UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

domingo, 27 de abril de 2014

Africa historia de nossa gente :Pigmeus

Origens:
Várias teorias têm sido propostas para explicar a baixa estatura dos pigmeus. Uma explicação aponta para os baixos níveis de luz ultravioleta nas florestas equatoriais. Isto pode significar que relativamente pouca vitamina D pôde ser feita na pele humana, limitando assim a absorção do cálcio na dieta de crescimento e manutenção óssea, e que conduziu à evolução característica de tamanho pequeno e esquelético dos pigmeus.



Há uma lenda que diz que os povos pigmeus primordiais (os Kás), era um povo muito alto que passavam de 220 cm na media de altura e que foram expulsos para as densas florestas equatoriais por uma maldição há quase 5000 anos atrás pelos ancestrais dos Bantos, o que originou em grandes costumes de hoje em dia. Conta a lenda que os Ká passaram mais de 3000 anos sem poder ver a luz do sol e passado esse tempo foram denominados pigmeus pelas tribos bantas da região pois passaram a ter uma estatura muito baixa. Assim com o nome mudado os pigmeus puderam voltar a ver a luz do sol.

Outras explicações incluem a falta de alimentos no ambiente equatorial, os baixos níveis de cálcio no solo, a necessidade de se mover através da densa floresta, a adaptação ao calor e à umidade, e, mais recentemente, como uma associação com a rápida maturação reprodutiva em condições de mortalidade precoce. Um estudo recente sugere que o crescimento nessas populações é retida por pequenas quantidades de FIG (Fatores de Insulina do Crescimento) durante a adolescência.

Pigmeu é um termo utilizado para vários grupos étnicos mundiais cuja altura média é invulgarmente baixa; os mais famosos pigmeus são os Mbuti onde os homens adultos crescem a menos de 150 cm na média de altura. Um membro um pouco mais alto no grupo é denominado pigmoide. Existem também pigmeus no Sul da Ásia, na Oceania, no Brasil e na Bolívia. O termo inclui também os Negritos do Sudeste Asiático.

O termo "pigmeu" é muitas vezes considerado preconceituoso. Cada povo prefere ser
chamado pelo seu respectivo nome, embora não haja outro termo para se referir aos povos como grupo. - Estatura: explicação biológica


O hormônio do crescimento (GH) estimula o fígado a produzir diversas proteínas pequenas, denominadas somato medinas, que possuem o efeito de aumentar todos os aspectos do crescimento ósseo. Foram isoladas,pelo menos, quatro somato medinas diferentes, mas sem dúvida alguma, a mais importante é a somato medina-C, com peso molecular aproximado de 7.500. Em condições normais, a concentração de somatomedina-C no plasma acompanha estreitamente a velocidade de secreção do hormônio do crescimento. Os pigmeus da África tem incapacidade congênita de sintetizar quantidade significativa de somatomedina-C. Embora a concentração de GH esteja normal ou elevada no plasma sanguíneo desses indivíduos, existem quantidades diminuídas de somatomedina-C, explicando aparentemente a baixa estatura dessas pessoas. Alguns outros anões (o nanismo de Levi-Lorain) também apresentam esse problema.
Africanos Pigmeus

Pigmeus vivem em vários grupos étnicos em Ruanda, Uganda, na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana, Camarões, Guiné Equatorial,Gabão, no Congo, Angola, Botsuana, Namíbia e na Zâmbia.

A maioria das comunidades sobrevivem como caçadores-coletores, que vivem parcialmente, mas não exclusivamente sobre os produtos silvestres do seu ambiente. Fazem comércio com os agricultores vizinhos para adquirir alimentos e outros materiais cultivados fora. Mas mesmo assim são bons caçadores, caçando só o que precisam, e comem larvas de troncos ocos. Destilam o milho e frutas disponíveis; extram dali o álcool. As casas são feitas de varas, troncos e folhas e mantêm sempre uma fogueira acesa durante a noite pois esfria muito.

Enquanto para o negro em geral a selva é uma madrasta perigosa, para os Pigmeu é uma mãe amorosa que os acolhe, nutre e protege. Dela eles recebem o material para construir suas cabanas, a madeira para seus arcos e flechas e o alimento cotidiano.

