UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ
quinta-feira, 21 de julho de 2011
A Diáspora Músical Negra
Saravá Terra que eu piso!
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Negros e mulheres têm menos acesso a cirurgias
Homens brancos são maioria dos transplantados. Negros e mulheres têm menos acesso a cirurgias, segundo Ipea
2011-07-08
Estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os efeitos das desigualdades sociais brasileiras se estendem às cirurgias de transplantes de órgãos como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão. A maioria dos transplantados são homens da cor branca.
Brasília – Estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os efeitos das desigualdades sociais brasileiras se estendem às cirurgias de transplantes de órgãos como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão. A maioria dos transplantados são homens da cor branca.
De acordo com o estudo, de quatro receptores de coração, três são homens; e 56% dos transplantados tem a cor de pele branca. No transplante de fígado; 63% dos receptores são homens e 37% mulheres. De cada dez transplantes de fígado, oito são para pessoas brancas.
Segundo a análise do Ipea, homens e mulheres são igualmente atendidos nos transplantes de pâncreas; mas 93% dos atendidos são brancos. A maioria absoluta de receptores de pulmão também são homens (65%) e pessoas brancas (77%). O mesmo fenômeno ocorre com o transplante de rim: 61% dos receptores são homens; 69% das pessoas atendidas têm pele clara.
“Verificamos que o conjunto de desigualdades brasileiras acaba chegando no último estágio de medicina”, aponta o economista Alexandre Marinho, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, um dos autores da pesquisa. Ele e outras duas pesquisadoras analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
O economista não estudou as causas do fenômeno, mas disse à Agência Brasil que a preparação para o transplante pode explicar as razões da desigualdade. Para fazer a cirurgia de transplante, o receptor deve estar apto: eventualmente mudar a alimentação, tomar medicamentos e fazer exames clínicos – procedimentos de atenção básica.
Segundo Marinho, quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) - cerca de três quatros da população brasileira - sai em desvantagem, porque tem dificuldade para receber remédios, fazer consultas e exames clínicos. “A situação onera quem tem menos condições de buscar alternativas.”
“O sistema é desigual na ponta [cirurgia de alta complexidade] porque é desigual na entrada”, assinala o economista, ao dizer que quando o SUS tem excelência no atendimento o acesso não é para todos: “Na hora que funciona, quem se apropria são as pessoas mais bem posicionadas socialmente”.
Conforme Marinho, os planos de saúde são resistentes a autorizar procedimentos de alta complexidade, como as cirurgias de transplantes, por causa dos custos. “Os hospitais privados preferem atender por meio do SUS porque sabe que paga”.
O estudo sobre a desigualdade de transplantes de órgãos está disponível no site do Ipea. Segundo Marinho, o documento foi postado ontem (7) e ainda não é do conhecimento do Ministério da Saúde.
De acordo com os dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), há 1.376 equipes médicas autorizadas a realizar transplantes em 25 estados brasileiros (548 hospitais).
Por: Jose Carlos dos Santos Silva.(rede unegro)
"Ogun ko nife o si ewu lona wa"
"Com a proteção de Ogun não haverá nenhum perigo em nosso caminho".
segunda-feira, 11 de julho de 2011
RJ - Quilombo do Sacopã soFre novo processo racista!
Justiça lacra entrada de carros do Quilombo do Sacopã, na Lagoa, para impedir festas comerciais no local. RIO - Oficiais de Justiça lacraram na tarde de sexta-feira a entrada de carros do Quilombo do Sacopã, na Lagoa. A medida foi resultado de uma ação, movida na 8ª Vara Cível, por cinco condomínios da área, para impedir que aconteçam festas no local com venda de bebidas e alimentos. Moradores do quilombo disseram que vão recorrer. Há dez anos, houve uma ação semelhante.
O quilombo fica na Rua Sacopã 250 e é o único em área urbana no Rio reconhecido pelo governo federal. O lugar, num dos bairros mais valorizados do Rio, começou a ficar famoso na década de 70, por causa de uma roda de samba e também da feijoada oferecida ao público.
