Antes de partir para França em 1918, a divisão foi presenteada com a insígnia dos "Buffalo Soldiers". O apelido “soldado búfalo” data do final de 1860, quando os soldados negros se apresentaram como voluntários para o oeste americano. Os índios americanos, que encaravam a nova ameaça como “homens brancos pretos”, inventaram o termo “soldado búfalo” como mostra de respeito para um valoroso inimigo. De acordo com uma história, os índios pensavam que os soldados negros, com sua pele escura e cabelos encarapinhados, pareciam búfalos. Outra história diz que o nome vem do couro de búfalo que muitos soldados negros usavam durante os duros invernos no oeste, como um suplemento à seus inadequados uniformes do governo
Com esta segregação, foi a única divisão de infantaria americana composta por negros, colocada em combate na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, fazia parte do V Exército e serviu na Campanha da Itália de 1944 até o fim da guerra.
Negros na Segunda Guerra:
Um dos batalhões mais famosos de negros na Segunda Guerra Mundial foi a 92ª Divisão de Infantaria Americana, que também havia combatido na Primeira Guerra Mundial. Naquela época os batalhões eram segregados desde a saída dos Estados Unidos, e mesmo a 92ª Divisão possuía brancos entre os postos mais altos de comando.
Essa unidade era formada por negros norte-americanos e de praticamente todos os estados e foi a única colocada em combate na Europa durante a Segunda Guerra Mundial; fazia parte do V Exército servindo na Campanha da Itália de 1944 até o fim da guerra.
"Apesar de reconhecida como uma unidade composta de negros, mesmo dentro dela havia segregação começando com os oficiais de primeira linha, onde todos os oficiais superiores eram brancos, ficando os negros com os comandos de segunda linha (oficiais inferiores)"
Dos quase um milhão de negros norte-americanos selecionados para o serviço militar durante a 2ª Guerra Mundial, somente essa divisão negra combateu como infantaria na Europa. À época, o governo afirmava que os negros não estavam motivados a lutar, especialmente por conta da opressão racial que a população negra vivia em seu próprio país.
Negros somaram quase um milhão durante a Segunda Guerra Mundial
Ray Holyoak, um historiador australiano, descobriu evidências de que soldados negros norte-americanos iniciaram um motim de protesto contra o racismo enquanto estavam na Austrália, durante a Segunda Guerra Mundial.
"O historiador, da Universidade James Cook, afirma que cerca de 600 soldados negros norte-americanos foram enviados para o estado de Queensland, no norte da Austrália, em 1942 para construir uma pista de pouso nas proximidades de Townsville."
Se liga:
Contudo, eles foram alvos de “sérios abusos raciais” praticados por dois oficiais brancos. Em virtude disso, alguns soldados empunharam as metralhadoras e armas antiaéreas, abrindo fogo contra a tenda onde os oficiais bebiam. Segundo o levantamento do historiador, pelo menos uma pessoa foi morta e outras foram seriamente feridas na rebelião, que durou cerca de oito horas.
Contudo, eles foram alvos de “sérios abusos raciais” praticados por dois oficiais brancos. Em virtude disso, alguns soldados empunharam as metralhadoras e armas antiaéreas, abrindo fogo contra a tenda onde os oficiais bebiam. Segundo o levantamento do historiador, pelo menos uma pessoa foi morta e outras foram seriamente feridas na rebelião, que durou cerca de oito horas.
Para derrubar os amotinados, tropas australianas foram chamadas para Queensland, que era uma significativa base de apoio para soldados servindo na campanha do sudoeste do Pacífico entre 1942 e 1945. A base foi sede de aeródromos, campos, fábricas e hospitais.
Holyoak afirma que rumores deste motim persistem em Townsville desde o final da Segunda Guerra Mundial. Ele descobriu evidências quando pesquisava as razões da visita de três dias do então congressista americano Lyndon B. Johnson a Townsville, em 1942. Ele disse que o futuro presidente recebeu um relatório escrito por um jornalista americano que estava junto às tropas e acompanhou o levante, no entanto, o relatório nunca foi publicado pela mídia. Holyoak disse que agora sua pesquisa está focada nas sentenças que foram dadas aos envolvidos no motim.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as unidades de combate eram racialmente segregadas e muitos deles tinham que provar seu valor para serem aceitos em determindas companhias. Dos 990.000 negros americanos selecionados para o serviço militar durante a 2ª Guerra Mundial, somente uma divisão negra combateu como infantaria na Europa, a 92ª Divisão de Infantaria. A grande maiorias dos afro-americanos usando uniforme eram designadas para para atividades de construção ou intendência, neste último servindo basicamente na marinha e dentro destes serviços estavam o nada agradável, registro e inventário de sepulturas. O governo alegava que os negros não eram suficientemente motivados ou agressivos para lutar.
Um afro abraço.
fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre
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