação sempre foi mais demarcada, inclusive nos espaços físicos das cidades, no Brasil o preconceito é mais velado e sinuoso. Suas mazelas, porém, começam cedo. Desde a primeira infância, a criança é exposta quase que unilateralmente à literatura infantil de referência europeia. Nos contos de fadas mais populares não existem princesas ou heróis negros.
Combate à ideologia do fracasso
Embora o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira seja obrigatório, não há, de forma efetiva, cursos de formação e preparação de docentes para que trabalhem esses conteúdos a partir do currículo, em especial nas disciplinas de história, língua portuguesa e artes. "A maioria se diz despreparada para abordar a temática étnico-racial porque nunca teve isso na vida", diz Malachias.
Reconhecer o histórico de racismo e preconceito e estabelecer uma relação afetuosa e democrática de orientação não é tão simples. "Embora não se possa apontar elementos que identifiquem professores racistas, é possível identificar práticas racistas.
Possibilidades:
Como possibilidade de alterar esse cotidiano é interessante apontar que o movimento negro tem exercitado diferentes práticas educativas e proposto pedagogias que trazem elementos para a reversão de aspectos naturalizados no ensino. A pedagogia interétnica, desenvolvida no final da década de 70, em Salvador (BA), por exemplo, tem como objetivo fundamental o estudo e a pesquisa do etnocentrismo, do preconceito racial e do racismo transmitidos pelo processo de socialização ou educacional - família, comunicação, escola, sociedade global e meios de comunicação -, além de indicar medidas educativas para combater os referidos fenômenos, utilizando a história, a psicologia e a sociologia como elementos estratégicos.
Ainda e grande a necessidade de apresentar e destacar nossa referencias negras em tod@s as áreas...sendo assim dois grandes atletas negros: João do Pulo e Daiane dos Santos:
João do Pulo -
A 28 de maio de 1954, nascia em Pindamonhangaba
João Carlos de Oliveira. Negro, franzino e de família pobre, entrou no exército, aos quinze anos de idade. Dois anos
depois, começou a treinar atletismo, ainda no exército. A idade é
considerada avançada para o início da carreira de um atleta, mas o
talento e a determinação de João o fizeram superar esse obstáculo.
Quando contava dezenove aniversários, começou a espantar o mundo. O ano
era 1973, e o rapaz começou a contabilizar glória atrás de glória. No
mesmo ano, foi campeão paulista, do Troféu Brasil e do Sul-Americano
juvenil (em Assunção, no Paraguai). Sua especialidade era o salto
triplo. Seu salto na capital paraguaia foi de incríveis 14,75 metros:
tratava-se do recorde mundial júnior. Nessa época, ele treinava no São
Paulo Futebol Clube e no Esporte Clube Pinheiros (foi o primeiro atleta
negro da história do Pinheiros).
Em 1975, já na categoria adulta, João assombrou o mundo com um salto espetacular no Pan-Americano da Cidade do México. Escrevi "salto" mas já me corrijo: foi um autêntico vôo. Ao aterrissar na caixa de areia, ele consumou o milagre: 17 metros e 89 centímetros! "Tão espantoso quanto correr os 100 metros em 9 segundos", disse um especialista na época. Naquela saudosa tarde de 15 de outubro, João Carlos de Oliveira ganhou o apelido histórico: João do Pulo. O recorde anterior pertencia ao então bicampeão olímpico, o mítico atleta soviético Viktor Danilovich Saneyev,
e foi superado em espetaculares 45 centímetros. Vale ressaltar que João
do Pulo também conquistou o ouro no salto em distância, nesse mesmo
Pan.
No ano seguinte, João do Pulo foi ao
Canadá para tentar ser campeão olímpico. Mas não alcançou o feito: ficou
com o bronze de Montreal, pois seu salto de 16,90m foi superado por
Saneyev (que conquistou o tri) e pelo americano James Butts.
Porém, seu recorde mundial continuou intacto. Em 1979, veio o duplo
bicampeonato nos Jogos Pan-Americanos de Porto Rico: ouro no salto
triplo e no salto em distância.
