UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

terça-feira, 19 de abril de 2016

Escravidão Indígena x Escravidão Africana...

No século XVI, assim que os portugueses iniciaram a produção açucareira no Brasil, se inicia um debate sobre qual força de trabalho poderia ser empregado nesse tipo de negócio. Afinal de contas, para que o açúcar desse lucro em pouco tempo, era necessário uma produção em larga escala sustentada por um grande número de trabalhadores.

A escravidão, também conhecida como escravismo ou escravatura, foi a forma de relação social de produção adotada, de uma forma geral, no Brasil desde o período colonial até o final do Império. A escravidão no Brasil é marcada principalmente pelo uso de escravos vindos do continente africano, mas é necessário ressaltar que muitos indígenas também foram vítimas desse processo. A escravidão indígena foi abolida oficialmente pelo Marquês do Pombal, no final do século XVIII.   Desse modo, os colonizadores se dispuseram a promover a escravidão dos índios que ocupavam as terras ou dos africanos disponíveis do outro lado do oceano.


Escravidão Indígena.
Os portugueses realizaram a colonização dos índios de três formas: trabalho escravo utilizando a força bruta, aculturação do índio para que ele fosse separado da tribo e a utilização do indígena como trabalhador assalariado. No início do período colonial, os índios eram vistos como essenciais para os negócios do ciclo do açúcar.

A Coroa tinha interesses na escravidão indígena porque eles eram necessários para a produção dos engenhos. A partir de 1570, começaram a ser criadas leis que inibiam a escravização dos índios; porém, elas possuíam brechas e o procedimento continuou a ocorrer. Os colonizadores enfrentaram problemas para escravizar os índios brasileiros, porque muitos morriam de tanto trabalhar ou pelo contágio com doenças provenientes da metrópole.

Mesmo sendo mais acessível,  dos escravizados indígenas mostrava-se problemática por uma série de fatores conjunturais. Primeiramente, devemos destacar que os índios não eram acostumados a uma rotina de trabalho extensa, tendo em vista que privilegiavam uma economia de subsistência. Por outro lado, muitos deles morriam ao contrair as doenças trazidas pelo europeu, e aqueles que eram escravizados articulavam facilmente a sua fuga mediante o conhecimento do território.

Não bastando tais explicações, devemos salientar que a Igreja também teve enorme peso para que a escravidão indígena não ganhasse força no espaço colonial. Tal influência explica-se pelo fato de a Igreja ter o claro interesse em converter os índios à crença católica. Naturalmente, se esses índios fossem submetidos à escravidão, logo demonstrariam uma resistência maior em aceitar a religião do colonizador. Por fim, vemos que o próprio governo de Portugal expediu várias leis proibindo o apresamento indígena.


A igreja também teve grande influência no declínio da escravidão indígena, pois ela tinha interesse em catequizar os índios. Aos poucos, os índios foram substituídos pelos negros africanos, pois os senhores e os comerciantes viam o tráfico negreiro como um investimento bem maior.
 
Escravidão Africana

Os escravizados africanos mostrava-se como uma alternativa mais viável, tendo em vista que os portugueses já tinham fixado, desde o século XV, vários entrepostos ao longo do litoral africano. Ao mesmo tempo em que já dominavam essas rotas, o governo português logo percebeu que o tráfico de escravos para a América seria interessante, já que essa atividade também poderia gerar divisas para os cofres do Estado e tornou-se um negócio interessante para os portugueses, pois Portugal já tinha um certo domínio das regiões naquele continente e tinha o apoio da Igreja Católica, uma situação bem diferente do que aconteceu com os índios. O tráfico negreiro alavancava diversos aspectos da economia brasileira, como a área naval e a agrícola.

A escravidão se transformou em uma vertente da economia muito importante e o tráfico negreiro tornou-se cada vez mais intenso. Os escravos eram trazidos de forma precária nos navios e muitos morriam no caminho. Ao chegar ao Brasil, eles eram separados de amigos e familiares para que fossem vendidos aos grandes proprietários de terra.

Nas fazendas, os escravos eram obrigados a trabalhar na lavoura e viviam nas senzalas, um local que era habitado por todos os escravos. Eles eram obrigados a trabalhar por praticamente todo o dia. Além disso, não tinham uma boa alimentação e nenhuma condição de higiene. Existiam também os escravos domésticos que viviam na chamada Casa Grande e exerciam funções de confiança e desfrutavam de uma pequena comodidade.

Com a péssima condição em que viviam, eles não tinham uma alta expectativa de vida. Algumas vezes eram mortos ou torturados por seus donos. Diversas vezes, eles eram amarrados em troncos e açoitado
Para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano apresentava um melhor desempenho no trabalho com a lavoura, e o investimento em sua aquisição mostrava-se bastante rentável. Não bastando essas explicações de cunho econômico, a própria Igreja considerava que a escravidão africana seria um “castigo de Deus” contra os vários povos daquele continente, tomado pelas crenças politeístas e a própria religião islâmica.

Dessa forma, vemos que a escravidão africana se tornou predominante no espaço colonial brasileiro. Contudo, em certas regiões de menor desempenho econômico, vemos que a escravidão indígena se tornou em uma alternativa bastante comum. Geralmente, um escravo índio custava metade de um escravo vindo da África. Com isso, percebemos que os dois tipos de escravidão acabaram se mantendo ao longo de nossa história.

Os Quilombos
Quando os escravos fugiam, eles costumavam criar comunidades que receberam o nome de quilombos(originalmente, o nome significava um local de repouso de certas populações

nômades). Juntos, eles plantavam, pescavam e desenvolviam atividades de artesanato para que fossem utilizadas pela comunidade. Além disso, eles tentavam conviver em uma realidade parecida com a que tinham na África.

Os quilombos podiam ser encontrados em sua maioria nos seguintes estados: Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Alagoas, Bahia, dentre outros. Eles ficavam escondidos nas matas para que dificultasse uma possível captura dos quilombolas.

O quilombo mais importante foi o Quilombo dos Palmares, situado em Alagoas. Inicialmente, esse quilombo era habitado por poucos escravos; porém, após a invasão holandesa em Pernambuco, muitos escravos fugiram para esse quilombo. Ele chegou a ocupar uma faixa de 200 km e sofreu diversas tentativas de invasão pelos portugueses e holandeses. O líder desse quilombo foi Zumbi dos Palmares. O Quilombo dos Palmares somente foi destruído em janeiro de 1694, mas os quilombolas continuaram lutando até o ano de 1716.

