UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

terça-feira, 21 de maio de 2013

Estado institui o Plano Estadual de Promoção de Igualdade Racial


 O Governo do Estado do Rio de Janeiro assino em 15/05 o decreto implantando o Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial, que irá nortear as políticas públicas de enfrentamento ao racismo e as desigualdades raciais no Estado. A assinatura ocorreu durante o Ato Solene “13 de maio – 125 anos da Abolição com Reflexão e Resistência Negra”, realizado no Jardim de Inverno do Palácio Guanabara.
Na ocasião também foram assinados a adesão do estado do Rio de Janeiro ao Plano Juventude Viva – Plano Nacional de Prevenção à Violência contra Jovens Negros; o decreto de convocação para a III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, cujo tema será ‘Democracia e Desenvolvimento sem Racismo por um Brasil Afirmativo’, e um Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) e Defensoria Pública, para assistência à vítimas de crimes de racismo, intolerância religiosa contra as religiões de matriz africana e injúria racial.
Elaborado por uma Câmara Técnica, formada por 28 membros do Movimento Social Negro onde  a UNEGRO/RJ é representado pela dirigente Conceição d'Lissa,  e por  órgãos da Administração Pública, da UERJ e da ALERJ, o Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial cumpre papel fundamental de restaurar os direitos e a cidadania de milhões de brasileiros e brasileiras do Estado. Ele permitirá reduzir as desigualdades raciais, o racismo e a discriminação étnica e racial nas instituições, no processo de elaboração, de implementação e de execução das políticas, dos programas, dos projetos e de serviços no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.
AS CONFERENCIAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS...
Precisamos analisar e ficar de olho na realidade brasileira a partir da implantação da Política de Promoção da Igualdade Racial, os impactos de políticas de igualdade estruturadas por estados e municípios, a participação e o controle social, além de temas prioritários da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (educação, trabalho e renda, segurança pública, saúde e quilombos).

O Estatuto de Igualdade Racial (Projeto de Lei 6264/05) em discussão no Congresso Nacional proíbe a exigência de boa aparência para candidatos a empregos e de fotos em currículos, além de fixar cotas na educação destinadas a alunos de escolas públicas, em proporção no mínimo igual ao percentual de negros e pardos na população do estado o  sistema educacional ainda é fraco e exclui o negro do mercado de trabalho na saúde por exemplo:ainda  que existem poucos médicos negros e em outras áreas de destaque porque a estrutura da sociedade não ajuda o negro, que desde a libertação dos escravos não teve apoio para se igualar ao branco e ser realmente um cidadão", as cotas nas universidades podem diminuir as diferenças sociais mais o vácuo secular ainda é grande. "Ainda  falta oportunidade, pois as pesquisa  comprova que os negros com cotas se destacaram nas universidades e obtiveram boas notas".
Se liga:
Além de escolher as propostas prioritárias prioritárias  as Conferência Regional  espaço para debater a o plano de Igualdade Racial nas cidades que compõem 92 municípios.
Um afro abraço.

Machado de Assis negro ou não: Um homem contraditório e preso em si mesmo...


Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentará o autodidata Machado de Assis.

De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa. Com a morte do pai, em 1851, Maria Inês, à época morando em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é até provável que assistisse às aulas nas ocasiões em que não estava trabalhando.

Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender. Consta que, em São Cristóvão, conheceu uma senhora francesa, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de Francês. Contava, também, com a proteção da madrinha D. Maria José de Mendonça Barroso, viúva do Brigadeiro e Senador do Império Bento Barroso Pereira, proprietária da Quinta do Livramento, onde foram agregados seus pais...

