UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

domingo, 15 de junho de 2014

Mitologia iorubá...

A mitologia dos iorubás engloba toda a visão de mundo e as religiões dos iorubás, tanto na África (principalmente na Nigéria e na República do Benin) quanto no Novo Mundo, onde influenciou ou deu nascimento várias religiões, tais como a Santería em Cuba, o Candomblé e aUmbanda no Brasil em acréscimo ao transplante das religiões trazidas da terra natal. A mitologia iorubá é definida por Itans de Ifá.

Mito da criação
Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun.

Há algumas variantes do mito da criação iorubá, mas de uma forma geral, há três principais raízes mitologicas, que ainda diferenciam-se em detalhes, mas que mantém uma linha central.

Em algumas, Obàtálá é o criador, não só do mundo, como também da humanidade, criando simultaneamente, no òrun (mundo espiritual) e no ayé (mundo material).

Em outras, Òduduwà cria o mundo após Obàtálá falhar na sua missão por haver embriagado com o emu (vinho de palma), restando a ele o poder da criação da humanidade, no òrun e no ayé.

Em outra variante, esta mais recente, é Òrúnmìlà (a divindade do oráculo Ifá), o criador da Terra, enquanto Obàtálá é o responsável pela criação da humanidade, em ambos os níveis.

Principais orixás
Na mitologia iorubá, Olodumare também chamado de Olorun é o Deus supremo do povo Iorubá, que criou as divindades, chamadas de orixás no Brasil e irunmole na Nigéria, para

representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados após à morte.

Orixás
Exu, orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.


Ogum, orixá do ferro, guerra, e tecnologia.
Oxóssi, orixá da caça e da fartura.
Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca
Xangô, orixá da pedreira, protetor da justiça.
Ayrà, usa cores brancas, tem profundas ligações com Oxalá.
Xapanã (Obaluaiyê/Omolu), Orixá das doenças epidérmicas e pragas.
Oxumarê, orixá da "chuva" e do arco-íris.
Ossaim, orixá das ervas medicinais e seus segredos curativos.
Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, trovão e do Rio Niger
Oxum, orixá feminino dos rios, cachoeira, do ouro, amor e fertilidade e particularmente do rio Osun em Osogbo.
Iemanjá ou Yemanjá, orixá feminino dos mares , mãe de todos os Orixás de origem yorubana.
Nanã, orixá feminino das águas das chuvas, dos pântanos, da lama e da morte, mãe de Obaluaiyê, Iroko, Oxumarê e Ewá, orixás de origem daomeana.
Yewá, orixá feminino do rio Yewa, senhora da vidência, a virgem caçadora.
Obá, orixá feminino do rio Oba, uma das esposas de Xangô juntamente com Oxum e Iansã.
Axabó, orixá feminino da família de Xangô
Ibeji, orixás gêmeos, protetor das crianças.
Iroko, orixá da árvore sagrada (conhecida como gameleira branca no Brasil).
Egungun, ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna.
Onilé, orixá relacionado ao culto da terra.
OrixaNlá (Oxalá) ou Obatalá, o mais respeitado Orixá, Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.
Ifá ou Orunmila-Ifa, orixá da Adivinhação e do destino.
Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yorubas.
Oranian, orixá filho mais novo de Odudua.
Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká.
Olokun, orixá divindade do mar.

Olossá, orixá dos lagos e lagoas

Oxalufon, orixá velho e sábio.
Oxaguian, orixá jovem e guerreiro.
Orixá Oko, orixá da agricultura.

No Brasil
Os iorubás deixaram uma presença importante no Brasil, e particularmente muito significativa no estado brasileiro da Bahia: "Os nagôs (iorubás) são, ainda hoje, os africanos mais
numerosos e influentes nesse estado (Bahia). Existiam aqui quase todas as pequenas nações iorubanas. Os mais numerosos são os de Oyó, capital do reino de Iorubá, que, naturalmente, foram exportados ao tempo em que os hauçás invadiram o reino, destruíram sua capital e tomaram Ilorin. Depois, em ordem decrescente de número, vêm os de Ijêsá, de que sobretudo há muitas mulheres. Depois os de Egbá, principalmente da sua capital Abeokutá. Em menor número, são os de Lagos, Ketú, Ibadan. Apenas conheci um negro de Ifé. Conheço três de Iebú, dos quais o que estacionava todos os dias na porta do conhecido Bazar 65, de cujos proprietários foi escravo, acaba de falecer. Em geral, os nagôs do centro da Costa dos Escravos, os de Oyó, Ilorin, Ijêsá etc., são quase todos, na Bahia, muçulmis, malês ou muçulmanos, e a seus compatriotas se deve atribuir a grande revolta de 1835. Durante o último período da escravatura, os iorubás foram concentrados nas zonas urbanas, então em pleno apogeu; nas regiões suburbanas ricas e desenvolvidas do Norte e Nordeste, particularmente em Salvador e no Recife. Ligados pela origem mítica comum, pela prática religiosa e semelhança dos costumes, rapidamente os diversos grupos nagôs passaram a inter-relacionar-se. Não perderam contato com a África, dada a intensa atividade comercial entre a Bahia e a Costa Africana".

No Brasil, já foi elaborado um organograma contemplando os principais orixás conhecidos no Brasil, e mostrando algumas de suas principais características: "Mitologia dos Orixás"
(PRANDI, 2007), "Contos e Lendas Afro-brasileiros", "A Criação do Mundo" (PRANDI, 2007) e "Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros" (CACCIATORE, 1988)


Um afro abraço.

fonte:http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_19990/artigo_sobre_religiosidade_africana_e_afro-brasileira:_identidade_e_originalidadeContos e lendas afro-brasileiros – a criação do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007/
a enciclopédia livre.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Cultura brasileira e Identidade Nacional...

A identidade nacional é um conceito que indica a condição social e o sentimento de pertencer a uma determinada cultura.  - O conceito de identidade nacional só começou a ganhar força no século XIX, quando surgiu a noção de nação.
Em um indivíduo, o nível de identidade nacional vai depender da sua participação ou exclusão relativamente à cultura que o envolve. É um tema relacionado com a identidade cultural, ou seja, o conjunto das características de um povo, oriundas da interação dos membros da sociedade e da forma de interagir com o mundo.O Brasil é reconhecido como um dos países com maior diversidade étnica e cultural do mundo, apresentando uma população de 191,5 milhões de habitantes (dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 2009), espalhadas em 26 estados de federação, mais o Distrito Federal, que apresentam realidades culturais, sociais e econômicas diferentes. Parte dessas distinções se deve ao modo pelo qual as localidades foram colonizadas e por quem as colonizou. Além disso, de acordo com Ruben Oliven, doutor em antropologia pela Universidade de Londres e autor da obra A parte e o todo - a diversidade cultural no Brasil-nação, a extensão territorial é um outro fator que explica esse fenômeno. "É natural que a população do Amazonas seja diferente da do Rio Grande do Sul, por exemplo", comenta Oliven, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Entretanto, como um país de território vasto e com características regionais diferentes consegue manter uma identidade nacional de ponta-a-ponta ou, como diz usualmente, "do Oiapoque ao Chuí"? Para Anne-Marie Thiesse, historiadora e autora do livro A criação das identidades nacionais, essa unificação se dá a partir de uma construção social e não de modo natural e espontâneo. Os elementos básicos citados por ela para que isso ocorra são os ancestrais fundadores, a história, os heróis, o folclore, a língua, os monumentos e certas paisagens. Aplicando este conceito ao Brasil, pode-se obter como exemplo: os índios que aqui viviam e Pedro Álvares Cabral (ancestrais fundadores), a história brasileira, Tiradentes (um herói nacional), as danças folclóricas (manifestação do folclore), o português (língua), o Cristo Redentor e a Estação da Luz (monumentos) e as Cataratas do Iguaçu e a Floresta Amazônica (paisagens). Todos esses elementos são traços da identidade e da cultura brasileira, agindo como símbolos unificadores da nação.


Vale lembrar que a região, mesmo tendo características próprias, faz parte de um todo. "O mundo atual está totalmente organizado em Estados-nação, o que é fruto de um processo histórico. Não existe região sem nação", completa Oliven. O Brasil passou por um processo mais intenso e significativo de integração nacional a partir de 1930, tendo Getúlio Vargas como presidente da República. Antes disso, ele apresentava poucas estradas e um sistema de comunicação ineficiente - o telégrafo era o modo mais rápido e ágil para se comunicar.