Um afro abraço.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Contos Africanos esquecidos:A hora de partir

Mamãe lua sabia que as pessoas não queriam morrer. Elas desejavam, viver para sempre, como ela: nascendo, crescendo, minguando e reaparecendo toda-poderosa e cheia no céu. Então, em uma bela moite, mamãe lua chamou um lagarto e pediu que ele fosse à terra e dissesse para todos, homens, mulheres, meninos e meninas, que a partir daquele dia todos acordariam e viveriam até o final dos tempos.

─ Pode deixar, mamãe lua! Vou avisar todo mundo ─ disse o lagarto, deixando-a tranquila, pois sua mensagem chegaria para as pessoas rapidamente.
E o lagarto foi caminhando, todo bonito e faceiro, sempre parando para olhar alguma coisa ou conversar com alguém, em vez de se concentrar em sua missão. Quando estava no meio do caminho, encontrou uma árvore carregada de frutas bem madurinhas. Subiu na árvore e comeu, comeu, até ficar com a barriga bem cheia. “ Acho que vou descansar um pouquinho antes de continuar a minha viagem “ , pensou o lagarto. E ali mesmo, debaixo da árvore, dormiu.
A centopeia, que cuida para que a morte chegue no tempo certo para cada um, soube da mensagem que mamãe lua havia enviado para a terra. Preocupada, ela chamou um mongoose, um pequeno animal de pelo curto, muito ágil e esperto, e pediu:

─ Corra até a terra e diga a todos, homens, mulheres, meninos e meninas, que quando morrerem jamis voltarão a viver. Eles devem morrer pra sempre!
O mongoose chegou rapidamente à terra e avisou todas as pessoas que elas morreriam para sempre. Tempos depois, chegou o lagarto trazendo a menssagem da mamãe lua. Mas já era tarde demais. As pessoas estavam muito tristes.
Mamãe lua soube da situação e ficou muito brava com o lagarto:

─ Onde já se viu?
E foi ela mesma falar com todas as pessoas.
─ Eu não posso mudar a situção ─ lamentou. ─ A mensagem da centopeia chegou primeiro. Mas digo que, mais do que nunca, vocês devem viver intensamente cada momento, com muito amor e respeito à vida que existe em cada pessoa, bicho, planta, em cada grão de terra, em todo o universo. Porque todos nós somos um. Estamos ligados pela grande força da vida.
Mamãe lua abriu um grande sorriso e continuou:

─ E quando chegar o dia de vocês partirem para a terra dos espíritos dos seus antepassados

vocês viverão para sempre por meio das coisas que realizarem aqui, do amor que alimentarem e da vida que continuará nascendo, crescendo e morrendo neste planeta.
Uma paz imensa encheu o coração de toda a gente. E todos foram dormir porque o dia seguinte sempre será um novo dia.

Um afro abraço.

fonte:hypescience.com/10-civilizacoes-antigas-esquecidas/www.ifce.edu.br/...

terça-feira, 5 de abril de 2016

Sou o Bloco Afro Agbara Dudu significa em yorubá "Força negra"

Bloco afro fundado no bairro de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro em 4 de abril de 1982.
O nome Agbara Dudu significa em yorubá "Força negra". Considerado o primeiro bloco afro do Rio de Janeiro, ainda que existissem três anteriormente: Afoxé Os Filhos de Gandhi do Rio de Janeiro (fundado por trabalhadores da zona do Cais do Porto do Rio de Janeiro), Dudu Éwe..

"Afoxé, também chamado de candomblé de rua, é um cortejo de rua que sai durante o carnaval. Trata-se de uma manifestação afro-brasileira com raízes no povo iorubá. Geralmente, seus integrantes são vinculados a um terreiro de candomblé."

Etimologia
O termo "afoxé" provém da língua iorubá. É composto por três termos: a, prefixo nominal; fo, significa dizer, pronunciar;xé, significa realizar-se. Segundo Antonio Risério, afoxé quer dizer "o enunciado que faz acontecer".Características.
Para quem não conhece o candomblé e suas cantigas, o afoxé se parece com um bloco carnavalesco diferente, mas é o "candomblé de rua", segundo Raul Lody. As suas principais características são as roupas, nas cores dos orixás, as cantigas em língua iorubá, instrumentos de percussão, atabaques, agogôs, afoxés e xequerês. O ritmo da dança na rua é o mesmo dos terreiros, bem como a melodia entoada. Os cantos são puxados em solo, por alguém de destaque no grupo, e são repetidos por todos, inclusive os instrumentistas. Antes da saída do grupo, ocorre o ritual religioso (como a cerimônia do "padê de Exu" feita antes dos ritos aos orixás numa festa de terreiro). Afoxé é um cortejo de rua que tradicionalmente sai durante o carnaval de Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro.

É importante observar, nessa manifestação, os aspectos místico, mágico e, por conseguinte, religioso. Apesar de os afoxés se apresentarem aos olhos dos menos entendidos como simples bloco carnavalesco, fundamentam-se os praticantes em preceitos religiosos ligados ao culto dos orixás, motivo primeiro da existência e realização dos cortejos. Por isso, afoxé
também é conhecido e chamado por candomblé de rua. Os grupos de afoxés passam por grandes modificações, como todo o fato folclórico, sujeito e aberto às modificações socioculturais. Apesar de todas as modificações e desfigurações, esses grupos procuram manter valores e características de "africanidade" como: cânticos em dialetos africanos; uso de um instrumental de percussão, incluindo atabaques, agogôs e cabaças; utilização de cores e símbolos que possuam significados específicos dentro dos preceitos religiosos dos terreiros de Candomblé. Não obstante, surgiu o afoxé de caboclo ou afoxé de índio, criação natural do processo de aculturação e assimilação de novos valores.

Etimologia
O termo "afoxé" provém da língua iorubá. É composto por três termos: a, prefixo nominal; fo, significa dizer, pronunciar;xé, significa realizar-se. Segundo Antonio Risério, afoxé quer dizer "o enunciado que faz acontecer".

As agremiações conhecidas por índios do Brasil, Tribo Costeira da índia, índios da Floresta representam em Salvador as novas tendências; contudo, baseadas nas características dos afoxés africanos. Os grupos Império da África, Filhos de Ode, Mercadores de Bagdá, Cavaleiros de Bagdá, Filhos de Obá, Congos da África e Filhos de Gandhi representam as agremiações que procuram manter os valores "afro" tradicionais. Na cidade de Salvador, os dias dos afoxés ocorrem no domingo e terça-feira de carnaval, sempre à tarde. As
agremiações, além de desfilar pelo centro da cidade, visitam terreiros de Candomblé e casas de pessoas amigas. O espírito satírico é uma constante nessas apresentações. É comum observarmos troças que criticam os babalaôs jogando búzios, imitação dos negros nagôs com as marcas tribais no rosto e dos trabalhos braçais desempenhados pelos negros.