Imagem refinada:

No entanto, a dúvida persiste: como um homem de origem negra se transforma visualmente num branco como naquela foto de Machado aos 60 anos (possivelmente) quer nos assegurar? Como é possível mudar de cor numa fotografia e esconder os traços mais originais de uma pessoa? Para a pesquisadora, a foto "oficial" do escritor - aquela em que aparece em todos os livros e na mídia, com Machado, por volta dos 60 - sofreu um processo de depuração.
Citando Gilberto Freyre, em Sobrados e Mocambos, Simone diz que era comum, no Brasil imperial, o fotógrafo alterar a cor dos olhos e a cor da pele ao gosto do freguês ao receberem encomendas para renovação química no laboratório de fotografias antigas, já amareladas. Isto pode ter acontecido com a foto " oficial" do escritor que aparece com a pele mais clara e barba e cabelos brilhosos.
A morte de Machado de Assis serviu para fundamentar o processo de consagração e embranquecimento do escritor, cuja infância e adolescência pobre, no morro do Livramento, na Saúde, são suprimidas das louvações que são feitas na mídia à figura do então fundador da Academia Brasileira de Letras, morador do Cosme Velho, um bairro de elite.

Um homem contraditório e preso em si mesmo...Machado de Assis foi o maior escritor realista brasileiro e fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo perseguido por diversos escritores da sua época e epitetado como o “Bruxo do Cosme Velho”, e ainda hoje continua sendo acusado de omisso nas questões relacionadas a causa preta, a escravidão, e a situação do escravizado.
Se liga:
Machado de Assis, mulato que nasceu livre, e se educou pelos próprios esforços, numa sociedade abalada repetidamente por crises sociais - da metade do século XIX em diante. Era época em que um dos maiores movimentos sociais - envolvendo mulatos livres e intelectuais liberais - era a libertação dos escravos. Como ele se livrou desse debate?
Sua vida política é tida como passiva. Ele fora repetidamente acusado de omisso e um dos seus críticos mais freqüentes era o jornalista mulato José do Patrocínio, um dos militantes mais duros da causa abolicionista. Patrocínio achava que o escritor deu as costas para as lutas sociais e fez vistas grossas ao movimento abolicionista.

Um jornal abolicionista, a Gazeta é um jornal em que praticamente todas as edições a que eu tive acesso, há editoriais falando contra a escravidão e Raimundo Magalhães Junior, na sua biografia de Machado, afirma que Machado tinha colocado dinheiro dele no jornal sem que as pessoas soubessem, porque ele era alto funcionário do Ministério da Agricultura, não podia parecer como alguém de oposição. Havia um tabu racial muito forte naquele tempo. Cobram de Machado o seguinte: por que Machado não fez um texto em que se declara negro? Porque naquele momento negro era sinônimo de escravo.

Há várias certidões de nascimento de escravos: nascimento, negro; se o sujeito alcança alforria ao longo da vida: atestado de óbito, pardo.

Negro era sinônimo de escravo. E o que é pior, o atestado de óbito de Machado, no Museu da Língua portuguesa, a certidão de óbito de Machado estava escrito: branco.

BIBLIOGRAFIA:

Comédia
Desencantos, 1861.
Tu, só tu, puro amor, 1881.
Poesia
Crisálidas, 1864.
Falenas, 1870.
Americanas, 1875.
Poesias completas, 1901.
Romance
Ressurreição, 1872.
A mão e a luva, 1874.
Helena, 1876.
Iaiá Garcia, 1878.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.
Quincas Borba, 1891.
Dom Casmurro, 1899.
Esaú Jacó, 1904.
Memorial de Aires, 1908.
Conto:
Contos Fluminenses,1870.
Histórias da meia-noite, 1873.
Papéis avulsos, 1882.
Histórias sem data, 1884.
Várias histórias, 1896.
Páginas recolhidas, 1899.
Relíquias de casa velha, 1906.
Teatro
Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
Desencantos, 1861
Hoje avental, amanhã luva, 1861.
O caminho da porta, 1862.
O protocolo, 1862.
Quase ministro, 1863.
Os deuses de casaca, 1865.
Tu, só tu, puro amor, 1881.
Algumas obras póstumas
Crítica, 1910.
Teatro coligido, 1910.
Outras relíquias, 1921.
Correspondência, 1932.
A semana, 1914/1937.
Páginas escolhidas, 1921.
Novas relíquias, 1932.
Crônicas, 1937.
Contos Fluminenses - 2º. volume, 1937.
Crítica literária, 1937.
Crítica teatral, 1937.
Histórias românticas, 1937.
Páginas esquecidas, 1939.
Casa velha, 1944.
Diálogos e reflexões de um relojoeiro, 1956.
Crônicas de Lélio, 1958.
Conto de escola, 2002.
Antologias
Obras completas (31 volumes), 1936.
Contos e crônicas, 1958.
Contos esparsos, 1966.
Contos: Uma Antologia (02 volumes), 1998
Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as Edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes.
Seus trabalhos são constantemente republicados, em diversos idiomas, tendo ocorrido a adaptação de alguns textos para o cinema e a televisão...

