Ainda existe diversas barreiras culturais no Brasil quanto o respeito e aceitação das produções negras no Brasil. Além disso os direitos e participação dos negros na sociedade são constantemente suprimidas pela presença do modelo branco europeu que nos foi e continua sendo imposto. Por isto para a Ministra o plano “resulta do reconhecimento por parte do governo federal, da necessidade de articular as iniciativas e os esforços dos diversos ministérios e órgãos para garantir direitos, efetivar a cidadania e combater o racismo e a discriminação que incidem sobre os povos...
O delito de injúria encontra-se previsto no artigo 140, o qual prescreve que a injúria consiste na ofensa dirigida à dignidade ou ao decoro de outrem. A injúria, em seu aspecto básico, isto é, aquele previsto pelo caput do artigo supramencionado é, das modalidades de crime contra a honra da pessoa, o menos grave, como se pode observar da previsão de sua pena em abstrato: detenção de um a seis meses ou multa.(Brasil)
Se liga: :Desde que a nova ministra da Integração da Itália, Cecile Kyenge foi nomeada no último sábado (04), vem recebendo insultos de militantes, por ser negra e por ser mulher. Em resposta, disse não acreditar que a Itália seja um país racista. Sites de extrema-direita a têm rotulado com nomes como "macaco congolês", "Zulu" e "a negra anti-italiana". Rejeitando o termo "de cor", usado por membros da imprensa italiana para descrevê-la, Kyenge disse: "Eu não sou colorida, eu sou negra e digo isso com orgulho".
Além dos militantes, Mario Borghezio, membro da Liga do Norte no Parlamento Europeu, que foi aliado do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi também desferiu insultos com toques de racismo contra Kyenge. Ao se referir a ela, Borghezio chamou a coalizão de Letta um "governo bonga bonga", uma brincadeira com o termo "bunga, bunga", atribuído a Berlusconi e disse que ela parecia ser "uma boa dona de casa, mas não uma ministra". Kyenge rejeitou os comentários, que a presidente da câmara dos deputados, Laura Boldrini, qualificou como "vulgaridades racistas".
Borghezio criticou a ministra, porque ela planeja pressionar por uma legislação, à qual a Liga do Norte é contrária e que permitiria às crianças nascidas na Itália de pais imigrantes obterem a cidadania automática, em vez de terem que esperar até os 18 anos para reivindicá-la. "Cheguei sozinha à Itália aos 18 anos e eu não acredito em desistir diante de obstáculos", disse Kyenge, que deixou o Congo para que pudesse prosseguir os seus estudos em medicina.
Kyenge é casada com um italiano e disse não ver a Itália como um país particularmente racista e acreditava que as atitudes hostis derivavam principalmente da ignorância. Já Laura Boldrini disse ao jornal La Repubblica nesta sexta (03) que recebe ameaças de morte online diariamente e um fluxo de mensagens contendo imagens sexualmente ofensivas. "Quando uma mulher ocupa um cargo público, a agressão sexista dispara contra ela, sejam simples fofocas simples ou violentas... sempre usam o mesmo vocabulário de humilhação e submissão", disse Boldrini.
Outro casos:
* Ao comentar morte de jovem negro, Obama diz já ter sido vítima de racismo...
'Já me aconteceu de andar na rua e ouvir o barulho dos carros sendo trancados', diz presidente
'Racismo me derrubou... Hoje, não tenho medo nenhum de sofrer de novo diz Paulinho...
O volante quer mergulhar de cabeça no novo desafio no exterior para deixar enterrado os dramas que viveu na Europa em 2007 e 2008, quando sofreu com racismo na Lituânia, e pouco jogou na Polônia. Anos difíceis, que serviram de aprendizado para Paulinho crescer. Hoje mais forte, não há nada que o faça temer por problemas parecidos na Inglaterra .
