Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial. Brasil é um país composto por várias etnias: europeus, africanos, índios e outros povos que compõem a sociedade brasileira. Essas variações étnicas se refletem no espaço onde se inicia a vida cultural de um povo...
É bem verdade que o conceito de raça em si é inconsistente, já que do ponto de vista
científico nenhum indivíduo da mesma espécie possui características biológicas (ou psicológicas) singulares. Porém, o saber racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotipia do indivíduo acaba formando uma série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos. Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as ideias da nossa ciência.
É logico que a família também é um fator predominante na questão da discriminação, muitas vezes, quando a criança comenta sobre uma situação de racismo sofrido por ela e os pais dão pouca importância na maioria das vezes(salvo alguns exageros) ou nem acreditam, isso acaba gerando um mal-estar na criança.
- O silêncio que acompanha os homens negros, especialmente os jovens,todas as vezes que se vêem como os únicos “suspeitos” retirados dos ônibus nas batidas policiais, acompanhados pelos olhos baixos dos demais passageiros, que parecem dizer: “Não temos nada com isso, quem manda ser negro!”
Um silêncio que condenou, ao longo de nossa história, negros e negras a uma espécie de “solidão civil” – já que a esfera pública construída pela nossa limitada democracia não tinha espaço para o tema racial. Um silêncio que nada tinha a ver com a ausência de dados sobre o “custo social” pago pelos negros e negras em consequência da sistemática discriminação. Um silêncio que representava uma verdadeira interdição político-cultural que inibia até mesmo a formulação do problema.
Ainda hoje, em alguns ambientes, falar de racismo causa mal-estar, é falta de educação e de tato social.
O principal foco desse trabalho será observar os efeitos da discriminação racial no desenvolvimento escolar do aluno. Serão observadas as características históricas e sociais, o ambiente escolar, livros didáticos e trabalhos em geral que abordam esse assunto.
Concluindo:
Primeiramente o objetivo, é que o racismo se configura como crime, segundo previsto na lei 7.716/89 do código penal brasileiro. (hoje se tem pelas leis já muito discutidas, como a 7.716/1989; a 10.639/2003; 11.645/2008; além do Estatuto da Igualdade Racial, transfigurado pela lei 12.288/2010, que institui o mesmo Estatuto; altera as Leis nos 7.716/1989, 9.029/1995, 7.347/1985, e 10.778/2003)
Mas, como podemos aplicar a lei se na maioria dos casos, em análise pelos organismos jurídicos, não passa de fatores subjetivos na compreensão dos fatos?
Mas, por que é mais difícil configurá-lo? Pelos métodos utilizados, geralmente aplicados, nos diversos meios do direito (defensores e serventuários mais acentuados são do conhecimento pleno como operadores públicos da justiça.
Simplesmente porque você não se consegue, ou quer, identificar o opressor, que geralmente é aquele que reproduz a ideia conservadora sutil e velada por trás da não-afirmação legal.
Um fato já amplamente discutido e evidenciado, inegavelmente, nas pesquisas sobre o assunto é que, de fato, existe racismo no Brasil, diferenciado daquele praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente também do racismo praticado nos EUA, principalmente no Sul.
Há também negros que alienaram sua humanidade, que acham que são mesmo inferiores e o branco tem todo o direito de ocupar os postos de comando. Como também tem os brancos que introjetaram isso e acham mesmo que são superiores por natureza. Mas para você lutar contra essa ideia não bastam as leis, que são repressivas, só vão punir. Tem que educar também. A educação é um instrumento muito importante de mudança de mentalidade e o brasileiro foi educado para não assumir seus preconceitos.Um fato já amplamente discutido e evidenciado, inegavelmente, nas pesquisas sobre o assunto é que, de fato, existe racismo no Brasil, diferenciado daquele praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente também do racismo praticado nos EUA, principalmente no Sul.
Nem sempre as coisas funcionam o tempo todo. Também é natural que, às vezes, o terceiro setor puxe as mudanças e outras vezes o governo lidere. Temos de aceitar essas nuances. Todo movimento tem suas fases de avanço e retrocesso. É preciso estar vigilante em relação às ferramentas, aos discursos e às circunstâncias sociais, a exemplo da Globalização e de outros fenômenos que ocorrem pelo mundo todo, envolvendo parte fundamental na cultura e no âmbito social.
Claudia Vitalino
Um afro abraço.
fonte:www.slideshare.net/sergiomoraisClaudia Vitalino
Um afro abraço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário