"A diversidade linguística e cultural dos contingentes de negros introduzidos no Brasil, somada a essas hostilidades recíprocas que eles traziam da África, e a política de evitar concentração de escravos oriundos de uma mesma etnia, nas mesmas propriedades, e até nos mesmos navios negreiros, impediu a formação dos núcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano".
A cobertura informativa sobre minorias étnicas
O "racismo simbólico", termo que surgiu nos anos 70 como forma de abordagem e diferenciação às hostilidades e ódios manifestos a integrantes de grupos étnicos e imigrantes. As formas mais atuais de xenofobia, racismo e preconceito contra grupos étnicos tem, por vezes, a sutileza da sensação de incômodo, insegurança desgosto e, em muitos casos, em medo e ressentimento (Dovidio e Gaertner, 1992).
O protagonismo em imagens destinado à população afro-descendente brasileira é constituído de pontos bastante demarcados: protagonistas em situações onde são afetados pela violência ou praticantes de atos ilícitos. Ainda protagonistas como atletas de destaque (futebol e atletismo com mais freqüência) ou como figurantes, como massa de anônimos para dar reforço, em geral, a personagens brancos de destaque ou afro-descendentes que compõem o raro e seleto grupo de negros que emergiram graças ao talento para as artes (representação e música).
Afro-brasileiro ou negro são os termos oficiais no Brasil que designam racialmente e de acordo com a cor as pessoas que se definem como pertencentes a esse grupo.
De acordo com uma pesquisa do IBGE realizada em 2008 nos estados do Amazonas, da Paraíba, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e no Distrito Federal, apenas 11,8% dos entrevistados reconheceram ter ascendência africana, enquanto que 43,5% disseram ter ancestralidade europeia, 21,4% indígena e 31,3% disseram não saber a sua própria ancestralidade. Quando indagados a dizer de forma espontânea a sua cor ou raça, 49% dos entrevistados se disseram brancos, 21,7% morenos, 13,6% pardos, 7,8% negros,
1,5% amarelos, 1,4% pretos, 0,4% indígenas e 4,6% deram outras respostas. Porém, quando a opção "afrodescendente" foi apresentada, 21,5% dos entrevistados se identificaram como tal.Quando a opção "negro" também foi apresentada, 27,8% dos entrevistados se identificaram com ela.
É UMA QUESTÃO DA COR DA PELE?...
A partir da inviabilidade de suas práticas culturais e do ilogismo na adaptação dos valores e das tradições portuguesas, o africano foi adaptando a sua cultura aos moldes brasileiros.
A cobertura informativa sobre minorias étnicas
O "racismo simbólico", termo que surgiu nos anos 70 como forma de abordagem e diferenciação às hostilidades e ódios manifestos a integrantes de grupos étnicos e imigrantes. As formas mais atuais de xenofobia, racismo e preconceito contra grupos étnicos tem, por vezes, a sutileza da sensação de incômodo, insegurança desgosto e, em muitos casos, em medo e ressentimento (Dovidio e Gaertner, 1992).
O protagonismo em imagens destinado à população afro-descendente brasileira é constituído de pontos bastante demarcados: protagonistas em situações onde são afetados pela violência ou praticantes de atos ilícitos. Ainda protagonistas como atletas de destaque (futebol e atletismo com mais freqüência) ou como figurantes, como massa de anônimos para dar reforço, em geral, a personagens brancos de destaque ou afro-descendentes que compõem o raro e seleto grupo de negros que emergiram graças ao talento para as artes (representação e música).
Afro-brasileiro ou negro são os termos oficiais no Brasil que designam racialmente e de acordo com a cor as pessoas que se definem como pertencentes a esse grupo.
De acordo com uma pesquisa do IBGE realizada em 2008 nos estados do Amazonas, da Paraíba, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e no Distrito Federal, apenas 11,8% dos entrevistados reconheceram ter ascendência africana, enquanto que 43,5% disseram ter ancestralidade europeia, 21,4% indígena e 31,3% disseram não saber a sua própria ancestralidade. Quando indagados a dizer de forma espontânea a sua cor ou raça, 49% dos entrevistados se disseram brancos, 21,7% morenos, 13,6% pardos, 7,8% negros,
1,5% amarelos, 1,4% pretos, 0,4% indígenas e 4,6% deram outras respostas. Porém, quando a opção "afrodescendente" foi apresentada, 21,5% dos entrevistados se identificaram como tal.Quando a opção "negro" também foi apresentada, 27,8% dos entrevistados se identificaram com ela.
É UMA QUESTÃO DA COR DA PELE?...
Se algum pesquisador bater à sua porta perguntando qual é sua raça, você terá dúvidas para responder?
Por mais simples que pareça, essa questão está gerando muita polêmica.
Você sabia que não existem raças na espécie humana? Para chegar a esta afirmação, uma equipe de cinco cientistas estudou e comparou mais de oito mil amostras genéticas colhidas de pessoas de todo o mundo.
Andei pesquisando na tarde de hoje e descobri que, segundo Alan Templeton, diferentemente de todas as outras espécies de mamíferos, não há raças entre os humanos porque "as diferenças genéticas entre grupos das mais distintas etnias são insignificantes". Para que o conceito de raça tivesse validade científica, "essas diferenças teriam de ser muito maiores".
Ou seja: não importa a cor da pele, as feições do rosto, a estatura ou mesmo a origem geográfica de qualquer ser humano: geneticamente somos muito semelhantes.
Muitas pessoas têm conhecimento dessas informações, mas o preconceito continua à tona neste país. O racismo no Brasil é uma atitude de ignorância ?
87% das pessoas de nosso país admite que há discriminação racial, mas apenas 4% da população se considera racista.
Por mais simples que pareça, essa questão está gerando muita polêmica.
Você sabia que não existem raças na espécie humana? Para chegar a esta afirmação, uma equipe de cinco cientistas estudou e comparou mais de oito mil amostras genéticas colhidas de pessoas de todo o mundo.
Andei pesquisando na tarde de hoje e descobri que, segundo Alan Templeton, diferentemente de todas as outras espécies de mamíferos, não há raças entre os humanos porque "as diferenças genéticas entre grupos das mais distintas etnias são insignificantes". Para que o conceito de raça tivesse validade científica, "essas diferenças teriam de ser muito maiores".
Ou seja: não importa a cor da pele, as feições do rosto, a estatura ou mesmo a origem geográfica de qualquer ser humano: geneticamente somos muito semelhantes.
Muitas pessoas têm conhecimento dessas informações, mas o preconceito continua à tona neste país. O racismo no Brasil é uma atitude de ignorância ?
87% das pessoas de nosso país admite que há discriminação racial, mas apenas 4% da população se considera racista.
Então, responda: Há racismo sem racistas?
Ronaldinho ( Ronaldo) disse em alto e bom som que não é negro ;muito embora seja um
homem visivelmente negro e agora?. Nem mesmo sua retratação serviu para pôr panos quentes no assunto. Quando um dos maiores ídolos brasileiros da atualidade não assume suas raízes, é natural que a pergunta assuma proporções ainda maiores...
Nossa conquistas:
O espaço para este povo já foi negado há muito tempo, sendo que a abolição da escravatura não foi suficiente para esta conquista libertária. Todos os avanços relacionados com a posição do povo negro, dentro ou não de forças políticas, foram resultados de seu próprio trabalho e mobilizações.
Porém, muitas dessas conquistas incomodam o senso comum, sendo que muitas pessoas desvalorizam as lutas dos(as) negros(as), argumentando que estes(as) já conseguiram o suficiente, e que portanto não há do que reclamar. Ou então, consideram os(as) negros(as) como pessoas ingênuas e facilmente manipuladas por organizações políticas. O racismo ainda está presente e contextualiza os espaços das universidades, da mídia, dos livros literários… Mas, pelo que parece, há situações em que os(as) negros(as) não têm o apoio em suas lutas nem mesmo de movimentos sociais. Pelo contrário, nota-se, já há algum tempo, a presença de “militantes” que estão do lado do(a) agente opressor(a), algo bastante contraditório. E isto faz com que o Movimento Social Negro tenha que agir com mais empenho, para enfrentar este inimigo mascarado.Todo este incômodo provocado pela ascensão do povo negro faz parecer que suas atitudes estão sendo vigiadas, com o objetivo de encontrar um vacilo, pequeno que seja, para argumentar que sua conquista foi pautada em ações que ofuscam a luta dos(as) próprios(as) negros(as).
Neste escrito, serão pontuadas quatro áreas nas quais os(as) negros(as) estão conquistando e fazendo valer sua identidade, mas que devem ser analisadas, para que o caminho não seja vencido pelo conformismo.A conquista da identidade.
As conquistas do povo negro e a valorização de sua identidade caminham juntas, mas são os(as) próprios(as) negros(as) que podem se deixar enganar. Até mesmo militantes do Movimento Negro deixam se entorpecer por meias conquistas, se convencendo que é pouco, mas que “é melhor do que nada”. Ainda há muito que lutar e não deixar que organizações oportunistas se apropriem das causas negras. O conformismo é um grande vilão na militância pelo reconhecimento dos direitos do povo.
"O racismo no Brasil se caracteriza pela covardia. Ele não se assume e, por isso, não tem culpa nem autocrítica".