"Com Getúlio, passa a haver uma maior integração tanto econômica, como política e de meios de comunicação. Além disso, há o que é chamado de construção da brasilidade (uma imagem sociocultural que fosse o espelho do povo brasileiro)", explica. Com isso, o Brasil viveu um processo de integração nacional que faz com que ele seja visto até hoje como um país integrado, mas com bastante diversidade.

O pesquisador cita elementos bastante peculiares que compõem a identidade brasileira, que ajudam na unificação do país, como o samba, o futebol, o carnaval, e os meios de comunicação - que também desempenham um papel de destaque, uma vez que potencializam os elementos de unificação. "O futebol foi inventado na Inglaterra e trazido para o Brasil. Ele se popularizou e hoje é um símbolo brasileiro. Com o carnaval também ocorre um processo semelhante. Ele surgiu na Europa e chegou ao Brasil como algo elitizado, mas, aos poucos, foi se popularizando e se tornando um elemento nacional. O samba nasceu nas classes populares e hoje é identificado como uma manifestação cultural brasileira", explica.


"O convívio social promove a assimilação da identidade do grupo, além de sua veiculação pela mídia, tradições e mitologia. Identidades são criações, por isso são frágeis, suscetíveis a distorções, simplificações e interpretações variando entre os indivíduos".

A língua como um elemento unificadorComo afirma Thiesse em seu livro, um dos elementos mais fortes de unificação de um povo e de um país é a sua língua. Jean Baptiste Nardi, doutor em história econômica, no artigo "Cultura, identidade e linguagem", afirma que a língua portuguesa é um dos casos em que a linguagem passa a ser a expressão da união de um povo. "Portugal foi o primeiro país do mundo a unificar-se dentro de suas fronteiras atuais, no século XIII, e a existir como 'nação'", explica.
O pesquisador completa ainda que a língua portuguesa falada no Brasil não pode ser considerada um dialeto da língua de Portugal, e sim uma variante do português, haja vista que ambas as línguas tiveram uma evolução separada a partir do século XVI, por uma série de razões que fazem com que elas apresentem diferenças estruturais, tornando possível inferir que ambos são idiomas distintos. Para ele, o fato da língua falada aqui não possuir um nome próprio - brasileiro, por exemplo -, que contemple as características que a diferem da língua falada em Portugal e suas antigas colônias, acaba tendo um impacto negativo na identidade brasileira. "Não se definirá a língua brasileira sem que se determine, simultaneamente, a identidade nacional: ambas são estreitamente ligadas e a questão da língua é tanto um problema de linguística quanto de cultura e de sociedade".
O mito e sua importância.

O mito é uma forma de construção da identidade por meio de narrativas sobre a origem de uma comunidade. É uma produção histórica de como as pessoas pertencentes a uma sociedade querem ser vistas. Os florentinos contavam que Cesar fundara sua cidade, querendo legitimar suas raízes nobres e romanas.
Por meio de rituais e celebrações a sociedade define-se, atuando a favor da unificação e diferenciação entre os de dentro e os de fora dela. Dessa forma, os mitos agem em favor da união por meio de hábitos comuns.



“... A cultura popular é plural, seria talvez mais adequado falarmos em culturas populares”
“A identidade nacional é uma entidade abstrata e como talnão pode ser apreendida em sua essência”


Símbolo, Empatia e Preconceito.
Os símbolos são extremamente necessários para a compreensão humana do mundo. Quanto ao tema identidade nacional, existem duas formas de simplificação da realidade. A primeira são os símbolos pátrios propriamente ditos: cores das bandeiras, um herói nacional, um lema. Já a segunda são os estereótipos, tanto a caricatura de estrangeiros, como a que o próprio povo faz de si.

Os símbolos são importantes por que, a partir do momento em que os indivíduos de um determinado grupo assimilam o mesmo símbolo, eles compartilham uma identidade, passam a ter algo em comum. O próprio nome da nação pode ser um de união. Os estereótipos 
facilitam a diferenciação mental entre o self e os outros. Porém, acaba por segregar grupos humanos, a partir de um "narcisismo de pequenas diferenças" (termo de Freud). Mitos como o da existência de um "sangue especial", de um "povo escolhido" por Deus ou de uma "raça superior" suplantam a realidade de que todos fazemos parte de uma mesma espécie.

É interessante também analisar a empatia humana a partir do ângulo da identidade nacional. Grupos unidos por uma identidade tentem a sentir maior empatia entre si do que pelo resto da humanidade. Em contrapartida, o estabelecimento dessas barreiras abstratas acaba por ocasionar na segregação de outros indivíduos, os quais não serão tidos como iguais e não serão tratados da mesma forma. A utilização de estereótipos torna a falta de sentimento de alteridade ainda mais nociva. A fronteira de grupo somada aos estereótipos pode levar ao preconceito e até a perseguições. Sem os estereótipos, existiria apenas um distanciamento.

* A identidade nacional não é a única dentro do país. Existem outras formas de identidade cultural que rivalizam com ela e em alguns períodos da história foram até mais importantes. Elas dividem a nação em grupos menores, de acordo com região, etnia, religião, gênero, classe social, intelectualidade, ou qualquer outra característica que os indivíduos tenham em comum.

Um afro abraço.

fonte:Universidade Estadual de Campinas - Unicamp/comciencia.scielo.br

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Civilizações africanas da Antiguidade: Egito e Núbia.

Segundo os arqueólogos, o vale do rio Nilo já era habitado desde o Paleolítico, ou seja, entre 3 milhões e 100 mil anos atrás. Muitos séculos depois, em torno do 7º milênio a.C., a agricultura e o pastoreio já eram praticados no delta do rio Nilo, e progressivamente se expandiram em direção ao sul, seguindo as margens desse rio.

A partir do 5º milênio a.C., com o processo de formação do deserto do Saara, vários povos nômades e seminômades, do norte da África e do Oriente Médio, buscaram as margens do rio Nilo para ali se fixarem.

Esses migrantes se misturaram com os povos locais e fundaram aldeias tanto no Alto Nilo (ao sul), quanto no Baixo Nilo (ao norte). Em algum momento (ainda não se sabe quando), essas aldeias se unificaram, formando pequenas cidades independentes.

Até então existia certa identidade cultural entre as várias cidades ao longo do vale do Nilo, devido a suas origens comuns e suas relações comerciais. Com o passar do tempo, o processo de centralização política se acelerou na região do Baixo Nilo, até que, em torno de 3100 a.C., um rei chamado Menés unificou toda a região, tornando-se o primeiro faraó de uma das mais antigas civilizações: o Egito



Enquanto isso, ao sul, pequenos reinos se mantiveram independentes e formaram a civilização Núbia. A fronteira entre as duas civilizações ficava próxima da primeira catarata do Nilo; e a mais importante cidade núbia era Siene (atual Assuan), um rico centro comercial.

Sabemos pouco sobre como os núbios se organizavam ou o que pensavam sobre eles mesmos, já que não desenvolveram a escrita. Mas os egípcios deixaram muitos documentos que demonstram a importância da Núbia.

Os núbios praticavam a agricultura e o pastoreio às margens do Nilo, e desenvolveram uma sofisticada cerâmica. As riquezas da Núbia, como o ouro, o ébano, o marfim, atraíam a atenção dos egípcios, que desde a 1ª Dinastia já travavam guerras com os núbios.

Os conflitos entre o Egito e a Núbia ocorreram por séculos, sendo a Núbia uma poderosa rival do Egito. Muitas muralhas foram construídas pelos egípcios na fronteira com a Núbia, o que prova que não só o Egito queria controlar as riquezas da Núbia, mas que os núbios também atacavam o território egípcio.

Foi somente durante a 18ª Dinastia egípcia (século 15 a.C.) que a Núbia foi ocupada pelos

egípcios, tornando-se um vice-reino. A partir de então a cultura núbia passou a sofrer forte influência egípcia: a escrita hieroglífica, os deuses e os costumes egípcios foram impostos à Núbia.