Um afro abraço.

VI CONGRESSO ESTADUAL DA UNEGRO EM CORDEIRO

Município sedia o VI Congresso Estadual da UNEGRO
Nos dias 10 e 11 de maio, aconteceu em Cordeiro o VI Congresso Estadual da UNEGRO – União de Negros Pela Igualdade, que reuniu representantes de entidades representativas, políticos, líderes comunitários, culturais e diversos outros segmentos de todo o Estado do Rio de Janeiro. O evento contou com apoio total da Prefeitura de Cordeiro, especialmente através da Secretaria de Cultura, e recebeu ainda a adesão da Câmara Municipal, com o vereador Gil do CIEP sendo um dos responsáveis por trazer tão importante acontecimento para a Cidade Exposição.

Sexta-feira, aconteceu sessão solene na Câmara Municipal, em comemoração aos 25 anos da UNEGRO e para o lançamento da revista ‘Samba na Raiz’, publicação da entidade. Houve ainda apresentação da Associação Cultural Capoeira Gunga, do Mestre Preguinho. Várias autoridades se fizeram presentes, entre elas, o presidente da casa de leis, Robson Careca, o vice-prefeito Leandro da Autoescola, a presidente da UNEGRO, Claudia Vitalino, e a deputada estadual Enfermeira Rejane (PC do B).

O Centro Cultural Ione Pecly abrigou as atividades do congresso, no qual foram discutidos diversos temas, como “Educação, trabalho e igualdade de oportunidade”, “UNEGRO enquanto organismo, organicidade e capilaridade” e “Reestruturação da Direção Estadual”. Após a explanação de cada tema, houve intervenção do plenário e considerações finais. Antes do encerramento do congresso, aconteceu a aprovação dos documentos e resoluções, e eleição da direção da entidade.

Um dos momentos marcantes foi a participação especial de passistas, ritmistas e diretores da escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel, que proporcionaram um momento de descontração e alegria aos congressistas e convidados.
 Um afro abraço.

sábado, 18 de maio de 2013

Carlos Assumpção referência na poesia negra no Brasil

CARLOS DE ASSUMPÇÃO nasceu em 23 de maio de 1927 em Tietê/SP. É Advogado militante na Comarca de Franca/SP. Membro da Academia Francana de Letras, tirou o primeiro lugar no AII Concurso de Poesia Falada@, de Araraquara/ SP, em 1982, com o poema Protesto. Em 1958, por ocasião do 701 aniversário da Abolição, recebeu o título de Personalidade Negra, conferido pela Associação Cultural do Negro, em São Paulo/SP.

O poeta:
Referência na literatura negra brasileira, participará de encontros em sua homenagem no mês da consciência negra e também realizará o lançamento do livro "Tambores da Noite", obra que reúne sua antologia poética, organizado pelo Coletivo Cultural Poesia na Brasa, Elo da Corrente, Ciclo Continuo e Projeto Espremedor.