"Por um mundo sem violência, sem armas, sem racismo". A bela frase será repetida todos os dias, porque servirá como base para tentar unir a sociedade pelo esporte, na Copa do mundo de 2014. Para o Brasil, obviamente, ela será mesmo só um mote, uma propaganda vazia. No país da próxima Copa, são os bandidos que comandam as cidades, que determinam como a sociedade deve ficar presa em casa; parece ser deles a decisão de quanto devem cumprir de pena e quando devem voltar às ruas. Nossas autoridades, que nesse quesito só envergonham seu povo, estão cada vez mais frágeis e distantes de nós, vítimas dos crime. Frases bonitas, infelizmente, não mudam a realidade.
Continuando...
NO BRASIL : JUNÇÃO IDEOLÓGICA BÁSICA * SISTEMA HIERARQUIZADO REAL, CONCRETO * HISTORICAMENTE HERDADO DE PORTUGAL E A LEGITIMAÇÃO IDEOLÓGICA MUITO PROFUNDO.
A sociedade portuguesa era extremamente hierarquizada tanto no contexto político quanto no social, com muitas camadas ou "estados" sociais diferenciados e complementares.
A IGUALDADE ERA RIGOROSAMENTE PROIBIDA.
Prelados, fidalgos, letrados, cidadãos (homens bons com direitos políticos) e, em último lugar, a grande massa, sem representação em cortes.
NINGUÉM ERA IGUAL PERANTE A LEI!
Assim era estruturada a complicada sociedade portuguesa, que se diferenciou das demais sociedades mercantilistas modernas por conservar justamente a aristocracia em seu seio. Embora fundada no modelo mercantilista moderno, era rigidamente controlada por leis e decretos que impediam a ascensão política de uma burguesia comercial com sua individualidade e interesses próprios. Ou seja, EM PORTUGAL IMPERAVA O MERCANTILISMO, MAS NÃO HAVIA UMA MENTALIDADE BURGUESA, COM SEUS IDEAIS IGUALITÁRIOS E INDIVIDUALISTAS. AS HIERARQUIAS TRADICIONAIS (ARISTOCRACIA E IGREJA CATÓLICA) FORAM MANTIDAS. Temos, pois, em Portugal a figura ímpar do ARISTOCRATA-COMERCIANTE OU DO FIDALGO-BURGUÊS, personagens de um drama social e político ambíguo, cujo sistema de vida sempre esteve fundado nos ideais da HIERARQUIA.
Nessa sociedade portuguesa dominada pelas hierarquias sociais abrangentes TUDO TEM UM LUGAR DEFINIDO. A categorização social é geral, inclusive em relação aos grupos étnicos diferenciados.
O português colonizador, longe de ser um indivíduo degredado e degradado, um marginal sem eira nem beira, RECONSTRUIU AQUI A SOCIEDADE PORTUGUESA ORIGINAL.
A colonização não foi uma empresa sem alvos e métodos definidos. Portugal realizou um verdadeiro transplante ideológico durante a colonização do Brasil, transpondo de lá para cá as suas formas de classificação social, técnicas jurídicas e administrativas, etc.
RACISMO BRASILEIRO...
O racismo nasceu na Europa do século XVIII, na crise da Revolução Francesa, mas só veio dominar o cenário intelectual europeu no século seguinte, na forma das teorias evolucionistas cientificamente respeitadas, com as quais já estamos familiarizados.
No século XIX, o racismo aparece em sua forma acabada, como um instrumento do imperialismo e como uma justificativa "natural" para a supremacia dos povos da Europa Ocidental sobre o resto do mundo. Foi esse tipo de racismo que a elite intelectual brasileira bebeu sofregamente, tomando-o como doutrina explicativa acabada para a realidade que existia no país.
Adotaram-se amplamente as teorias racistas produzidas pelo norte-americano Agassiz e pelos europeus Buckle, Gobineau e Couty (mais influentes aqui por terem feito referências expressas ao Brasil). Na visão desses estudiosos o Brasil tinha um futuro duvidoso, pois a sociedade brasileira se caracterizava por "conjunções raciais rigorosamente condenadas" entre negros, brancos e índios.
fonte:UNEGRO-RJ/www.lentes-hoya.com.br
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