UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Nossa historia nosso estilo:Charme (música)




A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul music, nos anos 1970, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos. O charme tem mais do som da Filadéfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o funk.
No final de 1976, a Soul music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de um outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul music foi dado pela revolução trazida pela disco music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a disco music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil.

O termo charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980. O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de black music. Ele introduz a musicalidade do charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: "Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho". Essa estória do "charminho" ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: "agora eu vou pro charminho, vou ouvir um charme, vou lá no Corello que vai ter charme".
Em 1980 a discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" da gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.


Charme é um termo antigo usado para o R&B somente aqui no Brasil. Foi substituído hoje pelo R&B Contemporâneo, uma vertente da black music (Música negra americana) que se desenvolveu a partir do Urban contemporary. Hoje chamamos de Charme músicas negras dos anos 80 e 90 que incorporam o estilo Soul e Funk Americano.
As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.

O charme também contou com a colaborção direta de DJ's que abraçaram a causa e começam a romper com a estrutura antiga das equpes de som, segundo a qual, o "dono" da equipe determinava a linha musical a ser seguida sem questionamentos.

No final dos anos 1980 e início dos 90, surgiram os primeiros artistas nacionais que começaram a produzir músicas no Brasil ou a adaptar antigas canções para este gênero musical. Dentre estes cantores destacam-se: Alexandre Lucas (como vocalista da Banda Fanzine ou em sua carreira solo), Edmon, Abdula, Marta Vasconcelos, o conjunto Fat Family, Sampa Crew, Copacabana Beat, Claudinho & Buchecha, Marina Lima, Fernanda Abreu, D'Black e Shirley Carvalho.


As músicas de estilo charme passaram também a ser executadas nas rádios, nas freqüências FM e AM. Nas décadas de 80 e 90 surgiram vários programas especializados em charme. Na rádio 98 FM, Fernandinho DJ produzia o "Só Mix 98", na Jovem Rio Corello apresentava o "MixMania" e o "Black Beat" (FM 105) e outros programas, como os de funk, passaram a dedicar espaços específicos para a execução de charme, proporcionando assim maior dimensão ao movimento charme.


No fim da década de 1980 e até meados dos anos 1990, os bailes-charme passaram a atrair uma grande quantidade de pessoas. Alguns eventos chegaram a registrar uma freqüência de 5.000 pessoas e isto estimulou inclusive a vinda de artistas internacionais especialmente para se apresentarem nestes bailes, como Sybil, Curtis Hairston, Glen Jones e Omar Chandler.

Além das músicas e do trabalho dos DJs, outro atrativo dos bailes é o desempenho de grupos de dança, que por vezes são espontaneamente formados pelos próprios freqüentadores dos bailes. Estes grupos podem apresentar passos sincronizados e diferenciados de outros. Em algumas ocasiões podem são promovidas competições para avaliação do desempenho de cada grupo e estimular cada vez mais a criação de novos passos de dança, para que sejam apreciados por todos os freqüentadores do baile.


 Projeto cultural Point Chic Charm

Na zona oeste do Rio de Janeiro, em Padre Miguel, em uma comunidade chamada "Ponto Chic", surgiu em 1998, um grupo de "resistência cultural" chamado "Point Chic Charm". Cosisitia de uma caixa de som e um repertório requintado de black music, à altura para aglutinar os saudosistas que passavam por ali e ficavam a recordar os bons tempos do reinado de James Brown e seus discípulos.

Não demorou muito e virou um grande ponto de encontro aos domingos, onde quem gostava de ouvir e dançar o cahrme poderia chegar, trazer a família e seus amigos. Era uma iniciativa dos irmãos negros Eduardo e Ângelo Oliveira. Algum tempo depois convidaram os DJ's, Jorge Sucesso, Beto Barra e Jhony, para comandar o baile.

O movimento cresceu, e no ponto de encontro do charme, os charmeiros passamram a se encontrar para ouvir o samba, dançar jongo, jogar capoeira, ouvir poesia, cultuar Zumbi dos Palmares e saudar São Jorge. Tudo isso fruto de aproximações naturais entre pessoas que iam chegando e se juntando por pura afinidade e sintonia.

O movimento também recebeu adeptos ilustres. Passaram pelo Ponto Chic: Ney Lopes, Neusa Borges, Mombaça, Jorge Aragão, Alcione, Fundo de Quintal, Jorge Vercilo, Arlindinho Cruz, Negras Raízes, Seu Jorge e outros. Até hoje, mantém a tradição de levar todos os domingos, a black music ao frequentadores, que se divertem nas mixagens dos Dj Marquinho Brad, Dj Júnior e DjDënnis.

 Espaço cultural Rio Charme

O movimento charme foi então reconhecido e tal fato proporcionou a oportunidade de criação do Espaço Rio Charme em 1993.
Este espaço, então, se caracteriza peculiarmente por ser embaixo do viaduto Negrão de Lima, no bairro de Madureira, no Rio de Janeiro.
Dentre muitos DJs que lá atuaram, um dos iniciadores do espaço foi o DJ Marki New Charm. O espaço é utilizado, além para a promoção de bales charme, para a prática de eventos sociais, como basquete de rua e oficina de arte.

