UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Os Crimes Contra Humanidade segundo os estudiosos não se reconhece a escravização Negra por que ?...

Infelizmente, muitos crimes, envolvendo milhares de pessoas, já foram cometidos em diversos países ao
longo da história. Alguns afetaram tantas vidas e causaram tantas mortes que ficaram marcados no tempo e são relembrados sempre, como o holocausto nazista.

 Separamos uma lista alguns crimes contra a humanidade.

* Holocausto judeu (1939-1945)
Vítimas: 6 milhões de judeus – autores: nazistas.
Em 1933, Adolf Hitler subiu ao poder na Alemanha e estabeleceu um regime racista sob o enganoso título de Nacional-Socialista. Esse regime foi baseado na doutrina racial de acordo com a qual os alemães arianos pertenciam à “raça pura”, enquanto os judeus eram considerados como “Untermenschen”, subumanos, que não faziam parte da raça humana. Os judeus foram perseguidos e mal tratados por muitos anos, até que em 1939 começaram a ser capturados e levados em comboios para os campos de concentração. Chegando aos campos eram separados em filas de mulheres, outras de homens e de crianças. Aqueles que estavam em condições físicas iriam trabalhar, (pensando que iriam sobreviver), os outros eram levados para as câmaras de gás, onde se despiam e em seguida eram mortos com gás. Depois os corpos eram queimados em crematórios ou então faziam-se algumas atrocidades, como a utilização da pele para candeeiros ou experiências médicas com as crianças.

* Genocídio ucraniano (1932-1933)
Vítimas: 3 milhões de ucranianos – autora: União Soviética.
Entre os anos 1932 e 1933, os ucranianos protagonizaram, a contragosto, algumas das páginas mais tristes e menos conhecidas da história soviética. Foram “páginas em branco”, porque foram omitidas durante décadas pelo regime capitaneado, à época, por Stalin. Ele queria dar uma “lição aos nacionalistas renitentes”. Primeiramente, acabou com os agricultores, assassinou muitos proprietários abonados e os demais foram deportados para o Casaquistão e a Sibéria. O segundo passo foi a nacionalização das pequenas propriedades privadas, e por fim, decretou o confisco dos alimentos. Pela primeira vez no Estado moderno alguém utilizaria a fome como uma arma de destruição coletiva.

*Sangue no Camboja (1975-1979)
Vítimas: 1,7 milhão de pessoas – autor Khmer Vermelho.
Pol Pot, líder dos comunistas que tomaram o poder no Camboja, resolveu “limpar” o país, não de uma etnia específica (embora minorias chinesas e vietnamitas tenham sido dizimadas depois), mas de todos os que pensassem de uma maneira anticomunista. Os intelectuais, monges e qualquer pessoa com uma profissão foram considerados “maçãs podres”. Quem não foi fuzilado na hora foi para campos de reeducação, onde trabalhavam até a morte. É o mais famoso autogenocídio da História. O desprezo pela vida marcava o lema do Khmer Vermelho: “Manter você vivo não nos traz nenhum benefício. Destruir você não será nenhuma perda para nós”.

*Morte em massa na Armênia (1915-1917)
Vítimas: 1,5 milhão de armênios – autores: Turcos Otomanos.
Na Primeira Guerra, acusados de traição e de complô com os russos, 2 milhões de armênios foram obrigados a deixar suas casas e marchar até uma região desértica próxima da Síria, onde eram deixados para morrer. É considerado o primeiro genocídio moderno em larga escala, feito de forma organizada
(serviu de inspiração para Hitler, que sempre o citava como exemplo). Até hoje, a Turquia nega o massacre. Quem “escoltava” os armênios até o deserto eram grupos paramilitares formados por ex-presidiários, que estupravam, roubavam e matavam os exilados durante a jornada.

* Massacre em Ruanda (Abril de 1994)
Vítimas: 700 mil Tútsis – autoras: Milícias Hútus.
Durante cem dias, milícias hútus promoveram um banho de sangue nesse pequeno país africano, na tentativa de exterminar os tútsis, outro grupo étnico. Além da barbárie, o que mais chocou o mundo foi a posição passiva da ONU e das grandes potências, que assistiram à carnificina sem intervir. Ao final, guerrilheiros tútsis tomaram o país. Aí, foi a vez de 2 milhões de hútus, com medo de vingança, deixarem a região. A principal arma usada para matar os tútsis eram as machetes (facões). Milhares delas foram importadas da China meses antes, num ato calculado de preparação.