Os oficiais de Justiça não quiseram falar sobre a ação na 8ª Vara Cível. O músico José Luís Pinto Júnior, conhecido como Luís Sacopã, de 68 anos, que mora no quilombo, reclamou:
- Eles tentam nos prejudicar de qualquer maneira. Para mim, isso é racismo. Estão tirando o nosso direito de ir e vir. São pessoas que se dizem poderosas, mas que só sabem prejudicar os outros.
Segundo ele, a região é objeto de uma disputa judicial que dura cerca de 40 anos. Luís Sacopã afirma que a já é a quinta geração da família Pinto que mora no local. Ao todo, afirmou, são 26 descendentes de escravos, que, regularmente, realizam eventos, com feijoada e samba.
- A vizinhança reclama dos encontros, mas a minha família está aqui há mais de 105 anos. Já sofremos todo tipo de violência por sermos pobres e morarmos numa área rica. Vamos à Justiça derrubar essa ação, que impede os moradores de saírem com os carros - disse.
Em 2008, a família Pinto conseguiu, junto ao Incra, por meio do decreto 4.887, a regularização fundiária do quilombo - uma área de 18 mil metros quadrados. Além disso, Luís move na Justiça uma ação mais antiga, por usucapião, atualmente em terceira instância, que estabelece em 23 mil metros quadrados a área pertencente à sua família. Isso significaria desapropriar 22 condomínios da Fonte da Saudade.
A regularização fundiária do Quilombo Sacopã tem sido questionada por vários moradores. Segundo eles, as terras da Lagoa eram da família Darke de Mattos. Os integrantes da família Pinto, argumentam, trabalhavam como caseiros. Para a moradora Suzanne Alves, de 52 anos, advogada, os habitantes do quilombo tratam a vizinhança como se fosse invasora.
- Parece que quem invadiu a região fomos nós. Quando tem festa, é só barulho. Fora o movimento de carros - disse ela.
A presidente da Associação de Moradores da Fonte da Saudade (Amafonte), Ana Simas, alega que o terreno do quilombo faz parte de uma área de proteção ambiental, que vem sendo devastada. Segundo ela, além de ser público, o local deveria ser conservado. Ana afirmou ainda que os moradores do lugar estão expandindo suas construções.
Luís Sacopã negou que esteja derrubando a vegetação e expandindo a área construída. Segundo ele, para que haja regularização de um território quilombola, a Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura, concede um título, baseado em estudos antropológicos.
- No caso do Quilombo do Sacopã, as pesquisas tiveram o respaldo de professores da UFF. Eles ficaram responsáveis por levantar o relacionamento entre as pessoas do grupo, além de símbolos e costumes que remetessem ao período da escravatura. O Incra já reconheceu o quilombo - finalizou.
Data:09/07/2011.Por :Ronaldo Braga/fonte:Jornal o Globo
Mais cultura, mais vida!
Mais cultura, mais vida! O’ Malungo, toca Urucungo!
Urucungo: instrumento musical rústico, usado, outrora, pelos gaúchos de origem africana.
Instrumento musical de origem africana, constituído por um arco que retesa um fio de arame, tendo como caixa de ressonância uma cabaça com abertura circular; recebe também o nome de berimbau-de-barriga ou simplesmente berimbau, e, no Pará, marimba.
Um dia desses perguntei a um mestre de capoeira da Bahia se sabia o significado da palavra Urucungo e logo me respondeu que não tinha a certeza mas que seria de origem yoruba.
Foi através dessas e outras, da negação e ignorância sobre a cultura Bantu (Angola, Congo, Moçambique) no Brasil, que me levou a pesquisar e escrever o projeto “Entre Gungas e Kalungas”.
Entre Gungas e Kalungas e’ uma pequena criação de um grande pilar na preservação e valorização da cultura de matriz Bantu, de maneira a estimular as pessoas a aprenderem e a reconhecerem tal cultura nas diásporas Africanas.
