UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Civilizações africanas da Antiguidade: Egito e Núbia.

Segundo os arqueólogos, o vale do rio Nilo já era habitado desde o Paleolítico, ou seja, entre 3 milhões e 100 mil anos atrás. Muitos séculos depois, em torno do 7º milênio a.C., a agricultura e o pastoreio já eram praticados no delta do rio Nilo, e progressivamente se expandiram em direção ao sul, seguindo as margens desse rio.

A partir do 5º milênio a.C., com o processo de formação do deserto do Saara, vários povos nômades e seminômades, do norte da África e do Oriente Médio, buscaram as margens do rio Nilo para ali se fixarem.

Esses migrantes se misturaram com os povos locais e fundaram aldeias tanto no Alto Nilo (ao sul), quanto no Baixo Nilo (ao norte). Em algum momento (ainda não se sabe quando), essas aldeias se unificaram, formando pequenas cidades independentes.

Até então existia certa identidade cultural entre as várias cidades ao longo do vale do Nilo, devido a suas origens comuns e suas relações comerciais. Com o passar do tempo, o processo de centralização política se acelerou na região do Baixo Nilo, até que, em torno de 3100 a.C., um rei chamado Menés unificou toda a região, tornando-se o primeiro faraó de uma das mais antigas civilizações: o Egito



Enquanto isso, ao sul, pequenos reinos se mantiveram independentes e formaram a civilização Núbia. A fronteira entre as duas civilizações ficava próxima da primeira catarata do Nilo; e a mais importante cidade núbia era Siene (atual Assuan), um rico centro comercial.

Sabemos pouco sobre como os núbios se organizavam ou o que pensavam sobre eles mesmos, já que não desenvolveram a escrita. Mas os egípcios deixaram muitos documentos que demonstram a importância da Núbia.

Os núbios praticavam a agricultura e o pastoreio às margens do Nilo, e desenvolveram uma sofisticada cerâmica. As riquezas da Núbia, como o ouro, o ébano, o marfim, atraíam a atenção dos egípcios, que desde a 1ª Dinastia já travavam guerras com os núbios.

Os conflitos entre o Egito e a Núbia ocorreram por séculos, sendo a Núbia uma poderosa rival do Egito. Muitas muralhas foram construídas pelos egípcios na fronteira com a Núbia, o que prova que não só o Egito queria controlar as riquezas da Núbia, mas que os núbios também atacavam o território egípcio.

Foi somente durante a 18ª Dinastia egípcia (século 15 a.C.) que a Núbia foi ocupada pelos

egípcios, tornando-se um vice-reino. A partir de então a cultura núbia passou a sofrer forte influência egípcia: a escrita hieroglífica, os deuses e os costumes egípcios foram impostos à Núbia.

Se liga:

"TIYE A Rainha Núbia do Egito (1415 - 1340 A.C.) No 14º século A.C., uma mulher sábia e bonita de Nubia capturou o coração do faraó, e assim ela mudou o curso da história. Amenhotep III, jovem dirigente egípcio, foi tão levado pela beleza, intelecto e vontade de Tiye,
que ele desafiou os sacerdotes e os costumes de sua nação, proclamando esta cidadã de Nubia como sua grande Cônjuge Real. Ele expressou publicamente de várias maneiras seu amor por sua linda rainha negra, fazendo dela uma pessoa célebre e rica em seus próprios direitos. Ele tomava vários conselhos dela em assuntos políticos e militares e depois declarou que, como ele tinha a tratado em vida, assim ela deveria ser descrita na morte, a sua igualdade."

"TAHARQARei de Nubia (710 - 664 A.C.) Com dezesseis anos, este grande Rei de Nubia conduziu seus exércitos contra os assírios que invadiam seu aliado, Israel. Esta ação lhe deu um lugar na Bíblia (Isaias 37:9, 2 Reis 19:9). Durante os 25 anos de seu reinado, Taharqa controlou o maior império da África antiga. Seu poder só foi igualado pelos assírios. Estas duas forças sempre estavam em conflito, mas apesar da guerra contínua, Taharqa pôde iniciar um programa de construção ao longo do império que estava
subjugando em extensão. Os números e a majestade de seus projetos eram legendários, com o maior sendo o templo a Gebel Barkal no Sudão. O templo foi escavado da pedra viva e enfeitado com imagens de Taharqa com mais de 100 pés de altura."


Um afro abraço.

fonte:www.chabad.org.br/biblioteca

terça-feira, 3 de junho de 2014

Rap é denunciar as injustiças, vividas pela pobre das periferias das grandes cidades...

Rap (em inglês, também conhecido como emceeing) é um discurso rítmico com rimas e poesias, que surgiu no final do século XX entre as comunidades negras dos Estados Unidos. É um dos cinco pilares fundamentais da cultura hip hop, de modo que se chame metonimicamente (e de forma imprecisa) hip hop.

Pode ser interpretado a capella bem como com um som musical de fundo, chamado beatbox. Os cantores de rap são conhecidos como rappers ou MCs, abreviatura para mestre de cerimônias
O rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora da cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas,nos anos 1970 por jamaicanos e outros. Eles introduziam as grandes festas populares em grandes galpões,com a prática de ter um MC, que subia no palco junto ao DJ e animava a multidão, gritando e encorajando com as palavras de rimas, até que foi se formando o rap. A origem do Rap veio da Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de cerimônia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais polêmicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos, devido a uma crise econômica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado e foi se espalhando e popularizando entre as classes mais pobres ate chegar a atingir a alta sociedade...

As raízes
A origem do rap remonta à Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de

cerimónia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais prosaicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos, devido a uma crise económica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado, que se sofisticou com a invenção do scratch, um discípulo de Herc. O primeiro disco de rap que se tem notícia, foi registrado em vinil e dirigido ao grande mercado (as gravações anteriores eram "piratas") por volta de 1978, contendo a célebre King Tim III da banda Fatback. O rap, assim como o pagode e o blues, no seu surgimento era um ritmo mais comum entre pessoas de classe social mais baixa e que, com o tempo, invadiu o mercado de todos os grupos sociais---sendo um dos estilos musicais que mais vendeu no mercado popular dos anos 1990 até o início da década de 2000; mas, desde 2006, a venda do rap tem caído drasticamente, preocupando as grandes gravadoras deste estílo musical.

"Ancestral directo" do rap pode ser considerado o funk, ou o jazz, músicas afro-americanas que apresentam elementos semelhantes. Outro ritmo ao qual o rap é tributário é o toast, que consiste em versar sobre uma versão instrumental ou de uma versão dub de alguma canção reggae, sempre no ritmo da batida. Essa tradição foi levada aos Estados Unidos por imigrantes jamaicanos, como o DJ Kool Herc. Nos Estados Unidos, a base de Reggae foi substituída por uma batida tirada do funk, através da utilização de dois discos idênticos dos quais era aproveitada apenas a parte instrumental da música, chamada break (os "breques," como nas paradas repentinas da percussão numa batucada).

As primeiras gravações de rap datam do início dos anos 1970, com alguns grupos como os Last Poets e Gil Scott Heron. Nessa época, trata-se simplesmente da declamação de um texto sob o ritmo das batidas de tambores africanos, sendo a negritude o tema de predilecção.

Na actualidade, os MCs utilizam, como base, batidas de outras músicas habilmente extraídas pelos DJs, ou bases montadas electronicamente, ou, ainda, instrumentos tocados por músicos.

Um recurso muito presente no rap são os samples ("amostras"), que são pequenas "pedaços" de outras músicas, covers(pré-gravadas), e inseridas digitalmente numa "nova" música. Os samples tanto podem ser da parte instrumental de uma música como podem ser de vocais.

Inicialmente, os temas das letras giravam em torno de assuntos como festa e diversão, que aos poucos foram substituídos por outros temas como as desigualdades sociais e o combate ao racismo. vinte anos depois, se tornou um dos estilos musicais mais popular em todo o
mundo, sendo muito difundido principalmente nos EUA, na França, no Japão e no Brasil. A primeira música de rap a surgir no Brasil foi "Kátia Flávia", em 1987, de autoria de Fausto Fawcett e Laufer. Em Portugal a primeira compilação de rap surgiu em 1994 com o designação de Rapública.