* Porajmos, a caçada aos ciganos (1939-1945)
Vítimas: 500 mil Romanis (ciganos) – autores: nazistas.
Quando os nazistas chegavam aos acampamentos ciganos, matavam sem dó. Muitas vezes, eles nem faziam a seleção na chegada aos campos de concentração – acabavam com todos. Até hoje, os 500 mil ciganos mortos (na proporção, um grupo tão grande quanto o de judeus assassinados na Segunda Guerra) são pouco lembrados. Um dos casos mais macabros do médico nazista Josef Mengele é o dos gêmeos ciganos Guido e Ina, costurados um ao outro, pelas costas, como siameses. A mãe matou os dois com morfina para terminar com o sofrimento.


* Revolta Circassiana (últimas décadas do século XIX)
Vítimas: 400 mil circassianos – autor Império Russo.
Por volta de 1860, os russos estavam terminando de dominar o Cáucaso e a região da Chechênia. Mas no seu caminho estavam os circassianos, povos muçulmanos. Foi quando o general Yevdokimov teve a brilhante ideia de “convidar” (leia-se obrigar) os nativos a se mudar para o vizinho Império Otomano. Para garantir que os montanheses fossem realmente embora, os soldados destruíram aldeia por aldeia. A limpeza étnica foi tão completa que hoje ninguém mais na região do Cáucaso fala os idiomas dos povos circassianos.

* Crueldade na Bósnia (1992-1995)
Vítimas: 200 mil Bósnios – autores: Milícias e exército Sérvio.
Quando a antiga Iugoslávia se separou em vários Estados, os sérvios tentaram abocanhar o máximo de território. Quem mais sofreu foram os bósnios. Discriminados por serem muçulmanos, milhares foram executados e enterrados em valas comuns, enquanto a Europa e os EUA só assistiam. Em Srebrenica, milícias sérvias, debaixo do nariz das tropas da ONU, mataram 8 mil homens entre 12 e 60 anos. Cerca de 40 mil mulheres bósnias foram sistematicamente estupradas. E quando engravidavam eram obrigadas a dar à luz.

* Terror no Timor Leste (1975-1999)
Vítimas: 150 mil timorenses – autora: Indonésia.
Quando a ex-colônia portuguesa no sudeste da Ásia foi ocupada pela Indonésia, experimentou o inferno: plantações foram queimadas com napalm e seus reservatórios de água foram envenenados. E cerca de 20
mil pessoas “desapareceram”. Mesmo em protestos pacíficos, a repressão era brutal. Em 1991, 400 estudantes foram fuzilados em um cemitério por causa de uma passeata, diante de jornalistas do mundo inteiro. Em 1999, antes de sair do Timor, milícias indonésias mataram 61 pessoas que estavam escondidas numa igreja. A atrocidade ficou conhecida como Massacre de Liquiçá.

* Hererós e Namaquas (1904-1907)
Vítimas: 65 mil Hererós e 10 mil Namaquas – autora: Alemanha.
Foi o primeiro genocídio do século 20, na região onde hoje fica a Namíbia. Os poucos que não foram expulsos para o deserto de Kalahari acabaram nos campos de concentração, identificados por números e obrigados a trabalhar até a morte. Metade dos namaquas e 80% dos hererós foram mortos (os judeus perderam cerca de 35% de seu povo durante o massacre nazista). Um século depois, os alemães pediram desculpas, mas não ofereceram nenhuma compensação. Os alemães ainda envenenavam os poços pelo deserto. Anos depois, ossadas foram achadas em buracos – as pessoas cavavam com as próprias mãos em busca de água.

-Se tem 10 crime não relacionada que e a escravidão negra por que ninguém quer assumir essa conta e consequência do resultado direto e indireto na africa e no mundo pois mudou a trajetória do mundo e ate sucessão monárquica?...

Reduzir um homem à escravidão, comprá‑lo, vendê‑lo, retê‑lo na servidão, tudo isso são verdadeiros crimes, e crimes piores que o roubo. Com efeito, esbulha‑se o escravo não somente de qualquer propriedade mobiliária ou fundiária, mas da faculdade de a adquirir, da proprie­dade do seu tempo, das suas forças, de tudo o que a natu­reza lhe deu para conservar a sua vida ou prover às suas necessidades. A este mal junta‑se o de retirar ao escravo o direito de dispor da sua pessoa.

Ou não há moral de todo, ou é necessário convir neste princípio. Bem pode a opinião não estigmatizar este tipo de crime, bem pode a lei do país tolerá‑lo, nem a opinião nem a lei podem alterar a natureza das acções: e mesmo que esta opinião fosse a de todos os homens e o género humano reunido tivesse, a uma só voz, aprovado esta lei, tal crime permaneceria sempre um crime.