Dessa maneira, alguns costumes vinculados às raízes africanas são satirizados pelos próprios descendentes dessa cultura. O que realmente importa é a liberdade de criar
situações cômicas. As proposições dos afoxés e dos seus participantes modificam-se de grupo para grupo. Veremos, no desenrolar desse trabalho, o afoxé em Fortaleza baseado exclusivamente em preceitos religiosos, constituindo-se numa complexa liturgia. Observaremos, também, que o grupo de afoxé da cidade do Rio de Janeiro, Filhos de Gandhi, está baseado nos preceitos do ritual Gexá. E ainda os vestígios do afoxé nas cidades de Cachoeira e Recife, e outras significativas considerações sobre o afoxé e seu campo de ação. Os laços lúdico-religiosos que congregam as pessoas nos afoxés importam antes de mais nada pela manutenção de valores culturais; pertinentes ao afoxé e suas tradições negro-africanas, transpostas para o Brasil, adaptadas e assimiladas dentro de uma nova realidade.

- O afoxé Embaixada da África foi a primeira manifestação negra a desfilar pelas ruas da Bahia, em 1885. Em seu primeiro desfile, utilizou indumentária importada da África. No ano seguinte, surgiu o afoxé Pândegos da África.

Um afro abraço.

Lenilda Campos
fonte:www.dicionariompb.com.br/culturabancodobrasil.com.br/https://pt.wikipedia.org/

segunda-feira, 28 de março de 2016

Nossa historia:Filho de ex escrava vira Doutor...

Veridiano Farias, filho do estivador Franklin Fortunato Farias e de Maria José Sabina, neto da
escrava Fortunata e do tabalhador de charqueada Barbosa Farias, conhecido entre os amigos como “O Teimoso”, por ser muito perseverante, é o primeiro médico negro formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGS)

 Ainda criança, foi morar em Porto Alegre com a família. Desde muito cedo aprendeu a tocar vários instrumentos, o lhe que permitiu trabalhar como músico instrumentista em bailes. Casou-se com Isabel, com que teve dois filhos.

Começou a estudar muito tarde, formando-se no ensino secundário em 1942, já com 36 anos. Veridiano teve vários empregos. Na empresa de transporte coletivo, trabalhou como motorneiro de bonde, motorista de ônibus e, nas horas vagas, tocava trompete na Banda da Carris de Porto Alegre. Além de tocar na empresa, trabalhou nas orquestras das rádios Gaúcha, Difusora e Farroupilha.

Em 1940 formou-se no magistério (ensino secundário), prestando concurso para o Departamento Estadual de Saúde para o cargo de chofer sanitarista. Ainda assim, continuou a dar aulas particulares de música e a tocar nas várias orquestras da cidade.

Participava da vida cultural de Porto Alegre, compunha para blocos carnavalescos. Foi um dos fundadores do bloco “Os Prediletos” e ensaiador do grupo carnavalesco “Os Imbrutos”. Era amigo dos sambistas da cidade como Lupicínio Rodrigues, Rubens Santos e Túlio Piva. Tocou na orquestra Jazz Paris, com Lupicínio, por muito tempo.

-Veridiano Farias ficou conhecido entre os amigos como “O Teimoso”, por não desistir diante das dificuldades. As várias atividades de Veridiano Farias não impediriam que lutasse para realizar sua vocação na Medicina. Ao concluir seus estudos secundários prestou três ou quatro vezes o vestibular para medicina, não sendo aprovado. Segundo seu neto e biógrafo, era porque não conseguia solicitar a revisão das avaliações.

Diante da recusa da universidade, prestou vestibular no Rio, tirando em segundo lugar. Iniciou o curso na Faculdade de Medicina Gama Filho. Vivendo da música no Rio de Janeiro, fez algumas disciplinas na então capital do país, solicitando em 1946, sua transferência para Porto Alegre, obtendo-a após apelar para o influente Getulio Vargas. Em carta ao ex-presidente, contou sua história, revelando que só prestou vestibular no Rio de Janeiro porque no Rio Grande do Sul a universidade criava obstáculos a sua entrada; declarando a necessidade de ficar perto da mulher e dos filhos, solicitou a interferência do político para que voltasse a sua terra natal, no que prontamente foi atendido.

Formou-se em 15 de dezembro de 1951, tornando-se o primeiro médico negro formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o segundo do Estado. Conseguiu rapidamente emprego como dermatologista no Hospital Colônia Itapuã, pois poucos médicos clinicavam lá, em razão de ser um hospital de periferia e dos surtos de lepra que assolavam constantemente a região. Médico dedicado, Veridiano estava prestes a ser promovido a diretor da instituição. Faltavam cinco dias para assumir o novo cargo quando, no trajeto de ida para o hospital, na estrada Porto Alegre-Itapuã, sentiu fortes dores no peito, parou o carro e caiu sobre o volante, vitimado por um ataque cardíaco, em 10 de agosto de 1952.


Se liga:
Formado pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre em 1922, Luciano Raul Panatieri é, conforme os registros, o primeiro médico negro formado no Rio Grande do Sul. Ele viveu entre os anos de 1897 e 1972, trabalhou em Rio Pardo e na capital gaúcha. O interesse pela literatura o levou ao Grêmio Rio-pardense de Letras.

Segundo seu neto, “a história de Veridiano é a história de um homem que lutou contra a intolerância e atravessou com sacrifícios as barreiras de sua vida”
Um afro abraço.

fonte:https://historiaviajante.wordpress.com/http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/veridiano/http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?

quinta-feira, 24 de março de 2016

Semana Santa: "A tradição"

Entre os religiosos católicos, a prática da autoflagelação era considerada um ato de purificação após ser cometido um ou vários pecados, principalmente durante a Idade Média onde temos como exemplo Martinho Lutero. Atualmente, o Vaticano condena esta prática, porém, o ato ainda divide opiniões entre clérigos e leigos. A autoflagelação pública é comum entre os cristãos católicos durante a celebração da Semana Santa nas Filipinas, por exemplo.

Na teologia reformada (protestantes), que aponta apenas a Bíblia como única regra de fé, entende-se que a autoflagelação é inútil e condenável por não considerar que «Cristo morreu uma só vez pelos [nossos] pecados, o justo pelos injustos» (I Coríntios 15:3). Cristo «se entregou a si mesmo por nós como oferta e sacrifício a Deus» ((Efésios 5:2) e foi o único sacrifício agradável a Deus (I Pedro 1:19-20; Hebreus 9:22-28) e a autoflagelação é vista até mesmo como mais uma obra da carne (Colossenses 2:20-23). Cabe ao ser humano, buscar o arrependimento sincero e a ajuda de Deus para o perdão/transformação (I João 2:1). A autoflagelação pública é ainda pior por se tratar de hipocrisia (Mateus 6:1; Marcos 7:21-23).