Autor dos livros "Protesto" e "Quilombo", co-autor do cd "Quilombo de Palavras" com Cuti e participou de diversas antologias como "Cadernos Negros" – Quilombhoje- e "Negro Escrito" – Org. Oswaldo de Camargo. Ele foi frequentador assíduo da Associação Cultural do Negro, no centro de São Paulo nos anos 50, onde se encontrava com ativistas da extinta Frente Negra Brasileira e com escritores e intelectuais de grande importância como Solano Trindade, Aristides Barbosa e Oswaldo. Membro da Academia Francana de Letras, formado em Letras e Direito, escolheu a cidade de Franca/SP para estudar e lecionar nos anos 80 e nos últimos anos não participou ativamente da cena literária, pois está com a saúde sensível.
Segundo a historiadora Celina Veiga de Oliveira, Carlos d'Assumpção é um brilhante advogado, um perfeccionista, um escritor culto com uma "inteligência raríssima", um "homem de valor" com uma ética e integridade vertical, um "conservador à maneira britânica" e um homem diplomático "de diálogo e de consenso, de voz calma e profunda, com um ascendente enorme" sobre quem o rodeava. Ele era também uma pessoa modesta, serena, simples, sorridente, atenta, delicada, "absolutamente terrena" e "muito afável". Por isso, ele "era uma pessoa pela qual se sentia respeito, admiração e amizade. As pessoas gostavam naturalmente dele.

PROTESTO
Mesmo que voltem as costas
Às minhas palavras de fogo
Não pararei de gritar
Não pararei
Não pararei de gritar
Senhores
Eu fui enviado ao mundo

Para protestar
Mentiras ouropéis nada
Nada me fará calar...

Um afro abraço.

fonte: enciclopédia livre

Dia 19 de maio de 1965 morre Malcolm X

 
Maio de 2013 vamos do grande revolucionário Malcolm X, que infelizmente foi assassinado no dia 19 de maio de 1965; segue um resumo da sua biografia, Malcolm X, foi uma grande referência pra mim no que se diz respeito a resistência, uma delas é não aceitando o suborno quando ofereceram a ele, casa nova e carro novo, sendo que a própria instituição que ele fazia parte deveria cuidar disso sem tentar comprar Malcolm X, pois ele tinha uma missão a cumprir, e sabia dos perigos que corria, mas Malcolm X sua morte não foi em vão, você morreu para que a luta continue. (King Nino Brown – Zulu Nation Brasil)

Importância histórica de Malcolm X
Malcolm X com o outro importante ativista americano Martin Luther King Jr...

Malcolm X conduziu uma parte do movimento negro nas décadas de 50 e 60, defendendo três pontos fundamentais:

O islamismo;a auto-defesa e o socialismo;

Apesar da religião ter sido a porta de entrada para Malcolm X perceber todos os problemas sociais enfrentados pelos negros, pouco a pouco, ele percebeu a questão do negro não era uma questão apenas de carácter teológico, mas sim, uma questão política econômica e civil. Foi a partir daí que os meios de comunicação exploraram suas declarações mais ácidas. Malcolm percebeu que a violência não era uma forma de barbárie, mas um meio legítimo de conquistas, pois todas as mudanças históricas se deram de maneira violenta. A violência proposta era, portanto, uma metodologia de transformação e não uma barbárie gratuita.
O socialismo de Malcolm foi consequência da evolução de seu pensamento, após ser traído por membros da Mesquita Templo Número Dois, gradativamente ele percebeu que a questão do negro passava pela estrutura do capitalismo. Desta nova forma de pensar surgiu a Organização da Unidade Afro-Americana, um grupo não religioso e não sectário, focada nos problemas sociais das minorias sociais na sociedade capitalista americana. A sua opção pela luta armada e pelo socialismo foi de vital importância para os rumos que os movimentos negros tomaram ao fim da década de 60, também partidários da luta armada para defender seus ideais socialita enquanto ideologia política.

Em 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, ele foi morto com 13 tiros quando discursava no Harlem. Jamais foram encontradas provas, mas suspeitou-se do envolvimento da "Nação do Islã" no assassinato.

