A celebração do 1° de janeiro tem origem num discurso do papa Paulo VI, de 1968, no qual ele declarou que todo dia primeiro de cada ano deveria ser considerado o Dia Mundial da Paz. Em seu discurso, o pontífice sugeriu que a data não se restringisse à tradição católica, mas que se estendesse ao mundo todo com um “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos”.
O 1° de janeiro também foi reconhecido pela ONU como o Dia da Confraternização Universal, que convida todas as nações e povos ao diálogo e à paz.
No Brasil, a data foi definida como feriado nacional em abril de 1949, por meio da assinatura da lei federal 662, assinada pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra
A chegada de um ano sempre desperta a expectativa pela abertura de um novo ciclo, cheio de transformações.
essa época, verbos como recomeçar, reconstruir, repensar e tantos outros “re” parecem fazer mais sentido do que no restante do tempo. Simpatias e tradições reforçam ainda mais esses significados em torno da festa: comer lentilha, pular ondas, vestir branco.
Ao brindar o recomeço, além de sorte, também são bem-vindos os desejos de paz e fraternidade.
Em 1968, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem lançando a ideia da comemoração do Dia Mundial da Paz.
No texto, sugeria que esta não fosse uma comemoração exclusivamente católica, mas que ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”.
Ainda que desde 1981 o Dia Internacional da Paz seja comemorado em 21 de setembro, a data de 1º de janeiro é reconhecida pela ONU como o Dia da Confraternização Universal, ou seja, do diálogo e da paz entre os povos.
Novo ciclo
A palavra francesa Reveillon significa “acordar” e era usada no século 17 para designar jantares longos e chiques realizados durante o ano.
Com o tempo, acabou popularizando-se como sinônimo da festa de passagem de ano.
A comemoração do Ano-Novo tem sua origem intimamente ligada à natureza.
Dois mil anos antes da era cristã, os antigos babilônios festejavam a entrada de um novo ciclo anual no início da primavera no hemisfério norte, que equivaleria ao dia 23 de março do calendário cristão.
Nessa época, era feita a plantação de novas safras, daí a noção de reinício, preservada até hoje.
Já os gregos celebravam o início de um novo ciclo entre 21 e 22 de dezembro, mas o ritual também representava o espírito da fertilidade.
A festa era pelo renascimento anual do deus Dionísius, a quem homenageava-se desfilando com um bebê em um cesto.
Os egípcios comemoravam o Ano-Novo quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós.
A data (16 de julho no calendário cristão) marcava o começo da enchente anual do rio Nilo.
Datas diferentes, sentidos iguais
Na China, a passagem do ano cai no fim de janeiro ou início de fevereiro, porque segue-se o calendário lunar.
Os judeus têm sua celebração de Ano-Novo no primeiro dia do mês de Tishrei, primeiro mês do calendário judaico (meados de setembro ou começo de outubro): é o Rosh Hashaná, a “festa das trombetas".
Para os islâmicos, o ano novo cai em maio, pois a contagem islâmica corresponde ao
Independentemente de crença ou data, o começo de um novo ciclo é um convite para que se repense e se qualifique a relação com o próximo e com o mundo. Feliz 2010!
Um afro abraço.
Claudia Vitalino
Fonte: Procuradoria Regional da República 4ª Região – com informações de Scritta e Themis
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