 Denominações no movimento charme

Nesta trajetória desde os anos 1980, os charmeiros passaram a classificar as músicas e chamá-las de acordo com a ocasião de respectivos lançamentos, atribuindo-lhes o nome de "flash back" às músicas produzidas até meados dos anos 1980 e "midbacks" às produzidas entre o final dos anos 1980 e em toda a década de 1990. Esta denominação diferenciada das músicas no movimento charme também se deve parcialmente à existência de variadas vertentes dentro deste estilo, como por exemplo New Jack Swing, Smooth jazz, Slow Jams Urban e R&B Contemporâneo, que foram, dependendo de sua época, mais comumente produzidas e executadas.

Com certa regularidade são promovidos bailes de flash back e midbacks, especialmente para reunião de antigos freqüentadores dos bailes charme. Nestes bailes especiais, é nítida a diferença entre a faixa etária de seus freqüentadores, tradicionalmente chamados de "cascudos", em relação àquela vista em bailes com músicas atuais.

 Movimento charme como aspecto cultural

Os bailes charme são desta forma eventos onde são executadas as músicas desta natureza, nos quais seus freqüentadores primam pelo estilo elegante de suas roupas, e prezam originalmente pelas cores e nas referências ao caráter afro nos penteados e acessórios, sem falar na variada gama de seus passos e danças, desenvolvidas no salão, ao som das músicas tocadas pelo DJ.
O baile charme consiste então como um movimento popular cultural que propõe uma reinvenção da identidade cultural negra, expressada através das danças, da música, das roupas, da disseminação de valores, de respeito ao próximo e da cordialidade.

     fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.
     
      

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Nossos história IV :Rosa Parks


Rosa Parks, símbolo da luta anti-racista nos EUA.

 Rosa Parks, a costureira negra que, em 1955, se recusou a obedecer a lei de apartheid racial no Alabama, marcando o início da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, morreu aos 92 anos. O advogado de Rosa afirmou que ela morreu dormindo em sua casa, na cidade de Detroit, estado do Michigan. 

Rosa se recusou a ceder seu banco em um ônibus a um homem branco, o que levou a um boicote em massa dos negros ao transporte público do estado. O protesto levou ao fim da segregação nos transportes públicos e culminou em 1964, com a Lei dos Direitos Civis, que transformou a segregação racial em um ato fora da lei nos Estados Unidos.

Prisão e multa
Rosa Parks era uma costureira de 42 anos quando entrou para a história americana. No dia 1º de dezembro de 1955 ela estava em um ônibus na cidade de Montgomery, Alabama, quando um homem branco exigiu que ela se retirasse do banco onde estava para ele poder se acomodar.

Rosa se recusou a sair, desafiando as regras que exigiam que pessoas negras se sujeitassem a abrir mão de seus lugares no transporte público para brancas. Com este ato, Rosa foi presa e multada em US$ 14.

A prisão da costureira desencadeou um boicote de 381 dias ao sistema de ônibus, organizado pelo pastor da Igreja Batista, Martin Luther King Jr. Anos mais tarde, Luther King ganharia o Prêmio Nobel da Paz graças à sua luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Em 1957, depois de ter perdido o emprego e recebido ameaças de morte, Rosa e seu marido, Raymond, se mudaram para Detroit, onde ela trabalhou como assistente no escritório de um congressista democrata.

"Ela era muito humilde, falava baixinho. Mas por dentro ela tinha uma determinação que era feroz", disse o político John Conyers. "Ela tinha qualidades de uma santa", acrescentou Conyers, para quem Rosa trabalhou como recepcionista de 1965 a 1988.

"A verdadeira razão de eu não ter cedido meu banco no ônibus foi porque senti que tinha o direito de ser tratada como qualquer outro passageiro. Aguentamos aquele tipo de tratamento por muito tempo", disse Rosa em 1992 a respeito de seu ato em 1955.

Em viagem à África do Sul, o reverendo Jesse Jackson, um dos principais defensores dos direitos civis nos Estados Unidos, enalteceu Rosa, lembrando que seu ato aparentemente simples forçou os negros americanos a "se levantarem" pelos seus direitos.

"Ela forçou o resto de nós a nos levantarmos. Foi um esforço consciente de uma lutadora pela liberdade", disse Jackson, durante entrevista coletiva em Johannesburgo.

Ele se referiu a Rosa como uma "mulher de grande coragem, que conscientemente arriscou sua vida e enfrentou a prisão para romper com o sistema do apartheid". 

Rosa Parks foi presa e recebeu uma multa por se recusar a levantar, mas seu ato foi o pontapé inicial para que o reverendo Martin Luther King Jr. organizasse um boicote em massa de 381 dias contra as companhias de ônibus locais iniciando uma grande reviravolta na história dos EUA e do mundo todo.
Rosa precisou enfrentar ameaças de morte, humilhações e teve até de se mudar de estado por não conseguir arranjar emprego, mas seu papel já havia sido feito e por seu ato de coragem ela é ate hoje considerada a mãe do movimento moderno pelos direitos civis.
Ao sair do Alabama, em 1957, Rosa Parks já era símbolo do movimento liderado por Martin Luther King Jr. e fazia parte da NAACP, uma das mais respeitadas e antigas organizações na luta pela igualdade racial nos EUA.

"Rosa Parks era verdadeiramente a mãe do movimento moderno pelos direitos civis", disse Julian Bond, dirigente da maior organização de defesa dos direitos dos negros, a NAACP, da qual ela era membro desde que aquele dia em que desobedeceu a lei de apartheid americana.