Sua luta foram muito divulgadas na década de 70 por movimentos como o Black Power e as Panteras NegrasSua vida e obra também estão documentadas em vários filmes, sendo o mais famoso deles "Malcolm X", dirigido por Spike Lee, de 1992.




Um afro abraço.

fonte:unegro/rj

18 de Maio:Dia Nacional de luta contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes


A campanha tem como símbolo uma flor, acompanhada da frase “Faça Bonito. Proteja nossas Crianças e Adolescentes”, lembrando do cuidado e da necessidade de defesa do direito de meninas e meninos crescerem de forma saudável e protegida.

A escolha da data é uma lembrança a toda a sociedade brasileira sobre a menina sequestrada em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos, quando foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, poucos, entretanto, foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio de muitos acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.
Sua morte, contudo, ainda causa indignação e revolta. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas Aracelis.

Lei 9.970 – Institui o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil
Art. 1º. Fica instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Uma media de 60% da violência sexual é praticada contra meninas de baixa renda:A violência sexual contra crianças e adolescentes no País continua crescendo? Os dados do Disque 100 indicam que sim. O serviço da Secretaria de Direitos Humanos, que recebe denúncias de violações de direitos humanos, registrou 145 mil denúncias de abuso infanto-juvenil em 2010. Mais de 49 mil destes registros foram de violência sexual, o equivalente a 34% das denúncias recebidas, contra 15.345 casos em 2009.
Em 2010, o abuso sexual foi o tipo de violência sexual mais comum, correspondendo a 65% dos registros, seguido de situações de exploração sexual (34%) e casos de pornografia (0,6%) e tráfico para fins de exploração (0,3%). No Carnaval, o alerta é para que a sociedade redobre a atenção e denuncie qualquer tipo desse abuso.Quase 60% das vítimas são meninas. Em casos de exploração sexual, esse número chega a 80%. Segundo o coordenador do Disque 100, Joacy Pinheiro, outro aspecto é a questão socioeconômica. “A maioria da violência é praticada contra meninas de famílias de baixa renda. É claro que existem casos na classe média, mas é mais comum que a família de baixa renda denuncie o que está acontecendo e peça ajuda. Outra questão importante é étnica, pois a maioria dos abusos que temos conhecimento são cometidos contra crianças pardas e negras”, afirma.A região Nordeste foi a que mais ofereceu denúncias ao serviço do Disque 100 no ano passado, seguida pela região Sudeste. Natal (RN) registrou o maior número de denúncias entre as capitais por número de habitantes (66,93 por 100 mil), seguida de perto por Porto Velho (RO), com 64 denúncias para cada 100 mil moradores. No caso de denúncias de violência sexual, Porto Velho liderou o ranking de registros com 24,38 denúncias por 100 mil habitantes, seguida de Natal com 23,76. “Isso não necessariamente significa que essas cidades têm mais casos de violência sexual, e sim que as pessoas estão mais envolvidas na proteção de crianças e adolescentes”, destaca Pinheiro.
Segundo ele, “quando aumenta o número de denúncia num determinado local, pode ser sinal de que uma rede de proteção esteja se estabelecendo e se fortificando no local. Ou que a violência esteja muito visível à população”, pontua. Pinheiro destaca que em regiões como o Centro-Oeste a exploração sexual de menores por garimpeiros e pescadores não fica escancarada à população e, por essa razão, as denúncias são menores.


 Se liga:
A exploração sexual crianças é uma das piores e mais perversas formas de violação aos Direitos Humanos. Com a aproximação do Carnaval os números de casos de abuso aumentam significativamente
A violência sexual contra crianças e adolescentes, principalmente entre crianças até 9 anos de idade, é o segundo principal tipo de violência, ficando pouco atrás apenas para as notificações de negligência e abandono. Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde mostra que, em 2011, foram registrados 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos.