Se liga:

"TIYE A Rainha Núbia do Egito (1415 - 1340 A.C.) No 14º século A.C., uma mulher sábia e bonita de Nubia capturou o coração do faraó, e assim ela mudou o curso da história. Amenhotep III, jovem dirigente egípcio, foi tão levado pela beleza, intelecto e vontade de Tiye,
que ele desafiou os sacerdotes e os costumes de sua nação, proclamando esta cidadã de Nubia como sua grande Cônjuge Real. Ele expressou publicamente de várias maneiras seu amor por sua linda rainha negra, fazendo dela uma pessoa célebre e rica em seus próprios direitos. Ele tomava vários conselhos dela em assuntos políticos e militares e depois declarou que, como ele tinha a tratado em vida, assim ela deveria ser descrita na morte, a sua igualdade."

"TAHARQARei de Nubia (710 - 664 A.C.) Com dezesseis anos, este grande Rei de Nubia conduziu seus exércitos contra os assírios que invadiam seu aliado, Israel. Esta ação lhe deu um lugar na Bíblia (Isaias 37:9, 2 Reis 19:9). Durante os 25 anos de seu reinado, Taharqa controlou o maior império da África antiga. Seu poder só foi igualado pelos assírios. Estas duas forças sempre estavam em conflito, mas apesar da guerra contínua, Taharqa pôde iniciar um programa de construção ao longo do império que estava
subjugando em extensão. Os números e a majestade de seus projetos eram legendários, com o maior sendo o templo a Gebel Barkal no Sudão. O templo foi escavado da pedra viva e enfeitado com imagens de Taharqa com mais de 100 pés de altura."


Um afro abraço.

fonte:www.chabad.org.br/biblioteca

terça-feira, 3 de junho de 2014

Rap é denunciar as injustiças, vividas pela pobre das periferias das grandes cidades...

Rap (em inglês, também conhecido como emceeing) é um discurso rítmico com rimas e poesias, que surgiu no final do século XX entre as comunidades negras dos Estados Unidos. É um dos cinco pilares fundamentais da cultura hip hop, de modo que se chame metonimicamente (e de forma imprecisa) hip hop.

Pode ser interpretado a capella bem como com um som musical de fundo, chamado beatbox. Os cantores de rap são conhecidos como rappers ou MCs, abreviatura para mestre de cerimônias
O rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora da cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas,nos anos 1970 por jamaicanos e outros. Eles introduziam as grandes festas populares em grandes galpões,com a prática de ter um MC, que subia no palco junto ao DJ e animava a multidão, gritando e encorajando com as palavras de rimas, até que foi se formando o rap. A origem do Rap veio da Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de cerimônia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais polêmicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos, devido a uma crise econômica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado e foi se espalhando e popularizando entre as classes mais pobres ate chegar a atingir a alta sociedade...

As raízes
A origem do rap remonta à Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de

cerimónia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais prosaicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos, devido a uma crise económica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado, que se sofisticou com a invenção do scratch, um discípulo de Herc. O primeiro disco de rap que se tem notícia, foi registrado em vinil e dirigido ao grande mercado (as gravações anteriores eram "piratas") por volta de 1978, contendo a célebre King Tim III da banda Fatback. O rap, assim como o pagode e o blues, no seu surgimento era um ritmo mais comum entre pessoas de classe social mais baixa e que, com o tempo, invadiu o mercado de todos os grupos sociais---sendo um dos estilos musicais que mais vendeu no mercado popular dos anos 1990 até o início da década de 2000; mas, desde 2006, a venda do rap tem caído drasticamente, preocupando as grandes gravadoras deste estílo musical.

"Ancestral directo" do rap pode ser considerado o funk, ou o jazz, músicas afro-americanas que apresentam elementos semelhantes. Outro ritmo ao qual o rap é tributário é o toast, que consiste em versar sobre uma versão instrumental ou de uma versão dub de alguma canção reggae, sempre no ritmo da batida. Essa tradição foi levada aos Estados Unidos por imigrantes jamaicanos, como o DJ Kool Herc. Nos Estados Unidos, a base de Reggae foi substituída por uma batida tirada do funk, através da utilização de dois discos idênticos dos quais era aproveitada apenas a parte instrumental da música, chamada break (os "breques," como nas paradas repentinas da percussão numa batucada).

As primeiras gravações de rap datam do início dos anos 1970, com alguns grupos como os Last Poets e Gil Scott Heron. Nessa época, trata-se simplesmente da declamação de um texto sob o ritmo das batidas de tambores africanos, sendo a negritude o tema de predilecção.

Na actualidade, os MCs utilizam, como base, batidas de outras músicas habilmente extraídas pelos DJs, ou bases montadas electronicamente, ou, ainda, instrumentos tocados por músicos.

Um recurso muito presente no rap são os samples ("amostras"), que são pequenas "pedaços" de outras músicas, covers(pré-gravadas), e inseridas digitalmente numa "nova" música. Os samples tanto podem ser da parte instrumental de uma música como podem ser de vocais.

Inicialmente, os temas das letras giravam em torno de assuntos como festa e diversão, que aos poucos foram substituídos por outros temas como as desigualdades sociais e o combate ao racismo. vinte anos depois, se tornou um dos estilos musicais mais popular em todo o
mundo, sendo muito difundido principalmente nos EUA, na França, no Japão e no Brasil. A primeira música de rap a surgir no Brasil foi "Kátia Flávia", em 1987, de autoria de Fausto Fawcett e Laufer. Em Portugal a primeira compilação de rap surgiu em 1994 com o designação de Rapública.


Gangsta Rap-
O grupo que fez o Gangsta Rap se tornar conhecido foi o N.W.A, formado pelo finado Eazy-E,

por Dr. Dre, Ice Cube, Mc Ren e Dj Yella, eles falavam sobre a brutalidade da policia, sobre os problemas que afetam as comunidades, as rixas que acontecem no gueto, e sobre o tráfico, que é o comércio mais ativo na maioria das periferias, e como nos EUA os Bloods &Crips haviam se espalhado como uma epidemia, e as letras se baseiam em membros de gangues, assim se deu o nome a esse estilo de rimar de Gangsta Rap.
O Gangsta Rap (Rap Gângster) surgiu nos Estados Unidos no meio dos anos 1980 com o Ice-T (e outros) como LL Cool J. Com letras duras e violentas, o gangsta rap logo ganhou espaço na mídia. Entre os maiores cantores e grupos de gangsta rap destacam-se 2pac, N.W.A., Compton's Most Wanted, Snoop Doggy Dogg entre outros, que entre as suas rimas falavam das desigualdades e do racismo, além do ódio que sentiam uns pelos outros. Desde então o mundo do gangsta rap evoluiu muito e hoje em dia os rappers podem falar e fazer músicas falando de tudo, ou seja, poucos ainda valorizam as raízes culturais. Um dos mais ferrenhos críticos do Gangsta Rap é o diretor cinematográfico Spike Lee, que acusou o estilo de incentivar a ignorância dos afro-americanos. Um grupo que se destacou (e ainda se destaca) quando o gangsta rap estava surgindo foi o N.W.A. - Niggas With Attitude, formado em 1986 por Dr. Dre, MC Ren, Eazy-E, Ice Cube e nas pickups, o DJ Yella. O grupo se tornou notório pelas suas letras pesadas, especialmente como "Fuck tha Police", de 89, que resultou no FBI enviando uma carta de aviso para a Ruthless Record, sugerindo que o grupo tomasse mais cuidado com o que dizia.