No entanto, foram precisos 41 anos para que o governo americano reconhecesse o ato de Rosa e a premiasse com a "Medalha Presidencial pela Liberdade", em 1996.

Em 1999 Rosa recebeu das mãos do então presidente Bill Clinton a mais alta honraria oficial concedida pelo governo a um civil norte-americano, a Medalha de Ouro do Congresso. Além desta e de outras honrarias, Rosa também foi premiada com a Medalha Presidencial pela Liberdade em 1996 e em 2000 foi inaugurado um museu com seu nome em Montgomery.

Morre Rosa Parks, aos 92 anos.

Rosa Parks nasceu em 4 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, Alabama e morreu em 24 de outubro de 2005 em Detroit.

 
fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u88928.shtml
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=776
http://www.biography.com/blackhistory/featured-biography/rosa-parks.jsp 
 informações da BBC

domingo, 29 de julho de 2012

Histórias da Olimpiadas II:Piauiense Sarah Menezes - Primeira mulher a ganhar ouro no judô brasileiro em Jogos Olímpicos


 Veja que mundo contraditório. A piauiense Sarah Menezes, moradora do Bairro Bela Vista, periferia de Teresina, capital do estado, é conhecida hoje mundialmente como a primeira mulher judoca brasileira a ganhar um ouro em Jogos Olímpicos. Fazendo parte dos 49 milhões de brasileiras (o) entre 15 e 29 anos, que mora em periferias urbanas, e é negra (o), ela poderia, como tantos outros, estar estampando a capa dos jornais por outras diversas razões. Repressão policial e extermínio nas periferias da juventude negra, higienização étnica devido aos megaeventos, que descarta pessoas que não tem capital para investir nos mesmos – como a própria Olimpíada de Londres que, como tantos outros megaeventos, excluiu a população pobre dos grandes centros onde os jogos acontecem . Porém, hoje, a mídia é obrigada a mostrar essa jovem negra de periferia sob outra ótica, como uma grande lutadora.

Nunca uma judoca brasileira havia disputado uma final olímpica. E há 20 anos, desde a vitória de Rogério Sampaio nos Jogos de Barcelona, o país não conquistava uma medalha de ouro. Pois ontem a piauiense Sarah Menezes, de 22 anos, quebrou esses dois tabus de forma emocionante. E de quebra mais um: o Brasil jamais havia conquistado um ouro no primeiro dia de disputas de uma Olimpíada.
“Minha vida agora vai mudar para melhor, tenho certeza. Mas é preciso que a vida das pessoas que treinam comigo em Teresina também mude”, disse Sarah, falando das dificuldades financeiras que sempre enfrentou para praticar o judô. Ela é integrante do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte desde 2006.
Com seu 1,54m, Sarah foi gigante na categoria até 48kg. Segura, madura, confiante, passou pelas cinco adversárias como se fosse uma veterana. E mostrou maturidade e inteligência, porque todas as lutas foram decididas por pontos. “Tive uma estratégia para cada luta. E gostei muito, porque consegui raciocinar, pensar em cada luta. Treinar todo mundo treina, o diferente é quando se consegue colocar em prática o que se planejou no treino.”
Seu maior susto foi nas quartas de final, quando um golpe da chinesa Shugen Wu no último segundo quase a levou à derrota, mas a judoca brasileira disse que seu momento mais complicado foi fora do tatame.
“Quando estava entrando para lutar a semifinal (contra a belga Charline Van Snick) vi que a japonesa (Tomoko Fukumi) perdeu e fiquei tão feliz que por algum tempo perdi a concentração.” A japonesa, que era favorita ao ouro, também perdeu na decisão do bronze e foi embora de mãos abanando.
Na decisão ela enfrentou a romena Alina Dumitru, campeã em Pequim/2008. E foi soberba. Não deu nenhuma chance à rival, dominou a luta do começo ao fim e venceu com um yoko e um wazari (11 a 0).
“Entrei para a decisão como se fosse um treino. Chorei depois da semifinal porque havia garantido uma medalha, por isso lutei sem pressão e com confiança”, acrescentou ela.
Uma festa enorme foi feita pelos pais de Sarah, Rogério e Olindina, em Teresina. Eles se reuniram com amigos e parentes no Centro de Treinamento Sarah Menezes. “Por oito anos minha filha lutou por isso”, disse a mãe, bastante emocionada.
Uma carreata e uma grande recepção já estão sendo organizadas na cidade para o retorno da campeã olímpica, que será dia 5. A promessa é de parar a capital do Piauí.
A EMOÇÃO DA TÉCNICA

Rosicléia Campos não é uma mulher que esconde seus sentimentos. Ontem, na Excel Arena, sua alegria com a medalha de ouro de Sarah Menezes foi contagiante. Com lágrimas nos olhos e um sorriso aberto, a técnica brasileira estava eufórica. “É um sonho realizado.”
No comando do time feminino desde 2005, Rosicléia colaborou muito para transformar a equipe de um grupo desacreditado em um dos mais respeitados da atualidade. E logo no primeiro dia dos Jogos ela alcançou sua meta com sobras. “A ideia era chegar a uma final olímpica, o que já seria nossa melhor participação. Mas veio o ouro. Graças a Deus.”

E o judô feminino do Brasil não deverá parar por aí. Pela posição no ranking, é bem possível que pela primeira vez numa Olimpíada as mulheres tenham um desempenho melhor do que o dos homens.
“Acho que elas estão em um grande momento. Mas os meninos têm muita experiência e isso conta muito.”

