Luanda - Assinala-se hoje, 7 de Abril, o Dia Mundial da Saúde, instituído em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à preocupação dos seus integrantes em alertar a população sobre os principais problemas que podem atingi-la.
Segundo a OMS, “Saúde não é apenas não estar doente. Saúde é bem mais amplo que isso, é estar bem fisicamente, mentalmente e socialmente também”.
Para 2011, a efeméride será comemorada sob o tema “Combater a Resistência aos Medicamentos: Sem Acção hoje, não cura amanhã”, que destaca o importante papel que a monitorização da resistência aos medicamentos desempenha no êxito do tratamento e nos resultados obtidos relativamente às várias doenças infecciosas.
Segundo a organização, os micro-organismos resistentes não são um problema novo, porém estão se tornando perigoso e ameaçam vários tratamentos e cirurgias, como o de câncer e o transplante de órgãos.
As infecções causadas por esses micro-organismos deixam as pessoas doentes por mais tempo e elevam o risco de morte.
A resistência ocorre quando os micro-organismos bactérias, vírus, fungos e parasitas se tornam-se resistentes à maior parte dos remédios usados nos tratamentos, chamados de super bactérias.
Dados da OMS indicam o surgimento de 440 mil casos de tuberculose resistentes no mundo a cada ano e cerca de 150 mil pessoas morrem. "Esta é uma grande preocupação porque uma infecção resistente pode matar, pode se espalhar para os outros e impõe custos enormes para a sociedade".
A organização alerta que o aumento de casos está relacionado ao uso indiscriminado de medicamentos principalmente antibióticos, abandono de tratamentos, prescrições erradas, remédios de baixa qualidade e também falta de controlo e empenho por parte dos governos.
Hoje, Dia Mundial da Saúde, a OMS vai lançar uma política com seis pontos para o controlo da resistência antimicrobiana e apelará aos países e autoridades de saúde para que a adoptem.
Numa mensagem por ocasião da data, o diretor regional da OMS para África, o angolano Luís Gomes Sambo, considera que “na nossa região, a vigilância da resistência aos medicamentos está limitada a alguns países, o que resulta na disponibilidade de dados que são incompletos sobre a verdadeira extensão deste problema”.
“Entre 2008 e 2009, dos 451 isolados dos germes da Shigella responsáveis pela diarreia sanguínea identificados por 18 países na região, 78% eram resistentes ao medicamento primário usado para tratar essa condição. Isso levou ao uso de novos medicamentos que são relativamente dispendiosos”, lê-se na mensagem.
Relativamente à tuberculose, prossegue o documento, foram notificados, por mais de 35 países da região, desde 2007, mais de 35 mil casos de resistência a vários medicamentos eficazes.
Embora ocorra uma transmissão primária destas estirpes, a causa mais importante da resistência é o mau ou incorrecto cumprimento do tratamento da tuberculose.
Acrescenta que, no início dos anos 90, foi detectada resistência generalizada à cloroquina na região. Isso provocou uma mudança nas políticas de tratamento do paludismo para novas associações medicamentosas. Até à data, não se tem registado uma resistência confirmada a esses novos medicamentos antipalúdicos na região.
Em relação à Sida, Gomes Sambo afirma que um recente inquérito realizado em clínicas pré-natais, em vários países da região, estimava que a resistência a todas as classes de medicamentos para a Sida combinados era inferior a 5%. É provável que esta percentagem aumente, à medida que mais doentes são tratados com estes medicamentos.
Gomes Sambo apela aos governos a formular e implementar políticas e estratégias de medicamentos que tomem em consideração a ameaça da resistência aos medicamentos, de modo a limitar a evolução e possível propagação dos germes resistentes.
“Gostaria de pedir aos estados-membros que aproveitassem o tema do Dia Mundial da Saúde deste ano para despertarem para a ameaça real que constitui a resistência aos medicamentos na nossa região, consolidassem esforços para a combater e angariar os recursos necessários. Sem acção hoje, não há cura amanhã”, disse o director regional da OMS para a África.
DOENÇA FACIFORME.
A doença falciforme é a doença hereditária mais comum no país. Para a assistente social, o Rio de Janeiro deveria seguir o exemplo de Salvador que adotou o teste eletroforese de hemoglobina, o único capaz de detectar o traço em adultos, nas maternidades. “A Bahia é o primeiro estado brasileiro com maior prevalência do traço: um para cada 650 nascimentos. O Rio de Janeiro está em segundo lugar: um para cada 1.200 nascimentos.
EXPLICANDO MELHOR:
Doença falciforme é a denominação usada para caracterizar uma doença causada pela presença de hemoglobina S (HbS) nas hemácias de um indivíduo. A HbS é formada pela subsituição da adenina por timina codificando valina ao invés de ácido glutâmico na posição 136 da cadeia beta da hemoglobina. A hemoglobina anormal formada, HbS, substitui a hemoglobina A1 (HbA1) normal presente nas hemácias.
É importante notar que a anemia falciforme é um tipo de doença falciforme, o tipo homozigoto.
A doença falciforme teve origem na África e foi trazida às Americas pela imigração forçada de escravos há muitos anos.
- ANIMIA FACIFORME (SS): possuí duas hemoglobinas S. O indivíduo recebe o gene da HbS tanto do pai quanto da mãe. É o indivíduo homozigoto.
- HbS associada a outras variantes de hemoglobinas:
- HbS/beta talassêmica
- HbS/HbC
- HbS/Persistência de hemoglobina fetal
- HbS/HbD
- O exame que detecta a Anemia Falciforme é a Eletroforese de Hemoglobina, que faz parte do teste de triagem neonatal .
- "Teste do pezinho"-Feito nos recém-nascidos brasileiros.
fonte: ONU/OMS e UNEGRO
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