Um afro abraço.
Ronaldinho ( Ronaldo) disse em alto e bom som que não é negro ;muito embora seja um
homem visivelmente negro e agora?. Nem mesmo sua retratação serviu para pôr panos quentes no assunto. Quando um dos maiores ídolos brasileiros da atualidade não assume suas raízes, é natural que a pergunta assuma proporções ainda maiores...
Para aqueles que se aceitam como negros, saibam que a vitória se encontra nas batalhas vencidas. Continuaremos lutando contra a discriminação e o racismo neste país e enchendo nosso peito de orgulho de cada um desses indivíduos vitoriosos. As correntes já foram quebradas, mas ainda não conquistamos a total liberdade: desconhecemos do que se trata. O negro nunca sentiu em sua pele escura a real sensação de estar totalmente liberto e talvez por isso a vergonha de alguns de seu alto reconhecimento e negação de sua identidade. Falaremos de nossos antecessores com orgulho e satisfação, agradecendo humildemente por terem feito parte da bela história de nossas vidas. Nossas origens se encontram em cada gota de suor que caiu dos teus rostos
.A nossa contribuição Lingüística
.A nossa contribuição Lingüística
Palavra portuguesa | Palavra mais usada no Brasil | Língua de origem |
---|---|---|
Insultar | Xingar | Do quimbundo xinga (injuriar, ofender) |
Dormitar | Cochilar | Do quimbundo koxila (cabecear com sono) |
Trapo | Mulambo | Do quimbundo mulambo (trapo, roupa esfarrapada) |
Benjamim | Caçula | Do quimbundo kazuli (o filho mais moço, o último da família) |
Óleo-de-palma | Dendê | Origem africana (palmeira do Congo e da
Guiné, introduzida no Brasil desde o século XVI)
|
Nádegas | Bunda | Do quimbundo mbunda (nádegas, assento) |
Vespa | Marimbondo | Do quimbundo ma, prefixo plural da quarta classe +
rimbondo, vespa (inseto, vespa)
|
Sinete | Carimbo | Do quimbundo ka, prefixo diminutivo + rimbu, repartições
(objeto usado nas repartições e casas de negócio)
|
Aguardente | Cachaça | Origem africana (aguardente) |
Nossa conquistas:
O espaço para este povo já foi negado há muito tempo, sendo que a abolição da escravatura não foi suficiente para esta conquista libertária. Todos os avanços relacionados com a posição do povo negro, dentro ou não de forças políticas, foram resultados de seu próprio trabalho e mobilizações.
Porém, muitas dessas conquistas incomodam o senso comum, sendo que muitas pessoas desvalorizam as lutas dos(as) negros(as), argumentando que estes(as) já conseguiram o suficiente, e que portanto não há do que reclamar. Ou então, consideram os(as) negros(as) como pessoas ingênuas e facilmente manipuladas por organizações políticas. O racismo ainda está presente e contextualiza os espaços das universidades, da mídia, dos livros literários… Mas, pelo que parece, há situações em que os(as) negros(as) não têm o apoio em suas lutas nem mesmo de movimentos sociais. Pelo contrário, nota-se, já há algum tempo, a presença de “militantes” que estão do lado do(a) agente opressor(a), algo bastante contraditório. E isto faz com que o Movimento Social Negro tenha que agir com mais empenho, para enfrentar este inimigo mascarado.Todo este incômodo provocado pela ascensão do povo negro faz parecer que suas atitudes estão sendo vigiadas, com o objetivo de encontrar um vacilo, pequeno que seja, para argumentar que sua conquista foi pautada em ações que ofuscam a luta dos(as) próprios(as) negros(as).
Neste escrito, serão pontuadas quatro áreas nas quais os(as) negros(as) estão conquistando e fazendo valer sua identidade, mas que devem ser analisadas, para que o caminho não seja vencido pelo conformismo.A conquista da identidade.
As conquistas do povo negro e a valorização de sua identidade caminham juntas, mas são os(as) próprios(as) negros(as) que podem se deixar enganar. Até mesmo militantes do Movimento Negro deixam se entorpecer por meias conquistas, se convencendo que é pouco, mas que “é melhor do que nada”. Ainda há muito que lutar e não deixar que organizações oportunistas se apropriem das causas negras. O conformismo é um grande vilão na militância pelo reconhecimento dos direitos do povo.
"O racismo no Brasil se caracteriza pela covardia. Ele não se assume e, por isso, não tem culpa nem autocrítica".
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
Fonte:www.dhnet.org.br/.../paulo_freire_visao_mundo_homem_sociedade.pdf/biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/NildaFranchi.pdf/racabrasil.uol.com.br/cultura-gente/88/artigo9206-1.asp
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