No que se segue, compararemos frequentemente com o roubo a acção de reduzir à escravidão. Estes dois cri­mes, embora o último seja muito menos grave, têm gran­des relações entre eles; e como um sempre foi o crime do mais forte, e o roubo o do mais fraco, encontramos todas as questões sobre o roubo resolvidas de antemão, e de acordo com os bons princípios, por todos os moralistas, enquanto o outro crime nem sequer
tem o seu nome nos seus livros. É necessário exceptuar, contudo, o roubo à mão armada, que se chama conquista, e outras espécies de roubos em que é igualmente o mais forte a esbulhar o mais fraco. Os moralistas também fazem vista grossa a estes crimes, bem como o de reduzir seres humanos à escravidão.

A razões alegadas para desculpar a escravidão dos negros...

"Diz‑se, para desculpar a escravidão dos negros comprados em África, que estes infelizes são ou criminosos condenados ao derradeiro suplício, ou prisioneiros de guerra que seriam executados, não fossem eles comprados pelos Europeus."

De acordo com este raciocínio, alguns escritores apresentam‑nos o tráfico dos Negros como sendo quase um acto de humanidade. Mas observaremos:

* Que este facto não está provado e nem sequer é verossímil. O quê? Antes de os Europeus comprarem os Negros, os Africanos degolavam todos os prisioneiros! Matavam não somente as mulheres casadas, como era, diz‑se, outrora uso entre uma horda de ladrões orientais, mas até as raparigas não casadas, coisa nunca antes relatada acerca de nenhum povo. O quê? Não fôssemos nós buscar negros a África, e os Africanos matariam os escravos que destinam agora a ser vendidos! Cada um dos dois parti­dos preferiria espancar até à morte os seus prisioneiros a trocá‑los! Para acreditar em factos inverosímeis são necessários testemunhos idóneos, e aqui temos apenas os das pessoas empregadas no comércio dos Negros. Nunca tive a ocasião de os frequentar, mas havia, entre os Romanos, homens que se consagravam ao mesmo comér­cio, e o seu nome é ainda uma ofensa.

* Supondo que se salva a vida do negro que se compra, não seria menos criminoso comprá‑lo, se fosse para revendê‑lo ou reduzi‑lo à escravidão. Seria uma acção igual à de um homem que, depois de ter salvo um infeliz perse­guido por assassinos, o roubasse. Ou então, se supusermos que os Europeus levaram os Africanos a deixar de matar os prisioneiros, seria a acção de um homem que tivesse conseguido dissuadir salteadores de assassinarem os tran­seuntes, e os tivesse persuadido a satisfazerem‑se com roubá‑los com ele. Dir‑se‑á, numa ou noutra destas supo­sições, que este homem não é um ladrão? Um homem que, para salvar outro da morte, lhe desse do seu necessário, estaria sem dúvida no direito de exigir uma compensação; poderia adquirir um direito sobre os bens e até sobre o trabalho de quem salvou, descontando, contudo, o que é necessário à subsistência do obrigado: mas não poderia sem injustiça reduzi‑lo à escravidão. Podem adquirir‑se direitos sobre a propriedade futura de outro homem, mas nunca sobre a sua pessoa. Um homem pode ter o direito de forçar outro homem a trabalhar para ele, mas não o de o forçar a obedecer‑lhe.

* A desculpa alegada é tanto menos legítima, quanto é, pelo contrário, o infame comércio dos bandidos da Europa que faz nascer entre os Africanos guerras quase contínuas, cujo único motivo é o desejo de fazer prisioneiros para os vender. Frequentemente, os próprios Europeus fomentam estas guerras mediante dinheiro ou intrigas, de modo que são culpados não somente do crime de reduzir homens à escravidão, mas ainda de todos os assassínios cometidos em África para preparar este crime. Têm a arte pérfida de excitar a cupidez e as paixões dos Africanos, de levar o pai a entregar os filhos, o irmão a trair o irmão, o príncipe a vender os súbditos. Deram a este infeliz povo o gosto destrutivo dos licores fortes. Comunicaram‑lhe este veneno, que, escondido nas florestas da América, se tornou, graças à activa avi­dez dos Europeus, um dos flagelos do globo; e ainda se atrevem a falar de humanidade!

*Ainda que a desculpa que alegamos umas linhas acima desculpasse o primeiro comprador, não poderia desculpar nem o segundo comprador nem o colono que fica com o negro, porque não têm agora o motivo de subtrair à morte o escravo que compram. São, em relação ao crime de reduzir à escravidão, o que é, em relação a um roubo, aquele que divide o saque com o ladrão, ou antes, o que encarrega outrem de um roubo, e que compartilha com ele o produto. A lei pode ter motivos para tratar diferen­ciadamente o ladrão e o seu cúmplice, ou o seu instigador; mas, em moral, o delito é o mesmo.