Os números são do sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) do Ministério da Saúde. O Viva possibilita conhecer a frequência e a gravidade das agressões e identificar a violência doméstica, sexual e outras formas (física, sexual, psicológica e negligência/abandono).Disque 100:
O serviço do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes é coordenado e executado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Por meio do telefone 100, o usuário pode denunciar violências, colher informações acerca do paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos, tráfico de pessoas – independentemente da idade da vítima – e obter informações sobre os Conselhos Tutelares.

O serviço funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de defesa e responsabilização, conforme a competência, em um prazo de 24h. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo.

As denúncias podem ser feitas pelos seguintes canais:

• discagem direta e gratuita do número 100;
• envio de mensagem para o e-mail: disquedenuncia@sdh.gov.br
• na internet: www.disque100.gov.br
• ligação internacional. Fora do Brasil por meio do número: +55 61 3212.8400.

Um afro abraço.


UNEGRO 25 ANOS DE LUTA
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
Fonte:Secretaria de Direitos Humanos/Agência Brasil.





quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ceará foi a primeira província do Brasil a abolir a escravidão e a politica no processo abolicionista...

  Em relação as demais províncias Ceará era a que menos possuía escravos, pois eram traficados para os centros cacaueiros, cafeeiro e açucareiro por bons preços.

Essa exploração foi, aos poucos, despertando repulsa entre os cearenses que iniciaram, em Fortaleza, em 1879, um movimento emancipador denominado “Perseverança e Porvir”.

Os primeiros abolicionistas foram José Amaral, José Teodorico da Costa, Antônio Cruz Saldanha, Alfredo Salgado, Joaquim José de Oliveira, José da Silva, Manoel Albano Filho, Antônio Martins Francisco Araújo, Antônio Soares Teixeira Júnior.

Em 1880, esses abolicionistas fundaram a Sociedade Libertadora Cearense com 225 sócios, cujo presidente provisório foi João Cordeiro. Para divulgar seus ideais, em 1881, fundaram o Jornal O Libertador.

As datas festejadas pelo município de Redenção, foram marcantes no processo de libertação dos escravos. Em 25 de março de 1881, por exemplo, a Sociedade alforriou 35 escravos. Outra sociedade contribuiu para o movimento abolicionista. Tratou-se do Centro Abolicionista 25 de dezembro, fundado em 19 de dezembro de 1882. Dessa maneira, em 25 de março de 1884, foi abolida a escravidão no Ceará.

Os jangadeiros cearenses também aderiram ao movimento abolicionista e, em janeiro de 1881, fecharam o porto de Fortaleza ao embarque de escravos. Eles eram liderados por Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar.

No dia 1º de janeiro de 1883, a Vila do Acarape, atual Redenção, emancipou seus escravos há menos de um ano antes da província do Ceará. O povo redencionista guarda na memória o gesto heróico de ter libertado seus 116 escravos. Assim, Redenção é conhecida como Rosal da Liberdade.

A Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), sancionada em 13 de maio de 1888, foi a lei que extinguiu a escravidão no Brasil. Foi precedida pela lei n.º 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei n.º 3.270 (Lei Saraiva-Cotejipe), de 28 de setembro de 1885, que regulava "a extinção gradual do elemento servil...

A polêmica sobre a abolição

Foi somente nos últimos anos da escravidão no Brasil que jornalistas, profissionais liberais e outros grupos não ligados à agricultura lançaram a tese da "Abolição sem indenização". Desde os primeiros debates, no parlamento brasileiro, sobre leis abolicionistas, como a Lei do Ventre Livre, em 1871, sempre era colocado a questão da indenização dos fazendeiros e de como esta indenização se daria.