Rap na Música-
Rap, na música, é extremamente fidedigna à improvisação poética sobre uma batida no tempo rápido e freqüentemente só é acompanhada pelo som do baixo, ou sem acompanhamento. Rap é um estilo musical raro em que o texto é mais importante que a linha melódica ou a parte harmônica; sendo um dos dois únicos estilos musicais da história da música ocidental em que o texto é mais importante que a música---o outro sendo o canto gregoriano, em que a música era uma monodia, homofônica, marcada pelo ritmo, e a melodia religiosamente não podia nunca sobressair o texto litúrgico. O rap não usa melodias e motivos decorativos e harmônicos com arranjos elaborados dos insrumentos, mas vale-se somente em quão rápido o cantor narra a sua "fala" com muito pouca musicalidade adicionada a sua poesia. A música rap também tem uma similaridade distinta com a música celta em que forma-se uma brincadeira na qual os cantores tentam duelar suas frases com rimas, rapidamente improvisadas e humorísticas; alternadamente, um desafiando o outro nas rápidas frases inteligentes; quem ganha---deixando o outro esgotado sem idéias---não paga pelas bebidas. Esta influência indireta e não intencional veio da música de raiz, de folclore, importada pelos imigrantes escoceses e irlandeses que migraram para o sul dos EUA, das fazendas de plantação, como a música afro-americana, que pelo povo do sul, com a música de improvisação, no Jazz de raiz, surge nos duelos de banjo (country) depois, e desses "duelos" aparece também, bem mais tarde, o rap.

Rap no Brasil-
O rap é um estilo de música popular no Brasil em favelas e periferias, principalmente nos
estados de São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Surgimento e década de 1980-
Antes mesmo do rap chegar ao Brasil, algumas canções no estilo já tinham sido lançadas. Como possíveis primeiras canções estão "Deixa Isso Pra Lá" (1964) de Jair Rodrigues , "Melô do Tagarela" (1979) de Arnaud Rodrigues e Luís Carlos Miele (paródia de Rapper's Delight de Sugarhill Gang) , "Mandamentos Black" (1977) e Mêlo do Mão Branca" (1984) de Gerson King Combo . Outros como Rappin Hood, apontam que os repentistas nordestinos seriam os precursores do estilo no país .

O rap chegou ao Brasil no final dos anos 1980, com grupos de periferia que se reuniam na estação São Bento do metrô de São Paulo, lugar onde o movimento punk começava a surgir. Nesta época, as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia. Os primeiros a frequentarem o local foram os dançarinos de breakdance, o principal tipo de dança hip hop.

O dançarino Nelson Triunfo é considerado um dos primeiros dançarinos de breakdance do país . Dentre estes b-boys, muitos acabaram decidindo serem rappers, como são chamados os cantores de rap. Apelidados de "tagarelas", tiveram que se mover para a Praça Roosevelt porque houve uma divisão de grupos para cada um continuar difundindo um pilar da cultura hip hop em cada lugar. Pouco tempo depois, os rappers tornaram-se os principais representantes do movimento no Brasil.Estilos
No Brasil existem diversos estilos derivados do rap. Os que abordam temática mais relacionada com a periferia e o modo de vida, o sistema, a polícia, e os mais populares são Racionais MC's, MV Bill, e GOG.49 Facção Central faz parte de uma vertente mais contundente, também chamada de gangsta rap e é, junto com os grupos acima, um dos mais populares. Outras bandas do mesmo estilo são Consciência Humana, Sistema Negro, Face da Morte, Realidade Cruel e Cirurgia Moral. Todos rappers e todas as bandas, com raras exceções, tem pouco espaço considerável na mídia brasileira, com algumas exceções como MV Bill, Projota, Emicida e mais recentemente Racionais MC's.


Há também o rap popular, cantando por músicos cariocas em sua maioria, com exemplos de Marcelo D2 e Gabriel, O Pensador, em raps que abordam temas diferentes.Tupac Shakur
Um embrião na prisão, cultivado através das grades. No dia 16 de junho de 1971, “ Lesane Parish Crooks” entraria nesse mundo. Todos o conheceriam mais tarde como “ Tupac Amaru Shakur”, mais poucos sabiam o impacto que ele iria causar.

Tupac shakur-
A mãe de Tupac, Afeni Shakur, fazia parte do famoso grupo político “panteras negras”, um movimento que lutava contra o preconceito aos Afro-americanos. Afeni estava grávida de Tupã quando foi presa. Seu padrasto, Mutulu Shakur, foi sentenciado a 60 anos de cadeia por roubar um carro e matar a vítima. Isso teve um grande impacto na vida Tupac, que cresceu sem a figura paterna ao seu lado. Nas ruas, os únicos modelos em que Tupac podia se espelhar eram os traficantes e cafetões.

Tupac se mudou pra Baltimore ainda garoto. Ele descreve essa época como os melhores momentos da sua vida. Pac se destacava nas aulas de teatro e já demonstrava um talento acima da média. Mesmo muito novo, Tupac falava com muita desenvoltura sobre assuntos raciais. Seus professores o consideravam um aluno muito dedicado e interessado. Era ávido leitor, devorando desde livros sobre religiões orientais ate enciclopédias inteiras. Tupac compôs sua primeira musica em Baltimore atrás do apelido “MC New York”. A música falava sobre armas e era inspirada no assassinato de um amigo seu.

De Baltimore, a então viciada em crack, Afeni Shakur, se mudou com a família para Marin City, Califórnia, Lado Oeste (Westside). Foi nessa época que Tupac começou a vender drogas. Os traficantes e cafetões diziam a 2Pac que caso precisasse de algum dinheiro para
financiar seus interesses na música o ajudariam. “Eles eram como meus patrocinadores” diz. Foi nessa época que Tupac fundou um grupo chamado “Strictly Dope” junto com o amigo DJ
Dize. As músicas gravadas nessa época viriam a tona apenas em 2001 sob o nome de “Tupac Shakur: The Lost Tapes”. Suas performances na vizinhança fizeram com que Tupac assinasse com a Digital Underground de Shock G.

Em 1990, 2Pac trabalhava como roadie e dançarino na Digital Underground. Suas primeiras letras eram notáveis e revelaram a tendência para sua personalidade violenta. Em uma música que fez parte da trilha sonora do filme “Nothing But Trouble” chamada “Same Song”, Tupac conheceu o sucesso pela primeira vez.
Em 1991, lança seu primeiro álbum, “2Pacalypse Now”, que vendeu mais de um milhão de cópias. Enquanto Tupac falava de problemas comuns entre os jovens pobres como gravidez na adolescência e violência, também falava sobre policiais de forma violenta, o que faz com que os críticos prestassem atenção em seu álbum, especialmente depois de um jovem ter matado um policial alegando que foi inspirado em uma das músicas do grande álbum.

O vice presidente dos EUA, Dan Quayle, denunciou o álbum publicamente dizendo que não havia espaço na sociedade para algo do tipo. O álbum não gerou nenhum single que ocupasse o primeiro lugar nas paradas. Seu segundo álbum, “Strictly 4 my N.I.G.G.A.Z.” foi produzido por Stretch e the Live Squad e gerou dois hits que ocuparam a primeira posição nas paradas: A emotiva Keep Ya Head Up e a festiva I Get Around.
No começo de 1993, Tupac funda o grupo Thug Life com alguns amigos, incluído, Big Syke, Macadoshis, seu irmão Mopreme e Rated R.O grupo lança o primeiro álbum, intitulado “Thug Life Volume 1” pela Interscope em 1994. Apesar do conteúdo Hardcore, o trabalho foi um sucesso de vendas. O grupo se desfez assim que Tupac saiu da prisão.

Em 1995, o rapper foi acusado de abusar sexualmente de uma mulher em um hotel. Segundo Pac, a mulher, que ele havia conhecido em uma boate, teria feito sexo oral nele em plena pista de dança e teria ido com ele para um hotel por livre e espontânea vontade. Shakur disse que tudo não passou de um armação. Fevereiro do mesmo ano, devido a tal fato, Tupã foi sentenciado a quatro anos e meio de prisão por estupro, embora tivesse negado veementemente. Pouco depois do ocorrido, Tupac havia levado cinco tiros em um assalto ocorrido em um estúdio de Nova York. Tupac deu informações em detalhes sobre o ocorrido em uma entrevista pra Vibe.

O astro começou a cumprir sua pena no presídio de Clinton. Pouco depois, seu multi-platinado “Me against the world” é lançado. Tupac entra para a historia como o único artista a ter um álbum em primeiro nas paradas estando preso. “Este sempre será meu álbum favorito”,
disse ele a uma entrevista. Enquanto os guardas provocavam na cadeia dizendo que Tupac não era mais o mesmo, ele ria e dizia : “Meu álbum é numero 1 no pais inteiro e apenas bateu Bruce Springsteen no topo da Billboard”. Na cadeia, se casou com a namorada Keisha Morris, uma união que foi desfeita pouco tempo depois.