Gangsta Rap-
O grupo que fez o Gangsta Rap se tornar conhecido foi o N.W.A, formado pelo finado Eazy-E,

por Dr. Dre, Ice Cube, Mc Ren e Dj Yella, eles falavam sobre a brutalidade da policia, sobre os problemas que afetam as comunidades, as rixas que acontecem no gueto, e sobre o tráfico, que é o comércio mais ativo na maioria das periferias, e como nos EUA os Bloods &Crips haviam se espalhado como uma epidemia, e as letras se baseiam em membros de gangues, assim se deu o nome a esse estilo de rimar de Gangsta Rap.
O Gangsta Rap (Rap Gângster) surgiu nos Estados Unidos no meio dos anos 1980 com o Ice-T (e outros) como LL Cool J. Com letras duras e violentas, o gangsta rap logo ganhou espaço na mídia. Entre os maiores cantores e grupos de gangsta rap destacam-se 2pac, N.W.A., Compton's Most Wanted, Snoop Doggy Dogg entre outros, que entre as suas rimas falavam das desigualdades e do racismo, além do ódio que sentiam uns pelos outros. Desde então o mundo do gangsta rap evoluiu muito e hoje em dia os rappers podem falar e fazer músicas falando de tudo, ou seja, poucos ainda valorizam as raízes culturais. Um dos mais ferrenhos críticos do Gangsta Rap é o diretor cinematográfico Spike Lee, que acusou o estilo de incentivar a ignorância dos afro-americanos. Um grupo que se destacou (e ainda se destaca) quando o gangsta rap estava surgindo foi o N.W.A. - Niggas With Attitude, formado em 1986 por Dr. Dre, MC Ren, Eazy-E, Ice Cube e nas pickups, o DJ Yella. O grupo se tornou notório pelas suas letras pesadas, especialmente como "Fuck tha Police", de 89, que resultou no FBI enviando uma carta de aviso para a Ruthless Record, sugerindo que o grupo tomasse mais cuidado com o que dizia.

Rap na Música-
Rap, na música, é extremamente fidedigna à improvisação poética sobre uma batida no tempo rápido e freqüentemente só é acompanhada pelo som do baixo, ou sem acompanhamento. Rap é um estilo musical raro em que o texto é mais importante que a linha melódica ou a parte harmônica; sendo um dos dois únicos estilos musicais da história da música ocidental em que o texto é mais importante que a música---o outro sendo o canto gregoriano, em que a música era uma monodia, homofônica, marcada pelo ritmo, e a melodia religiosamente não podia nunca sobressair o texto litúrgico. O rap não usa melodias e motivos decorativos e harmônicos com arranjos elaborados dos insrumentos, mas vale-se somente em quão rápido o cantor narra a sua "fala" com muito pouca musicalidade adicionada a sua poesia. A música rap também tem uma similaridade distinta com a música celta em que forma-se uma brincadeira na qual os cantores tentam duelar suas frases com rimas, rapidamente improvisadas e humorísticas; alternadamente, um desafiando o outro nas rápidas frases inteligentes; quem ganha---deixando o outro esgotado sem idéias---não paga pelas bebidas. Esta influência indireta e não intencional veio da música de raiz, de folclore, importada pelos imigrantes escoceses e irlandeses que migraram para o sul dos EUA, das fazendas de plantação, como a música afro-americana, que pelo povo do sul, com a música de improvisação, no Jazz de raiz, surge nos duelos de banjo (country) depois, e desses "duelos" aparece também, bem mais tarde, o rap.

Rap no Brasil-
O rap é um estilo de música popular no Brasil em favelas e periferias, principalmente nos
estados de São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Surgimento e década de 1980-
Antes mesmo do rap chegar ao Brasil, algumas canções no estilo já tinham sido lançadas. Como possíveis primeiras canções estão "Deixa Isso Pra Lá" (1964) de Jair Rodrigues , "Melô do Tagarela" (1979) de Arnaud Rodrigues e Luís Carlos Miele (paródia de Rapper's Delight de Sugarhill Gang) , "Mandamentos Black" (1977) e Mêlo do Mão Branca" (1984) de Gerson King Combo . Outros como Rappin Hood, apontam que os repentistas nordestinos seriam os precursores do estilo no país .

O rap chegou ao Brasil no final dos anos 1980, com grupos de periferia que se reuniam na estação São Bento do metrô de São Paulo, lugar onde o movimento punk começava a surgir. Nesta época, as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia. Os primeiros a frequentarem o local foram os dançarinos de breakdance, o principal tipo de dança hip hop.

O dançarino Nelson Triunfo é considerado um dos primeiros dançarinos de breakdance do país . Dentre estes b-boys, muitos acabaram decidindo serem rappers, como são chamados os cantores de rap. Apelidados de "tagarelas", tiveram que se mover para a Praça Roosevelt porque houve uma divisão de grupos para cada um continuar difundindo um pilar da cultura hip hop em cada lugar. Pouco tempo depois, os rappers tornaram-se os principais representantes do movimento no Brasil.Estilos
No Brasil existem diversos estilos derivados do rap. Os que abordam temática mais relacionada com a periferia e o modo de vida, o sistema, a polícia, e os mais populares são Racionais MC's, MV Bill, e GOG.49 Facção Central faz parte de uma vertente mais contundente, também chamada de gangsta rap e é, junto com os grupos acima, um dos mais populares. Outras bandas do mesmo estilo são Consciência Humana, Sistema Negro, Face da Morte, Realidade Cruel e Cirurgia Moral. Todos rappers e todas as bandas, com raras exceções, tem pouco espaço considerável na mídia brasileira, com algumas exceções como MV Bill, Projota, Emicida e mais recentemente Racionais MC's.


Há também o rap popular, cantando por músicos cariocas em sua maioria, com exemplos de Marcelo D2 e Gabriel, O Pensador, em raps que abordam temas diferentes.Tupac Shakur
Um embrião na prisão, cultivado através das grades. No dia 16 de junho de 1971, “ Lesane Parish Crooks” entraria nesse mundo. Todos o conheceriam mais tarde como “ Tupac Amaru Shakur”, mais poucos sabiam o impacto que ele iria causar.

Tupac shakur-
A mãe de Tupac, Afeni Shakur, fazia parte do famoso grupo político “panteras negras”, um movimento que lutava contra o preconceito aos Afro-americanos. Afeni estava grávida de Tupã quando foi presa. Seu padrasto, Mutulu Shakur, foi sentenciado a 60 anos de cadeia por roubar um carro e matar a vítima. Isso teve um grande impacto na vida Tupac, que cresceu sem a figura paterna ao seu lado. Nas ruas, os únicos modelos em que Tupac podia se espelhar eram os traficantes e cafetões.

Tupac se mudou pra Baltimore ainda garoto. Ele descreve essa época como os melhores momentos da sua vida. Pac se destacava nas aulas de teatro e já demonstrava um talento acima da média. Mesmo muito novo, Tupac falava com muita desenvoltura sobre assuntos raciais. Seus professores o consideravam um aluno muito dedicado e interessado. Era ávido leitor, devorando desde livros sobre religiões orientais ate enciclopédias inteiras. Tupac compôs sua primeira musica em Baltimore atrás do apelido “MC New York”. A música falava sobre armas e era inspirada no assassinato de um amigo seu.

De Baltimore, a então viciada em crack, Afeni Shakur, se mudou com a família para Marin City, Califórnia, Lado Oeste (Westside). Foi nessa época que Tupac começou a vender drogas. Os traficantes e cafetões diziam a 2Pac que caso precisasse de algum dinheiro para
financiar seus interesses na música o ajudariam. “Eles eram como meus patrocinadores” diz. Foi nessa época que Tupac fundou um grupo chamado “Strictly Dope” junto com o amigo DJ
Dize. As músicas gravadas nessa época viriam a tona apenas em 2001 sob o nome de “Tupac Shakur: The Lost Tapes”. Suas performances na vizinhança fizeram com que Tupac assinasse com a Digital Underground de Shock G.

Em 1990, 2Pac trabalhava como roadie e dançarino na Digital Underground. Suas primeiras letras eram notáveis e revelaram a tendência para sua personalidade violenta. Em uma música que fez parte da trilha sonora do filme “Nothing But Trouble” chamada “Same Song”, Tupac conheceu o sucesso pela primeira vez.
Em 1991, lança seu primeiro álbum, “2Pacalypse Now”, que vendeu mais de um milhão de cópias. Enquanto Tupac falava de problemas comuns entre os jovens pobres como gravidez na adolescência e violência, também falava sobre policiais de forma violenta, o que faz com que os críticos prestassem atenção em seu álbum, especialmente depois de um jovem ter matado um policial alegando que foi inspirado em uma das músicas do grande álbum.