Em 1980,
vieram as Olimpíadas de Moscou. João do Pulo vivia o auge de sua
carreira, e era o grande favorito ao ouro do salto triplo. Seus
principais concorrentes seriam dois soviéticos: o já citado Saneyev e Jaak Uudmäe.
Os Jogos Olímpicos desse ano ficaram marcados pelo boicote
norte-americano, e também por arbitragens suspeitas, que sempre
favoreciam os donos da casa. Os fiscais do salto triplo não fugiram à
regra: anularam nove dos onze saltos de João do Pulo. Um deles, mal
anulado, seria o novo recorde mundial, e garantiria a medalha de ouro ao
atleta brasileiro. Uudmäe conquistou o ouro, Saneyev a prata, e João do
Pulo ficou de novo com o bronze. Sua merecida conquista olímpica teve
que ser adiada para 1984, em Los Angeles.
Porém,
em 22/12/1981 aconteceu a tragédia: gravíssimo acidente de carro na Via
Anhangüera, em São Paulo. Onze meses de batalha no hospital, e a
amputação da perna direita do recordista, 10 centímetros abaixo do
joelho. O mundo chorava o fim da carreira de um dos maiores atletas de
todos os tempos.
Em 16/06/1985, o americano Willie Banks bateu o recorde mundial de João do Pulo, saltando 8 centímetros a mais que o brasileiro (17,97m).
Em 20/05/2007, mais
de trinta anos após a marca de João do Pulo, seu recorde brasileiro e
sul-americano foi superado em 1 centímetro por Jadel Gregório (17,90m).
A marca de 17,89m obtida em 1975 é tão espetacular que, até hoje,
somente sete atletas a superaram na história. Dentre os recordes
mundiais do atletismo, o do salto triplo é o que menos evoluiu de 1975
até hoje. Este fato demonstra o quão fantástica foi a marca de João do
Pulo.
Aldir Blanc e João Bosco, dois craques da música brasileira, o homenagearam com a canção "João do Pulo". João do Pulo mereceu. Ou melhor: João do Pulo merece, porque João do Pulo é eterno.
A 28 de maio de 1954, nascia em Pindamonhangaba
João Carlos de Oliveira. Negro, franzino e de família pobre, o menino se
viu obrigado a entrar no exército, aos quinze anos de idade. Dois anos
depois, começou a treinar atletismo, ainda no exército. A idade é
considerada avançada para o início da carreira de um atleta, mas o
talento e a determinação de João o fizeram superar esse obstáculo.
Quando contava dezenove aniversários, começou a espantar o mundo. O ano
era 1973, e o rapaz começou a contabilizar glória atrás de glória. No
mesmo ano, foi campeão paulista, do Troféu Brasil e do Sul-Americano
juvenil (em Assunção, no Paraguai). Sua especialidade era o salto
triplo. Seu salto na capital paraguaia foi de incríveis 14,75 metros:
tratava-se do recorde mundial júnior. Nessa época, ele treinava no São
Paulo Futebol Clube e no Esporte Clube Pinheiros (foi o primeiro atleta
negro da história do Pinheiros).
Em 1975, já na categoria adulta, João assombrou o mundo com um salto espetacular no Pan-Americano da Cidade do México. Escrevi "salto" mas já me corrijo: foi um autêntico vôo. Ao aterrissar na caixa de areia, ele consumou o milagre: 17 metros e 89 centímetros! "Tão espantoso quanto correr os 100 metros em 9 segundos", disse um especialista na época. Naquela saudosa tarde de 15 de outubro, João Carlos de Oliveira ganhou o apelido histórico: João do Pulo. O recorde anterior pertencia ao então bicampeão olímpico, o mítico atleta soviético Viktor Danilovich Saneyev,
e foi superado em espetaculares 45 centímetros. Vale ressaltar que João
do Pulo também conquistou o ouro no salto em distância, nesse mesmo
Pan.
