25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
Aconteceu em 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo (República Dominicana) no dia 25 de julho de 1992.
Neste dia foi marcado todo o presente como o Dia internacional da luta e resistência da mulher negra.
Vários setores da sociedade está lutando para dar visibilidade e consolidar esta data procurando combater a falta de oportunidades de direitos, a depreciação, a diminuição da vida apresentadas pelo racismo a brasileira, além da opressão de gênero vivida pelas mulheres negras latino-americanas e caribenhas.
O 25 de Julho é uma tenta romper o mito da mulher universal e evidenciar as etnias, suas especificidades e desigualdades, seja no âmbito da saúde, na educação e mercado de trabalho, assim como em todas as etapas da vida. Foi necessário destacar uma data específica para simbolizar quem somos.
Entre as questões referentes à população negra, tanto em relação à predisposição genética quanto às condições sociais de exclusão impostas pelo sistema capitalista, temos agravos primordiais a considerar:
Falta de profissionais de saúde preparados; uma política de formação de Recursos Humanos inadequada à realidade; ausência de material informativo e educativo voltados para a saúde da população negra; grande intolerância e não reconhecimento das ações de saúde prestadas pelas casa de axé (terreiros de candomblé) controle social frágil; este e apenas um exemplo.
Nós temos um desafio não apenas em relação a uma Política da Saúde adequada, mas políticas específicas para as mulheres negras em todos os campos dos direitos sociais.
Muito além dos desafios apresentados, as lutas e conquistas do movimento negro, através das organização das mulheres negras e movimentos negros em diferentes instâncias e grupos e regiões no nosso pais, abrem aspectos de caminho a um mundo de justiça para todos.
Diminuir as desigualdades é uma necessidade que não pode ser guetizado faz-se necessário investir em políticas públicas e controle social, em campanhas informativas além da própria formação política de mulheres em seu espaço de atuação.
Nossas Mulheres no Brasil.
Antes da Constituição de 1988 a mulher era legalmente segunda categoria em relação ao homem. Pior ficava a mulher negra, bem mais abaixo do que as brancas. Era pobre, negra e não sabia ler nem escrever.
No Brasil, a nossa história é escrita e marcada pela exploração sexual, violência e não-permissão de exercer sua plena liberdade. Os anos passaram, mas a sua submissão existe e relega seu papel a empregos desvalorizados, altos índices de prostituição e condições precárias de saúde e educação.
Por que a valorização e comemoração desta data de 25 de julho:
Devemos ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras ou onde elas atuam do estado, elaborar estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.
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