A Semana Santa é a ocasião em que é celebrada a paixão de Cristo, sua morte e ressurreição.

Jesus Cristo não aceitava o tipo de vida que seu povo levava, o governo cobrando altos impostos, riquezas extremas para uns e miséria para outros.

Ao chegar a Jerusalém, foi aclamado pela população como sendo o Messias, o Rei, mas os romanos não acreditavam que ele era filho de Deus, duvidavam dos seus sábios ensinamentos, de sua missão para salvar a humanidade, então passaram a persegui-lo.

No Brasil, existem também relatos de autoflagelação entre indígenas Bororo durante cerimônias de enterro

Já para os evangélicos, a “Semana Santa” não altera em nada suas rotinas, visto que, eles aprendem desde os primeiros passos na fé cristã a ter uma vida devocional de oração e leitura da Palavra.

Segundo Erivan Pedro de Moura, pastor da Igreja Batista Renascença, eles relembram constantemente a vida e o ministério de Jesus Cristo, inclusive nesta semana.

A programação varia muito conforme a comunidade evangélica. Particularmente, na Igreja Batista Renascença, é seguida a ordem normal dos cultos semanais. Os membros da comunidade ficam à vontade para se confraternizar com seus entes queridos e eles não possuem costumes específicos como os católicos.

“As mensagens nos cultos costumam ser temáticas, enfatizando o ministério de Jesus Cristo. Também celebramos o memorial da Ceia do Senhor, memorial este instituído pelo próprio Jesus”, coloca o pastor ao frisar que, assim como a Igreja Católica, a Igreja Evangélica concorda que este seja um período apropriado para explicar às pessoas o
verdadeiro significado da morte e ressurreição de Cristo, que deve trazer alegria e esperança às suas vidas.

“No entanto, não focamos na “Semana Santa” ou Páscoa como tradição a ser seguida. A Páscoa faz parte da tradição judaica e Jesus foi superior a esta tradição, por isso foi morto por ela.

Não concordamos com o jejum de quem se abstém de carne apenas neste período, pois praticamos o jejum bíblico, que é atemporal e traz consigo propósitos específicos e não ligados à tradição”, acrescenta.

O pastor declara ainda que a Páscoa que se comemora hoje não se assemelha nem de longe com a Páscoa bíblica. A festa de hoje é recheada de práticas e simbologia pagãs.

“O ovo e o coelho de hoje nada têm a ver com a morte e ressurreição de Jesus Cristo. A Semana Santa deve nos reportar ao sentimento de liberdade e não ao consumismo desenfreado com cheiro de chocolate”, finaliza.

Umbandistas seguem tradições do catolicismo

O feriado santo é carregado de simbologias e significados que são interpretados de maneiras diferentes por católicos, protestantes, umbandistas e espíritas. Nos terreiros de umbanda, as comemorações da Semana Santa têm início na Quarta-feira Santa com o fim
da Quaresma.

"Muito antes do cristianismo, o povo africano já respeitava a Quaresma, porém com um significado diferente dos fatos relacionados à vida de Jesus Cristo."


Enquanto os cristãos celebram a morte e a ressurreição de Cristo, os africanos celebram o Lorogun, período em que os orixás entram em guerra contra o mal, para trazer o pão de cada dia para seus filhos.

Segundo o umbandista José Edmilson Bezerra, de 57 anos, a Semana Santa começa na quarta-feira que antecede o domingo de Páscoa, 40 dias após a quarta-feira de cinzas, quando se comemora na umbanda o retorno aos trabalhos com os orixás no sábado de aleluia.
"Seguimos as mesmas tradições da igreja católica, guardamos as quartas e sextas, não comemos carne vermelha nestes dias. Todo o mês de março é feito oferendas para os Exus, para agradecer tudo que foi conseguido durante o ano e no sábado de aleluia batemos os tambores, que simbolizam o começo dos trabalhos.
O Cardeal de Caracas, Dom Jorge Urosa, ressaltou em um sermão a incompatibilidade entre o catolicismo e a umbanda.
Desnecessário dizer que aqui no Brasil também é necessário lembrar com frequência que esses sincretismos não são possíveis. Alguns bispos têm procurado distanciar as lavagens de igrejas de qualquer atividade religiosa católica.

Segue transcrição trecho das palavras do Cardeal Urosa:"Não podemos ser umbandistas e católicos. Talvez pessoas com uma fé débil queiram iludi-los dizendo que sim, que se pode ser umbandista e católico. Não senhor. Pão, pão; queijo, queijo. Todo mundo entende isso, certo? Pois bem, a umbanda é uma religião totalmente diferente da religião católica...


Doutrina espírita não celebra a Páscoa
De acordo com o espírita Paulo James, o espiritismo não celebra a Páscoa, mas respeita as manifestações de religiosidade das diversas igrejas cristãs.


A doutrina espírita não adota práticas especiais neste feriado de cunho religioso, portanto, não há celebração especial nesta data por parte do movimento espírita, embora haja atitude de respeito às expressões de fé instituídas no Brasil há séculos.

"Não nos apegamos a nenhum costume ou rótulo religioso. Vivemos e vemos Jesus vivo no nosso dia a dia, sem precisarmos de nenhum culto exterior.

Nós respeitamos todos os crédulos religiosos, embora não seguimos as suas formas e exteriorizações, nos mantendo acreditando na imortalidade do espírito", declara Paulo James ao contar que, na doutrina espírita, a morte é consequência do processo de reencarnação, que não tem nenhuma conotação especial a não ser a volta para o mundo espiritual e, portanto não há necessidade de se relembrar sempre com tristeza a data.

A Páscoa para os espíritas representa uma reflexão mediante a libertação espiritual, sendo um sentido bem mais amplo. Por isso os espíritas não vêm a necessidade de ser este dia um dia de feriado.

Para eles, Jesus é mestre por excelência, é um educador que ensina como agir rumo ao bem e a libertação. "Não seria o derramamento do sangue que teria significado, mas toda sua trajetória que nos ensina como vencer e como agir como filhos de Deus", acrescenta Paulo James.

O espiritismo, embora sendo uma Doutrina Cristã, entende de forma diferente alguns dos ensinamentos das Igrejas Cristãs. Na questão da ressurreição, para eles, Jesus apareceu a Maria de Magdala e as discípulos, com seu corpo espiritual, que chamam de perispírito.