O vice presidente dos EUA, Dan Quayle, denunciou o álbum publicamente dizendo que não havia espaço na sociedade para algo do tipo. O álbum não gerou nenhum single que ocupasse o primeiro lugar nas paradas. Seu segundo álbum, “Strictly 4 my N.I.G.G.A.Z.” foi produzido por Stretch e the Live Squad e gerou dois hits que ocuparam a primeira posição nas paradas: A emotiva Keep Ya Head Up e a festiva I Get Around.
No começo de 1993, Tupac funda o grupo Thug Life com alguns amigos, incluído, Big Syke, Macadoshis, seu irmão Mopreme e Rated R.O grupo lança o primeiro álbum, intitulado “Thug Life Volume 1” pela Interscope em 1994. Apesar do conteúdo Hardcore, o trabalho foi um sucesso de vendas. O grupo se desfez assim que Tupac saiu da prisão.

Em 1995, o rapper foi acusado de abusar sexualmente de uma mulher em um hotel. Segundo Pac, a mulher, que ele havia conhecido em uma boate, teria feito sexo oral nele em plena pista de dança e teria ido com ele para um hotel por livre e espontânea vontade. Shakur disse que tudo não passou de um armação. Fevereiro do mesmo ano, devido a tal fato, Tupã foi sentenciado a quatro anos e meio de prisão por estupro, embora tivesse negado veementemente. Pouco depois do ocorrido, Tupac havia levado cinco tiros em um assalto ocorrido em um estúdio de Nova York. Tupac deu informações em detalhes sobre o ocorrido em uma entrevista pra Vibe.

O astro começou a cumprir sua pena no presídio de Clinton. Pouco depois, seu multi-platinado “Me against the world” é lançado. Tupac entra para a historia como o único artista a ter um álbum em primeiro nas paradas estando preso. “Este sempre será meu álbum favorito”,
disse ele a uma entrevista. Enquanto os guardas provocavam na cadeia dizendo que Tupac não era mais o mesmo, ele ria e dizia : “Meu álbum é numero 1 no pais inteiro e apenas bateu Bruce Springsteen no topo da Billboard”. Na cadeia, se casou com a namorada Keisha Morris, uma união que foi desfeita pouco tempo depois.

Após quase onze meses na prisão, Tupac foi liberado, logo apos ter feito um acordo com Suge Knight, o cabeça do “Death Row Records”. Suge pagou a fiança de 1.4 milhões de dólares. Em troca o artista deveria lançar 3 álbuns pela sua gravadora. Imediatamente apos sair da prisão, Tupac começou a trabalhar em um novo álbum. Em feveireiro de 96, ele lança seu quarto álbum, “All eyes on me”, o primeiro álbum duplo da historia do rap. O sucesso foi tremendo e vendeu mais de 9 milhões de copias e é considerado por muitos o melhor álbum do gênero. Em meio a tanto sucesso, Tupac foi assassinado em 1996, quando saia de uma luta de seu amigo Mike Tyson.


Tiroteio e morte-
Na noite de 7 de setembro de 1996, Shakur foi assistir a uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand Las Vegas,perto do cruzamento Koval Lane, em frente ao Hotel Maxim, um veículo ocupado por duas mulheres aproximou-se de Tupac, com o qual conversaram e convidaram para ir ao Clube 662. Aproximadamente cinco minutos depois, um Cadillac branco, modelo antigo, com um número de ocupantes desconhecido, se aproximou da BMW, abaixou o vidro da janela e disparou cerca de doze ou treze tiros contra Shakur. Ele foi atingido por quatro deles, acertando uma na cabeça, duas na virilha e uma na mão. Um dos tiros provavelmente ricocheteou no pulmão do rapper. Suge foi atingido na cabeça por estilhaços, mas acredita-se que a bala passou de raspão por ele.
Tupac faleceu de hemorragia interna em 13 de setembro de 1996, os médicos tentaram reanimá-lo mas não conseguiram impedir a propagação da hemorragia. Sua mãe, Afeni tomou a decisão de informar aos médicos para desligarem os aparelhos. Foi declarado morto às 4:03 da tarde. As causas oficiais da morte foram descritas como insuficiência respiratória e parada cardiorrespiratória, além dos múltiplos ferimentos das balas. O corpo de Shakur foi cremado. Mais tarde, um pouco de suas cinzas foram misturadas com maconha e fumadas por membros do grupo Outlawz.


Logo apos sua morte, a Death Row lança o álbum “The Don Killuminati”, com o pseudônimo de “Makavell”. A capa traz um 2Pac crucificado com uma coroa de espinhos na cabeça e um mapa das principais gangues do país. Em janeiro de 1997, a Gramercy pictures lança “Gridlock’d”, um filme em que Tupac interpreta um viciado em drogas e que foi bem aceito
pela crítica, recebendo inúmeros elogios. Seu ultimo filme, “Gang Related”, seria lançado meses depois. Antes de Morrer, Tupac deixou centenas de musicas gravadas na Época de Death Row.A maioria foi lançada em álbuns póstumos como “Better Dayz”, “Until the end of time”, “Loyal to the game” e em seu ultimo póstumo “Pac’s Life”.

- Tupac é o rapper que mais vendeu álbuns na historia-
"Eu não estou dizendo que eu mudei e nem que eu vou mudar o mundo ... Estou dizendo apenas que o mundo deve ser mudado".
Tupac

Um afro abraço.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 25 de maio de 2014

Há uma sensação de normalidade na Comissão de Direitos Humanos :

Vivemos o preconceito moderno, infelizmente...
O sentido da política é a liberdade? A pergunta sobre o sentido da política resulta de duas experiências: as formas totalitárias de Estado e o desenvolvimento das possibilidades de destruição, cujo monopólio o Estado detêm. 


Nas formas totalitárias de Estado toda a vida dos homens foi politizada; assim a liberdade não mais existia. No pensamento totalitário o homem não deve obstruir o fluxo da história; através da coação, do terror, das pressões ideológicas, a abolição da liberdade é alcançada.

Discriminação* (distinção) de grupos foi uma característica muito importante na evolução da vida em grupo. Não é nenhuma novidade que tanto grupos de animais sociais não-humanos quanto grupos humanos identificam dois grupos sociais: o ”nós” e os “outros” (em psicologia evolutiva chamados “insider” e “outsider group”). Não surpreendentemente, “bárbaro” era o nome dado pelos gregos aos que não eram gregos. “Bárbaros” significa “os outros”. Da mesma forma, “tapuia” era o nome dado pelos Tupis a quem não era Tupi. Tapuia é a versão tupi de “os outros”. Também não surpreendentemente, bárbaros e tapuias recebiam significados pejorativos. “Os outros” não são somente os outros, eles geralmente são também os inimigos. Os outros não são “civilizados”, os outros não têm nossos costumes, os outros são violentos, os outros são maus, os outros não seguem nossos deuses (que são os únicos verdadeiros), os outros tem comportamentos estranhos que não são os nossos, os outros nos trazem doenças, os outros comem nossa comida, os outros nos matam, os outros merecem ser combatidos. Em suma, o inferno são os outros.

Entretanto essa discriminação de grupos “nós” e “os outros”, presente nos animais que vivem em grupo, não exatamente corresponde ao preconceito humano. O preconceito humano evoluiu em função da vida social permitindo um maior sucesso na sobrevivência ao conseguir comida, água e abrigo (nada surpreendente até agora), mas foi carregado de particularidades humanas como religião e aspectos culturais e de dominação.Enfim o preconceito é uma decisão moral pré-concebida. Surge antes de se investigar e, certamente, muito antes de se analisar o ponto em questão. Sendo assim, sempre está carregada de conotações negativas. Geralmente os mais preconceituosos são indivíduos inseguros, aqueles que têm medo de perder sua posição e que têm "incerteza" acerca de seu "status" na sociedade...


Se liga:
Discriminação. Tenha em mente que discriminar também significa distinguir. A evolução dos preconceitos segue a mesma lógica do desenvolvimento dos significados da palavra “discriminação”: Primeiramente, distinção de grupos; segregação , preconceito institucionalizado.

É desconfortável saber desse anseio, mas depois fica parecendo que, numa situação como essa, até os constrangimentos acabou perdendo força.  

Sabe-se que os dois integram a turma de oportunistas do Congresso. Protegem-se no pretexto de que são moralistas ou religiosos para atacar gays, negros, índios e tudo o que consideram inferior ou anormal.      Bolsonaro e Feliciano estão incorporando seus modos à normalidade brasileira e debochando de todos nós. Um substitui o outro onde nunca deveriam estar. São representantes dos preconceitos mais rasteiros e ainda se apoderam de uma comissão que, em vez de acolhê-los, deveria enquadrá-los como aberrações morais.
Essa é a nossa normalidade. Os dois juntaram-se a outras formas de pilantragem na política para vender o marketing de que combatem o diabo em todas as suas manifestações. Bolsonaro e Feliciano são os legisladores antidemônio.