No ano seguinte, João do Pulo foi ao
Canadá para tentar ser campeão olímpico. Mas não alcançou o feito: ficou
com o bronze de Montreal, pois seu salto de 16,90m foi superado por
Saneyev (que conquistou o tri) e pelo americano James Butts.
Porém, seu recorde mundial continuou intacto. Em 1979, veio o duplo
bicampeonato nos Jogos Pan-Americanos de Porto Rico: ouro no salto
triplo e no salto em distância.
Em 1980,
vieram as Olimpíadas de Moscou. João do Pulo vivia o auge de sua
carreira, e era o grande favorito ao ouro do salto triplo. Seus
principais concorrentes seriam dois soviéticos: o já citado Saneyev e Jaak Uudmäe.
Os Jogos Olímpicos desse ano ficaram marcados pelo boicote
norte-americano, e também por arbitragens suspeitas, que sempre
favoreciam os donos da casa. Os fiscais do salto triplo não fugiram à
regra: anularam nove dos onze saltos de João do Pulo. Um deles, mal
anulado, seria o novo recorde mundial, e garantiria a medalha de ouro ao
atleta brasileiro. Uudmäe conquistou o ouro, Saneyev a prata, e João do
Pulo ficou de novo com o bronze. Sua merecida conquista olímpica teve
que ser adiada para 1984, em Los Angeles.
Porém,
em 22/12/1981 aconteceu a tragédia: gravíssimo acidente de carro na Via
Anhangüera, em São Paulo. Onze meses de batalha no hospital, e a
amputação da perna direita do recordista, 10 centímetros abaixo do
joelho. O mundo chorava o fim da carreira de um dos maiores atletas de
todos os tempos.
Em 16/06/1985, o americano Willie Banks bateu o recorde mundial de João do Pulo, saltando 8 centímetros a mais que o brasileiro (17,97m).
De 1986 a 1993, João do Pulo foi deputado estadual, defendendo com garra os interesses dos atletas e dos deficientes físicos. Como empresário, não obteve muito sucesso, com uma transportadora e uma padaria. Sofreu crises de depressão, e em abril de 1999 foi internado com problemas no fígado. Há exatos dez anos, em 29 de maio de 1999, faleceu, devido a uma infecção generalizada, para o pranto eterno dos deuses do esporte. O mito deixou dois filhos.
Em 20/05/2007, mais
de trinta anos após a marca de João do Pulo, seu recorde brasileiro e
sul-americano foi superado em 1 centímetro por Jadel Gregório (17,90m).
A marca de 17,89m obtida em 1975 é tão espetacular que, até hoje,
somente sete atletas a superaram na história. Dentre os recordes
mundiais do atletismo, o do salto triplo é o que menos evoluiu de 1975
até hoje. Este fato demonstra o quão fantástica foi a marca de João do
Pulo.
Aldir Blanc e João Bosco, dois craques da música brasileira, o homenagearam com a canção "João do Pulo". João do Pulo mereceu. Ou melhor: João do Pulo merece, porque João do Pulo é eterno.
Daiane dos Santos -
Daiane Garcia dos Santos (Porto Alegre, 10 de fevereiro de 1983) é uma ginasta brasileira, que compete em provas de ginástica artística.
Daiane foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Campeonato Mundial. Dos Santos fez parte da primeira seleção brasileira completa a disputar uma edição olímpica – nos Jogos de Atenas -, repetindo a presença na edição seguinte, nas Olimpíadas de Pequim.
Daiane possui ainda dois movimentos nomeados após suas primeiras execuções: Dos Santos I e Dos Santos II.
Daiane iniciou-se tardiamente na modalidade. Descoberta pela professora Cleusa de Paula, aos onze anos – quando a média é aos seis -, começou a treinar na AACETE (Associação dos Amigos do Centro Estadual de Treinamento Esportivo), passando depois ao Grêmio Náutico União.
Em 1999, conquistou suas primeiras medalhas, na categoria sênior, ao competir no Pan-americano de Winnipeg: Prata no salto e bronze por equipes. Dois anos mais tarde, disputou seu primeiro Mundial, o Campeonato de Gante, na Bélgica. Nele, encerrou em quinto lugar na final do solo.