Por último, esta desculpa é absolutamente nula para os negros nascidos na fazenda. O senhor que os cria para os deixar na escravidão é criminoso, porque o cuidado que lhes dedicou na infância não pode dar‑lhe qualquer apa­rência de direito sobre eles. Com efeito, porque tiveram necessidade dele? É porque arrebatou
aos seus pais, com a liberdade, a faculdade de cuidar do seu filho. Será, pois, pretender que o primeiro crime pode dar direito a come­ter o segundo. Aliás, suponhamos mesmo que a criança negra foi abandonada livremente pelos seus pais: pode o direito de um homem sobre uma criança abandonada que criou ser o de a reduzir à escravidão? Daria uma acção de humanidade o direito a cometer um crime?

A escravidão dos criminosos legalmente condenados também não é legítima. Com efeito, uma das condições necessárias para que a pena seja justa é que seja determi­nada pela lei, quer quanto à sua duração, quer quanto à sua forma. Assim, a lei pode condenar a trabalhos públicos, porque a duração do trabalho, o alimento, as punições em caso de preguiça ou revolta, podem ser determinados pela lei; mas a lei nunca pode sentenciar um homem a ser escravo de outro homem em particular, porque a pena, dependendo então em absoluto do capricho do senhor, é necessariamente indeterminada. Aliás, é tão absurdo como atroz atrever‑se a aventar que a maior parte dos infelizes comprados em África é constituída por crimi­nosos. Será que se teme que o desprezo por eles não seja suficiente, que não sejam tratados com bastante dureza? E que como é que se pode supor a existência de um país onde se cometessem tantos crimes, e onde, no entanto, se fizesse uma justiça rigorosa?

"Da pretensa necessidade da escravidão dos negros, considerada em relação ao direito que dela pode resultar para os seus senhores"

Pretende‑se que é impossível cultivar as colônias sem os negros escravos. Admitiremos aqui esta alegação, suporemos que esta impossibilidade é absoluta: é claro que não pode tornar a escravidão legítima. Com efeito, se a necessidade absoluta de conservar a nossa existência pode autorizar‑nos a lesar o direito de outro homem, a violência deixa de ser legítima no preciso momento em que esta necessidade absoluta cessa igualmente: ora, não está aqui em causa este tipo de necessidade, mas apenas a perda da fortuna dos colonos. Assim, inquirir se este interesse torna a escravidão legítima é inquirir se me é permitido conservar a minha fortuna mediante um crime.
 A necessidade absoluta que eu pudesse ter dos cavalos do meu vizinho para cultivar o meu campo não me
daria o direito de lhos roubar; mas então porque teria eu o direito de o obrigar a ele próprio, pela violência, a cultivar para mim?
 Esta pretensa necessidade não altera, pois, nada aqui, e não torna a escravidão menos criminosa por parte do senhor.

Um afro abraço.
Fonte :livro os 10 mais\unegro

domingo, 9 de agosto de 2015

EXPOSIÇÃO LÉLIA GONZALEZ É SUCESSO DE PUBLICO1

A UNEGRO RJ É ELOGIADA PELA MINISTRA NILMA LINO GOMES / SEPPIR PELA EXCELENTE ATIVIDADE DO NÚCLEO DE NOVA IGUAÇU

A exposição em NI realizada pelo núcleo d@ Unegr@ - em parceria com a REDEH - foi um
gooll de placa. Entramos com pé direito. A Ministra visitou e deu a entrevista oficial no nosso stand. Falou da importância de LÉLIA GONZALEZ e como que ela ficou feliz ao encontrar o movimento social organizado em um espaço político de pesquisadores e intelectuais. De forma muito consciente , citou que não tem como desassociar a luta contra o racismo , do combate à homolesbotransfobia.

Pedimos que ela assinasse o livro de presença, o que o fez com maior prazer.

A Ministra deu um show de simpatia e humildade!

A exposição foi parte da programação cultural do Copene Sudeste e recebeu

aproximadamente 300 visitantes.

Dentre @s visitantes tivemos a honra de receber Maria da Conceição Evaristo / Escritora e Drª em Letras.
Teresa Cárdenas / Escritora Cubana
Beatriz Moreira Costa / Mãe Beata de Iemanjá ( Sacerdotisa Suprema dos Candomblés Ketu - Iorubá, Escritora, /atriz e Artesã )
Luciana Barreto / ( TV BRASIL )
Ministra Nilma Lino Gomes / SEPPIR / UFMG

Essa foi é uma iniciativa da Unegro- Nova Iguaçu em parceria com a associação Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH-RJ).