Dentro do estádio de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres , 80.000 pessoas vibravam com a cerimônia neste 27 de julho, enquanto do lado de fora, moradores, ex-moradores e ativistas vinham denunciando há algum tempo  a “limpeza” da área, uma das mais empobrecidas do país, feita à base de políticas agressivas de coerção e remoção de pessoas com ''comportamento anti-social'' da área do Parque Olímpico, em favor do “benefício econômico”, segundo reportagem de Roberto Almeida ao siteDireito à Moradia. 

Foi nesse contexto de Londres que a judoca piauiense Sarah Menezes conquistou, neste sábado (28), a medalha de ouro na categoria peso-ligeiro (até 48kg) ao derrotar a romena Alina Dumitru na final, atleta campeã olímpica em Pequim 2008.  É o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de Londres e é também a primeira medalha de ouro do judô feminino do Brasil em Olimpíadas. O melhor resultado era o bronze de Ketleyn Quadros, em Pequim-2008. Nos Jogos de Pequim, Sarah, então com apenas 18 anos, fora derrotada logo em sua primeira luta.
Parabens Brasil e Um afro abraço.

 fonte:armenKemolyhttp://correionago.ning.com/profile/CarmenKemoly/ttp://correionago.ning.com/xn/detail/4512587%3ABlogPost%3A279036

Historia da Olimpiadas:O negro que peitou Hitler


O trabalho  pesados, falta de atrativos, dificuldades financeiras, seja qual for o motivo, a raça negra ainda está distante dos esportes . Fomos atrás de números, estatísticas e razões para que isso ocorra não só no Brasil, mas, no mundo inteiro...Mais algumas histórias é um incentivo a nós que temos poucas referencias.
Boa leitura e um afro abraço.

Jesse Owens não se abateu pelo preconceito racial, levou quatro ouros nas Olimpíadas de Berlim e fez o líder nazista se retirar do Estádio Olímpico em 1936



Por Nanna Pretto

O objetivo dos Jogos Olímpicos de 1936, na Alemanha, era muito mais do que a disputa pelas medalhas de ouro. Naquela época, importava mais a Adolph Hitler demonstrar ao mundo a superioridade da raça ariana, a raça pura, segundo ele. Os alemães só não contavam com o desempenho dos negros americanos. Das 14 medalhas de ouro conquistadas pelos Estados Unidos no atletismo, nove vinham de vitórias negras. Destas, quatro foram mérito de Jesse Owens, atleta nascido no Alabama, que fez Hitler abandonar o Estádio Olímpico, após subir no primeiro lugar do pódio pela terceira vez.

Owens ficou com ouro nos 100 m, 200 m e no revezamento 4 x 100 m. Além disso, teve o primeiro lugar no salto em distância. Pior do que cumprimentar um negro era vê-lo desbancando os alemães. Sim, na conquista do ouro no salto em distância, Owens deixou para trás o alemão Lutz Long, o maior de todos os saltadores em distância da Europa na época. Após a vitória nos 100 m, o terceiro ouro de Owens, o líder nazista deixou o estádio para não cumprimentá-lo.

Apenas nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, o atleta Carl Lewis conseguiu igualar o feito de Owens conquistando para os EUA quatro medalhas de ouro.

Após as conquistas de Owens, as pessoas em Berlim rejeitaram a publicidade nazista e fizeram do negro americano o herói dos Jogos Olímpicos. Em determinados momentos, durante as competições, Hitler, reconhecendo a óbvia superioridade atlética demonstrada por Owens, o chamou de “criado africano dos americanos”, porque ele não aceitava que um não-alemão pudesse possuir tantas qualidades físicas. Ainda mais quando se tratava de alguém da “sub-raça”, como o tirano se referia aos negros. Para Hitler, eles estavam apenas um degrau acima dos judeus. A resposta de Owens às afrontas nazistas veio com vitórias, em especial no salto em distância, quando estabeleceu a marca de 8,06 m, derrotando o alemão Lutz Long e fazendo Hitler abandonar o cenário olímpico.

Ovacionado por mais de 110 mil pessoas em Berlim e parado na rua para dar autógrafos, Owens não sofreu preconceito apenas na Alemanha nazista. Também nos EUA os negros não tinham os mesmo direitos dos brancos.

“Quando eu voltei para minha terra natal, apesar de todas as histórias sobre Hitler, eu não podia entrar no ônibus pela porta da frente e também não podia morar no lugar que eu queria. Eu não fui convidado a apertar as mãos de Hitler, mas também não fui à Casa Branca para apertar as mãos do presidente do meu país”, desabafou na época.

Neto de escravos
James Cleveland “Jesse” Owens, nasceu em 12 de setembro de 1913 na pequena cidade de Decatur, Alabama, mas mudou-se com a família para Cleveland, Ohio, aos 8 anos. Sétimo dos onze filhos de Henry e Emma Owens, JC era neto de escravos e filho de agricultores que pagavam o pedaço de terra com parte da colheita e produção familiar. O dinheiro era curto e o pai dele vivia sempre em busca de um emprego melhor. Ao chegar em Cleveland, JC foi matriculado em uma escola pública. No primeiro dia de aula, quando a professora lhe perguntou o nome, ela entendeu “Jesse”, em vez de JC. O “novo” nome pegou, e a partir daquele dia, o garoto passou a ser chamado de Jesse Owens.
A nova cidade não era bem aquilo que os pais de Owens esperavam e, por conta disso, o garoto fora obrigado a dividir o dia entre a escola e o trabalho. Ele foi entregador de mercadorias e auxiliar de sapateiro. Foi nessa época que Owens descobriu a corrida, esporte que mudaria a vida dele.