"Entendemos que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não precisou derrogar as Leis naturais do nosso mundo para afirmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, ate mesmo a ressurreição, finaliza o espírita.

No islamismo, a autoflagelação está presente entre algumas vertentes, sejam nos muçulmanos xiitas em datas específicas como na celebração de Ashura, ou em grupos étnicos do noroeste africano...

Se liga:
"Cristo" é um epíteto dado a Jesus e significa "ungido" em grego. Mas qual era o verdadeiro nome de Jesus? Como judeu que era, ele tinha um nome aramaico (o aramaico, derivado
do hebraico, era a língua falada pelos judeus do século 1º da nossa era): Yehoshua (ou Yeshua) ben Youssef, isto é, Josué, filho de José.
Mas Jesus também era conhecido como Jesus de Nazaré, ou Jesus o Nazareno, em razão de sua cidade de origem. Ao ter sido batizado no rio Jordão e reconhecido como o mensageiro de Javé que viera libertar o povo judeu da opressão romana (Yehoshua significa "Javé salva"), Jesus recebeu o epíteto de Mashiach ("Messias"), que em hebraico quer dizer "ungido". Como o Novo Testamento foi redigido num grego tardio chamado koiné, o nome Yeshua Mashiach foi traduzido para Iesoûs ho Khristós, literalmente "Jesus o Ungido".

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:www.voaportugues.com/www.meionorte.com/

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SINCREMISMO: XANGÔ é SÃO JERONIMO....


 Comemora-se no dia 30 de Setembro o dia do Orixá Xangô, sincretizado por São Jeronimo. Ele foi doutor da igreja, nasceu na Dalmácia (Iugoslávia) no ano de 342.

Jeronimo, que significa "que tem um nome sagrado", consagrou toda a vida ao estudo das sagradas escrituras. Passava dias lendo vários autores. Por volta dos 40 anos foi ordenado sacerdote. É de São Jeronimo, a famosa tradução latina da Bíblia, chamada "Vulgata" (ou tradução feita para o povo ou vulgo) e que foi a Bíblia oficial para a Igreja Católica durante 15 séculos. Foi viver na Terra Santa, numa gruta, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, em 30 de setembro, com aproximadamente 80 anos de idade.

XANGÔ não é São Jeronimo, mas historicamente ocorreu o sincretismo, a aproximação das "identidades" e por tal fato comemoramos o dia de Xangô no mesmo dia de São Jeronimo. XANGÔ é o senhor da justiça, seu poder se manifesta na pedreira. E aqui um ponto de contato com a "versão" do santo católico, que também se retirou para uma vida de estudo numa gruta que, em imagens, se assemelha a uma pedreira.

Seu símbolo é o machado de duas faces, significando que o machado tanto protege seus filhos das injustiças como os punem quando as cometem e utiliza estrela de 6 pontos que representa o poder equilibrador do universo.XANGÔ é o orixá da justiça divina, com a balança de nossos atos na sua mão esquerda e seu machado na mão direita pronto para julgar e executar como bem diz a sua lei: "Quem deve paga, quem merece recebe", XANGÔ é também o irxá das pedreiras, o senhor daquilo que é imbatível, rígido que não dobra com facilidade...

Por isto talvez Xangô estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.


Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.
Filho de Oxalá e Iemanjá, Xangô é considerado rei dos orixás. No culto afro-brasileiro, Xangô é definido como a divindade das tempestades, dos raios e dos trovões. Na mitologia, Xangô cuida da administração, do poder e da justiça, representando a autoridade constituída no panteão africano. Pode-se dizer que Xangô é um dos orixás mais populares, respeitado e divulgado dos candomblés e terreiros do Brasil. O dia votivo de Xangô é a quarta-feira e a festa especial a ele dedicada acontece no dia 30 de setembro.

Orixá é uma designação genérica das divindades cultuadas pelos iorubas no Sudoeste da atual Nigéria, e também de Benin e Norte do Togo, de onde foram trazidos os negros escravizados para o Brasil e com eles suas crenças, às quais foram sendo incorporadas por outras manifestações religiosas. Os Orixás, também chamados Santos, são entidades sobrenaturais que servem como intermediários entre Deus e os homens. A maior parte deles é a personificação de forças e fenômenos da natureza. Além de todos os Orixás apresentarem dimensão espiritual, existe ainda a dimensão material, que pode ser representada por um objeto ou conjunto de objetos sobre o qual sua força espiritual é assentada através do ritual de consagração chamado de assentamento. O Orixá Xangô é apresentado como sendo um homem jovem de físico forte com estrutura óssea bem desenvolvida, ágil, sensual, arrebatando, através da dança, suas devotas. Os cânticos em louvor de Xangô têm ritmo acelerado e vibrante. Um chocalho especial chamado xereré é usado para animar as filhas de santo. A dança é executada com passos guerreiros ao som de instrumentos percussivos. Os assistentes, entusiasmados, reverenciam o santo incitando-o aos gritos de “Ôkê! Ôkê!”. Xangô vem armado com uma lança, trazendo ao pescoço colares de contas brancas e vermelhas, pulando e rodopiando vigorosamente. Seu grito é “êi-í-í”.


No local do culto (terreiro), também denominado de Xangô, há um altar ou congar chamado de Peji, onde são colocadas oferendas e comidas para o santo. O poderoso Orixá Xangô gosta de comer amalá (quiabo com camarão ou carne servido com angu de inhame ou farinha) e bejiri (quiabo com inhame, azeite, camarão, sal e cebola). Nas quartas-feiras, dia da semana consagrado a Xangô, renova-se a comida e a água do santo.
Os cultos afro-brasileiros disseminados pelo Brasil pouco diferem um dos outros no que diz respeito aos ritos, às divindades, às categorias protetoras ou às finalidades dos seus cerimoniais. Inspirado na liturgia Nagô, o Xangô (rito) é praticado por diversos grupos étnicos brasileiros, ficando conhecido por diferentes denominações, como Macumba, no Rio de Janeiro; Candomblé, na Bahia; Xangô, em Pernambuco e Alagoas; Casas de Mina ou Nagô, no Maranhão; Terreiros, no Pará, Pernambuco e Bahia; Canjerê, em Minas Gerais e Rio Grande do Sul; e Babaçuê (também chamado Batuque de Santa Bárbara), praticado na região Norte, principalmente no Pará.
Os grupos de Xangô são cultos independentes entre si, concentrados em torno da figura de um sacerdote-adivinho, com uma infraestrutura de pessoas hierarquicamente qualificadas, outras ritualmente iniciadas (filhas de santo) ou candidatas à iniciação, e os simpatizantes. As práticas rituais e das crenças religiosas foram ao longo do tempo sofrendo influências do catolicismo e das tradições indígenas. Todavia, seguem em geral o modelo das tradições religiosas dos Ewe-Fon (Jeje) e dos Yoruba (Nagô), povos da Costa da Mina (corresponde à atual região do Golfo da Guiné, de onde veio grande parte dos escravos traficados para as Américas), cujas culturas se impuseram no domínio religioso sobre as dos demais povos introduzidos.
Essas tradições consagram o culto a uma série de divindades subordinadas a um criador, descendentes de uma família mitológica, organizados em panteões com função de controlar as forças da natureza e de regular a conduta dos indivíduos.