 Missão cumprida Unegrin@s!

A razão pela intolerância, sexismo, racismo, homofobia existe é o medo. As pessoas têm
medo de seus próprios sentimentos, medo do desconhecido.
Afro abraços!
 
 fonte: Sonia Lopes\ UNEGRO-Nova Iguaçu

 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

UNEGRO QUE COMEMOROU 27 ANOS DE JULHO FAZ PLENARIA NACIONAL EM BRASILIA PARA DISCUTIR O IV CONGRESSO EM 2016...

Historicamente, o racismo sempre coletivismo tem rodeado o imaginário coletivo . E sustenta que o indivíduo não tem direitos, que sua vida e trabalho pertencem ao grupo (à "sociedade", à tribo, ao Estado, à nação), e que o grupo pode sa­crificá-lo ao seus próprios caprichos e interesses. A única
maneira de implementar uma doutrina deste tipo é através dá força bruta ? e o estatismo sempre foi o corolário político do coletivismo. A UNEGRO neste 27 anos lutando contra a discrimi­nação e racismo e direito a justiça e trabalha as questões que circundam o racismo.

Estado absoluto é simplesmente uma forma institucionaliza­da de uru regime de gangues, independentemente de qual gangue em particular mantenha o poder, E ? já que não há justificativa racional para esta regra, já que nada foi ou pode ser oferecido ? a mística do racismo é um elemento crucial para toda variante do Estado absoluto. O relacionamento é recíproco: o estatismo vem das guerras tribais pré-históricas, da noção de que os homens de uma tribo são presa natural para os de outra ? e estabelece suas próprias subcategorias internas de racismo, um sistema de castas determinadas pelo nascimento de um homem, assim como os títulos de nobreza ou a servidão, herdados. Contudo, a luta anti-racista foi historicamente submetida, inclusive através do isolamento político, o negro e a negra sempre resistiram. Há uma história política não institucional que nem sempre é contada. A começar por Quilombo dos Palmares, símbolo da resistência de um povo que luta pela vida em liberdade. Esta experiência histórica, em geral desconhecida, mesmo no ensino formal, representou uma radical contestação à ordem dominante, subvertendo a ideologia dominante quanto à boçalidade e indolência dos trabalhadores negros...
 Parte dos militante e dirigente da UNEGRO( 150 pessoas) estarão entre 7 e 9 de Agosto reunindo-se em Brasília para discutir e preparar a pauta de nosso próximo Congresso Nacional que acontecera em 2016.
Entre os convidados estarão a presidenta da UNE, Carina Vitral, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, a presidenta da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo,  o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, a secretária de políticas para as mulheres da Bahia, Olívia Santana e a diretora do Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC), Bia Barbosa.

No ano que vem para prefeito e vereadores, pela sua característica,( entre as varias pautas que vamos discutir estará) permitirá aprofundar essa reflexão e faze-la chegar às entranhas do país. Será um grave erro dos partidos progressistas e dos movimentos sociais permitirem que as reformas seja pauta exclusiva do Congresso, discutidas apenas em Brasília. Necessitamos mobilizar amplos setores da sociedade brasileira e provocar o debate na base da sociedade. Temos que trabalhar para conquistar avanços sociais importantes no ano que o Brasil completa 128 anos de desinstitucionalização da escravização brasileira. Temos que
terminar a abolição iniciada formalmente em 1888 e corrigir as imperfeições da nossa República


 
Lamentavelmente,apesar das ações afirmativas e das lutas “sem fim”, ainda é frequente na cultura popular asmanifestações insidiosas da pratica racial e enquanto isso persistir nosso lema é:
REBELE-SE CONTRA O RACISMO! 

um afro abraço.

domingo, 2 de agosto de 2015

Favela : Questões raciais e sociais...

Origens das Favelas...

De maneira geral, as favelas surgiram pela necessidade de sobrevivência de uma população carente de recursos. Sem alternativa, os cidadãos foram construindo casas em terrenos não povoados. As comunidades cresceram com grande rapidez ao longo dos anos, graças, em parte, ao descaso do poder público.