A cabana, semi-esférica e totalmente coberta de folhas, tem de 2 a 3 metros de diâmetro e uma altura que raramente supera os 150 centímetros. Antigamente, sua construção era tarefa exclusiva das mulheres.

Os instrumentos de trabalho dos Pigmeu são poucos e feitos com madeira, ossos, chifres, fibras naturais e vegetais, dentes e sementes duras. Além de suas casas, são hábeis na construção de pontes de cipó sobre os rios.

Em todos os grupos pigmeus, a unidade sócio-econômica é a aldeia, formada por uma dezena de cabanas e habitada por grupos de trinta a setenta pessoas. O mais velho, ou o caçador mais hábil, preside cada unidade.

A estrutura social dos Pigmeu é muito precisa, e há uma nítida divisão sexual do trabalho. As mulheres recolhem na selva tubérculos, fungos, larvas e cogumelos. A pesca, que só acontece na estação seca, é reservada, em alguns grupos, às mulheres e crianças.

Já a caça é atividade exclusivamente masculina e se constitui num momento mágico na vida da comunidade pigméia. Os homens se preparam para sair à caça se abstendo das relações sexuais e evitando toda "ofensa" à comunidade. Antes de partirem, há cerimônias de purificação e propiciação.

Hoje, como no passado, a sorte dos Pigmeu está ligada à selva. Fora dela, sua cultura e sua vida se perdem. Mas ultimamente o seu meio ambiente está sendo cada vez modificado e destruído pela extração de madeira, extensas plantações de café, minas de ouro e diamantes e implantações industriais.

Além disso, o uso de armas de fogo por parte de negros e brancos afasta sempre mais os
animais selvagens, dificultando a caça, atividade essencial para a subsistência dos Pigmeus.

Estima-se que há entre 250.000 e 600.000 pigmeus que vivem na floresta tropical do Congo.
Preconceito

Os Pigmeus africanos sofrem preconceito e opressão de outros grupos étnicos Africanos, principalmente o canibalismo dos Bantos. Alguns países pretenderiam usar os Pigmeu como curiosidade turística e convertê-los em patrimônio nacional, como se se tratasse de animais raros de uma reserva. Esta é uma situação discriminatória que, nascida das diferenças entre os Pigmeu e os demais povos africanos, ainda perdura hoje.

Se liga:

O povo foi caçado e consumido como se fossem animais. Os pigmeus são vítimas muito constantes de canibalismo.(carece de fontes) As guerras contra eles foram considerados "subumanas".

Há ampla evidência de assassinatos em massa, canibalismo e estupros de pigmeus devido à tal tradição e é feita uma investigação contra o extermínio de pigmeus. Apesar de terem sido orientados por praticamente todos os grupos armados, a maior parte da violência contra os pigmeus é atribuído ao grupo rebelde, o Movimento para a Libertação do Congo, que faz parte do governo de transição de origem banta e ainda controla grande parte do norte e os seus aliados.

Escravidão
Na República do Congo, onde pigmeus representam 5 a 10% da população, muitos pigmeus vivem como escravos de mestres Bantos. A nação está profundamente dividida entre estes dois grandes grupos étnicos. Os pigmeus escravos pertencem desde o nascimento até à sua morte aos mestres Bantos em um relacionamento que os Bantos chamam de honrada tradição. Chegam a ser considerados parte do seu patrimônio familiar e, como tais, são transmitidos como herança de geração em geração. Nessas condições, é o patrão negro

quem responde por eles diante da sociedade. Defendem-nos em tribunais, onde às vezes os Pigmeu nem sequer têm o direito de comparecer, e conservam seus eventuais documentos públicos, que usam sem maiores controles.

Os Bantos desfrutam dos bens que os Pigmeu caçam e colhem e exigem que trabalhem em seus campos. Em troca, lhes dão retalhos velhos de tecido, alguns produtos de cultivo e até suas cabanas, quando estas já estão semidestruídas.

Um afro abraço.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre

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