Embora sejam observadas algumas variações de região para região e até mesmo diferenças entre grupos de um mesmo local, as linhas gerais da organização, o funcionamento e o sistema de crenças não apresentam diferenças significativas, quer no Brasil, quer em outras partes da América onde sua existência também é registrada, como em Cuba, Haiti, Porto Rico, Jamaica, Honduras Britânica, Guiana Holandesa e Trinidad.

Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.
Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo...

Um afro abraço.


fonte : UNEGRO/Povos Tradicionais

terça-feira, 22 de março de 2016

Tem Negro no Arco - Íris, Sim!

III Conferência LGBT do Estado do Rio de Janeiro.

Nos dias 18, 19 e 20 de Março de 2016, foi realizada a IIIConferência LGBT
do Estado do Rio de Janeiro. O coletivo UNEGRO LGBTT -RJ - mesmo não fazendo delegado nato - contou com a participação de uma grande delegação pois esteve presente 80 % da comissão de trabalho participando ativamente nos grupos de discussões e contribuindo para o enriquecimento do debate e aprovando as nossas propostas para nacional.

Outro ponto alto da Conferência foi o protagonismo da população negra LGBTT, que esteve todo tempo interagindo e se fazendo visível nos grupos de trabalho.

O coletivo ganhou um grande reforço com a entrada da Presidente Nacional do Conselho LGBT, companheira Marcelle Esteves , que estará representando , como sempre fez, as mulheres negras LGBT na Conferência Nacional.

- O guerreiro Jordhan Lessa , coordenador da pasta LGBT da Unegro de Maricá , também saiu delegado para nacional.
- Contamos com Esther Silveira e Fernanda Machado, ambas ativistas do coletivo Unegro LGBTT*.

"Que a gente consiga tirar dessa Conferência propostas que virem política pública para todos e todas. Não aguentamos mais ter nossos direitos cerceados".

Marcelle Esteves, representante do Conselho Nacional LGBT. —
em OAB/RJ - OFICIAL.

Ainda como parte da agenda de Março o coletivo UNEGRO LGBT ,participou ativamente do ato a favor da democracia realizado no dia 18 de Março,na Praça XV. Teve pretas e pretos LGBTT, sim! #nãovaitergolpe

Povo preto e LGBTT lutando para garantir a manutenção da nossa democracia, em Praça XV, Centro, Rio De Janeiro.


Tem Negro no Arco Íris, Sim!

Respeitosamente, 

Marisa Justino

domingo, 20 de março de 2016

21 de Março – Dia Internacional de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa...

O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e celebra-se em 21 de março em referência ao Massacre de Sharpeville.

Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.

A Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Normas de Discriminação Racial da ONU, ratificada pelo Brasil, diz que: “Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida”.

Essa luta repercutiu no mundo todo abrindo um ascenso de lutas raciais nos Estados Unidos da América pelos direitos dos negros e negras, servindo de exemplo para todos nós, com as leis de direitos civis e ações afirmativas, que proporcionaram uma mobilidade do negro nas instituições e um fortalecimento do movimento negro, sindical, popular e estudantil nos anos 60, 70 e 80 no mundo todo. De onde surgiram vários ícones como MalconX, Luter King e os Panteras Negras os quais são referências para as massas negras que lutam até hoje nos Estados Unidos pela anistia e liberdade de Múmia Abjamal (ex-Pantera Pegra).

A partir do triste episódio de Shaperville, ocorreram alguns avanços para algumas conquistas da população negra trabalhadora pelo mundo. Entretanto, refluíram muito à medida que os governos neoliberais e de frente popular na América Latina foram se consolidando pela repressão às lutas dos trabalhadores e estudantes e aos povos originários. Podemos citar como exemplo, a Bolívia, Venezuela, Chile e Peru e nos governos ditos socialistas, como Cuba. O Brasil escreve sua história com uma marca da submissão aos Estados Unidos.

No Brasil, higienização étnico-social e criminalização da pobreza
Mais de cinquenta e dois anos depois do Massacre de Shaperville, no Brasil, o racismo

também tem assumido formas cada vez mais perversas. Além das práticas neoliberais, a aproximação dos chamados “grandes eventos” (Copa e Olimpíadas) tem alimentado políticas de higienização social e criminalização da pobreza que, sem margem de dúvidas, atingem mais intensamente a população negra. O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído pela Lei nº 11.635, sancionada em 27 de dezembro de 2007 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A data remete ao falecimento de Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum, terreiro de Candomblé localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, em Salvador (BA). Em 2000, a mãe de santo foi vítima de infarto fulminante após ver seu rosto estampado na capa de publicação edição 39,da IURD com a manchete “macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”.


Na data, entidades atentam sobre a necessidade de respeitar a diversidade religiosa e reduzir os casos de crimes de ódio.

A liberdade religiosa é um patrimônio social da humanidade que precisa ser devidamente resguardado, e , isso também inclui o direito de não seguir qualquer credo, ou mesmo não ter crença na existência de nenhuma divindade. Igualmente importante, a liberdade de expressão assegura o direito de expressar livremente opiniões, ideias e pensamentos. No entanto, o grande desafio é harmonizar as duas liberdades, sem que uma cerceie a outra.

 -Gente apenas em 2014, o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), recebeu 149 denúncias de discriminação por motivação religiosa. A maioria, 26,17%, foram do Rio de Janeiro e, 19,46%, de São Paulo. O número representa uma redução em comparação com 2013, quando foram recebidas 228 ligações ao todo.

Entre as religiões mais discriminadas estão as de matriz africana, como o candomblé e a

umbanda. O mesmo balanço mostra que 35,39% das vítimas de discriminação por motivação religiosa eram negros, enquanto 21,35% eram brancos e, 0,56%, indígenas. Esses dados mostram que a intolerância religiosa também está ligada à discriminação racial.

.Sabendo que a melhora das condições de vida da população negra se deu não apenas devido às políticas públicas, mas como resultado da organização e da mobilização do movimento negro, do movimento sindical e o crescimento da consciência racial do nossa população.