Após quase onze meses na prisão, Tupac foi liberado, logo apos ter feito um acordo com Suge Knight, o cabeça do “Death Row Records”. Suge pagou a fiança de 1.4 milhões de dólares. Em troca o artista deveria lançar 3 álbuns pela sua gravadora. Imediatamente apos sair da prisão, Tupac começou a trabalhar em um novo álbum. Em feveireiro de 96, ele lança seu quarto álbum, “All eyes on me”, o primeiro álbum duplo da historia do rap. O sucesso foi tremendo e vendeu mais de 9 milhões de copias e é considerado por muitos o melhor álbum do gênero. Em meio a tanto sucesso, Tupac foi assassinado em 1996, quando saia de uma luta de seu amigo Mike Tyson.


Tiroteio e morte-
Na noite de 7 de setembro de 1996, Shakur foi assistir a uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand Las Vegas,perto do cruzamento Koval Lane, em frente ao Hotel Maxim, um veículo ocupado por duas mulheres aproximou-se de Tupac, com o qual conversaram e convidaram para ir ao Clube 662. Aproximadamente cinco minutos depois, um Cadillac branco, modelo antigo, com um número de ocupantes desconhecido, se aproximou da BMW, abaixou o vidro da janela e disparou cerca de doze ou treze tiros contra Shakur. Ele foi atingido por quatro deles, acertando uma na cabeça, duas na virilha e uma na mão. Um dos tiros provavelmente ricocheteou no pulmão do rapper. Suge foi atingido na cabeça por estilhaços, mas acredita-se que a bala passou de raspão por ele.
Tupac faleceu de hemorragia interna em 13 de setembro de 1996, os médicos tentaram reanimá-lo mas não conseguiram impedir a propagação da hemorragia. Sua mãe, Afeni tomou a decisão de informar aos médicos para desligarem os aparelhos. Foi declarado morto às 4:03 da tarde. As causas oficiais da morte foram descritas como insuficiência respiratória e parada cardiorrespiratória, além dos múltiplos ferimentos das balas. O corpo de Shakur foi cremado. Mais tarde, um pouco de suas cinzas foram misturadas com maconha e fumadas por membros do grupo Outlawz.


Logo apos sua morte, a Death Row lança o álbum “The Don Killuminati”, com o pseudônimo de “Makavell”. A capa traz um 2Pac crucificado com uma coroa de espinhos na cabeça e um mapa das principais gangues do país. Em janeiro de 1997, a Gramercy pictures lança “Gridlock’d”, um filme em que Tupac interpreta um viciado em drogas e que foi bem aceito
pela crítica, recebendo inúmeros elogios. Seu ultimo filme, “Gang Related”, seria lançado meses depois. Antes de Morrer, Tupac deixou centenas de musicas gravadas na Época de Death Row.A maioria foi lançada em álbuns póstumos como “Better Dayz”, “Until the end of time”, “Loyal to the game” e em seu ultimo póstumo “Pac’s Life”.

- Tupac é o rapper que mais vendeu álbuns na historia-
"Eu não estou dizendo que eu mudei e nem que eu vou mudar o mundo ... Estou dizendo apenas que o mundo deve ser mudado".
Tupac

Um afro abraço.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 25 de maio de 2014

Há uma sensação de normalidade na Comissão de Direitos Humanos :

Vivemos o preconceito moderno, infelizmente...
O sentido da política é a liberdade? A pergunta sobre o sentido da política resulta de duas experiências: as formas totalitárias de Estado e o desenvolvimento das possibilidades de destruição, cujo monopólio o Estado detêm. 


Nas formas totalitárias de Estado toda a vida dos homens foi politizada; assim a liberdade não mais existia. No pensamento totalitário o homem não deve obstruir o fluxo da história; através da coação, do terror, das pressões ideológicas, a abolição da liberdade é alcançada.

Discriminação* (distinção) de grupos foi uma característica muito importante na evolução da vida em grupo. Não é nenhuma novidade que tanto grupos de animais sociais não-humanos quanto grupos humanos identificam dois grupos sociais: o ”nós” e os “outros” (em psicologia evolutiva chamados “insider” e “outsider group”). Não surpreendentemente, “bárbaro” era o nome dado pelos gregos aos que não eram gregos. “Bárbaros” significa “os outros”. Da mesma forma, “tapuia” era o nome dado pelos Tupis a quem não era Tupi. Tapuia é a versão tupi de “os outros”. Também não surpreendentemente, bárbaros e tapuias recebiam significados pejorativos. “Os outros” não são somente os outros, eles geralmente são também os inimigos. Os outros não são “civilizados”, os outros não têm nossos costumes, os outros são violentos, os outros são maus, os outros não seguem nossos deuses (que são os únicos verdadeiros), os outros tem comportamentos estranhos que não são os nossos, os outros nos trazem doenças, os outros comem nossa comida, os outros nos matam, os outros merecem ser combatidos. Em suma, o inferno são os outros.

Entretanto essa discriminação de grupos “nós” e “os outros”, presente nos animais que vivem em grupo, não exatamente corresponde ao preconceito humano. O preconceito humano evoluiu em função da vida social permitindo um maior sucesso na sobrevivência ao conseguir comida, água e abrigo (nada surpreendente até agora), mas foi carregado de particularidades humanas como religião e aspectos culturais e de dominação.Enfim o preconceito é uma decisão moral pré-concebida. Surge antes de se investigar e, certamente, muito antes de se analisar o ponto em questão. Sendo assim, sempre está carregada de conotações negativas. Geralmente os mais preconceituosos são indivíduos inseguros, aqueles que têm medo de perder sua posição e que têm "incerteza" acerca de seu "status" na sociedade...


Se liga:
Discriminação. Tenha em mente que discriminar também significa distinguir. A evolução dos preconceitos segue a mesma lógica do desenvolvimento dos significados da palavra “discriminação”: Primeiramente, distinção de grupos; segregação , preconceito institucionalizado.

É desconfortável saber desse anseio, mas depois fica parecendo que, numa situação como essa, até os constrangimentos acabou perdendo força.  

Sabe-se que os dois integram a turma de oportunistas do Congresso. Protegem-se no pretexto de que são moralistas ou religiosos para atacar gays, negros, índios e tudo o que consideram inferior ou anormal.      Bolsonaro e Feliciano estão incorporando seus modos à normalidade brasileira e debochando de todos nós. Um substitui o outro onde nunca deveriam estar. São representantes dos preconceitos mais rasteiros e ainda se apoderam de uma comissão que, em vez de acolhê-los, deveria enquadrá-los como aberrações morais.
Essa é a nossa normalidade. Os dois juntaram-se a outras formas de pilantragem na política para vender o marketing de que combatem o diabo em todas as suas manifestações. Bolsonaro e Feliciano são os legisladores antidemônio.

Você, que vai à missa, respeita as religiões alheias e separa fé de falcatrua, é claro que não acredita em nenhum dos dois. Mas você sabe que seu vizinho acredita, que uma tia adora Bolsonaro e um sobrinho admira o Feliciano.
A Espanha tem um partido neofranquista, a Grécia convive com seu similar. 


No Brasil, a direita se reorganiza a partir dos esforços para reenquadrar costumes. Foi o que sobrou para os seguidores dos Bolsonaros e dos Felicianos. Perseguir índios, negros, gays e mulheres de minissaia.     Essa dupla é o subproduto de uma direita que existiu até algum tempo, com alguma consistência ideológica. Sobrou uma feroz ignorância. Os dois são empobrecedores de qualquer reflexão entre o que possa ser progressista e atrasado, direita e esquerda, civilizado ou primitivo.

E por que existem os Bolsonaros e os Felicianos e por que devemos nos preocupar com eles? Porque a direita bem nascida perdeu o charme e teve o espaço ocupado por figuras da terceira divisão do reacionarismo. Os eleitores de Bolsonaro e Feliciano não estão apenas nas chamadas classes populares. Os dois acolhem órfãos da classe média desamparada, que votam constrangidos no que têm à mão.  Bolsonaro e Feliciano são figuras medievais e ocupam postos importantes no Congresso porque isso passou a ser a nossa normalidade. Na política, os dois são guardiões do que devemos seguir como norma.
Só não brinque com o poder de destruição dessa gente. Um e outro são inspiradores das atitudes dos que saem às ruas e, em nome da pregação absolutista, espancam gays e prostitutas. Se não é possível curar, como Feliciano deseja, que se eliminem os homossexuais.