Você, que vai à missa, respeita as religiões alheias e separa fé de falcatrua, é claro que não acredita em nenhum dos dois. Mas você sabe que seu vizinho acredita, que uma tia adora Bolsonaro e um sobrinho admira o Feliciano.
A Espanha tem um partido neofranquista, a Grécia convive com seu similar. 


No Brasil, a direita se reorganiza a partir dos esforços para reenquadrar costumes. Foi o que sobrou para os seguidores dos Bolsonaros e dos Felicianos. Perseguir índios, negros, gays e mulheres de minissaia.     Essa dupla é o subproduto de uma direita que existiu até algum tempo, com alguma consistência ideológica. Sobrou uma feroz ignorância. Os dois são empobrecedores de qualquer reflexão entre o que possa ser progressista e atrasado, direita e esquerda, civilizado ou primitivo.

E por que existem os Bolsonaros e os Felicianos e por que devemos nos preocupar com eles? Porque a direita bem nascida perdeu o charme e teve o espaço ocupado por figuras da terceira divisão do reacionarismo. Os eleitores de Bolsonaro e Feliciano não estão apenas nas chamadas classes populares. Os dois acolhem órfãos da classe média desamparada, que votam constrangidos no que têm à mão.  Bolsonaro e Feliciano são figuras medievais e ocupam postos importantes no Congresso porque isso passou a ser a nossa normalidade. Na política, os dois são guardiões do que devemos seguir como norma.
Só não brinque com o poder de destruição dessa gente. Um e outro são inspiradores das atitudes dos que saem às ruas e, em nome da pregação absolutista, espancam gays e prostitutas. Se não é possível curar, como Feliciano deseja, que se eliminem os homossexuais.

Até o secretário-geral da ONU entrou no debate, considerando a violência que se manifesta em toda parte e pode aparecer com força nas Olimpíadas de Inverno na Rússia. Lá, as leis determinadas pela turma de Putin vão punir tudo o que genericamente for considerado “propaganda homossexual”. Ban Ki-moon quer uma vigilância mundial contra a homofobia.
O Congresso brasileiro não deve estar nem aí para apelos da ONU.

Algumas das muitas declarações sobre racismo...
Em março de 2011, Feliciano postou em sua conta na rede social Twitter frases que foram consideradas racistas por vários setores da sociedade, ao dizer: "Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polemica (sic). Não sejam irresponsáveis twitters. [...] A maldição que Noé lança sobre seu neto, canaã, respinga sobre continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!" (Feliciano defende uma das vertentes teológicas que afirma que os povos africanos negros vivem sob a chamada "Maldição de Cam", descrita no livro Gênesis da Bíblia e interpretada de várias maneiras, e de que essa seria a causa dos problemas sócio-econômicos e políticos enfrentados pelo continente africano). Para Roberlei Panasiewicz, teólogo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, a afirmação de Feliciano é fundamentalista"

Algumas bandeiras políticas:
Projeto contra as cotas raciais...
Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas raciais nas universidades públicas, o deputado apresentou um projeto de lei complementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.

Defesa da pena de morte...

Em várias entrevistas, Bolsonaro se posicionou favoravelmente à instituição da pena de morte no Brasil para casos de crimes premeditados pois, segundo ele, "o bandido, ele só respeita o que ele teme". Também é a favor da redução da maioridade penal e em 2008, foi o único deputado do Rio de Janeiro a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de armas não-letais, justificando que esse tipo de recurso já é utilizado.

Mas o cenário está completo? Você, que não aguenta mais ficar sem luz, sem ônibus e sem água, sabe que ainda vai piorar. Bolsonaro e Feliciano podem ser os deputados mais votados nas eleições de outubro. Mais eu creio que o povo pode curar este pessimismo...

Eu conheço  políticos evangélicos que não distorcem as coisas e nós da UNEGRO temos  evangélicos entre seu quadros de militantes e também parlamentares ,  é certo que  o parlamentar é eleito para  representar mais do que um segmento politico que o elegeu mais deve se lembrar que ele é servidor do povo brasileiro e  de todos os contribuintes porque nós pagamos o seu salario e todas as sua regalias e quando falamos de Cultura,Religião, falamos de Direito de LIBERDADE...

Gente   ou o povo é cego ou é burro!


Eu fui interna em um colégio de freiras (irmãos franciscanas alcantarinas) e estudei muito a bíblia e estudei que Lúcifer , se rebelou contra o Senhor teu deus...( embora bem e agora tenha certeza que a ciência  também é o caminho para a atividade e evolução)

...Estas são questões metafóricas, mas vale á pena juntar-se aos grupos que lutam por um mundo melhor, e se rebelar eticamente contra quem usa as religiões que desejam podar o ser humano castrando nossa mentalidade anestesiando nosso potencial.

... Vale á pena pensar por conta própria e dizer NÃO, oras, e não foi isso o que Lúcifer fez? Pedófilos, assassinos, ladrões, etc... Todos esses seres do mau, se acham no direito e se julgam um dos maiores libertadores, fazem isso para encobrir o próprio mau que há dentro de si mesmo, o mau está ai, quem não se rebelar contra o mau , viverá tal como uma ovelha que obedece e perde perdão por falta de coragem e vergonha para enfrentar os próprios demônios com a moral de um ser humano... 

...Um inimigo somente pode tornar-se inimigo quando já foi um amigo, há de ter alguma relação entre as partes, caso contrário, jamais acontecerá inimizades.

... Se um dia foi amigo, houve concordância, e se houve discordância foram por motivos corretos! 
Quem é o Herói? 
Quem esta certo?
Agora me pergunto que é o Santo?

Quem é o Demônio?

- Vocês entenderam a metáfora?...

... Aquele que aprisiona seus cordeiros, ou aquele que liberta e diz para fazer e viver pensando por conta própria?

Um afro abraço.


Claudia Vitalino.
(obs: eu não sou candidata)

fonte:wp.clicrbs.com.br/.../2014/Wikipédia, a enciclopédia livre

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Bem agora que passou..:Negras não são mães?!?!?!.

Mãe é tudo igual...

"A mãe negra não. Ela pede ao seu deus que seu filho não seja abordado pela segurança
de qualquer lugar e entre para as estatísticas"...

Bem pra começo de conversa...

Precedentes históricos do movimento A história do movimento negro começa quando eles chegaram ao Brasil na época colonial; os negros foram trazidos como mercadoria pelos portugueses. A mão de obra era utilizada nos canaviais e, como o açúcar estava em alta, cultivou-se a cana-de-açúcar na colônia, o que gerou bastante lucro, uma vez que a mão de obra era barata. O transporte se fazia por meio dos navios negreiros e as condições precárias resultavam na morte dos escravos. Eles ficavam amontoados e no mesmo lugar em que dormiam, era o próprio banheiro. As fezes e urina em local fechado e em contato com crianças, jovens e adultos, geravam contaminações.

O processo de escravização, o machismo e o preconceito, a mulher negra brasileira encontrou em sua espiritualidade ancestral os mitos, os símbolos e os exemplos que lhe inspiraram insubordinação e lhe permitiram construir uma nova e altiva identidade ; apropriação e atualização desse patrimônio cultural, as mulheres negras vêm conformando organizações inspiradas na mitologia africana e nas histórias de suas antepassadas. Nesse processo de afirmação identitária, buscam, em instituições femininas da tradição religiosa, nas figuras míticas e nas ancestrais coletivas, os valores e modelos de insubordinação para confrontar a ordem patriarcal e racista.

Há séculos a noção convencional da Mãe Preta construída pela sociedade racista: um símbolo de subordinação, abnegação e bondade passiva.

A mãe-preta é figura muito presente na história brasileira, desde o período da escravidão até os primeiros anos do século XX, quando as negras passam a serem preteridas pelas brancas imigrantes. Momento em que a sociedade não valorizava mais o trabalho das mulheres negras e nem a presença delas na cidade. Amas criadeiras passaram a ser vistas como

perigosas moradoras de cortiços que transmitiam doenças para as famílias brancas. A partir da metade do século XIX, apareceram imagens divergentes de ama-de-leite:
Olha ! pediu ela, faz-me um filho, que eu preciso alugar-me de ama-de-leite...Agora estão pagando muito bem as amas! A Augusta Carne-Mole, nesta última barriga, tomou conta de um pequeno aí na casa de uma família de tratamento, que lhe dava setenta mil-réis por mês!...E muito bom passadio!...Sua garrafa de vinho todos os dias!...Se me arranjares um filho dou-te outra vez o coelho!