A formação de favelas no Rio está ligada ao término do período escravocrata, no final do século XIX. Sem posse de terras e sem opções de trabalho no campo muitos dos escravos libertos deslocaram-se para o Rio de Janeiro, então capital federal. O grande contingente de famílias em busca de moradia e emprego provocou a ocupação informal em locais desvalorizados, de difícil acesso e sem infraestrutura urbana.
Com a Proclamação da República, em 1889, a elite e os administradores do Rio queriam apagar do seu passado os vestígios de uma cidade colonial. Cortiços sem condições sanitárias e povoados por ex-escravos foram demolidos na reforma de Pereira Passos. Sem ter outras opções de moradia os desabrigados foram obrigados a construir suas próprias casas. Começou então a ocupação dos morros centrais da Providência e de Santo Antônio, em 1893, seguida pelo Morro dos Telégrafos eMangueira, em 1900.

Com o passar dos anos, a modernização das zonas nobres da cidade continuou. As pequenas ruas e os casarões deram lugar a longas avenidas e construções arrojadas. Muitas casas foram demolidas, diminuindo a oferta de moradia e elevando o preço dos aluguéis. O fenômeno provocou o aumento da formação de favelas, para atender a população mais carente.
Com uma rapidez incrível, as favelas foram se desenvolvendo em toda a zona sul, perto dos comércios e ao lado das regiões escolhidas para abrigar a nobreza e a elite. O Morro da Babilônia, entre a Praia Vermelha e a Praia do Leme, começou a ser ocupado em 1907. Dois anos depois apareceram favelas no Morro do Salgueiro, na Tijuca e na Mangueira. Em 1912, as comunidades já estavam instaladas em Copacabana e, logo depois, ocupavam também o Morro dos Cabritos, entre aLagoa e Copacabana, e o Morro Pasmado, em Botafogo.
Essa propagação das favelas nos bairros mais ricos parecia a única saída possível para a população pobre que precisava morar perto do local de trabalho. Num tempo em que apenas trens e bondes precários chegavam até as periferias da cidade, os nobres não queriam esperar por horas e horas seus empregados. Os morros eram uma solução cômoda também para elite. A alguns metros das mansões e jardins de Botafogo surgiram anos depois os primeiros barracos do Morro Santa Marta.


No entanto, desde o início do século XX as favelas foram vistas como um problema. Os morros provocavam medo e curiosidade, o que gerava desconhecimento sobre a situação. Em 1927, o arquiteto francês Alfred Agache apresentou um plano de urbanização e embelezamento para o Rio, em que propunha a transferência dos moradores das favelas por motivos sociais, estéticos e hierárquicos. Somente alguns projetos de Agache foram levados adiante, mas a ideia de que as comunidades precisavam ser eliminadas permaneceu.

Por volta de 1930, surgiram os primeiros loteamentos na zona oeste, como opção de moradia para a população de baixa renda. Em 1937, foi proibida a construção de novas favelas ou mesmo a melhoria das que já existiam. A lei vigorou até a década de 70.
Muitas favelas foram removidas neste período. Alguns moradores foram alojados em conjuntos habitacionais com uma estrutura precária, construídos em locais distantes do comércio da cidade. Esta constante locomoção e descaso com a população carente fez com que os cidadãos começassem a se organizar em associações para reivindicar seus direitos.
A Fundação Leão XII conseguiu implantar redes de água e luz em algumas favelas. A união entre a Igreja e o poder público deu origem à organização Cruzada São Sebastião, que também conseguiu melhorias com projetos de luz, água, esgoto e urbanização. Além disso, construiu um conjunto habitacional no Leblon conhecido como Cruzada, destinado aos moradores que residiam nas favelas removidas.

Até 1965, 30 mil pessoas haviam sido retiradas das favelas. O ápice da política de remoção ocorreu entre 1968 e 1975, quando 176 mil pessoas foram levadas para 35 mil unidades habitacionais. Muitas comunidades acabaram incendiadas e seus líderes desapareceram.
Houve casos dramáticos, como o da favela da Catacumba, que chegou a ter uma população superior a dez mil pessoas nos anos 60, mas foi removida em 1970. Por causa de sua localização, com vista privilegiada da Lagoa Rodrigo de Freitas, a comunidade sofreu especulação imobiliária e deu lugar a prédios de luxo. Pelo mesmo motivo foram extintas nos anos 60 as favelas da Praia do Pinto, de Macedo Sobrinho e da Ilha das Dragas, todas na região da Lagoa.
Em 1972 20% das favelas do Rio de Janeiro haviam sido eliminadas, o que não impediu que outras continuassem crescendo. Em 1974 o governo suspendeu o plano de erradicação, mas nenhuma outra política foi adotada, e as comunidades ficaram sujeitas ao abandono. Com o tempo, as moradias ganharam novas formas. Os barracos frágeis foram substituídos por construções feitas de tijolos e telhas. Desenvolveu-se, então, um mercado imobiliário dentro das favelas, com locais mais e menos valorizados, dependo dos serviços oferecidos.
Os governantes e administradores começaram a perceber que as velhas propostas de erradicação das favelas, com deslocamento e reassentamento dos cidadãos em áreas
distantes, não eram mais a solução. Tais projetos demandavam um altíssimo custo financeiro e, além disso, rompiam relações sociais e econômicas dos moradores.

