Veridiano Farias, filho do estivador Franklin Fortunato Farias e de Maria José Sabina, neto da
escrava Fortunata e do tabalhador de charqueada Barbosa Farias, conhecido entre os amigos como “O Teimoso”, por ser muito perseverante, é o primeiro médico negro formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGS)
escrava Fortunata e do tabalhador de charqueada Barbosa Farias, conhecido entre os amigos como “O Teimoso”, por ser muito perseverante, é o primeiro médico negro formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGS)
Ainda criança, foi morar em Porto Alegre com a família. Desde muito cedo aprendeu a tocar vários instrumentos, o lhe que permitiu trabalhar como músico instrumentista em bailes. Casou-se com Isabel, com que teve dois filhos.
Começou a estudar muito tarde, formando-se no ensino secundário em 1942, já com 36 anos. Veridiano teve vários empregos. Na empresa de transporte coletivo, trabalhou como motorneiro de bonde, motorista de ônibus e, nas horas vagas, tocava trompete na Banda da Carris de Porto Alegre. Além de tocar na empresa, trabalhou nas orquestras das rádios Gaúcha, Difusora e Farroupilha.
Em 1940 formou-se no magistério (ensino secundário), prestando concurso para o Departamento Estadual de Saúde para o cargo de chofer sanitarista. Ainda assim, continuou a dar aulas particulares de música e a tocar nas várias orquestras da cidade.
Participava da vida cultural de Porto Alegre, compunha para blocos carnavalescos. Foi um dos fundadores do bloco “Os Prediletos” e ensaiador do grupo carnavalesco “Os Imbrutos”. Era amigo dos sambistas da cidade como Lupicínio Rodrigues, Rubens Santos e Túlio Piva. Tocou na orquestra Jazz Paris, com Lupicínio, por muito tempo.
-Veridiano Farias ficou conhecido entre os amigos como “O Teimoso”, por não desistir diante das dificuldades. As várias atividades de Veridiano Farias não impediriam que lutasse para realizar sua vocação na Medicina. Ao concluir seus estudos secundários prestou três ou quatro vezes o vestibular para medicina, não sendo aprovado. Segundo seu neto e biógrafo, era porque não conseguia solicitar a revisão das avaliações.
Diante da recusa da universidade, prestou vestibular no Rio, tirando em segundo lugar. Iniciou o curso na Faculdade de Medicina Gama Filho. Vivendo da música no Rio de Janeiro, fez algumas disciplinas na então capital do país, solicitando em 1946, sua transferência para Porto Alegre, obtendo-a após apelar para o influente Getulio Vargas. Em carta ao ex-presidente, contou sua história, revelando que só prestou vestibular no Rio de Janeiro porque no Rio Grande do Sul a universidade criava obstáculos a sua entrada; declarando a necessidade de ficar perto da mulher e dos filhos, solicitou a interferência do político para que voltasse a sua terra natal, no que prontamente foi atendido.
Formou-se em 15 de dezembro de 1951, tornando-se o primeiro médico negro formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o segundo do Estado. Conseguiu rapidamente emprego como dermatologista no Hospital Colônia Itapuã, pois poucos médicos clinicavam lá, em razão de ser um hospital de periferia e dos surtos de lepra que assolavam constantemente a região. Médico dedicado, Veridiano estava prestes a ser promovido a diretor da instituição. Faltavam cinco dias para assumir o novo cargo quando, no trajeto de ida para o hospital, na estrada Porto Alegre-Itapuã, sentiu fortes dores no peito, parou o carro e caiu sobre o volante, vitimado por um ataque cardíaco, em 10 de agosto de 1952.
Se liga:
Formado pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre em 1922, Luciano Raul Panatieri é, conforme os registros, o primeiro médico negro formado no Rio Grande do Sul. Ele viveu entre os anos de 1897 e 1972, trabalhou em Rio Pardo e na capital gaúcha. O interesse pela literatura o levou ao Grêmio Rio-pardense de Letras.
Segundo seu neto, “a história de Veridiano é a história de um homem que lutou contra a intolerância e atravessou com sacrifícios as barreiras de sua vida”
Um afro abraço.
fonte:https://historiaviajante.wordpress.com/http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/veridiano/http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?
Começou a estudar muito tarde, formando-se no ensino secundário em 1942, já com 36 anos. Veridiano teve vários empregos. Na empresa de transporte coletivo, trabalhou como motorneiro de bonde, motorista de ônibus e, nas horas vagas, tocava trompete na Banda da Carris de Porto Alegre. Além de tocar na empresa, trabalhou nas orquestras das rádios Gaúcha, Difusora e Farroupilha.
Em 1940 formou-se no magistério (ensino secundário), prestando concurso para o Departamento Estadual de Saúde para o cargo de chofer sanitarista. Ainda assim, continuou a dar aulas particulares de música e a tocar nas várias orquestras da cidade.
Participava da vida cultural de Porto Alegre, compunha para blocos carnavalescos. Foi um dos fundadores do bloco “Os Prediletos” e ensaiador do grupo carnavalesco “Os Imbrutos”. Era amigo dos sambistas da cidade como Lupicínio Rodrigues, Rubens Santos e Túlio Piva. Tocou na orquestra Jazz Paris, com Lupicínio, por muito tempo.
-Veridiano Farias ficou conhecido entre os amigos como “O Teimoso”, por não desistir diante das dificuldades. As várias atividades de Veridiano Farias não impediriam que lutasse para realizar sua vocação na Medicina. Ao concluir seus estudos secundários prestou três ou quatro vezes o vestibular para medicina, não sendo aprovado. Segundo seu neto e biógrafo, era porque não conseguia solicitar a revisão das avaliações.
Diante da recusa da universidade, prestou vestibular no Rio, tirando em segundo lugar. Iniciou o curso na Faculdade de Medicina Gama Filho. Vivendo da música no Rio de Janeiro, fez algumas disciplinas na então capital do país, solicitando em 1946, sua transferência para Porto Alegre, obtendo-a após apelar para o influente Getulio Vargas. Em carta ao ex-presidente, contou sua história, revelando que só prestou vestibular no Rio de Janeiro porque no Rio Grande do Sul a universidade criava obstáculos a sua entrada; declarando a necessidade de ficar perto da mulher e dos filhos, solicitou a interferência do político para que voltasse a sua terra natal, no que prontamente foi atendido.
Formou-se em 15 de dezembro de 1951, tornando-se o primeiro médico negro formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o segundo do Estado. Conseguiu rapidamente emprego como dermatologista no Hospital Colônia Itapuã, pois poucos médicos clinicavam lá, em razão de ser um hospital de periferia e dos surtos de lepra que assolavam constantemente a região. Médico dedicado, Veridiano estava prestes a ser promovido a diretor da instituição. Faltavam cinco dias para assumir o novo cargo quando, no trajeto de ida para o hospital, na estrada Porto Alegre-Itapuã, sentiu fortes dores no peito, parou o carro e caiu sobre o volante, vitimado por um ataque cardíaco, em 10 de agosto de 1952.
Se liga:
Formado pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre em 1922, Luciano Raul Panatieri é, conforme os registros, o primeiro médico negro formado no Rio Grande do Sul. Ele viveu entre os anos de 1897 e 1972, trabalhou em Rio Pardo e na capital gaúcha. O interesse pela literatura o levou ao Grêmio Rio-pardense de Letras.
Segundo seu neto, “a história de Veridiano é a história de um homem que lutou contra a intolerância e atravessou com sacrifícios as barreiras de sua vida”
Um afro abraço.
fonte:https://historiaviajante.wordpress.com/http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/veridiano/http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?