Até o secretário-geral da ONU entrou no debate, considerando a violência que se manifesta em toda parte e pode aparecer com força nas Olimpíadas de Inverno na Rússia. Lá, as leis determinadas pela turma de Putin vão punir tudo o que genericamente for considerado “propaganda homossexual”. Ban Ki-moon quer uma vigilância mundial contra a homofobia.
O Congresso brasileiro não deve estar nem aí para apelos da ONU.

Algumas das muitas declarações sobre racismo...
Em março de 2011, Feliciano postou em sua conta na rede social Twitter frases que foram consideradas racistas por vários setores da sociedade, ao dizer: "Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polemica (sic). Não sejam irresponsáveis twitters. [...] A maldição que Noé lança sobre seu neto, canaã, respinga sobre continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!" (Feliciano defende uma das vertentes teológicas que afirma que os povos africanos negros vivem sob a chamada "Maldição de Cam", descrita no livro Gênesis da Bíblia e interpretada de várias maneiras, e de que essa seria a causa dos problemas sócio-econômicos e políticos enfrentados pelo continente africano). Para Roberlei Panasiewicz, teólogo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, a afirmação de Feliciano é fundamentalista"

Algumas bandeiras políticas:
Projeto contra as cotas raciais...
Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas raciais nas universidades públicas, o deputado apresentou um projeto de lei complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.

Defesa da pena de morte...

Em várias entrevistas, Bolsonaro se posicionou favoravelmente à instituição da pena de morte no Brasil para casos de crimes premeditados pois, segundo ele, "o bandido, ele só respeita o que ele teme". Também é a favor da redução da maioridade penal e em 2008, foi o único deputado do Rio de Janeiro a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de armas não-letais, justificando que esse tipo de recurso já é utilizado.

Mas o cenário está completo? Você, que não aguenta mais ficar sem luz, sem ônibus e sem água, sabe que ainda vai piorar. Bolsonaro e Feliciano podem ser os deputados mais votados nas eleições de outubro. Mais eu creio que o povo pode curar este pessimismo...

Eu conheço  políticos evangélicos que não distorcem as coisas e nós da UNEGRO temos  evangélicos entre seu quadros de militantes e também parlamentares ,  é certo que  o parlamentar é eleito para  representar mais do que um segmento politico que o elegeu mais deve se lembrar que ele é servidor do povo brasileiro e  de todos os contribuintes porque nós pagamos o seu salario e todas as sua regalias e quando falamos de Cultura,Religião, falamos de Direito de LIBERDADE...

Gente   ou o povo é cego ou é burro!


Eu fui interna em um colégio de freiras (irmãos franciscanas alcantarinas) e estudei muito a bíblia e estudei que Lúcifer , se rebelou contra o Senhor teu deus...( embora bem e agora tenha certeza que a ciência  também é o caminho para a atividade e evolução)

...Estas são questões metafóricas, mas vale á pena juntar-se aos grupos que lutam por um mundo melhor, e se rebelar eticamente contra quem usa as religiões que desejam podar o ser humano castrando nossa mentalidade anestesiando nosso potencial.

... Vale á pena pensar por conta própria e dizer NÃO, oras, e não foi isso o que Lúcifer fez? Pedófilos, assassinos, ladrões, etc... Todos esses seres do mau, se acham no direito e se julgam um dos maiores libertadores, fazem isso para encobrir o próprio mau que há dentro de si mesmo, o mau está ai, quem não se rebelar contra o mau , viverá tal como uma ovelha que obedece e perde perdão por falta de coragem e vergonha para enfrentar os próprios demônios com a moral de um ser humano... 

...Um inimigo somente pode tornar-se inimigo quando já foi um amigo, há de ter alguma relação entre as partes, caso contrário, jamais acontecerá inimizades.

... Se um dia foi amigo, houve concordância, e se houve discordância foram por motivos corretos! 
Quem é o Herói? 
Quem esta certo?
Agora me pergunto que é o Santo?

Quem é o Demônio?

- Vocês entenderam a metáfora?...

... Aquele que aprisiona seus cordeiros, ou aquele que liberta e diz para fazer e viver pensando por conta própria?

Um afro abraço.


Claudia Vitalino.
(obs: eu não sou candidata)

fonte:wp.clicrbs.com.br/.../2014/Wikipédia, a enciclopédia livre

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Bem agora que passou..:Negras não são mães?!?!?!.

Mãe é tudo igual...

"A mãe negra não. Ela pede ao seu deus que seu filho não seja abordado pela segurança
de qualquer lugar e entre para as estatísticas"...

Bem pra começo de conversa...

Precedentes históricos do movimento A história do movimento negro começa quando eles chegaram ao Brasil na época colonial; os negros foram trazidos como mercadoria pelos portugueses. A mão de obra era utilizada nos canaviais e, como o açúcar estava em alta, cultivou-se a cana-de-açúcar na colônia, o que gerou bastante lucro, uma vez que a mão de obra era barata. O transporte se fazia por meio dos navios negreiros e as condições precárias resultavam na morte dos escravos. Eles ficavam amontoados e no mesmo lugar em que dormiam, era o próprio banheiro. As fezes e urina em local fechado e em contato com crianças, jovens e adultos, geravam contaminações.

O processo de escravização, o machismo e o preconceito, a mulher negra brasileira encontrou em sua espiritualidade ancestral os mitos, os símbolos e os exemplos que lhe inspiraram insubordinação e lhe permitiram construir uma nova e altiva identidade ; apropriação e atualização desse patrimônio cultural, as mulheres negras vêm conformando organizações inspiradas na mitologia africana e nas histórias de suas antepassadas. Nesse processo de afirmação identitária, buscam, em instituições femininas da tradição religiosa, nas figuras míticas e nas ancestrais coletivas, os valores e modelos de insubordinação para confrontar a ordem patriarcal e racista.

Há séculos a noção convencional da Mãe Preta construída pela sociedade racista: um símbolo de subordinação, abnegação e bondade passiva.

A mãe-preta é figura muito presente na história brasileira, desde o período da escravidão até os primeiros anos do século XX, quando as negras passam a serem preteridas pelas brancas imigrantes. Momento em que a sociedade não valorizava mais o trabalho das mulheres negras e nem a presença delas na cidade. Amas criadeiras passaram a ser vistas como

perigosas moradoras de cortiços que transmitiam doenças para as famílias brancas. A partir da metade do século XIX, apareceram imagens divergentes de ama-de-leite:
Olha ! pediu ela, faz-me um filho, que eu preciso alugar-me de ama-de-leite...Agora estão pagando muito bem as amas! A Augusta Carne-Mole, nesta última barriga, tomou conta de um pequeno aí na casa de uma família de tratamento, que lhe dava setenta mil-réis por mês!...E muito bom passadio!...Sua garrafa de vinho todos os dias!...Se me arranjares um filho dou-te outra vez o coelho!

O sistema que se representa, particularmente e uma mulheres míticas, oferece vivências que a sociedade machista nega. É conservador, que moldou a moral brasileira passada, impôs às mulheres entre dois estereótipos a santa ou a devassa. Do ponto de vista patriarcal, esta última só encontra redenção ao abdicar de sua sexualidade. As deusas africanas legitimaram a transgressão dessa dicotomia maniqueísta. As deusas africanas são mães dedicadas e amantes apaixonadas.

Hoje o tema das relações raciais, vinculado ao do atual desenvolvimento do Brasil, evoca a reflexão sobre o que seria desenvolvimento com igualdade racial. No mote das metas planetárias de maior volume de produção e acúmulo de capital, muitas vezes é priorizado o desenvolvimento econômico, às custas de racismo e sexismo, entre outras desigualdades e violências. Este tema foi oferecido como subsídio para os debates na III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, de novembro de 2013.


Racismo institucional e mortalidade evitável.
"Saúde é direito de todos e dever do Estado", são os princípios da universalidade, equidade, integralidade e controle social da saúde, no entanto há indícios de desigualdades remanescentes na saúde. Teoricamente, com o manejo adequado, a morte por epilepsia é igualmente evitável para criança ou adulto, homem ou mulher; branco ou preto; economicamente desfavorável ou não. 