Durante o longo processo de discussão das leis abolicionistas, a opinião pública e a classe política se dividiram entre os que eram totalmente favoráveis à abolição, os que eram contrários e um terceiro grupo intermediário que queria uma "abolição gradativa" para não haver uma imediata crise na lavoura por falta de mão-de-obra, chamada, na época, de "falta de braços para a lavoura" e para evitar grandes prejuízos para os fazendeiros. Esta última posição era defendida, entre outros, pelo deputado geral cearense, jornalista e escritor, José de Alencar, que assim se expressou, na seção da Câmara Geral em 13 de julho de 1871, como representante da ala do Partido Conservador que estava contra o projeto da Lei do Ventre Livre,do gabinete do visconde do Rio Branco:
Cquote1.svgApresentei um projeto (de lei) em que coligi algumas medidas (abolicionistas) indiretas, de uma aplicação mais suave e, entretanto, de resultados mais eficazes. Esse projeto também passou despercebido....Nos relatórios que leu (o ministro) acha-se o pensamento que todos partilhamos que ressumbra do País inteiro; de extinguir pelo esforço comum, unânime e espontâneo da sociedade este mal que herdamos dos nossos antepassados.... Mas entre essa extinção plácida e natural e a extinção violenta por meios diretos como pretende o governo, há um abismo....Os retrógrados sois vós que pretendeis recuar o progresso do País, ferindo-o no coração, matando a sua primeira indústria, a lavoura.Cquote2.svg
José de Alencar


Joaquim Nabuco na sua obra "Um Estadista do Império", relata que, no Conselho de Estado, o abolicionismo entrou na pauta das discussões, pela primeira vez, nas sessões de 2 e 9 de abril de 1867, tendo o conselheiro Marquês de Olinda advertido sobre as dificuldades que decorreriam da abolição e que as ideias abolicionistas vinham de países que não tinham trabalho escravo:
Cquote1.svgQuando deve ter lugar a abolição?...quando o número de escravos se achar tão reduzido em consequencia das alforrias e do curso natural das que mortes que se possa executar este ato sem maior abalo na agricultura...Eu tremo com a publicação destes projetos, os quais, só por si, são capazes de fazer acumular matérias que causem um tremendo terremoto na sociedade...Serviço de ingênuos até 20 ou 16 anos? Impostos para o resgate? Os publicistas e homens de estado da Europa não concebem a situação dos países que têm escravidão. Para cá não servem suas ideias!Cquote2.svg
Marquês de Olinda


A Igreja Católica

Através do arcebispo Dom José Pereira da Silva Barros, capelão-mor de Dom Pedro II, conhecido como o “bispo abolicionista”, a Igreja Católica passou a ser um dos elementos centrais que levaram à abolição da escravatura. Em 1887, Dom José que foi abolicionista declarado a décadas e camareiro secreto dos Papas Pio XI e Leão XIII, anunciou que a abolição da escravidão no Brasil seria um bom presente ao Papa. Depois deste anúncio, a Igreja Católica que evitava intervir em assuntos políticos desde a expulsão dos Jesuítas, excetuando-se seu envolvimento na questão religiosa, passou a defender publicamente o fim da escravidão. Dom José Pereira foi seguido na causa abolicionista pelos Arcebispos da Bahia e de São Paulo. Pela sua luta a favor da abolição foi uma das poucas figuras homenageadas publicamente por Dom Pedro II e por Dona Isabel, recebendo o título de Conde de Santo Agostinho, o qual não teve dinheiro para retirar, segundo ele, por ser um homem pobre.D José ficou conhecido em sua cidade natal por ter doado toda a fortuna herdada de sua família para a caridade. Rodrigo A. da Silva, em sua defesa da Lei Áurea na Câmara Geral, citou a Igreja Católica como uma das razões da abolição da escravatura.

Política da época da abolição dos escravos...

O projeto da Lei Áurea foi decorrência de pressões internas e externas: Em 1888, o movimento abolicionista já possuía uma grande força e apoio popular no país e já havia conseguido a aprovação da Lei Eusébio de Queirós, a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários.