“Nós sempre nos divertimos muito. E nunca tivemos nenhum problema. Nós sempre comemos. O fato de a gente não ter um bife? E quem tinha bife?”, desabafou o campeão. 

O talento de Owens foi descoberto por um professor de ginástica na escola. Quando o técnico Charlie Riley viu o desempenho do garoto nas pistas, logo o convidou para fazer parte do time de atletismo. Apesar de Owens não poder comparecer aos treinos após a aula, em função do trabalho de meio período, Riley se para ofereceu treinar o garoto pela manhã. Owens aceitou. “Toda manhã, assim como no Alabama, eu acordava com o sol, tomava café, até mesmo antes da minha mãe e irmãos acordarem e ia para a escola, no inverno, primavera e outono, tanto para correr como para saltar. Fazia isso pelo meu corpo e pelo meu técnico.”

“Eu sempre amei correr. É uma coisa que você faz por conta própria e tem total controle da situação. Você pode ir a qualquer direção, rápido ou devagar, brigando com o vento do jeito que você achar melhor.”

Disputa contra o preconceito
Muitas escolas e universidades tentaram recrutar Owens. A escolha foi pela Universidade de Ohio. Ali ele conheceu as mais bárbaras competições e não foi somente nas pistas. O preconceito racial, em 1933, era evidente, uma experiência difícil para um atleta iniciante. A Owens era solicitado que morasse fora do campus da faculdade, com outros afro-americanos. Quando viajava com o time, ele era obrigado a realizar as refeições em estabelecimentos destinados aos negros. O mesmo acontecia com os hotéis. Certa vez, um hotel para brancos aceitou hospedar os atletas negros. Desde que eles entrassem e saíssem pelas portas do fundo e usassem as escadas, em vez do elevador.
Como não tinha direito a bolsa de estudos, Owens usava, como sempre, tempo livre em empregos para se sustentar e a jovem esposa, Minnie Ruth Solomon. Foi ascensorista, garçom e trabalhou em livrarias. Todos os esforços valiam para poder praticar e cravar recordes nas competições.

“As batalhas que contam não são aquelas que trazem medalhas de ouro. O esforço é individual. A invisível, porém inevitável, luta que todos nós travamos é o que vale.”

Três recordes em 45min

Owens passou a semana que antecedeu as competições Big Ten, na cidade norte-americana Ann Arbor, do Estado de Michigan, em março de 1935, com uma forte dor nas costas em função de uma queda –ele rolou escada abaixo dias antes do evento. Técnicos e médicos questionavam se ele teria condições psicológicas de competir. Mas o atleta do Alabama recebeu os tratamentos necessários até o dia da prova e mostrou ao técnico Riley que ele estava bem para correr. A permissão foi apenas para as 100 jardas (91,44 m). Owens igualou o recorde mundial com o tempo de 9s4 e foi liberado por Riley para competir nas demais modalidades.

Assim, um ano antes de participar dos Jogos de Berlim, Owens estabeleceu mais três marcas mundiais, nas 220 jardas (em 20s3), 220 jardas com barreira (22s6) e salto em distância (8,13 m). Tudo em um intervalo de tempo de 45 minutos.

As Olimpíadas de Hitler
Após as conquistas universitárias, Owens percebeu que poderia ter sucesso no nível mais alto de competição. Assim, em 1936, lá estava o negro americano, na Alemanha, para participar dos Jogos Olímpicos de Berlim ou das “Olimpíadas de Hitler”, como ficaram conhecidas.

A organização foi a maior vitória dos alemães. O interesse nas Olimpíadas daquele ano era demonstrar a força do governo nazista. A imprensa, na época, relatou que o acontecimento foi fora do comum, acima do que foi visto em Los Angeles ou em quaisquer outros Jogos Olímpicos anteriores. Acima de tudo, as Olimpíadas de Hitler estavam ali para provar ao mundo que a raça ariana tinha o domínio. Mas Owens tinha outros planos. E ao fim dos Jogos, até fãs alemães clamavam pela vitória do negro americano.

“Por um instante, ao menos, eu fui a pessoa mais famosa do mundo.” 
Jesse Owens foi o primeiro americano na história dos Jogos Olímpicos a ganhar quatro medalhas.

Após o grande mérito
“Quando voltei dos Jogos Olímpicos com minhas quatro medalhas, todas as pessoas batiam em minhas costas me cumprimentavam e queriam apertar minhas mãos. Mas ninguém veio me oferecer um emprego.” 

Mesmo com o sucesso, a instabilidade financeira permanecia na família Owens. Infelizmente, naquela época, os Estados Unidos não ofereciam nenhuma ajuda de custo ao atleta, por causa de ele ser negro. Na tentativa de ajudar a família, Owens abandonou os estudos a um ano da formatura para correr profissionalmente. Por um período, ele competiu contra qualquer pessoa e até em disputas com cavalos, cachorros e motocicletas. A liga negra de beisebol sempre convidava Owens para competir contra cavalos puro-sangue em exibições especiais antes dos jogos.