Em 1993 surgiu o Grupo Executivo de Assentamento Popular (GEAP). A entidade estabeleceu as bases para uma política habitacional, reconhecendo que o morar urbano é direito do cidadão, que a moradia não é apenas casa, mas integração à cidade, cabendo à coletividade prover a estrutura habitacional necessária, com serviços públicos, transporte, educação, saúde, cultura e lazer.

Neste mesmo ano, foi lançado um ambicioso projeto da Prefeitura de Rio em parceria com empresas privadas, o Favela-Bairro. Com o objetivo de integrar as favelas aos bairros, desenvolveu diversas reformas em mais de 150 comunidades. Urbanizou algumas áreas, criou vias de acesso, realizou obras de saneamento básico. Foi um dos primeiros projetos a se integrar com a população para saber as reais necessidades dos moradores. Durante o sucesso do programa, outras muitas favelas surgiram, o que gerou também algumas críticas.

Hoje o Rio de Janeiro tem quase mil favelas, e várias ações estão em andamento para melhorar a infraestrutura e o ambiente das comunidades. Projetos do governo, de empresas e de uma infinidade de ONGs. As favelas não são, nem de perto, o que eram na sua origem. Elas se desenvolveram, ganharam ofertas de comércio e serviços. O poder público finalmente começou a se envolver com seus problemas.

Todo o trabalho ainda não é suficiente. As carências da população ainda são enormes. As favelas não param de surgir e crescer, o que nos leva a pensar em ações preventivas que precisam ser realizadas. Não há dúvidas de que as obras de urbanização foram de extrema importância. Foram elas que possibilitaram a chegada de serviços como a coleta de lixo, os correios e o fornecimento de energia, entre outros. São estas obras que ainda hoje criam espaços públicos dentro das comunidades, criam condições de convivência e segurança com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), por exemplo.
A atuação das Forças Armadas é um capítulo à parte nos impasses das UPPs. Pela Constituição, os militares federais não poderiam atuar em policiamento de rotina. Para atender ao pleito de Pezão, o Ministério da Defesa criou, há oito meses, a Diretriz Ministerial número 09, com o objetivo de dar amparo legal à intervenção. “Não se pode dizer que a atuação do Exército seja ilegal, pois foram criadas leis. Mas é inconstitucional”, aponta o advogado João Tancredo, presidente do Instituto Defensores de Direitos Humanos.

O malabarismo jurídico não garantiu à comunidade a paz esperada. São requentes os confrontos entre traficantes da Maré e soldados do Exército. Segundo informações da “Força

de Pacificação”, em mais de sete meses foram presos 390 suspeitos, além de 150 menores, e realizadas 241 preensões de drogas. A truculência continua a ser uma das reclamações dos moradores. 

Se liga:Inúmeros relatos e várias manifestações populares em favelas de UPP afirmam a presença de policiais corruptos, autoritários, torturadores e matadores, que só fazem aumentar o genocídio da juventude negra dentro das favelas de UPP. Vemos que a instituição Estado, no Rio de Janeiro, funciona sob as bases na- quilo que Foucault (1993) chama de biopoder; logo, sua função homicida é assegurada pelo racismo, que busca definir a legitimidade de tais ações. O racismo inscrito no Estado tem importância vital na gestão dos territórios e das populações, pois representa a condição com a qual a polícia pode exercer o direito de matar, humilhar e amedrontar, segundo a linguagem foucaultiana...

 O Exército informa que nenhum desvio de conduta de seus soldados foi comprovado.Todas essas ações iniciadas no passado nos dão agora condições de encontrar a raiz dos problemas dessa população. Está na hora de dar condições para que essa população cresça, para que consiga alcançar o mercado de trabalho e se desenvolver dentro dele. Está na hora de ensinar a sociedade que estes moradores de favelas fazem parte da cidade, que a cidade não vive sem eles e que eles podem e devem crescer e melhorar suas vidas. Temos que unir esforços e unir públicos para melhorar a qualidade de vida dessa população que faz a cidade girar...

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:www.passeidireto.com/unegro relações comunitarias

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Trabalhador Negro:Trem passa por cima de corpo na estação de Madureira...

