A África é um continente que tem seus mistérios e suas seduções, bem como faz parte do nosso imaginário ocidental como uma região de aventuras e de pura a mais pura natureza. Porém a África também é um continente de guerras tribais e fraticidas, e até mesmo de antigos e recentes genocídios.
A África não sabemos o que realmente é, mas que muito nos significa. E é desse outro universo que nos parece tão mais distante que os milhares de quilômetros que nos separam, inaugurarei com poesia africana o espaço aqui reservado às várias e diversas literaturas do mundo, além do meu. Abaixo um rápido apanhado de alguns poemas da África de língua portuguesa (a Luso áfrica) que é constituída dos seguintes países: Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
A poesia africana, a partir da década de 1930, passou a apresentar características de importante relevância para a divulgação da consciência negra o que se deu graças ao movimento que revolucionou a África, o chamado Movimento da Negritude. Este movimento surgiu em 1935 e tinha como líderes Aimé Césaire, Damas e Leopold Senghor. O que aconteceu com isso, portanto, foi um projeto de renascimento dos povos negros e o Movimento da Negritude foi a principal arma utilizada.
A literatura de países africanos de língua portuguesa (Angola, Moçambique, São Tomé e
Príncipe, Cabo Verde e Guiné Bissau), a poesia em particular, partiu para mostrar o que os seus intelectuais faziam em termos de cultura e qual o vínculo dos escritos com o ser negro, o ser africano.
Sendo assim, com o intuito de divulgar a literatura africana, aproximá-la mais da realidade da população brasileira, iremos abordar a seguir a história de alguns poetas de origem africana.
Poetas Africanos e suas obras
Manuela Margarido: Alto como o Silêncio; Os Poetas e Contistas Africanos; Poetas de S. Tomé e Príncipe. (S. Tomé e Príncipe).
Jorge Barbosa: Arquipélago; Ambiente; Caderno de um Ilhéu; Meio Milénio; Júbilo; Panfletário. (Cabo Verde).
Corsino Fortes: Pão e Fonema; Árvore e Tambor. (Cabo Verde).
Francisco José Tenreiro: Negro de Todo o Mundo; Ilha do Nome Santo; Canção do Mestiço; Poesia Negra de Expressão Portuguesa; Coração em África. (S. Tomé e Príncipe).
Agostinho Neto: Quatro Poemas de Agostinho Neto; Poemas; Sagrada Esperança; A Renúncia Impossível. (Angola).
Arlindo Barbeitos: Angola Angolê Angolema; Sonho; Fiapos de Sonho; Na Leveza do Luar Crescente. (Angola).
José Craveirinha: Xigubo; Cantico a un dio di Catrame; Karingana ua karingana; Cela 1; Maria; Izbranoe. (Moçambique).
Luís Carlos Patraquim: Monção; A Inadiável Viagem; Mariscando Luas; Lidemburgo Blues; Pneuma; O osso côncavo e outros poemas; Antologia Poética. (Moçambique).
Anne Kellas: Poems from Mt. Moono; Anthologies: A writer in Stone; Like a House on Fire; Moorilla Mosaic; River of Verse. (África do Sul).
Samira Negrouche: Les Vagues du silence; L’opéra cosmique; A l'ombre de Grenade; Cabinet Secret;
Le Jazz des oliviers; Instance départ. (Argélia).
A CIDADE À NOITE
A África não sabemos o que realmente é, mas que muito nos significa. E é desse outro universo que nos parece tão mais distante que os milhares de quilômetros que nos separam, inaugurarei com poesia africana o espaço aqui reservado às várias e diversas literaturas do mundo, além do meu. Abaixo um rápido apanhado de alguns poemas da África de língua portuguesa (a Luso áfrica) que é constituída dos seguintes países: Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
A poesia africana, a partir da década de 1930, passou a apresentar características de importante relevância para a divulgação da consciência negra o que se deu graças ao movimento que revolucionou a África, o chamado Movimento da Negritude. Este movimento surgiu em 1935 e tinha como líderes Aimé Césaire, Damas e Leopold Senghor. O que aconteceu com isso, portanto, foi um projeto de renascimento dos povos negros e o Movimento da Negritude foi a principal arma utilizada.
A literatura de países africanos de língua portuguesa (Angola, Moçambique, São Tomé e
Príncipe, Cabo Verde e Guiné Bissau), a poesia em particular, partiu para mostrar o que os seus intelectuais faziam em termos de cultura e qual o vínculo dos escritos com o ser negro, o ser africano.
Sendo assim, com o intuito de divulgar a literatura africana, aproximá-la mais da realidade da população brasileira, iremos abordar a seguir a história de alguns poetas de origem africana.
A MINHA DOR
Dói
a mesmíssima angústia nas almas
dos nossos corpos perto e à distância.E o preto que gritou é a dor que se não vendeu
nem na hora do sol perdido nos muros da cadeia.
( Noemia de Sousa/Moçambique)
Manuela Margarido: Alto como o Silêncio; Os Poetas e Contistas Africanos; Poetas de S. Tomé e Príncipe. (S. Tomé e Príncipe).
Jorge Barbosa: Arquipélago; Ambiente; Caderno de um Ilhéu; Meio Milénio; Júbilo; Panfletário. (Cabo Verde).
Corsino Fortes: Pão e Fonema; Árvore e Tambor. (Cabo Verde).
Francisco José Tenreiro: Negro de Todo o Mundo; Ilha do Nome Santo; Canção do Mestiço; Poesia Negra de Expressão Portuguesa; Coração em África. (S. Tomé e Príncipe).
Agostinho Neto: Quatro Poemas de Agostinho Neto; Poemas; Sagrada Esperança; A Renúncia Impossível. (Angola).
Arlindo Barbeitos: Angola Angolê Angolema; Sonho; Fiapos de Sonho; Na Leveza do Luar Crescente. (Angola).
José Craveirinha: Xigubo; Cantico a un dio di Catrame; Karingana ua karingana; Cela 1; Maria; Izbranoe. (Moçambique).
Luís Carlos Patraquim: Monção; A Inadiável Viagem; Mariscando Luas; Lidemburgo Blues; Pneuma; O osso côncavo e outros poemas; Antologia Poética. (Moçambique).
Anne Kellas: Poems from Mt. Moono; Anthologies: A writer in Stone; Like a House on Fire; Moorilla Mosaic; River of Verse. (África do Sul).
Samira Negrouche: Les Vagues du silence; L’opéra cosmique; A l'ombre de Grenade; Cabinet Secret;
Le Jazz des oliviers; Instance départ. (Argélia).
A CIDADE À NOITE
A festa dos reclamos luminosos
é minha.
Não gosto de coisas reais.
Todas as ilusões
me pertencem.
Sou milionário universal
da fantasia.
Gosto de passar pelas montras
e sonhar...
Sonhar sonhando,
sem cobiça,
sem pólvora, sem sangue,
sem ódio,
sem ferir o mundo.
Fontes:http://www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=1208
( Jorge Macedo/Angola)
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
Fontes:http://www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=1208
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