O sistema que se representa, particularmente e uma mulheres míticas, oferece vivências que a sociedade machista nega. É conservador, que moldou a moral brasileira passada, impôs às mulheres entre dois estereótipos a santa ou a devassa. Do ponto de vista patriarcal, esta última só encontra redenção ao abdicar de sua sexualidade. As deusas africanas legitimaram a transgressão dessa dicotomia maniqueísta. As deusas africanas são mães dedicadas e amantes apaixonadas.

Hoje o tema das relações raciais, vinculado ao do atual desenvolvimento do Brasil, evoca a reflexão sobre o que seria desenvolvimento com igualdade racial. No mote das metas planetárias de maior volume de produção e acúmulo de capital, muitas vezes é priorizado o desenvolvimento econômico, às custas de racismo e sexismo, entre outras desigualdades e violências. Este tema foi oferecido como subsídio para os debates na III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, de novembro de 2013.


Racismo institucional e mortalidade evitável.
"Saúde é direito de todos e dever do Estado", são os princípios da universalidade, equidade, integralidade e controle social da saúde, no entanto há indícios de desigualdades remanescentes na saúde. Teoricamente, com o manejo adequado, a morte por epilepsia é igualmente evitável para criança ou adulto, homem ou mulher; branco ou preto; economicamente desfavorável ou não. 

Porém, os serviços de saúde, intencionalmente ou não, contribuem para reproduzir a desigualdade racial na saúde, evidências mostram que ela não se associa à situação sócio-econômica do negro sugerindo a existência de racismo institucional, resultado do conjunto de políticas e normas de procedimentos e do comportamento dos membros das instituições
A Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil.
A Pesquisa do Ipea, avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões. Infelizmente, o estudo mostra que não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando o período antes e depois da Lei, que entrou em vigor em setembro de 2006. Entre 2001 e 2006, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi de 5,28. Já de 2007 a 2011, o número foi de 5,22. Conforme destaca o estudo, em 2007 houve uma ligeira queda, imediatamente após a vigência da Lei.

O Espírito Santo é o estado com maior taxa de feminicídios, com 11,24 para cada 100 mil mulheres, seguido pela Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). O nordeste é a região com taxas mais altas, com média de 6,9.

A pesquisa, que foi realizada com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, ainda calcula que, em média, ocorrem 5.664 mortes de mulheres por

causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia.

As mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Ou seja, mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos.

Outro fato revelado pela pesquisa é que as mulheres negras e pobres são as principais vítimas da violência. No Brasil, 61% dos óbitos foram de mulheres negras, que foram as principais vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul. Merece destaque a elevada proporção de óbitos de mulheres negras nas regiões Nordeste (87%), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%). A maior parte das vítimas tinham baixa escolaridade, 48% daquelas com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos de estudo.

O estudo ressalta ainda a dificuldade de obtenção de informações acuradas sobre feminicídios: “Os sistemas de informação sobre mortalidade não documentam a relação entre vítima e perpetrador, ou os motivos do homicídio. Por isso, foi feita recomendação para a inclusão de um campo na declaração de óbito (DO), visando a permitir a identificação dos óbitos de mulheres decorrentes de situações de violência doméstica, familiar ou sexual e o monitoramento destes eventos”


A saúde da mulher negra.
A especificidade da saúde da mulher negra começou a ser discutida a partir de reivindicação das próprias mulheres negras, coincidindo com o surgimento de grupos de mulheres negras organizados nas diferentes regiões do país. A esterilização cirúrgica, tema controvertido e polêmico, foi o eixo que conseguiu unir e desencadear o processo de trabalho conjunto, que atualmente se estende às outras questões dos direitos reprodutivos ? espaço onde o movimento de mulheres tem investido grande parte da sua energia.

Os dados socioeconômicos referentes à população negra por si só já são indicadores de seu estado de saúde: 85% das mulheres negras encontram-se abaixo da linha de pobreza e sua taxa de analfabetismo é o dobro, se comparada a das mulheres brancas. Somando-se a isso o menor acesso aos serviços de saúde de boa qualidade, as mulheres negras têm maior risco de contrair e morrer de determinadas doenças do que as mulheres não negras.

Os dados nacionais sobre o acesso das mulheres negras ao pré-natal estão diretamente relacionados com as classes sociais às quais pertencem: 50% das mulheres de baixa renda não têm acesso ao pré-natal, com o que podemos deduzir que as mulheres negras devem ser as grandes prejudicadas, já que elas se encontram nas faixas de menor renda da população.

Os dados de morbidade da Secretaria Municipal de Saúde da cidade d Rio de Janeiro, levantados pelo programa que introduziu o quesito cor? no sistema de informação, confirmam os dados nacionais. As mulheres negras têm acesso muito menor ao pré-natal, que se inicia mais tardiamente do que o das mulheres não negras.

A situação norte-americana.


Encontrei na bibliografia norte-americana alguns dados sobre as diferenças entre a

morbidade e a mortalidade das mulheres negras e brancas. 

Por exemplo:
* com relação à expectativa de vida, as mulheres brancas dos EUA apresentaram uma média de 75,3 anos e as mulheres negras, de 69,4 anos;
* 52% das mulheres com AIDS nos Estados Unidos são negras;
* a taxa de mortalidade infantil entre as crianças negras é quase o triplo daquela constatada em relação às crianças brancas;
* as taxas de mortalidade materna nos Estados Unidos demonstram que as mulheres negras morrem duas vezes mais por causas maternas do que as brancas;
* as pesquisas norte-americanas mostram que as mulheres negras têm três vezes mais possibilidade de desenvolver o lupus, doença auto-imune que está ligada também às condições de vida em geral e cuja possibilidade de ocorrência aumenta se a mulher é jovem e negra. A maioria dos casos de lupus diagnosticados nos Estados Unidos refere-se a mulheres jovens e negras, apesar de esta ser uma doença de diagnóstico às vezes difícil na população como um todo, pela diversidade dos sintomas;
* em relação à hipertensão arterial, os dados dos EUA são mais ou menos os mesmos que os do Brasil. Apesar da importância dessa doença para as mulheres, até agora poucas pesquisas vêm sendo realizadas, e apenas entre homens. No tratamento das mulheres constata-se a discriminação: mesmo quando têm sintomas, ou problemas cardíacos, as mulheres acabam sendo tratadas mais tardiamente. A literatura refere que nas mulheres negras este diagnóstico vem muito mais tarde que para as brancas, sendo que as negras têm uma possibilidade maior de apresentar a doença. (Isto também acontece no Brasil. Os dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo ? referentes à demanda do Sistema Único de Saúde e pesquisados através de queixas da população ? revelam que, na parcela da população preta atendida com queixa de doenças cardiovasculares, a hipertensão alcança um índice 9,2% superior aos apresentados pelas pardas e brancas);
* em relação à doença inflamatória pélvica, que constitui uma das causas de esterilidade, os dados mostram que nos Estados Unidos ela é muito mais comum nas mulheres negras que nas brancas. Embora muitas pessoas afirmem ser esta uma doença relacionada à prática da liberdade sexual e até à promiscuidade, ela está intimamente ligada aos níveis de condições de vida das mulheres;
* os dados sobre fibroma ou mioma apresentam números maiores para as mulheres negras. (No Serviço de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Ribeirão Preto, entre 1986 e 1988, foram pesquisadas 432 mulheres portadoras de fibroma, perfazendo 18% dos casos de internação. Neste período, comparativamente, este índice foi 3,2% mais freqüente entre as mulheres negras. Os/as pesquisadores/as declaram que a predisposição biológica parece ser um fator importante no aparecimento e na modulação do crescimento do mioma. Quem trabalha com uma outra visão, que não a da ginecologia tradicional, sabe que o mioma está relacionado com fatores alimentares, estresse e com as condições de vida em geral);
* no câncer de colo de útero, que é um tipo de câncer ligado às condições socioeconômicas das mulheres, a taxa é duas vezes mais alta para as mulheres negras do que para as brancas nos Estados Unidos;
* no caso do câncer de mama, as mulheres negras têm menor predisposição para desenvolvê-los. Há uma série de explicações para isto, entre elas a questão alimentar, relacionada à quantidade de proteína ingerida. Mas o que os dados mostram é que, na última década, de 12% a 15% das mulheres negras com câncer de mama apresentaram uma média de sobrevida cinco vezes menor que as mulheres brancas. Isto quer dizer que, apesar de as mulheres negras terem menos câncer de mama, elas morrem em maior quantidade e mais precocemente por esta ocorrência. É evidente que isto está ligado não só às condições vida, mas, sobretudo, ao acesso dessas mulheres a serviços de saúde de boa qualidade;
* em relação ao diabetes, as mulheres negras apresentam uma particular vulnerabilidade para desenvolver esta doença. Atualmente, enquanto o homem negro tem 9% a mais de probabilidade de desenvolver diabetes do que o homem branco, as mulheres negras têm aproximadamente 50% a mais de chance de se tornarem diabéticas que as mulheres brancas.

