O Dia de África assinala-se, hoje, 25 de Maio, em homenagem ao 48º aniversário da criação, em Adis Abeba (Etiópia), da Organização de Unidade Africana (OUA), em carta assinada por 32 estados africanos já independentes na altura.
O objectivo que norteou a criação da OUA, no dia 25 de Maio de 1963, foi a aceleração do fim da colonização do continente.
A carta de criação da que é, actualmente, a União Africana (UA) constitui, até os nossos dias, o maior compromisso político dos líderes africanos, porquanto dessa reunião, nasceu a OUA.Foi em 25 de Maio foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, Dia da Libertação de África.
A criação da OUA traduziu a vontade dos africanos de se converterem num corpo único, capaz de responder, de forma organizada e solidária, aos múltiplos desafios com que se defrontam para reunir as condições necessárias à construção do futuro dos filhos de África.
Era o sonho a que o apartheid, as guerras, a violência, as doenças e a instabilidade política não deixaram vingar, apesar dos esforços de Nasser, Lumumba, N’ Khrumah, Cabral, Machael e muitos outros em construir uma terra livre e de homens também livres.
A OUA mostrou ser incapaz de resolver os conflitos surgidos continuamente em todo o continente e os indicadores económicos de África são os mais baixos do Planeta, concorrendo para isso a instabilidade e as epidemias.
O sonho de uma África livre, desenvolvida e próspera obteve novo formato quando, a 12 Julho de 2002, em Durban, o último presidente da OUA, o sul-africano Thabo Mbeki, proclamou solenemente a dissolução da organização e o nascimento da União Africana.
O objectivo foi a necessidade de fazer face aos desafios com que o continente se defronta, perante as mudanças sociais, económicas e políticas que se operam no mundo.
Contudo, assim como antes, a meta é uma só: “uma África unida e forte”, capaz de concretizar os sonhos de “liberdade, igualdade, justiça e dignidade”.
Outro objectivo principal da UA é a unidade e a solidariedade entre os países e povos de África, defender a soberania, a integridade territorial e a independência dos seus Estados membros e acelerar a integração política e socioeconómica do continente, para realizar o sonho dos “pioneiros”, que, em 1963, criaram a OUA.
Dos 54 estados africanos, 53 são membros da nova organização: Marrocos afastou-se voluntariamente em 1985, em sinal de protesto pela admissão da auto-proclamada República Árabe Saharaui, reconhecida pela OUA em 1982.
Apesar dos conflitos que, ainda, persistem, a maioria dos países do continente possuem governos democraticamente eleitos. De uma forma geral, os governos africanos são repúblicas presidencialistas, com excepção de três monarquias: Leshoto, Marrocos e Swazilândia.
Parcerias são formadas diariamente ao abrigo da NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento da África), um instrumento da União Africana que se baseia em relações e acordos bilaterais num ambiente de transparência, responsabilização e boa governação.
A comemoração do Dia de África a 25 de Maio é para lembrar o ponto de partida, a trajectória e o que resta para se chegar a um continente onde valerá sempre a pena viver e construir um futuro.
A África tem aproximadamente 30,27 milhões de quilómetros quadrados de terra. Basicamente agrário, é o segundo continente mais populoso do Mundo (depois da Ásia) e o seu PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas um porcento do produto mundial.
Um afro abraço.
Fonte: Inforpress
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