Owens também aceitava convites para discursar em eventos públicos. De fato, ele era tão admirado que começou, por conta própria seus próprios eventos públicos ao abrir em empresa de relações públicas.

A Segunda Guerra Mundial (entre 1939 e 1945) interrompeu a carreira olímpica de Owens. Quando os Jogos voltaram a ser disputados em 1948 em Londres, ele, então com 35 anos, já não corria competitivamente mais.

Em 1976, Owens recebeu do presidente Gerald Ford a mais alta condecoração que um civil norte-americano pode ter: a Medalha da Liberdade. O negro que desbancou Hitler morreu no dia 31 de março de 1980, aos 66 anos, em Tucson, com complicações em função de um câncer no pulmão.

Do casamento com Ruth, em 1935, nasceram as três filhas, Gloria, Beverly e Marlene. Atualmente, Ruth e Marlene cuidam da Fundação Jesse Owens que presta assistência financeira e suporte a jovens carentes.

Os feitos da lenda
- Owens foi o primeiro americano na história olímpica a conseguir quatro medalhas de ouro em uma única olimpíada.
- destacou-se com a marca histórica de três recordes mundiais no intervalo de tempo de 45 minutos, no campeonato americano “Big Ten”.
- O recorde no salto em distância, com a marca de 8,13 m estabelecido no Big Ten permaneceu com Owens por 25 anos.
- Em junho de 2006 a NCAA anunciou Jesse Owens como o terceiro atleta de maior influencia para os estudantes esportistas. O jogador de beisebol Jackie Robinson e o tenista Arthur Ashe ocupam as duas primeiras posições.

::Ouros Olímpicos

Berlim, 1936100 m10s3
Berlim, 1936200 m20s7
Berlim, 1936Salto em distância8,06m
Berlim, 19364 x 100m39s8


Fonte: Revista O2 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Negro da nossa história:Lima Barreto Escritor e Jornalista


Filho de escravos  ele sofreu esse preconceito em toda sua vida . Logo cedo ficou órfão de mãe. para abolir oficialmente a escravidão, Afonso Henriques de Lima Barreto teve oportunidade de boa instrução escolar, vindo a tornar-se jornalista e um dos mais importantes escritores e militantes da causa do País. Ainda jovem, aprendeu a trabalhar com tipografia e, em 1902, começou a contribuir para a imprensa brasileira, escrevendo para pequenos veículos de comunicação.
Lima Barreto (1881-1922) foi escritor e jornalista brasileiro.  Estudou no Colégio Pedro II e ingressou na Escola Politécnica, no curso de Engenharia. Seu pai enlouquece e é internado, obrigando Lima Barreto a abandonar o curso de Engenharia. Para sustentar a família, empregou-se na Secretaria de Guerra e ao mesmo tempo, escrevia para vários jornais do Rio de Janeiro. Ao produzir uma literatura inteiramente desvinculada dos padrões e do gosto vigente, recebe severas críticas dos letrados tradicionais. Explora em suas obras, as injustiças sociais e as dificuldades das primeiras décadas da República. Com seu espírito inquieto e rebelde, Lima Barreto entrega-se ao álcool.
Afonso Henrique de Lima Barreto (1881-1922) nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de maio. Filho de Joaquim Henriques de Lima Barreto e Amália Augusta, ambos mestiços e pobres. Sofreu preconceito a vida toda. Seu pai era tipógrafo e sua mãe professora primária. Logo cedo ficou órfão de mãe.
Lima Barreto estudou no Liceu Popular Niteroiense e concluiu o curso secundário no Colégio Pedro II, local onde estudava a elite litrária da época. Sempre com a ajuda de seu padrinho, o Visconde de Ouro Preto, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde iniciou o curso de Engenharia. Em 1904 foi obrigado a abandonar o curso, pois, seu pai havia enlouquecido e o sustento dos três irmão agora era responsabilidade dele.
Em 1904 consegue emprego de escrevente copista na Secretaria de Guerra, ao mesmo tempo que colabora com quase todos os jornais do Rio de Janeiro. Ainda estudante já colaborava para a Revista da Época e para a Quinzena Alegre. Em 1905 passa a escrever no Correio da Manhã, jornal de grande prestígio.
Em 1909 Lima Barreto publica o romance "Recordações do escrivão Isaías Caminha". O texto acompanha a trajetória de um jovem mulato, que vindo do interior sofre sérios preconceitos raciais. Em 1915 escreve "Triste fim de Policarpo Quaresma", e em 1919 escreve "Vida e morte de M.J.Gonzaga de Sá". Esses três romances apresentam nítidos traços autobiográficos.

Com uma linguagem descuidada, suas obras são impregnadas da justa preocupação com os fatos históricos e com os costumes sociais. Lima Barreto torna-se uma especie de cronista e um caricaturista se vingando da hostilidade dos escritores e do público burguês. Poucos aceitam aqueles contos e romances que revelavam a vida cotidiana das classes populares, sem qualquer idealização.
A obra prima de Lima Barreto, não perturbada pela caricatura, foi "Triste fim de Policarpo Quaresma". Nela o autor conta o drama de um velho aposentado, O Policarpo, em sua luta pela salvação do Brasil.
Lima Barreto com seu espírito inquieto e rebelde, seu inconformismo com a mediocridade reinante, se entrega ao álcool. Suas constantes depressões o levam duas vezes para o hospital. Em 01 de novembro de 1922 morre de um ataque cardíaco.