O número de escravos havia diminuído muito, nas décadas anteriores à abolição da escravatura, devido à abolição do tráfico de escravos, em 1850, pela Lei Eusébio de Queirós, às frequentes epidemias de varíola ocorridas no século XIX, à Guerra do Paraguai onde muitos escravos morreram ou foram libertos, à Lei do Ventre Livre, de 28 de Setembro de 1871, que libertou todas as crianças, filhas de escravos, nascidas a partir daquela lei, os chamados "ingênuos", e que previa indenização aos fazendeiros, o que não foi cumprido.
Também houve redução do número de escravos devido à Lei dos Sexagenários, de autoria de Rui Barbosa, que libertou, em 1885, todos os negros maiores de 65 anos de idade e que estabeleceu que os escravos maiores de 60 anos e menores de 65 estariam livres mas sujeitos a prestação de serviços por 3 anos, devido à abolição da escravidão, em 1886, no Ceará e no Amazonas e devido às muitas cartas de alforria dadas por proprietários de escravos.
Assim, na primeira matrícula de escravos encerrada em 1872, havia sido registrados 1.600.000 escravos e na última matrícula geral de escravos encerrada em 30 de março de 1887, havia somente 720.000, uma queda de mais de 50% no total de escravos, em 15 anos havia muita insegurança por parte dos fazendeiros, tendo, na reunião do Conselho de Estado , de 27 de agosto de 1885, o conselheiro Paulino José Soares de Sousa assim se expressado:

A Lei Áurea perante a historiografia.

Durante muito tempo a Lei Áurea foi vista como um ato generoso de Dona Isabel que seguia os propósitos abolicionistas de seu pai o Imperador D. Pedro II e também vista como o resultado de uma longa campanha abolicionista, sendo bastante comemorada pela sociedade brasileira.

Porém, o movimento negro e alguns pesquisadores recentes da historiografia brasileira têm outro ponto de vista sobre a abolição da escravatura e sobre a Lei Áurea. Afirmam eles que a abolição teria sido fruto de um estado semi-insurrecional que ameaçava a ordem imperial e escravista. Tal interpretação acentua o caráter ativo, e não passivo, das populações escravizadas. Sílvia Hunold Lara e Sidney Chalhoub,ambos professores doutores do departamento de História da Unicamp, afirmam que as rebeliões de escravos que estavam se generalizando no País, na época da abolição, gerando quilombos por toda a parte, como foi dito acima, após a abolição da pena de açoite, e, também, por causa da cumplicidade do exército brasileiro e da polícia paulista que não iam mais fazer a recaptura dos escravos fugidos, tornaram, então, inviável, politica e economicamente, a escravidão. Sílvia H. Lara e Sidney Chalhoub procuram, com esta tese, minimizar o papel que Dona Isabel, os clubes abolicionistas, a imprensa e a maçonaria brasileira tiveram na abolição da escravatura na pena dourada

A ideia corrente de que somente ricos fazendeiros possuíam escravos e que a Lei Áurea atingiu e prejudicou somente as elites econômicas também tem sido questionada atualmente. Tendo o historiador José Murilo de Carvalho escrito.

Se liga na :"A pena dourada".

Tendo sido editada em três vias, cada cópia da Lei Áurea foi assinada por três penas douradas idênticas e recentemente, D. Pedro Carlos vendeu ao Museu Imperial de Petrópolis a pena dourada com a qual sua bisavó, a princesa D. Isabel do Brasil, assinou a primeira via da Lei Áurea, pela soma de R$ 500.000,00.(informação ñ confirmada)
Apesar do título de Príncipe Imperial do Brasil ter sido transmitido aos primogênitos descendentes de seu tio-avô, D. Luís Maria Filipe, após a renúncia de seu avô, D. Pedro de Alcântara, a pena dourada havia sido mantida como herança entre os primogênitos do Ramo de Petrópolis. - As outras duas penas utilizadas encontram-se em poder do Museu da Maçonaria, na sede do Grande Oriente do Brasil.

Um afro abraço.

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fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre/OUL.

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