

Não-reconhecimento da independência
O Presidente americano Thomas Jefferson se recusou a reconhecer a independência do Haiti. Cedendo à pressão da França e da Espanha, o Congresso dos Estados Unidos proibiram o comércio com o Haiti, acrescentando mais um aos bloqueios que cobria a nascente república negra.
O caso do Haiti se torna singular, único a todo o continente. O país foi a primeira colônia latino-americana a conseguir a independência e abolição da escravatura sendo que todo processo de revolução e libertação foi conduzido pelos próprios escravos, estes conseguiram, além de realizar a libertação de seu país, realizar também, a própria libertação. O acontecimento singular derruba por terra a idéia defendida à época pelas potências imperialistas de que as populações negras não pudessem se organizar por si só.
Com a Revolução, o Haiti se torna a primeira república negra do mundo.
Muitos são os fatores que tornam a Revolução do Haiti um acontecimento único; a ex-colônia francesa foi uma das primeiras a realizar a independência diante da metrópole, utilizando-se, inclusive, das idéias de libertação da própria França, sua colonizadora, além disso, a Revolução foi levada a cabo por escravos, quando que na maior parte das colônias européias na América Latina o processo de independência fora encabeçado por membros de uma elite crioula e, embora tenha havido participação popular, esta foi muito diminuta, no Haiti a grande maioria era a população negra escravizada.
Censura brasileira Gilson Cardoso lembra, também, que o filme Queimada, "de 1969, numa co-produção Itália-França foi proibido do Brasil, pois relatava a revolta dos pobres do Haiti conta a opressão branca".
O filme narra que no século XIX um representante inglês é mandado para uma ilha do Caribe que se encontra sob domínio português, para incentivar uma revolta para favorecer os negócios da coroa inglesa. Dez anos depois ele retorna, para depor quem ele colocou no poder, pois o momento econômico exige um novo quadro político na região. No elenco estava Marlon Brando, no papel de Sir William Walker.
"A tragédia que atualmente atinge o Haiti, diz Gilson Cardoso, é a tragédia de todos nós, que vivemos na América Latina, que vivemos nos países pobres. Nos solidarizamos com o Haiti, com suas vítimas, com seu sofrimento. Entendemos que temos de nos unir para superar mais essa adversidade, mas entendemos, também, que precisamos de um novo modelo de desenvolvimento que contemple também os pobres, os desamparados desse planeta. Que leve prioritariamente em conta os direitos humanos, aqui no Brasil. no Haiti, e em todos os países do mundo."
Um afro Abraço.
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA...
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre/
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