Sobre o URUCUNGO na minha cultura (Ovimbundu, Angola), encontrei o O-LUKUNGULU. Um berimbau de boca tocado pelo Mwekalia (músico).
Sei tambem que e’ um facto que muitos angolanos e seus descendentes tem a tendência de trocam o L por R e vice versa...coisa que reparei entre familiares durante a minha infância.
Nao e’ uma questão de provar nada mas sim intensificar a vontade de pesquisas entre nós, para o bem das futuras gerações.
O’ Malungo (amigo, compadre), toca Urucungo (toca o berimbau)! Parece que quanto mais se foge da África, mais perto dela nos encontramos.
Por:Aristóteles Kandimba
Nossa História....
O genocídio dos hererós
Em 12 de janeiro de 1904, os hererós, sob a liderança de Samuel Maharero, organizaram uma revolta contra o domínio colonial alemão. Em agosto, o general alemão Lothar von Trotha derrotou os hererós na batalha de Waterberg e dirigiu-os para o deserto de Omaheke, onde a maioria deles morreu de sede. Em outubro, os namaquas também pegaram em armas contra os alemães e foram tratados de forma semelhante. No total, entre 24.000 e 65.000 hererós (todos os valores são estimados como sendo 50% a 70% da população Herero total) e 10.000 namaquas (50% da população total namaqua) morreram. Duas características do genocídio foram a morte por inanição e o envenenamento de poços utilizado contra os hererós e populações namaquas que foram presos no deserto da Namíbia.
Em 1985, as Nações Unidas reconheceram a tentativa da Alemanha de exterminar os povos hererós e namaquas do Sudoeste da África como uma das primeiras tentativas de genocídio no século XX. O governo alemão pediu desculpas pelos eventos em 2004.(varios escritores
Por Aristóteles Kandimba
domingo, 10 de julho de 2011
Dedicado ao dia da mulher Africana, 31 de Julho.
Berimbau, A arma do feminismo das mulheres Bantu
Existe um facto que goza de certa autoridade, sendo que quando se pesquisa sobre o berimbau Africano, seja ele de que nome, origem, ou tamanho for, e’ impossivel ignorar que o gênero feminino desempenha um papel extremamente considerável em relação aos arcos musicais.
A popularidade do Berimbau cresceu transversalmente da arte Afro-Brasileira mais conhecida por Capoeira. A Capoeira até certo ponto, era de acesso restrito a um ambiente masculino. Significantemente, as portas foram abertas para o sexo oposto, e ja’ se conquistou bastante espaço por meios de dedicação e empenho.
Porém, as mulheres na esfera capoeristica ainda se encontram vítimas de regras discriminatórias, consideradas pela comunidade como tradição. Regras essas que não as permite tocar o berimbau e em certos momentos nao poder participar durante a roda.
A mulher Africana, apesar de viver em constante normas estritas e rigorosas, entre elas sendo as responsabilidades matriarcas, no último centenário foi a que mais forteficou a presença, e a popularização do berimbau africano na plateia continental e internacional.
Através do som melódico e hipnotizante do instrumento de uma corda so’, orgulhosamente canta-se cantigas de centenas de anos atras, transmitidas pelos seus antepassados.
Canções que contam estórias das glórias dos seus povos, sobre a felicidade, a tristeza, o amor, o ódio, a paixão, a traição, as desventuras de casamentos e cantigas infantis.
Nao somente a mulher e’ tradicionalmente considerada a base da família, mas também compõe, canta e constrói os próprios instrumentos que toca.
Cito duas personalidades da música tradicional Bantu-Nguni e herdeiras da tradição de tocadoras de arcos musicais, como a Princesa Zulu Constance Magogo e a Dona Madosini Mpahleni que hoje em dia goza de noventa anos de idade. Com esta chamada, conto com mais reconhecimento e consideração para com as mulheres nao solemente na capoeira mas tambem no berimbau e outros instrumentos musicais.
Extraido dos textos “entre Gungas e kalungas”
Por Aristóteles Kandimba
Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil
O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...