Informações biográficas de Lima Barreto:
Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909) - resumoTriste fim de Policarpo Quaresma (1915) - resumoVida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919)Clara dos Anjos (1948) sátirasOs bruzundangas (1923) - resumoCoisas do Reino do Jambom (1953) contosO Subterrâneo do Morro do Castelo (1905) Histórias e Sonhos (1920)Outras Histórias (1952)Contos Argelinos (1952)A Nova Califórnia (coletânea de contos) aritigos e crônicasBagatelas (1923)Feiras e Mafuás (1953)Marginália (1953)Vida urbana (1953) outrosDiário íntimo (memória - 1953) O cemitério dos vivos (memória - 1953)Impressões de leitura (crítica - 1956)Correspondência ativa e passiva (1956)


Data do Nascimento: 13/05/1881
Morreu aos 41 anos

Data da Morte: 01/11/1922
Um Afro abraço.


Dia Nacional de Prevenção a Acidente de trabalho


27 de JULHO-

O MAIOR BEM DE UMA INSTITUIÇÃO É O SEU CAPITAL HUMANO

Dois dos direitos fundamentais do ser humano são o direito à alimentação e o direito à saúde.
Condição sine qua nom para dignidade de um cidadão, além desses dois direitos fundamentais e básicos, é o direito ao trabalho digno.

Apenas com essa trilogia, é possível caracterizar o SER - CIDADÃO.



 O que é um trabalho digno? Para que o trabalho seja digno, não basta, apenas ser uma atividade remunerada satisfatoriamente, mas sim, uma atividade onde sejam mantidas e preservadas as integridades físicas e morais do trabalhador.


A Segurança da atividade laboral é primordial para essa dignidade.
Segurança do e no trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar riscos de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. 

A Segurança do e no Trabalho tem como base as análises de risco que, nada mais são do que ações preventivas com base nos riscos eminentes ou potenciais.

No passado recente, a mão de obra escrava negra possibilitou emergir os pilares básicos do país e dinamizou por quase quatro séculos a expansão e o desenvolvimento econômico do Velho e do Novo Mundo. Milhões de vidas de homens e mulheres traficados de diferentes regiões africanas foram consumidos no perverso processo de acumulação de riquezas do Império Colonial Português e de demais nações que partilharam da exploração e do tráfico negreiro. Durante cinco séculos, afirmou-se a supremacia branca e a subjugação dos povos originais (os índios) e dos povos africanos.

Historicamente, criou-se uma perversa hierarquia entre pessoas de peles, sexos e culturas distintas. Pessoas que viram suas singularidades transformadas em diferenças inferiorizadas. Sobreposições de discriminações que se naturalizaram no inconsciente coletivo.
O que herdaram as novas gerações de mulheres negras e homens negros no Brasil? Herdaram somente a força e a resistência dos seus ancestrais. Os negros ainda permanecem  majoritariamente na condição de filhos bastardos de uma pátria-mãe  pouco gentil, sem jamais usufruir do berço esplendido reservado a um seleto grupo de eurodescendentes. 
O perfil da distribuição da população brasileira, segundo posições sociais hoje, atesta que o caso do racismo, da tentativa sistemática de inferiorização do segmento populacional negro no Brasil não é uma história que ficou no passado.

Nasce neste final de milênio um novo perfil de trabalhador: polivalente, capaz de exercer funções diversificadas, o que exige investimentos em profissionalização de excelência. Por que as empresas ao investirem na modernização profissional de alguns trabalhadores, comumente, marginalizam os negros? Uma das explicações seria a combinação entre especialização técnica e administração de quadros, ou seja, a importância de treinamento para a chefia. Ora, haver negros chefiando brancos poderia desestabilizar uma cultura que institucionalizou lugares hierárquicos designando aos negros posições tidas como inferiores. É parte da idiossincracia cultural brasileira, em especial, a nordestina, expressões como ‘ponha-se no seu lugar’ ou ‘sabe com quem está falando?’ afirmando a legitimação  de poderes, de hierarquias  por ‘superioridade’ assumida.
O quadro de resistência, protesto e recusa do quadro aqui descrito por parte de negros e negras no Brasil é complexo e antigo, passando por diversas formas, como os quilombos, as expressões da religiosidade afro-brasileira, como o candomblé, e as entidades políticas que se organizaram para combater o racismo. Algumas marcam a linha da inclusão, conquista de direitos no plano legal, ações afirmativas, programas por acesso à educação e à saúde, e combate à associação da imagem das mulheres e homens negros aos estereótipos colonizadores. Outras se movimentam  mais no campo da cultura, ressaltando a contribuição singular dos povos negros para o que se assume como naturalmente brasileiro. Todas essas frentes são importantes e necessárias para a construção de uma outra história.

O Brasil foi o primeiro país a ter serviço obrigatório de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 funcionários. Com o objetivo de diminuir cada vez mais os acidentes de trabalho, desde 1972, o dia 27 de julho passou a ser o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes no Trabalho.