A história das religiões dos africanos e seus descendentes no Brasil é marcada pela resistência incansável de seus devotos. Ao lembrarmos a resistência negra, a referência ao feminino continua sendo central. As Yalorixás negociaram com políticos de alto escalão pelo direito de vivenciar plenamente suas crenças religiosas e também buscaram atrair a atenção e o apoio de intelectuais e artistas, numa tentativa de quebrar estereótipos negativos da religião e cultura negra.


Se Liga:
O empenho para integração do Negro do Brasil no processo Político, Econômico, Cultural e Social, iniciou somente pós III Conferência Mundial Contra o Racismo Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlatas, que aconteceu em 2001, na África do Sul cidade de Durban, iniciativa internacional que teve a participação de quase duas dezenas de chefes de Estados que ao definirem acordos o Estado Brasileiro que também participou esta cumprindo o compromisso no país. Considerando as legislações que nesta ultima década foram institucionalizadas, podemos afirmar que na Convivência Comunitária Comunidade Negra e Comunidade do Samba são os mais novos segmento da sociedade civil.

A legislação brasileira instituiu os primeiros conceitos de racismo em 1951 com a Lei Afonso Arinos (1.390/51) que classificava a prática como contravenção penal.

Somente a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5.º, XLII, é que classificou a prática do racismo como crime inafiançável e imprescritível, sujeitando o delinquente a pena de reclusão.

“...No caso brasileiro, nós temos de valorizar o fato de nós construirmos um sociedade
multirracial. Tenho dito isso, seguidamente, nos meus pronunciamentos como presidente da Republica, porque não se trata de valorizar por valorizar. É porque isso é parte constitutiva da nação. A nação brasileira se compõe dessa multiplicidade.
Então quando falo do negro, estou falando do brasileiro, do cidadão, da cidadã brasileira. Temos a obrigação de ressaltar esse aspecto. Aqui, não se trata de um movimento, de parcialidade. É uma parcialidade que forma um todo. E esse todo é, precisamente, hoje expressivo, porque é múltiplo, porque tem uma enorme variedade de participações raciais e culturais. E nós temos de desenvolver formas civilizadas de convivência, que reconheçam o diverso e entendam que, realmente, o Brasil se distingue porque foi ou virá a ser capaz de fazer com que essa diversidade produza um resultado positivo para o conjunto do país, para o conjunto da nação.

Há um aspecto que nós devemos insistir sempre, que faz falta no mundo de hoje, que é o aspecto da tolerância, do respeito à diversidade. Se o mundo de hoje é um mundo que tem um lado preocupante, é o da intolerância. E essa intolerância, geralmente, se apresenta sob forma de racismo...”

Por isto, que a luta contra o racismo nos tempos atuais ocorre dentro de um contexto de resistência ao capitalismo neoliberal e na construção de uma nova perspectiva societária. A procura de alternativas societárias que se observa em algumas nações no continente latino-americano que tem em comum o questionamento a submissão a esta ordem global do
capitalismo (em maior ou menor grau) é de grande importância para ser discutida no movimento anti-racista. Em outras palavras, o combate ao racismo tem natureza, antes de tudo, política e ideológica. Fora disto, como disse o pensador jamaicano Stuart Hall, não terá qualquer importância.

Um afro abraço.

fonte:www.andes.org.br/imprensa/noticias/GT de Povos tradicionais da UNGRORJ- Comissão de Combate a Intolerania Religiosa UNEGRO RJ

Muito Prazer eu sou Maria Auxiliadora da Silva coloco cores vivas na vida acinzentada...

Na vitrine de uma galeria de arte em Paris, uma tela repleta de cores retrata uma festa de candomblé, com pessoas cantando, tocando atabaques e dançando. O dono da galeria diz o
preço ao cliente, uma quantia repleta de zeros que a autora jamais imaginaria receber por todos os 39 anos que viveu. O marchand francês explica que a obra, com traços quase infantis, está na fronteira entre o naif (primitivismo) e a arte bruta, fora do condicionamento cultural e do conformismo social, e foi produzida por uma artista brasileira genial, exaltada pela crítica internacional, que morreu nos anos 70. O que ele não disse, por não saber, é que pintar foi a forma encontrada por Maria Auxiliadora da Silva para pôr cores vivas em sua própria vida acinzentada.

A pintora mineira, de Campo Belo, filha mais velha de uma lavadeira (que nas horas vagas bordava e esculpia em madeira) com um trabalhador braçal em ferrovia, nasceu em 1935 e cresceu numa família de 18 irmãos. Entre a obrigação de tingir as linhas que a mãe usava para bordar e os desenhos que fazia em carvão nas paredes de madeira da casa, ia descobrindo os tons do colorido e uma forma de se relacionar com o mundo através de imagens. Mudar para São Paulo não melhorou muito a qualidade de vida daquela família enorme, mas deu à Auxiliadora a oportunidade de vivenciar a efervescência artística que, nos anos 60, girava em torno do poeta, teatrólogo e agitador cultural, Solano Trindade, numa cidadezinha próxima da capital, que foi rebatizada de Embu das Artes.

Maria Auxiliadora nasceu em 24 de maio de 1935, em Campo Belo, MG. Era de uma família de 18 irmãos, filhos de Dona Maria, uma humilde bordadeira, que acumulava ainda as funções de dona de casa, escultura e pintora e de trabalhadora braçal da estrada de ferro Oeste de Minas (Rede Mineira de Viação- RMV). Mudou-se com a mãe e seus irmãos para São Paulo, na esperança de melhores oportunidades que a capital paulista podia oferecer.

Auxiliadora, ainda criança, já mostrava uma inclinação natural para tingir os fios que a mãe bordava para fora e, com 11 anos, já desenhava figuras, com carvão, nos muros. Frequentou

a escola poucos anos. Auxiliadora teve trabalhos humildes, como doméstica, por exemplo. Sua saúde era frágil e, aos 22 anos, teve de ser submetida a sua primeira cirurgia. Somente com 32 anos ela passou a se dedicar integralmente à pintura, trabalhando na casa dos pais e, depois, na própria casa.

Sem conhecimento formal da pintura, pois jamais estudou arte, Auxiliadora foi aprimorando sua técnica. No final dos anos 1960, juntou-se com outros integrantes da família, como seu irmão o pintor João Cândido, ao grupo que girava em torno do músico, teatrólogo e poeta negro Solano Trindade , no Embu das Artes, SP, onde se formara um centro de artesanato, voltado principalmente para a cultura e arte de origem africana.