Se liga:
O ano de 2015 marcará os 320 anos do assassinato de Zumbi dos Palmares, o qual, como qualquer outra pessoa, teve mãe, e, provavelmente, negra. O dia escolhido para essa grande marcha foi o 28 de setembro – “Dia da Mãe Preta”. Neste dia, no ano de 1871, foi assinada LEI Nº 2040, que veio a se chamar Lei do Ventre Livre. 

(O dia da  Mãe Preta e para ampliar a visibilidade da luta e denunciar o desrespeito que
a mulher negra vem sofrendo há séculos).

Um afro abraço.

Fonte: “Racismo e Sexualidade nas Representações de Negras e Mestiças no Final do Século XIX e Início do XX”/www.portalsaofrancisco.com.br/conectas.org/pt/acoes/saude-da-mulher-negra

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Cuba: Preparativos para el Festival del Caribe, em Santiago de Cuba de 3 a 9 de julho...


XXXIV Edição do Festival do Caribe o Festa do Fogo o maior encontrou das culturas pertencentes a diáspora africana no Caribe . Como e já tradicional cada ano em minha condição de etnólogo e promotor cultural da Casa do Caribe no Brasil, venho organizando junto a outras entidades parceiras e com a participação de Havanatur&Trevel a delegação que pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Salvador de Bahia e Maranhão estará viajando a esse importante encontrou da herança africana em nosso continente.


Festival do Caribe.
Um dos festivais mais importantes de Cuba acontece anualmente em Santiago. A popular “Fiesta Del Fuego” é um evento artístico internacional que ocorrerá entre 3 e 9 de julho de 2014.

Havana, (Prensa Latina) O 34 Festival do Caribe, também conhecido como a Festa de Fogo, regressará ao oriente cubano em julho próximo, neste ano com Suriname como país convidado de honra.

"Este evento, tem a finalidade de ampliar a delegação que represente sua riqueza e diversidade cultural. e intercambio entre Brasil e Cuba visto a importância deste Festival para, também, consolidar os laços com Cuba".

Música, dança, literatura, culinária, teatro e artes visuais do Suriname chegarão à oriental cidade de Santiago de Cuba, sede da maior festividade dedicada à influência caribenha neste país.

Importante:
A Casa do Caribe, que é a organizadora do encontro - acrescenta que esta edição também contará com sessões teóricas, oficinas, desfiles populares, premiações e homenagens.
Entre os tributos, destaca um dedicado ao poeta surinamês Robin Drobú, de quem será desvelado um busto, e se calcula que assistirão mil convidados estrangeiros.
Além disso, os organizadores adiantaram que a Festa de Fogo do próximo ano será dedicada ao aniversário de meio século de Santiago de Cuba, este ano é Bahamas será o país convidado de honra.
Havana, (Prensa Latina) O 34 Festival do Caribe, também conhecido como a Festa de Fogo, regressará ao oriente cubano em julho próximo, neste ano com Suriname como país convidado de honra.

O compromisso do evento, e ter também uma ampla delegação que represente de vários países da americana latina, como o Brasil com sua riqueza e diversidade cultural a importância deste Festival e também, consolidar os laços entre Cuba e Brasil .

- Música, dança, literatura, culinária, teatro e artes visuais do Suriname chegarão à oriental cidade de Santiago de Cuba, sede da maior festividade dedicada à influência caribenha.
Além disso, os organizadores adiantaram que a Festa de Fogo do próximo ano será dedicada ao aniversário de meio século de Santiago de Cuba, e Bahamas será o país convidado de honra.

Se liga:
"Com caráter cultural, oferece debate sobre questões raciais,sobre literatura, arte, cultura,religião afro-brasileira,folclore e cinema, com representantes do Brasil. As manifestações tomam as ruas da cidade fazendo uso do fogo como artista principal para celebrar a união das raças e culturas do caribe em uma enorme festa que se funde com  duas semanas de cultura, folclórico e história".


* Paralelamente, a festa atraí milhares de pessoas de todo o caribe e América central que dividem a arte com multicultural e incendiária.

Um afro abraço.

Fonte: UNEGRORJ/www.iranews.com.br/

terça-feira, 13 de maio de 2014

13 DE MAIO:“Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” Art 5º, III da Constituição Federal.

Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo. Afinal, além de sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também com o maior câncer da sociedade brasileira: O Racismo.
  A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888. A lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos portugueses.

"A assinatura da lei foi conseqüência de um longo processo de disputas. Logo antes da elaboração do deputado conservador João Alfredo, muitas manifestações pedindo a libertação dos escravos já ocupavam as ruas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro."
Na verdade, os escravizados já estavam lutando a anos e mobilizados em torno desta causa havia muitos anos. Um dos primeiros ícones da luta pela libertação dos escravos, considerado o mais importante até hoje, foi o movimento do Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares.

Escravos fugidos ou raptados de senzalas eram levados para o território, que chegou a ter 200 quilômetros de largura, em um terreno que hoje corresponde ao estado de Alagoas, parte de Sergipe e de Pernambuco. O movimento, iniciado por volta de 1590, só foi derrotado cerca de 100 anos depois, em 1694. Um ano depois, Zumbi, traído por um homem de sua confiança, foi assassinado. A data de sua morte, 20 de novembro, é muito comemorada pelo movimento negro e foi oficializada como o Dia Nacional de Denúncia contra o racismo.


Mas o começo da liberdade ainda demoraria para acontecer. Os primeiros passos, antes da Lei Áurea, foram a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1884). A primeira estabelecia que os filhos de escravos ficavam sob os cuidados do senhor de suas mães até 8 anos. Depois, o senhor poderia libertá-los e receber indenização ou usar seus trabalhos até os 21 anos, depois eles estariam livres. A segunda dizia que os escravos estariam livres quando completassem 60 anos. Mas antes da liberdade total, deveriam trabalhar 5 anos de graça como indenização aos senhores pelos gastos com a compra deles.
Só então é que veio a Lei Áurea. Mas mesmo depois da lei, os ex-escravos batalharam bastante para sobreviver, porque não tinham emprego, nem terras, nem nada. Muitos deles arranjaram empregos que pagavam pouco porque era tudo que os brancos lhes ofereciam. Os movimentos de consciência negra surgem como forma de protestar contra esta desigualdade social e contra o preconceito racial.


* Hoje, 13 de maio é o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.
 
E ai?...
É compromisso de todo mundo lutar por um mundo mais justo, e está incluída aí a justiça racial. Afinal, além de sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também com o maior câncer da sociedade brasileira: o racismo.

O país acompanhou a algum tempo as declarações de um Parlamentar do Rio de Janeiro, que em um programa de TV afirmou que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque “foram muito bem educados”, relacionando a relação entre brancos e negros com “promiscuidade. Na mesma semana outro deputado, desta vez um de São Paulo, usou o twitter para dizer que “os africanos são amaldiçoados”.

Infelizmente as palavras destes parlamentares racistas soam apenas como versão em prosa e verso de uma dura realidade que mais de 124 anos após a abolição, persiste: a morte física, cultural e simbólica de negras e negros.

Se liga:
Foi em nome do racismo que Hitler , na década de 30, declarou a superioridade da raça branca na Alemanha Nazista e condenou à morte 6 milhões de judeus. Foi também o racismo que justificou a escravização de africanos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

Faz muito pouco tempo que assistimos em 1994 o fim oficial do apartheid na África do Sul.Esse regime racista , que começou em 1948, condenava a população negra , que era a grande maioria, a viver separada dos brancos , a não participar das vida política e a não possuir propriedades . O poder e os privilégios eram todos da minoria branca . A luta contra p apartheid foi longa e intensa e teve o nosso saudoso Nelson Mandela o seu principal líder.