Em 2003, aos vinte anos, mudou-se para a cidade de Curitiba e tornou-se novamente a medalhista de bronze por equipes no Pan-americano de Santo Domingo. Na sequência, competindo no Mundial de Anhaheim, na Califórnia, conquistou a primeira medalha de ouro brasileira desta competição: Na final do solo, performando ao som da música “Brasileirinho”, superou a romena Catalina Ponor e a espanhola Elena Gómez, executando, pela primeira vez, o movimento que recebeu seu nome – o duplo twist carpado ou Dos Santos , desenvolvido com o auxílio do técnico Oleg Ostapenko, seu treinador até então. No ano seguinte conquistou medalhas em etapas da Copa da Mundo e, lesionada, disputou as Olimpíadas de Atenas, na qual compareceu à final do solo e encerrou na quinta colocação. Apesar de não conquistar medalha, performou seu segundo movimento, intitulado Dos Santos II, a variação esticada do primeiro
No ano seguinte, conquistou medalhas em novas etapas da Copa do Mundo, embora não tenha conseguido tornar-se bicampeã do solo, na final realizada em Melbourne. Em 2006, adotou uma nova rotina e uma nova música – "Isto aqui o que é?", de Ari Barroso. Com ela conquistou medalhas em outras etapas da Copa. No Mundial de Aarhus, na Dinamarca, seguiu à final do solo e encerrou na quarta colocação. No fim do ano, em mais uma final de Copa do Mundo, a ginasta competiu novamente no solo e conquistou seu segundo ouro desta competição, ao superar ginastas como Cheng Fei e Elena Zamolodchikova. Em 2007, lesionada no tornozelo, disputou os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e terminou como medalhista de prata, superada pela equipe norte-americana.
Ainda em 2007, a ginasta participou do projeto Raízes Afro-brasileiras - que revela a porcentagem da ancestralidade de um indivíduo – e descobriu ter uma porcentagem de ascendência europeia maior que a africana. Na ocasião, a atleta declarou que o importante era a brasilidade de todos. No ano seguinte, disputou os Jogos de Pequim – o segundo da carreira -, no qual foi à duas finais. Por equipes, a atleta, junto a suas companheiras, foi à primeira final coletiva na história da modalidade do Brasil, e encerrou a competição na oitava posição. Individualmente, foi a sexta colocada na final do solo. Em outubro, submeteu-se a uma cirurgia no joelho direito para alinhar a perna, desviada engularmente em dez graus. Em 2009, afastada das competições, tornou a fazer uma cirurgia. Agora, para a retirada da placa de titânio posta na cirurgia anterior. Em 30 de outubro do mesmo ano, a Federação Internacional de Ginástica divulgou o resultado positivo do exame antidoping realizado em julho passado. Na amostra de urina da atleta, foi encontrado a substância furosemida, um diurético da alça, que consta na lista das drogas proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA). Punida com cinco meses de suspensão, a ginasta manteve-se afastada das competições até julho de 2010..Após, disputou o Campeonato Paulista, no qual conquistou quatro medalhas de ouro, ao competir em todos os aparelhos após seis anos. Fora da equipe principal do país desde as Olimpíadas de 2008, foi reintegrada a seleção em maio de 2011.
Um dia após ser eliminada dos Jogos Olímpicos e anunciar a aposentadoria da ginástica artística,Daiane dos Santos
Daiane foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Campeonato Mundial. Além disso, a atleta fez parte da primeira seleção brasileira completa a disputar uma edição olímpica!
Perguntada sobre o grande segredo para se chegar ao topo neste esporte e Dai é taxativa: "esforço e dedicação!". E deixa seu recado para os novos ginastas: "...sejam persistentes e se dediquem ao máximo, porque só conseguimos as coisas com muito esforço!".
Um afro abraço.
fonte:www.cartacapital.com.br/enciclopédia livre.
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