No sentido de procurar esclarecer a tremenda desigualdade social em nosso país com relação a questão racial, colocamos alguns dados que desmistificam a falsa idéia da “democracia racial” no nosso país, como por exemplo: o rendimento médio dos homens não negro no Brasil
é quase duas vezes e meia maior que o de homens negros e quase quatro vezes mais que as mulheres negras, segundo dados do IBGE, a partir de informações do PNAD .

A convivência entre estes atores se desenvolvia em um drama diário, acompanhado e testemunhado por muitos outros atores que, assim como eles, lutavam “pelo pão de cada dia”. Logo, cumpre-me apresentar a forma ritual como essa convivência complementar se viabilizava e, por fim, apontar para possibilidades de interpretação para duas categorias chaves inerentes àquele “processo ritual”: o derrame e o esculacho.

Nos chama a atenção nesses relatos o tom de absoluta naturalidade como foram veiculadas as histórias. Todavia, a liminaridade entre legalidade e ilegalidade em que viviam esses indivíduos não me podia passar despercebido. Nessa mesma direção, não  surgir como uma personagem envolvida nos conflito Adílio Cabral dos Santos. Geralmente como empreendedor de violência contra o personagem que e um dos raros caros que a Vitima trabalhador , negro( ex detento)...

"SUPERVIA ADMITE QUE AUTORIZOU TREM A PASSAR SOBRE CORPO DE HOMEM NO RIO"
Um trem passou por cima do corpo de um homem que havia sido atropelado por outro coletivo e estava estendido nos trilhos. Imagens mostram o momento em que o condutor, auxiliado por pelo menos outros dois funcionários que estão ao lado dos trilhos, passa pelo corpo na estação de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (28\07\15).
Há outras pessoas próximas aos trilhos, e os funcionários da empresa Super Via,

concessionária que administra o sistema, acenam para que o maquinista avance sobre o corpo. No dia do acidente, a empresa disse em nota que por volta das 17 horas agentes acionaram os Bombeiros para atender um homem que acessou a via irregularmente e foi
atingido por um trem. A vítima é Adílio Cabral dos Santos, que havia pulado o muro e invadido o local dos trilhos. 

Vídeo mostra momento em que trem passa por cima do corpo de homem que já havia sido atropelado Segundo os Bombeiros, não foi feito chamado em relação à ocorrência, e que houve apenas um aviso, por volta das 19h15, para atender uma ocorrência de trauma não relacionada à morte, e que apenas durante o atendimento a equipe foi informada por funcionários de que havia um corpo na linha férrea.
A Polícia Civil e a Agetransp, agência reguladora que fiscaliza os transportes no Rio de Janeiro, abriram investigação para apurar as responsabilidades. O episódio provocou a revolta do secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osorio 
( Será?...). Ele qualificou o caso como desumano e disse que a apuração vai verificar quem deu o comando e o motivo para que o trem passasse por cima do corpo.

"Um absurdo, inaceitável. O centro de controle tem a visão de tudo que acontece no sistema, de que trem em cada trilho, e é ele que dá o comando ao maquinista. Se aquele trem estava irregularmente naquele trilho, alguma falha aconteceu e nós precisamosentender quem deu a autorização para que o trem prosseguisse, mesmo com o corpo na pista "

A exposição à violência e a tênue linha entre legalidade e ilegalidade Durante parte das percepções dos indivíduos acerca das instituições sociais. Os discursos expressavam que a convivência com a violência...

- “Se eles vem, eu não vou. Se eles estão num canto eu tô no outro. E assim vou passando o dia e levando pra casa o leite dos meninos” (Camelô falando de seu cotidiano nos trens)
- "A respeito do Concurso de crimes tais como, Violação e profanação do código penal brasileiro (art.210)"

Concluindo:
Costuma-se dizer, no Brasil, que “Deus ajuda a quem cedo madruga”. A expressão busca inferir legitimidade social a quem trabalha. Toda uma rede social estaria disponível para o ator social que vive do trabalho( e que tenta se reabilitar na sociedade). Geralmente, a crença neste adágio, talvez em função de processos políticos endógenos, associa legitimidade a direitos sociais que deveriam ser providos pelo Estado. Todavia, nem todos que acordam cedo são considerados oficialmente trabalhadores. Logo, o Estado por aqui não lhe confere direito social algum e, pior, pode não
lhe reconhecer direitos civis. Conseqüentemente, há situações em que o arbítrio e a violência de indivíduos que se apropriam da representação estatal comprometem a expectativa dessa legitimidade.
 
Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:oglobo.globo.com/

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