O preconceito e a discriminação estão mais presentes e são mais perigosas do que a gente pensa. As imagens negativas vão sendo criadas , vão se espalhando e transformando em marcas. Tal grupo é “burro”, outro é “violento”, outro é “arruaceiro”. A televisão, as revistas e o cinema repetem essas imagens e influenciam a opinião das pessoas . Nas escolas , há professores que também alimentam essas imagens , auxiliados por livros didáticos que carregam várias idéias preconceituosas em suas páginas.
"Todos os seres humanos merecem respeito carinho ou atenção, independentemente da cor da sua pele. Isto significa que você deve tratar bem todos os seus colegas e seus conhecidos, não importa se ele é branco, negro , índio, oriental de de qualquer outra cor".
Um afro abraço.

UNEGRO A CAMINHO DOS 26 ANOS DE LUTA...

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!

fonte:www.uneb.br/www.inesc.org.br /rebal21.ning.com/

Analisando e inrritabilidade que Michael Jackson como homem negro para os militantes do movimento negro e a questão racial

Michael Jackson: um homem aprisionado por uma máscara
As palavras da música Young, Gifted and Black (algo como "jovem, talentoso e negro"), de Nina Simone, poderiam ter sido escritas especialmente ao Jackson Five. Quando a primeira canção do grupo, I Want You Back, alcançou as paradas de sucesso em 1969, os irmãos pareciam resumir o anseio de orgulho negro que surgia do movimento por direitos civis.

O Jackson Five combinava a experiência de vida – derivada da sua criação em bairros operários e populares de Indiana – com uma respeitabilidade considerável. Eles vestiam-se de forma original, mas não de forma tão diferente que não pudessem ser copiados, e deixavam seu cabelo no estilo afro de forma natural.

Historia:
Michael Joseph Jackson (Gary, 29 de agosto de 1958 — Los Angeles, 25 de junho de 2009) foi um famoso cantor, compositor, dançarino, produtor, empresário, arranjador vocal, filantrópico, pacifista e ativista americano. Segundo a revista Rolling Stone faturou em vida cerca de sete bilhões de dólares, fazendo dele o artista mais rico de toda a história, e um ano após sua morte faturou cerca de um bilhão de dólares.
Começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5; começou logo depois uma carreira solo em 1971, permanecendo como membro do grupo. Reconhecido nos anos seguintes como Rei do Pop (King Of Pop), cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos mundialmente de todos os tempos: Off the Wall (1979), Thriller (1982), Bad (1987), Dangerous (1991) e HIStory (1995). Lançou-se em carreira solo no início da década de 1970, ainda pela Motown, gravadora responsável pelo sucesso do grupo formado por ele e os irmãos.



Em idade adulta, gravou o álbum mais vendido e popular da história, Thriller. Jackson é frequentemente citado como "O maior ícone negro de todos os tempos", e com grande importância para a quebra de barreiras raciais, abrindo portas para a dominação da música negra na música popular, e pessoas como Oprah Winfrey e Barack Obama conseguirem o status que tem hoje em dia.

No início dos anos 1980, tornou-se uma figura dominante na música popular e o primeiro cantor afro-americano a receber exibição constante na MTV. A popularidade de seus vídeos musicais transmitidos pela MTV, como "Beat It", "Billie Jean" e "Thriller" são creditados como a causa da transformação do videoclipe em forma de promoção musical e também de ter tornado o então novo canal famoso. Vídeos como "Black or White", "Scream", "Earth Song", entre outros, mantiveram a alta rotatividade dos vídeos de Jackson durante a década de 1990. Foi o criador de um estilo totalmente novo de dança, utilizando especialmente os pés. Com suas performances no palco e clipes, Jackson popularizou uma série de complexas técnicas de dança, como o Robot, o "The Lean" (inclinação de 45º), o famoso "Moonwalk". Seu estilo diferente e único de cantar e dançar, bem como a sonoridade de suas canções influenciaram umasérie de artistas nos ramos do hip hop, pop, R&B e rock.

Jackson também foi um notável filantropo e humanitário, doando milhões de dólares durante toda sua carreira a causas beneficentes por meio da Dangerous World Tour, compactos voltados à caridade e manutenção de 39 centros de caridades, através de sua própria
fundação. No entanto, outros aspectos da sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a da cor de pele devido ao vitiligo geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública. Em 1993 foi acusado de abuso infantil, mas a investigação foi arquivada devido a falta de provas e Jackson não foi a tribunal. Depois, casou-se e foi pai de três filhos, todos os quais geraram controvérsia do público. Em 2005, Jackson foi julgado e absolvido das alegações de abuso infantil. Enquanto se preparava para uma nova turnê intitulada This Is It, Jackson morreu de intoxicação aguda do anestésico propofo em 25 de junho de 2009, após sofrer uma parada cardíaca. O Tribunal de Justiça de Los Angeles considerou sua morte um homicídio, e seu médico pessoal Dr. Conrad Murray foi condenado por homicídio culposo. Sua morte teve uma repercussão internacional instantânea, sendo motivo de comoção por parte dos fãs em muitas partes do mundo, estima-se que até dois bilhões de pessoas tenham assistido ao funeral pela televisão, já que emissoras do mundo todo transmitiram o evento ao vivo. Em março de 2010, a Sony Music Entertainment assinou um contrato de US$ 250 milhões com o espólio de Jackson para reter os direitos autorais de distribuição para suas gravações até 2017, e lançando cerca de sete álbuns póstumos na década seguinte a sua morte.

Um dos poucos artistas a entrar duas vezes ao Rock And Roll Hall of Fame, seus outros prêmios incluem vários recordes certificados pelo Guinness World Records, incluindo "O maior artista de todos os tempos" e um para Thriller como o álbum mundialmente mais vendido de todos os tempos - 15 Grammys e 41 canções a chegar ao topo das paradas como cantor solo - e vendas que superam as 350 milhões de unidades mundialmente,
Jackson recebeu centenas de prêmios, que fizeram dele o artista mais premiado da história da música popular. Alguns empresários da Sony já registram a incrível marca de mais de 400 milhões, . Sua vida, constantemente nos jornais, somada a sua carreira de sucesso como popstar fez dele parte da história da cultura popular mundial. Nos últimos anos, foi citado como "a pessoa mais famosa e conhecida do mundo"


Seus passos minuciosamente coreografados tinham a intenção de encantar mais com o jeito inocente infanto-juvenil do que com a sensualidade. E desde o início, Michael, um garoto de 10 anos, era a estrela do grupo.
Dois anos depois, o Jackson Five tinha um desenho animado e uma série de revistas adolescentes dedicadas à banda e todo disco que a banda lançava vendia aos milhões.
Era uma "banda-família" que atingia milhões de pessoas que até então raramente tinham visto negros também fazendo sucesso e em ascensão econômica graças a isso.

Fenômeno.
Na década seguinte, Michael estava no auge de sua carreira.Thriller, seu álbum produzido em 1982, foi o álbum mais vendido de todos os tempos e transformou a música popular e, em particular, os videoclipes musicais.

Em todos os lugares, as crianças rapidamente começaram a imitar seu estilo. Sua renovada popularidade transcendeu as linhas da questão racial, algo que o Jackson Five não conseguiu cruzar.
Mas embora o novo visual de Michael fosse teatralmente mais estranho que o anterior, sua popular associação com o "orgulho negro" passou por uma transformação.
Em uma época que as conquistas do movimento por direitos civis estavam ameaçadas e o slogan sobre a beleza negra, "black is beautiful", em refluxo, as repetidas transformações na pele e cirurgias plásticas de Michael pareciam representar, na visão de muitos, um homem desesperado para se tornar branco.
Alguns comentaristas associam esta automutilação à sua distorcida personalidade. Eles dizem que a fama precoce fez com que ele se rejeitasse e fosse à busca de uma beleza inalcançável.
Outros insistem na idéia que as cirurgias representavam nada mais que uma extensão de suas mudanças de estilo.

Essas suposições superficiais esquecem que o racismo continua formando as idéias de beleza nas quais tons de pele mais claros ainda são apresentados como ideais e omitem a possibilidade de Michael querer se transformar em um homem que era tanto negro como branco.

E caso seja este o caso, existe mais do que influência em relação à história de Tamla Motown, a gravadora que ajudou a lançá-lo ao estrelato.

Fundada em Detroit em 1959, a Motown estava localizada em um distrito habitado pela classe trabalhadora negra no norte da cidade e durante uma série de anos atraiu centenas de jovens talentos locais e lançou vários deles ao estrelato.

Smokey Robinson and The Miracles, Diana Ross and The Supremes, Marvin Gaye e Tammi Terrell, Martha Reeves and The Vandellas, The Isley Brothers e The Four Tops são alguns exemplos, juntos conseguiram se tornar um fenômeno musical que abalou os EUA e contribuiu para a ruptura das barreiras raciais na música.