Acidente do trabalho é aquele que ocorre durante o serviço, ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional e pode resultar em morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho. Seja em caráter permanente ou temporário, o acidente de trabalho inclui também as doenças ocupacionais. As causas de um acidente podem ser naturais ou por falta de medidas de proteção.
Cumprir as rotinas de segurança tornou-se fundamental para que ocorra a prevenção a acidentes de trabalho entre funcionários e criem meios para melhorar e humanizar o ambiente corporativo, o que torna os profissionais mais saudáveis, respeitados, motivados e produtivos

Era um período de fragilidade no tocante à segurança dos trabalhadores no Brasil. O número de acidentes de trabalho era tamanho que começaram a surgir pressões exigindo políticas de prevenção, inclusive com ameaças do Banco Mundial de retirar empréstimos ao país, caso o quadro continuasse.
Hoje, 30 anos depois, não se pode pensar em uma empresa que não esteja preocupada com os índices de acidentes de trabalho. A segurança dentro da empresa é sinônimo de qualidade para a mesma e de bem-estar para os trabalhadores. Financeiramente, também é vantajosa: treinamento e infra-estrutura de segurança exigem investimentos, mas por outro lado evitam gastos com processos, indenizações e tratamentos de saúde em casos que poderiam ter sido evitados.
* Se liga:Acidentes de trabalhos também são aqueles que, apesar de não estar o profissional em regime de CLT ou de qualquer outro regime, o TRABALHO é árduo, importantíssimo e, também passivo de acidentes.
* Ainda não tem pesquisas e dados sobre segurança e trabalhador negro...
Um afro abraço.

 fonte:www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/acidentes/home.html/189.3.47.200 .



quinta-feira, 26 de julho de 2012

"UM VIAGEM AO UNIVERSO DO AXÉ"

 1ºSEMINÁRIO DE RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA E                   AFROBRASILEIRA DA UNEGRO RJ.


A direção estadual de materiz africana da Unegro RJ e a ong. I.A.O, tem o prazer de convidar Unegrinos,  e povo de santo e seus familiares, para um grande mergulho no universo do axé, magia, encantamento e hierarquia.

Estamos realizando o terceiro encontro de religião de matriz africana da Unegro na zona oeste  do RJ´.
O primeiro foi em dezembro de 2007, intitulado o primeiro encontro de negros e negras em Sepetiba, com o tema " Uma tarde na bahia";

O segundo foi em setembro de 2009, intitulado, o 1º seminário zonal  da zona oeste.
O terceiro, será dia 05- 08- 12, às 8:30 hs no clube Reconcavo de Sepetiba, na rua- São Tarcisio 437 Sepetiba RJ, intitulado " Uma viagem ao universo do axé ", tendo como objetivo, apresentar de forma coerente e viável, debates realizados por sarcedotes, sacerdotizas, ogans e estudiosos das religiões africanas, tema de importancia significativa ao povo de axé, como por exemplo:
Mini curso de direitos e deveres das casas de axé, doenças mais comum a população negra, prevenção e proteção do meio ambiente, ancestralidade, folhas intolerância religiosa, ori, ebós, entretenimentos entre outros.

PROGRAMAÇÃO:















 08:30 hs Abertura
1ª mesa:
Patologias  mais comum a população negra.
Sueli Garcia- Yalorixá

Prevenção e não contaminação do meio ambiente
Edson Carvalho- diretor do Sindicato dos Metalúrgicos RJ

Encantaria Cigana do povo do Oriente.
Katia- Sacerdotiza

Catimbó
mameto kanabogi

10:20 intervalo
homenagens
agradecimentos
11:00hs

2º mesa
Midia escrita, falada e virtual das religiões de
Paulo Mendonça- Publicitário, jornalista.

 matriz Africana e afrobrasileira.
Politicas Publicas.
Ana Felippe-Memorial Lelia Gonsales-

Ebó: importancia, tipos, etc,...
Antonio Carlos- Babalorixá

Ori: divisão, individualidade, destino, culto, etc, ...
Nelson de Azanssun- Doté

folhas: ritual, propiedades, importância, correlações.:
Jaçanan- Ogan

13:hs Almoço

14:30 hs
3ª mesa
Intolerancia Religiosa:
Ivanir- Babalawoo.

Mini- curso de direitos e deveres das casas de Axé:
Sandra Garcia- Advogada

Centenário da Umbanda no Brasil:
Joãozinho de Xango- Babalorixá

Ancestralidade: Hierarquia, culto,etc, ...:
  Professor Marcos Penna-Babalorixá.
17:00 hs Termino do Seminário

Entretenimento:
show co Carolla Vidgal
Samba de roda de Afoxée Capoeira

Dia- 05-08-2012
Local: Rua São Tarcísio 437 Sepetiba-RJ
Venda de convites e inscrições:
Contatos:
Cacau do Oxosse: 84195933
Pretinha de Iansã: 99207651

Entretenimento:
show co Carolla Vidgal
Samba de roda de Afoxé.

Dia- 05-08-2012
Local: Rua São Tarcísio 437 Sepetiba-RJ
Venda de convites e inscrições:
Contatos:
Cacau do Oxosse: 84195933
Pretinha de Iansã: 99207651


Dia- 05-08-2012
Local: Rua São Tarcísio 437 Sepetiba-RJ
Venda de convites e inscrições:
Contatos:
Cacau do Oxosse: 84195933
Pretinha de Iansã: 99207651 

















A união faz a força,
da natureza originou-se os orixas,
dos reinos criou-se o axé.

  Meu mojubá.
Fiquem na paz do caçador.
Cacau do oxossi.

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...