Porém, os serviços de saúde, intencionalmente ou não, contribuem para reproduzir a desigualdade racial na saúde, evidências mostram que ela não se associa à situação sócio-econômica do negro sugerindo a existência de racismo institucional, resultado do conjunto de políticas e normas de procedimentos e do comportamento dos membros das instituições
A Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil.
A Pesquisa do Ipea, avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões. Infelizmente, o estudo mostra que não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando o período antes e depois da Lei, que entrou em vigor em setembro de 2006. Entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22. Conforme destaca o estudo, em 2007 houve uma ligeira queda, imediatamente após a vigência da Lei.

O Espírito Santo é o estado com maior taxa de feminicídios, com 11,24 para cada 100 mil mulheres, seguido pela Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). O nordeste é a região com taxas mais altas, com média de 6,9.

A pesquisa, que foi realizada com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, ainda calcula que, em média, ocorrem 5.664 mortes de mulheres por

causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia.

As mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Ou seja, mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos.

Outro fato revelado pela pesquisa é que as mulheres negras e pobres são as principais vítimas da violência. No Brasil, 61% dos óbitos foram de mulheres negras, que foram as principais vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul. Merece destaque a elevada proporção de óbitos de mulheres negras nas regiões Nordeste (87%), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%). A maior parte das vítimas tinham baixa escolaridade, 48% daquelas com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos de estudo.

O estudo ressalta ainda a dificuldade de obtenção de informações acuradas sobre feminicídios: “Os sistemas de informação sobre mortalidade não documentam a relação entre vítima e perpetrador, ou os motivos do homicídio. Por isso, foi feita recomendação para a inclusão de um campo na declaração de óbito (DO), visando a permitir a identificação dos óbitos de mulheres decorrentes de situações de violência doméstica, familiar ou sexual e o monitoramento destes eventos”


A saúde da mulher negra.
A especificidade da saúde da mulher negra começou a ser discutida a partir de reivindicação das próprias mulheres negras, coincidindo com o surgimento de grupos de mulheres negras organizados nas diferentes regiões do país. A esterilização cirúrgica, tema controvertido e polêmico, foi o eixo que conseguiu unir e desencadear o processo de trabalho conjunto, que atualmente se estende às outras questões dos direitos reprodutivos ? espaço onde o movimento de mulheres tem investido grande parte da sua energia.

Os dados socioeconômicos referentes à população negra por si só já são indicadores de seu estado de saúde: 85% das mulheres negras encontram-se abaixo da linha de pobreza e sua taxa de analfabetismo é o dobro, se comparada a das mulheres brancas. Somando-se a isso o menor acesso aos serviços de saúde de boa qualidade, as mulheres negras têm maior risco de contrair e morrer de determinadas doenças do que as mulheres não negras.

Os dados nacionais sobre o acesso das mulheres negras ao pré-natal estão diretamente relacionados com as classes sociais às quais pertencem: 50% das mulheres de baixa renda não têm acesso ao pré-natal, com o que podemos deduzir que as mulheres negras devem ser as grandes prejudicadas, já que elas se encontram nas faixas de menor renda da população.

Os dados de morbidade da Secretaria Municipal de Saúde da cidade d Rio de Janeiro, levantados pelo programa que introduziu o quesito cor? no sistema de informação, confirmam os dados nacionais. As mulheres negras têm acesso muito menor ao pré-natal, que se inicia mais tardiamente do que o das mulheres não negras.

A situação norte-americana.


Encontrei na bibliografia norte-americana alguns dados sobre as diferenças entre a

morbidade e a mortalidade das mulheres negras e brancas. 

Por exemplo:
* com relação à expectativa de vida, as mulheres brancas dos EUA apresentaram uma média de 75,3 anos e as mulheres negras, de 69,4 anos;
* 52% das mulheres com AIDS nos Estados Unidos são negras;
* a taxa de mortalidade infantil entre as crianças negras é quase o triplo daquela constatada em relação às crianças brancas;
* as taxas de mortalidade materna nos Estados Unidos demonstram que as mulheres negras morrem duas vezes mais por causas maternas do que as brancas;
* as pesquisas norte-americanas mostram que as mulheres negras têm três vezes mais possibilidade de desenvolver o lupus, doença auto-imune que está ligada também às condições de vida em geral e cuja possibilidade de ocorrência aumenta se a mulher é jovem e negra. A maioria dos casos de lupus diagnosticados nos Estados Unidos refere-se a mulheres jovens e negras, apesar de esta ser uma doença de diagnóstico às vezes difícil na população como um todo, pela diversidade dos sintomas;
* em relação à hipertensão arterial, os dados dos EUA são mais ou menos os mesmos que os do Brasil. Apesar da importância dessa doença para as mulheres, até agora poucas pesquisas vêm sendo realizadas, e apenas entre homens. No tratamento das mulheres constata-se a discriminação: mesmo quando têm sintomas, ou problemas cardíacos, as mulheres acabam sendo tratadas mais tardiamente. A literatura refere que nas mulheres negras este diagnóstico vem muito mais tarde que para as brancas, sendo que as negras têm uma possibilidade maior de apresentar a doença. (Isto também acontece no Brasil. Os dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo ? referentes à demanda do Sistema Único de Saúde e pesquisados através de queixas da população ? revelam que, na parcela da população preta atendida com queixa de doenças cardiovasculares, a hipertensão alcança um índice 9,2% superior aos apresentados pelas pardas e brancas);
* em relação à doença inflamatória pélvica, que constitui uma das causas de esterilidade, os dados mostram que nos Estados Unidos ela é muito mais comum nas mulheres negras que nas brancas. Embora muitas pessoas afirmem ser esta uma doença relacionada à prática da liberdade sexual e até à promiscuidade, ela está intimamente ligada aos níveis de condições de vida das mulheres;
* os dados sobre fibroma ou mioma apresentam números maiores para as mulheres negras. (No Serviço de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Ribeirão Preto, entre 1986 e 1988, foram pesquisadas 432 mulheres portadoras de fibroma, perfazendo 18% dos casos de internação. Neste período, comparativamente, este índice foi 3,2% mais freqüente entre as mulheres negras. Os/as pesquisadores/as declaram que a predisposição biológica parece ser um fator importante no aparecimento e na modulação do crescimento do mioma. Quem trabalha com uma outra visão, que não a da ginecologia tradicional, sabe que o mioma está relacionado com fatores alimentares, estresse e com as condições de vida em geral);
* no câncer de colo de útero, que é um tipo de câncer ligado às condições socioeconômicas das mulheres, a taxa é duas vezes mais alta para as mulheres negras do que para as brancas nos Estados Unidos;
* no caso do câncer de mama, as mulheres negras têm menor predisposição para desenvolvê-los. Há uma série de explicações para isto, entre elas a questão alimentar, relacionada à quantidade de proteína ingerida. Mas o que os dados mostram é que, na última década, de 12% a 15% das mulheres negras com câncer de mama apresentaram uma média de sobrevida cinco vezes menor que as mulheres brancas. Isto quer dizer que, apesar de as mulheres negras terem menos câncer de mama, elas morrem em maior quantidade e mais precocemente por esta ocorrência. É evidente que isto está ligado não só às condições vida, mas, sobretudo, ao acesso dessas mulheres a serviços de saúde de boa qualidade;
* em relação ao diabetes, as mulheres negras apresentam uma particular vulnerabilidade para desenvolver esta doença. Atualmente, enquanto o homem negro tem 9% a mais de probabilidade de desenvolver diabetes do que o homem branco, as mulheres negras têm aproximadamente 50% a mais de chance de se tornarem diabéticas que as mulheres brancas.

Se liga:
O ano de 2015 marcará os 320 anos do assassinato de Zumbi dos Palmares, o qual, como qualquer outra pessoa, teve mãe, e, provavelmente, negra. O dia escolhido para essa grande marcha foi o 28 de setembro – “Dia da Mãe Preta”. Neste dia, no ano de 1871, foi assinada LEI Nº 2040, que veio a se chamar Lei do Ventre Livre. 