Assim como Solano, ficou pouco tempo no Embu. Auxiliadora retornou à Capital e passou a expor seus trabalhos na Praça da República, conhecendo então o físico e crítico de arte Mário Schemberg, que a apresentou ao cônsul dos EUA, Alan Fisher. Este último organizou, em 1971, com sucesso, uma exposição da artista na galeria USIS do Consulado Americano, em São Paulo.

A notoriedade durou pouco, pois Auxiliadora continuava sendo admirada apenas por alguns
artistas primitivistas, como Ivonaldo Veloso de Melo e Crisaldo Moraes. Em 1972, aos 37 anos, Auxiliadora voltou a estudar, inscrevendo-se no Centro de Alfabetização de Adultos, universo que também retratou em seus trabalhos. Em suas obras mostrou a dura realidade dos cursos noturnos, repleta de dificuldades na aprendizagem.

Nos dois últimos anos de vida, Auxiliadora travou uma batalha contra o câncer, que a levou ser operada seis vezes nos últimos dez meses de vida e a recorrer a medicamentos tradicionais. Ainda assim nunca parou de pintar, registrando cenas desta realidade como extrema-unção, hospitais, ambulâncias, velórios e enterros; além de pintar seu auto-retrato. A artista faleceu em 20 de agosto de 1974, de câncer generalizado, na cidade de São Paulo.

O reconhecimento de sua obra se deu postumamente, principalmente pela crítica internacional. Emanuel von Lauenstein Massarani, adido cultural do Brasil na Suíça, a situou na fronteira entre a arte primitivista e a arte bruta, longe do conformismo social e cultural. Coube ao marchand alemão Werner Arnhold, no final da década de 1970, contribuir
definitivamente para que Auxiliadora alcançasse renome na Europa, levando seus trabalhos a feiras de arte e exposições na Basiléia, Dusseldorf e Paris. A crítica internacional logo ficou fascinada pela forma como trabalhava as cores e as temáticas tipicamente brasileiras. Segundo seus críticos, Auxiliadora passava para a tela a sua leitura da realidade de seu cotidiano.

Um afro abraço.

fonte:www.catalogodasartes.com.br/antigo.acordacultura.org.br/

segunda-feira, 14 de março de 2016

Negro Cosme, herói da Balaiada e conhecido como o Imperador da Liberdade...

A história oficial nega a visibilidade do negro na construção do país, tratando heróis da luta pela liberdade e dignidade do povo brasileiro como verdadeiros marginais. Amparada pela falsa crença na democracia racial brasileira, parte da sociedade finge desconhecer que, hoje como antes, os negros ocupam os piores postos de trabalho, recebem os menores salários, sobrevivem em favelas e periferias...

A Independência do Brasil deu início a um período de grande instabilidade política no Maranhão. Diversas rebeliões aconteceram entre 1822 e 1840, em função da disputa pelo poder por parte de vários grupos da elite local. Os conflitos envolveram ainda pessoas das camadas livres pobres. Tal situação facilitou as fugas de escravos e a formação de quilombos.
"A Balaiada foi um dos maiores conflitos ocorridos no Brasil. Entre 1838 e 1840, o Maranhão foi palco de uma insurreição popular em que os quilombolas tiveram participação decisiva."

-Devemos ao povo francês, com a sua marcante Revolução no século 18, uma feliz síntese sobre quais devem ser os grandes propósitos de quem se dedica à luta política: liberdade, igualdade, fraternidade (solidariedade). No longo arco da história, já está cabalmente demonstrado que há uma vinculação dialética entre os três objetivos: um exige e condiciona o outro, de modo que não se pode separá-los totalmente.
Assim, quando Negro Cosme, herói da Balaiada e conhecido como o Imperador da Liberdade, reuniu milhares de negros que viviam no Maranhão em um levante que ganhou repercussão nacional, não lutava apenas pela liberdade formal dos escravos. De modo imbricado, havia a demanda por igualdade e por solidariedade com os mais pobres.

Na província do Maranhão, há mais de  170 anos, ocorreu uma célebre revolta de escravos. A insurreição de milhares de negros (1838-1840) liderados por Cosme Bento das Chagas tornou-se o fermento mais explosivo durante a Balaiada (1838-1841). Aquele acontecimento revelou um aumento do nível de amadurecimento dos negros escravos pois, através da insurreição buscaram superar a escravidão (após sucessivas fugas e a constituição de diversos núcleos de quilombolas) impondo uma forma mais incisiva de resistência àquela sociedade escravista. Tamanha era a resistência ao trabalho e à condição de escravo que, quando eclodiu a Balaiada (1838), a revolta dos negros e os numerosos quilombos já sacudiam todo o Maranhão. E todo aquele movimento ganhou mais consciência quando liderado pelo negro Cosme Bento das Chagas. Inclusive, a insurreição escrava teve continuidade mesmo após o fim da revolta dos balaios (1841).

- Também, antigos e novos núcleos de quilombos se mantiveram ou foram criados, alguns concentrando cerca de 400 a 500 quilombolas.

Preso, seu processo foi aberto em março de 1841, arrastando-se por mais de um ano, pois somente em 5 de abril de 1842, realizou-se o seu julgamento. Negro Cosme foi condenado à forca por liderar no Maranhão uma das mais temidas insurreições do povo negro já ocorridas no Brasil. À frente dos quilombolas, lutava para pôr fim à escravidão, junto com líderes como o índio Matroá, o vaqueiro Raimundo Gomes e de Manoel Ferreira dos Anjos, o Balaio.

Cosme liderava um exército de escravos formado principalmente de africanos, visto que no Maranhão tinha um grande contingente de negros naquela época. Cosme organizou um grande quilombo em Lagoa Amarela e nele fundou uma escola. Negro Cosme contava com um exército de aproximadamente três mil homens.

Luís Alves de Lima só considerou a província realmente “pacificada” após a prisão de Cosme, no entanto, os combates foram tão intensos e ferozes que a política oficial se viu frustrada na tentativa de poupar a vida dos escravos que seriam devolvidos/entregues aos seus antigos senhores.

Cosme foi enforcado em Itapicuru Mirim entre os dias 19 e 25, provavelmente em 20 de setembro de 1842, transformando-se em símbolo da luta contra escravidão
Ele foi enforcado em frente a Cadeia Pública de Itapecuru (Maranhão), hoje Casa da Cultura Profº João Silveira.

Essa reflexão sobre a nossa história mantém imensa atualidade. Só teremos uma sociedade com liberdade plena quando esta for igual para todos. Por isso, temos buscado

todos os caminhos possíveis para gerar no Maranhão mais igualdade de oportunidades e uma sociedade que pratique permanentemente a solidariedade (fraternidade).

Um afro abraço.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre/antigo.acordacultura.org.br

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...