Quase tudo sobre a Motown envolvia a questão negra " é logicamente que para um artista submeter-se a esta exigência ou controle deve sofrer um processo de negação de quem você tremenda, visto que nenhum outro artista foi tão longe neste processo como ele"...
 O dono da gravadora, Berry Gordy, é negro, assim como era a maioria de seus artistas. Os principais compositores da gravadora eram negros, as bandas de apoio eram negras e até os funcionários e contadores da Motown eram negros.

A única coisa que não era exclusivamente negra era o público da Motown e isso era algo que Gordy sabia muito bem.


Ele decidiu que o slogan da Motown deveria ser "o som da América jovem" e para alcançar o máximo impacto e bastante dinheiro, era muito importante que seus atos e projetos "atravessassem" os limites e vendessem álbuns aos jovens, tanto negros como brancos.

Para este objetivo, todo artista tinha um acompanhamento rigoroso para garantir que ele levasse a mensagem de que os negros eram respeitáveis e, assim, conquistar a maior audiência possível.

Se liga:
Era comum que as capas de álbuns tivessem grupos masculinos com camisas da moda e ternos, enquanto as mulheres vestiam roupas elegantes e mudavam seu cabelo para um "estilo europeu".
Gordy até marcou aulas de dicção para seus principais artistas para garantir que qualquer traço de sotaque dos guetos fosse trocado por uma pronúncia mais aceitável às televisões controladas por brancos.
Em resumo, a Motown queria que seus artistas fossem negros, mas não de um jeito que pudesse "amedrontar" os brancos. Para Gordy, o racismo na indústria da música tornava isto uma necessidade: ao invés de desafiá-lo, antes de tudo você deveria evitá-lo.
Gordy sabia que havia achado ouro quando contratou os irmãos Jackson para a Motown e rapidamente começou a criar uma estratégia de marketing para eles.

A história começou quando Diana Ross, a artista mais bem aceita pelo público e mais bem-sucedida da gravadora, descobriu os garotos e estava determinada a vê-los prosperarem.

Com o crescimento do incipiente movimento de black power e oposição à Guerra do Vietnã, muitos na Motown não viam a hora de ir além e exigiam gravar músicas que refletiam os anseios populares. Alguns, como Marvin Gaye, puderam fazer isso.
Mas, através do Jackson Five, o sempre conservador Gordy via a chance de algo bem mais seguro. Os irmãos poderiam ser divulgados com fins lucrativos como extrovertidos, mas respeitáveis – eles poderiam tocar um bubble-gum soul (com letras românticas e mais pop, sem tratar de problemas sociais e políticos).

Acompanhando a época, eles eram autorizados a serem "negros", mas apenas dentro de certos limites. Uma das tragédias desta história é que depois que Michael saiu da Motown na metade dos anos 70, uma época em que ele tinha a maior parte do controle de sua carreira e sua imagem, o movimento que celebrava o orgulho negro estava em declínio terminal.

Portanto, o racismo e as respostas aparentemente contraditórias a ele acompanham Michael desde sua infância. É realmente tão surpreendente que isso viria a se refletir em sua vida e essência?

A discussão gira em torno do questionamento se Michael Jackson teve ou não teve vitiligo, se ele negou a sua “raça”, identificação racial com o artista até chegar na crise de identidades do Brasil. Eu li comentário por comentário, e fiquei assustada com a falta de compreensão ou negação das relações raciais sustentadas pelo imaginário racista em que vivemos.

E o que isso tem a ver com o Michael Jackson? Ele é filho de negros? Sim! Logo descendentes de africanos? Sim! Logo faz parte de todo esse processo histórico que se mostra violento? Sim! Logo foi violentado fisicamente, simbolicamente, e psicologicamente enquanto individuo negro. Nasceu pouco mais de cem anos após a abolição nos Estados Unidos, e em um período onde ainda havia legalmente o apartheid no país.

'Eu sei qual é minha raça. Eu olho no espelho, e sei que sou negro', disse Michael Jackson , durante o 'Encontro pela justiça na indústria fonográfica', liderado pela National Action Network (NAT), no Harlem, em Nova York, segundo a MTV News. Anos depois de um nunca plenamente explicado processo de clareamento da pele - a certa altura, Jackson alegou sofrer de vitiligo - o cantor levantou seu orgulho étnico para reforçar a acusação, feita no sábado, de que Tommy Mottola, o todo-poderoso da gravadora Sony, era racista.

A acusação de Jackson veio em meio a uma série de eventos que configuram a mais feroz briga entre artistas e gravadoras que a indústria já viu, na qual o seu caso é apenas o mais... digamos... bizarro. A NAT, liderada pelo reverendo Al Sharpton, que nos EUA é um importante ativista de direitos civis das minorias, começou há algumas semanas uma campanha por um tratamento justo aos artistas negros, alegando que muitos deles morrem na miséria depois de carreiras que só rendem lucros às gravadoras. Jackson se uniu a Sharpton na luta em meio a uma disputa pessoal com sua gravadora, a Sony.

Jackson acusa a gravadora de não ter promovido a contento seu mais recente álbum, 'Invincible', que vendeu dois milhões de cópias nos EUA - menos do que se esperaria de um álbum de Jackson e, sobretudo, de um disco que custou US$ 50 milhões entre produção e marketing. Já foi anunciado por ambas as partes que o contrato de Jackson com a Sony não será renovado depois do lançamento de uma coletânea de maiores sucessos, mas ambos ainda discordam em detalhes. Segundo informações divulgadas pela imprensa americana nunca confirmadas oficialmente, a Sony quer que Jackson lhes pague uma dívida de
adiantamentos que pode remontar a US$ 200 milhões; e o cantor quer retomar os direitos sobre os seus catálogos. Diante disso, Jackson tem sido bombardeado por críticas de que seu apoio à NAT seria, na verdade, movido por interesses pessoais. Sobretudo depois que sua acusação contra o suposto racismo de Mottola foi contestado pelo próprio Sharpton e outros nomes importantes da black music, como o empresário Russel Simmons. Segundo a MTV News, sua participação no encontro de ontem foi uma tentativa de reverter essa impressão.

Jackson se disse vítima de conspiração racista - 'Estou cansado de ser manipulado. A imprensa manipula a verdade. Eles são mentirosos. Os livros de História são uma mentira. Vocês precisam saber que todas as formas de música popular, do jazz ao rock ao hip hop e dance, do jitterbug ao Charleston, são negras. Mas vá à livraria da esquina e você não vai ver um negro na capa dos livros. Você vai ver Elvis Presley. Você vai ver os Rolling Stones. Mas onde estão os verdadeiros pioneiros?', disse Jackson às cerca de 300 pessoas presentes ao encontro, acrescentando que Otis Blackwell, autor de clássicos como 'Al shook up', morreu na miséria.
Jackson alegou ainda que o sistema tentou destruí-lo na medida em que ele se tornava mais poderoso. 'Eu quebrei os recordes de venda de Elvis e dos Beatles. Então, começaram a me chamar de aberração, de homossexual, de pedófilo. Disseram que eu clareei minha pele. Fizeram de tudo para jogar o público contra mim. É uma conspiração', alegou.

Polemicas a parte:
Entendo por racismo uma forma de estabelecer relações de poder a partir da crença de superioridade de um povo sobre o outro. Esse poder seria o de ocupar os espaços de direção, poder de incluir e excluir, poder de estabelecer uma ideologia dominante. E que tipo de poder o negro tem mesmo com Obama sendo o presidente da maior potência mundial? Só se for o poder simbólico de dizer: “O negro pode chegar lá”, mas não o poder de mudar o imaginário racial, as relações raciais, pois o negro continua como base da pirâmide, excluído, marginalizado e violentado em todo o mundo. Por esse motivo negro não pode ser racista, ele não tem o poder de poder incluir ou excluir um grupo “racial” na sociedade das “raças”, e muito menos de criar um estereótipo negativo do branco, pois os meios de comunicação estão nas mãos dos não negros, e eles fazem isso que nós conhecemos com a imagem do negro. Os negros podem no máximo ser vítima do racismo, e logo reprodutor dele, assim como o pai de Michael Jackson o foi, a não ser que ele se depare com algum movimento
negro que estimule seu processo de libertação, como aconteceu comigo. Tenho certeza de que quando o negro estiver no poder e não somente representar um poder ainda branco, as relações raciais não se pautarão por superioridade/inferioridade, mas pelo respeito e entendimento das diferenças. A mudança virá daqueles que fazem parte dos excluídos nas fragmentações sociais de raça, classe e gênero.

Um afro abraço.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre

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