(O dia da  Mãe Preta e para ampliar a visibilidade da luta e denunciar o desrespeito que
a mulher negra vem sofrendo há séculos).

Um afro abraço.

Fonte: “Racismo e Sexualidade nas Representações de Negras e Mestiças no Final do Século XIX e Início do XX”/www.portalsaofrancisco.com.br/conectas.org/pt/acoes/saude-da-mulher-negra

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Cuba: Preparativos para el Festival del Caribe, em Santiago de Cuba de 3 a 9 de julho...


XXXIV Edição do Festival do Caribe o Festa do Fogo o maior encontrou das culturas pertencentes a diáspora africana no Caribe . Como e já tradicional cada ano em minha condição de etnólogo e promotor cultural da Casa do Caribe no Brasil, venho organizando junto a outras entidades parceiras e com a participação de Havanatur&Trevel a delegação que pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Salvador de Bahia e Maranhão estará viajando a esse importante encontrou da herança africana em nosso continente.


Festival do Caribe.
Um dos festivais mais importantes de Cuba acontece anualmente em Santiago. A popular “Fiesta Del Fuego” é um evento artístico internacional que ocorrerá entre 3 e 9 de julho de 2014.

Havana, (Prensa Latina) O 34 Festival do Caribe, também conhecido como a Festa de Fogo, regressará ao oriente cubano em julho próximo, neste ano com Suriname como país convidado de honra.

"Este evento, tem a finalidade de ampliar a delegação que represente sua riqueza e diversidade cultural. e intercambio entre Brasil e Cuba visto a importância deste Festival para, também, consolidar os laços com Cuba".

Música, dança, literatura, culinária, teatro e artes visuais do Suriname chegarão à oriental cidade de Santiago de Cuba, sede da maior festividade dedicada à influência caribenha neste país.

Importante:
A Casa do Caribe, que é a organizadora do encontro - acrescenta que esta edição também contará com sessões teóricas, oficinas, desfiles populares, premiações e homenagens.
Entre os tributos, destaca um dedicado ao poeta surinamês Robin Drobú, de quem será desvelado um busto, e se calcula que assistirão mil convidados estrangeiros.
Além disso, os organizadores adiantaram que a Festa de Fogo do próximo ano será dedicada ao aniversário de meio século de Santiago de Cuba, este ano é Bahamas será o país convidado de honra.
Havana, (Prensa Latina) O 34 Festival do Caribe, também conhecido como a Festa de Fogo, regressará ao oriente cubano em julho próximo, neste ano com Suriname como país convidado de honra.

O compromisso do evento, e ter também uma ampla delegação que represente de vários países da americana latina, como o Brasil com sua riqueza e diversidade cultural a importância deste Festival e também, consolidar os laços entre Cuba e Brasil .

- Música, dança, literatura, culinária, teatro e artes visuais do Suriname chegarão à oriental cidade de Santiago de Cuba, sede da maior festividade dedicada à influência caribenha.
Além disso, os organizadores adiantaram que a Festa de Fogo do próximo ano será dedicada ao aniversário de meio século de Santiago de Cuba, e Bahamas será o país convidado de honra.

Se liga:
"Com caráter cultural, oferece debate sobre questões raciais,sobre literatura, arte, cultura,religião afro-brasileira,folclore e cinema, com representantes do Brasil. As manifestações tomam as ruas da cidade fazendo uso do fogo como artista principal para celebrar a união das raças e culturas do caribe em uma enorme festa que se funde com  duas semanas de cultura, folclórico e história".


* Paralelamente, a festa atraí milhares de pessoas de todo o caribe e América central que dividem a arte com multicultural e incendiária.

Um afro abraço.

Fonte: UNEGRORJ/www.iranews.com.br/

terça-feira, 13 de maio de 2014

13 DE MAIO:“Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” Art 5º, III da Constituição Federal.

Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo. Afinal, além de sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também com o maior câncer da sociedade brasileira: O Racismo.
  A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888. A lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos portugueses.

"A assinatura da lei foi conseqüência de um longo processo de disputas. Logo antes da elaboração do deputado conservador João Alfredo, muitas manifestações pedindo a libertação dos escravos já ocupavam as ruas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro."
Na verdade, os escravizados já estavam lutando a anos e mobilizados em torno desta causa havia muitos anos. Um dos primeiros ícones da luta pela libertação dos escravos, considerado o mais importante até hoje, foi o movimento do Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares.

Escravos fugidos ou raptados de senzalas eram levados para o território, que chegou a ter 200 quilômetros de largura, em um terreno que hoje corresponde ao estado de Alagoas, parte de Sergipe e de Pernambuco. O movimento, iniciado por volta de 1590, só foi derrotado cerca de 100 anos depois, em 1694. Um ano depois, Zumbi, traído por um homem de sua confiança, foi assassinado. A data de sua morte, 20 de novembro, é muito comemorada pelo movimento negro e foi oficializada como o Dia Nacional de Denúncia contra o racismo.


Mas o começo da liberdade ainda demoraria para acontecer. Os primeiros passos, antes da Lei Áurea, foram a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1884). A primeira estabelecia que os filhos de escravos ficavam sob os cuidados do senhor de suas mães até 8 anos. Depois, o senhor poderia libertá-los e receber indenização ou usar seus trabalhos até os 21 anos, depois eles estariam livres. A segunda dizia que os escravos estariam livres quando completassem 60 anos. Mas antes da liberdade total, deveriam trabalhar 5 anos de graça como indenização aos senhores pelos gastos com a compra deles.
Só então é que veio a Lei Áurea. Mas mesmo depois da lei, os ex-escravos batalharam bastante para sobreviver, porque não tinham emprego, nem terras, nem nada. Muitos deles arranjaram empregos que pagavam pouco porque era tudo que os brancos lhes ofereciam. Os movimentos de consciência negra surgem como forma de protestar contra esta desigualdade social e contra o preconceito racial.


* Hoje, 13 de maio é o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.
 
E ai?...
É compromisso de todo mundo lutar por um mundo mais justo, e está incluída aí a justiça racial. Afinal, além de sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também com o maior câncer da sociedade brasileira: o racismo.

O país acompanhou a algum tempo as declarações de um Parlamentar do Rio de Janeiro, que em um programa de TV afirmou que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque “foram muito bem educados”, relacionando a relação entre brancos e negros com “promiscuidade. Na mesma semana outro deputado, desta vez um de São Paulo, usou o twitter para dizer que “os africanos são amaldiçoados”.

Infelizmente as palavras destes parlamentares racistas soam apenas como versão em prosa e verso de uma dura realidade que mais de 124 anos após a abolição, persiste: a morte física, cultural e simbólica de negras e negros.

Se liga:
Foi em nome do racismo que Hitler , na década de 30, declarou a superioridade da raça branca na Alemanha Nazista e condenou à morte 6 milhões de judeus. Foi também o racismo que justificou a escravização de africanos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

Faz muito pouco tempo que assistimos em 1994 o fim oficial do apartheid na África do Sul.Esse regime racista , que começou em 1948, condenava a população negra , que era a grande maioria, a viver separada dos brancos , a não participar das vida política e a não possuir propriedades . O poder e os privilégios eram todos da minoria branca . A luta contra p apartheid foi longa e intensa e teve o nosso saudoso Nelson Mandela o seu principal líder.


O preconceito e a discriminação estão mais presentes e são mais perigosas do que a gente pensa. As imagens negativas vão sendo criadas , vão se espalhando e transformando em marcas. Tal grupo é “burro”, outro é “violento”, outro é “arruaceiro”. A televisão, as revistas e o cinema repetem essas imagens e influenciam a opinião das pessoas . Nas escolas , há professores que também alimentam essas imagens , auxiliados por livros didáticos que carregam várias idéias preconceituosas em suas páginas.
"Todos os seres humanos merecem respeito carinho ou atenção, independentemente da cor da sua pele. Isto significa que você deve tratar bem todos os seus colegas e seus conhecidos, não importa se ele é branco, negro , índio, oriental de de qualquer outra cor".
Um afro abraço.

UNEGRO A CAMINHO DOS 26 ANOS DE LUTA...

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!

fonte:www.uneb.br/www.inesc.org.br /rebal21.ning.com/

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