No dia 30 de março comemora-se o Dia Mundial da Juventude. A data serve se pretexto para uma programação especial com atividades que despertam o interesse dos jovens. Em algumas cidades, eventos são organizados para celebrar as conquistas da juventude e aumentar o acesso às oportunidades.
A história mundial comprova o quanto os jovens fizeram a diferença para a superação de crises e até mesmo para deixar a sociedade mais expressiva. Quando se fala a respeito de juventude, logo é possível identificar as marcas da rebeldia, da vontade de fazer a diferença para acabar com a intolerância do mundo.
A juventude define um período da vida caracterizado por grandes acontecimentos. Nesta fase, as pessoas estão em busca da identidade e podem sentir na pele fortes emoções por causa das grandes mudanças que ditam novos rumos. Os jovens também são normalmente responsáveis por definir o perfil de uma geração.
As mudanças das gerações:
É justo dizer que não se fazem mais jovens como antigamente, afinal, desapareceu a atitude de lutar contra os problemas e buscar melhorias para a sociedade. A juventude do século XXI é preguiçosa, não está engajada nas causas sociais e tem um pensamento bem individualista.
A data serve se pretexto para uma programação especial com atividades que despertam o interesse dos jovens. Em algumas cidades, eventos são organizados para celebrar as conquistas da juventude e aumentar o acesso às oportunidades.
A história mundial comprova o quanto os jovens fizeram a diferença para a superação de crises e até mesmo para deixar a sociedade mais expressiva. Quando se fala a respeito de juventude, logo é possível identificar as marcas da rebeldia, da vontade de fazer a diferença para acabar com a intolerância do mundo.
A juventude define um período da vida caracterizado por grandes acontecimentos. Nesta fase, as pessoas estão em busca da identidade e podem sentir na pele fortes emoções por causa das grandes mudanças que ditam novos rumos. Os jovens também são normalmente responsáveis por definir o perfil de uma geração.
Origem do Dia da Juventude
O Dia da Juventude foi criado pelo Papa João Paulo II em 1985, estando primeiramente ligado aos eventos da Igreja Católica. No entanto, com o passar do tempo, a data começou a ser comemorada por pessoas de crenças e culturas diferentes.
As pessoas que foram jovens nas décadas de 60, 70 e 80 tinham uma visão de mundo mais solidária e pensavam em meios de mudar a sociedade. O perfil do ‘jovem revolucionário’ era muito mais claro durante este período.
As mudanças das gerações
É justo dizer que não se fazem mais jovens como antigamente, afinal, desapareceu a atitude de lutar contra os problemas e buscar melhorias para a sociedade. A juventude do século XXI é preguiçosa, não está engajada nas causas sociais e tem um pensamento bem individualista.
Geração Baby Boomer composta pelos jovens revolucionários dos anos 60 e 70.
A geração baby boomer, formada pelos nascidos no pós-guerra, demonstrava mais garra para se impor na sociedade e liderar movimentos de protestos. Os jovens dos anos 60 e 70 acompanhavam e participavam das mudanças culturais, contribuindo de forma decisiva para o lançamento de tendências e pela busca por liberdade de expressão.
A geração Y, formada pelos nascidos nas décadas de 80 e 90, encara o mundo com outros olhos. Os jovens contemporâneos estão vivenciando a revolução digital e muitos acabam resumindo a vida nos acontecimentos das redes sociais. Em contrapartida, a juventude atual se preocupa com o avanço rápido da carreira, se adapta facilmente as novas tecnologias e se revela bastante consumista.
Hoje, os jovens demonstram falta de responsabilidade para lidar com algumas situações, sobretudo quando não recebem uma boa educação em casa. Ao invés de abraçar os novos ideais e sair às ruas para protestar, o jovem atual se revela um pouco individualista, pensando apenas nos estudos, na carreira e no lazer.
Juventude negra um caso a parte na numa projeção recente...
Desde a década de 1990, durante o governo FHC, quando foi efetuada a reforma do estado brasileiro, retirando da administração direta do estado, pastas sociais como educação, saúde, assistência social e ciência e tecnologia, possibilitou a entrada de organizações da sociedade civil (ONGs, OSSs, OSCIPs, Cooperativas e Fundações) “sem fim lucrativos” para atender essas áreas. Assim, repassou-se os orçamentos públicos para as parcerias pública e privada, reduzindo o orçamento das instituições públicas, desobrigando o estado de seu papel fim, de proteção estatal e social. Isso contribuiu para o avanço do estado mínimo. Agora, estamos rumando para um aprofundamento e perdas das conquistas sociais da classe trabalhadora, que apesar de todo o crescimento econômico alardeado não está conseguindo impedir que estejamos no ranking dos países com um dos IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixos, e isto se expressa também nos altos índices de violência constatado na pesquisa.
Esta dura realidade precisa que a enfrentemos com uma campanha política que discuta a valorização da Lei 10639 – que garante o ensino da história e cultura da África nas escolas -, a qual busca resgatar um legado histórico, mas também aprofundar a discussão sobre o racismo, a discriminação racial e o preconceito, além de conscientizar e dar autoestima a juventude negra. Estes índices de violência acontecem porque os jovens negros em sua grande maioria não têm perspectivas de vida. Isto também é perceptível nos índices de evasão escolar, que hoje atingem uma média de 40% somente no ensino médio. A consequência disso, além do aumento da violência, no que tange à formação dos trabalhadores implica na “necessidade de importar mão de obra especializada e estrangeira”.
Essa é uma realidade decorrente da falta de políticas públicas consequentes por parte dos governos e da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) em emprego, moradia, saúde, e principalmente de investimentos reais em educação, mas também de uma ação deliberada de extermínio da população negra, que vem sendo caracterizado ao longo de um processo histórico na sociedade brasileira. Isto porque as ações compensatórias e reparatórias ainda não promoveram a inclusão da população negra, disfarçada numa falsa “democracia racial”, e pelo processo de internacionalização da economia imposto pelas empresas estrangeiras.
Não defendemos á violência pelo processo da repressão. Ao contrário, defendemos um processo educativo pela democracia da sociedade organizada e pelas entidades dos trabalhadores em educação. Além de um processo de recuperação antidrogas pelo viés da saúde pública.
Exigimos os 10% do PIB para a Educação Pública, Já, e não em 2020, um Piso Salarial Nacional para os Trabalhadores da Educação, o fim das políticas privatistas, principalmente em setores como a educação e saúde, creches públicas suficientes para a demanda da população. Estas questões precisam ser administradas com seriedade, priorizando a maioria da classe trabalhadora do país, e não uma minoria que por si só já são privilegiados.
Um afro abraço.
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA / REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
Fonte:UNEGRO/cartilha no Dia Internacional de Luta Contra o Racismo/Revista UNIFICAR/Manifestantes exigem o fim do genocídio da juventude negra nas periferias/ Marcha da Periferia em diversos estados.