A UNEGRO/RJ articulada com inúmeros representantes dos movimentos sociais contra o racismo e qualquer outro tipo de preconceito, seja racial ou não; observa que está havendo por parte da direita de nosso país uma tentativa de impor uma correlação de forças desfavorável às ações afirmativas e conscientização do povo contra o racismo e as demais formas de discriminação, seja de gênero, de caráter homofóbico, preconceito religioso, contra deficientes, entre outros.
Nesse final do mês de março, onde se registra em todo o mundo o Dia Internacional contra todas as formas de discriminação racial, a entrevista concedida ao programa CQC, da Rede Bandeirantes, pelo o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) choca a todos e todas brasileiros por seu conteúdo fascista, uma vez que em poucas frases conseguiu expressar seu ódio à toda diversidade que só engrandece a Nação Brasileira. Seus ataques de conteúdo racistas, contra o homossexualismo e a independência e acesso aos espaços conquistado pelas mulheres estão explicitados tanto nas críticas feitas a presidenta Dilma Rousseff, quando as agressões contra a cantora Preta Gil que simplesmente lhe perguntou com reagiria caso seu filho se casasse com uma mulher negra.
Por fim, sua eterna defesa da Ditadura Militar mostra bem o caráter doentio desse parlamentar que, tal como aos golpistas de 64, insiste em ignorar a Magna Carta de 1988, que tipificou o racismo como crime, de modo a garantir a luta pela IGUALDADE, de fato e de direito, entre os direitos e deveres individuais e coletivos, no Título destinado aos Direitos e Garantias Fundamentais dos homens e mulheres brasileiros.
E, mais, não satisfeito, com esta garantia, o constituinte deferiu à lei a punição de qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais. A Carta também constitucionalizou a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, determinando que a lei os considere inafiançáveis e inalcançáveis por qualquer ato de graça ou anistia. São, sem dúvida, essas decisões constitucionais em defesa da cidadania plena que, ainda hoje, atemorizam o senhor deputado, representante das últimas forças do arbítrio em nosso país e que usa seu direito a imunidade parlamentar para fomentar o racismo e o ódio a homoafetividade.
Este senhor sempre se apresentou a seu eleitorado, da primeira à última hora, como o adversário mais histriônico das conquistas e das lutas do povo brasileiro por igualdade de oportunidade e espaços reais de poder. Mas, com o amadurecimento da democracia em nosso país fica cada dia mais evidente sua farsa: despreparado como legislador, serve apenas para cumprir a tarefa vil de provocador de direita.
Diante de mais esse ataque, a UNEGRO.RJ e nacional estão tomando as providências legais e políticas cabíveis para obter uma retratação pública e as punições devidas previstas em lei e, principalmente chama a atenção de todos e todas democratas brasileiros para ter a nossa atenção redobrada, de modo a denunciar sempre e coibir esses velhos e sórdido estratagema racista.
Não podemos permitir o uso de palavras depreciativas referentes à raça, cor, sexualidade, opção religiosa, deficiência ou origem, com o intuito de ofender a honra subjetiva da pessoa em nenhuma situação ou sob qualquer desculpa. Ás injúrias responderemos com nossa fala firme e com a força das leis que conquistamos em todos esses anos de luta.
A UNEGRO/RJ, através desta carta aberta comunica que esta se movimentando para se unir as vozes que, desde ontem protestaram contra esse ataque racista e exigir que a Constituição Federal do país seja cumprida.
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