UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ
quinta-feira, 13 de junho de 2013
A DITADURA MILITAR DE 1964 E A CULTURA...
A Censura no Brasil ocorreu por praticamente todo o período posterior à colonização do país, seja ela cultural, seja ela política. De certa maneira, mas sob um aspecto diferenciado, o Brasil ainda possui formas de censura desde a redemocratização.
Havia as distorções. Em 1964, o jornal que usasse a palavra “revolução” estava indicando, na verdade, sua posição favorável ao regime militar. A idéia de revolução é sempre boa, positiva, pois denota movimento e mudança para melhor. A História é marcada por revoluções e nós temos a tendência a acreditar que elas têm como resultado uma mudança para melhor. Isso está no imaginário das pessoas. Um dos usos do discurso é a formação de mentalidade. Durante a luta armada, havia duas guerras paralelas: uma era militar – com as forças armadas e os órgãos de segurança de um lado e os grupos clandestinos de outro – e a outra uma guerra de sentido, levada a cabo pelos jornais. Era uma guerra para conquistar a população civil. Nesse confronto, as vítimas eram os leitores desinformados, compelidos a acreditarem em determinadas coisas que o jornal “recorta”. Quando a finalidade política é descaracterizada e o enfoque passa a ser o caráter policial da ação, o resultado é que a ação é criminalizada através da edição. Se eu tenho uma matéria de um crime passional, jogo ao lado de uma matéria sobre um roubo de carro e publico juntamente com uma terceira reportagem sobre a invasão de um apartamento onde foram apreendidos livros da doutrina comunista e presas pessoas que eram procuradas, eu estou colocando essas três ações em um mesmo universo de sentido.
A RESISTÊNCIA ARTÍSTICA
Durante o período da ditadura militar que assolou o país, e principalmente após a publicação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5) que dava totais poderes ao governo e retirava dos cidadãos todos os direitos, muitos cantores, compositores, atores e jornalistas foram “convidados” a deixar o Brasil. A repressão a produção cultural perseguia qualquer idéia que pudesse ser interpretada como contrária aos militares, mesmo que não tivesse conteúdo diretamente político. Por conta disso os militares foram capazes de prender, sequestrar, torturar e exilar artistas e intelectuais.
A resistência artística, assim como a censura, tiveram diferentes fases durante o regime militar. Os primeiros anos depois do golpe foram de relativa liberdade de expressão. A censura tinha seus limites, refletindo a linha do ambíguo e moderado marechal Castello Branco. Com o endurecimento do regime, após 1968, a resistência cultural passou a viver maus momentos. Funcionários da Divisão de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal se instalaram nas redações dos principais jornais e revistas, controlando tudo o que estava para ser publicado. Vira e mexe o espaço de notícias acabava preenchido por receitas culinárias e versos de Camões em sinal de protesto. A fúria do aparato repressivo resultou em teatros destruídos, no sequestro e interrogatório de compositores e escritores.
Nessa fase, a produção cultural de contestação ao regime era "engajada", com atenção aos grandes temas ideológicos da esquerda, como a luta pela Reforma Agrária e pela justiça social. Mas o sucesso nas rádios e nas lojas ficava para a música mais popular, que ressaltava as qualidades do país, como a ufanista "País Tropical", de Jorje Ben Jor, que cantava o Brasil como "pais tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza".
TERRORISMO CULTURAL
Quando o regime endureceu, a censura e a repressão à produção cultural se intensificaram, foi gerado o que o escritor Alceu Amoroso de Lima classificava como “terrorismo cultural”, já que qualquer tipo de expressão cultural, seja recitada, cantada, escrita ou representada, era motivo para perseguição por parte do governo militar. Quase nada passava desapercebido. Pior, a ameaça a artistas e intelectuais passou a ser também física. Em 1968, durante uma das apresentações da peça Roda Viva, de Chico Buarque, dirigida por José Celso Martinez, o espetáculo foi atacado pelo terrorismo paramilitar do Comando de Caça aos Comunistas (CCC). A peça que contava a história da ascensão e a queda de um ídolo, preenchido com paródias bíblicas e com cenas antropofágicas, resultou em atores espancados e cenários destruídos pelos integrantes do CCC.
Não fosse o lado rígido e trágico, o saldo do período poderia ser considerado cômico, tantas foram as trapalhadas da censura na hora de lidar com a liberdade de expressão. O regime vetou uma apresentação do Balé Bolshoi, companhia de dança estatal da União Soviética comunista. Filmes de Kung-fu foram proibidos por serem acusadas de conter mensagem maoista. O poeta Ferreira Gullar uma vez teve uma pasta com artigos apreendida em sua casa e acredita que a inscrição na capa "Do cubismo à Arte Concreta", foi interpretada pelo oficial do exército como uma referência a Cuba. Até a dupla Dom e Ravel que havia feito sucesso com a música "Eu Te Amo meu Brasil", hino ufanista que mereceu cumprimentos pessoais do presidente Médice, teve de se explicar aos censores.
O USO DE METÁFORAS
Para conseguirem divulgar seus trabalhos a arma era o uso de metáforas e mensagens disfarçadas nas músicas e peças teatrais. Foi à maneira que os compositores encontraram nos “anos de chumbo” para dar seu recado contornando a censura. Bom exemplo disso e a música Apesar de Você, de Chico Buarque. Lançada em 1970, a composição, que trata aparentemente de uma briga de namorados, pode ser interpretada como uma mensagem ao presidente Médici:
“Você vai pagar e é dobrado / cada lágrima rolada /nesse meu penar / apesar de você / amanhã há de ser / outro dia / você vai se dar mal”.
Mensagem que os sensores só entenderam após o compacto ter vendido mais de cem mil cópias. A verdade é que essa estratégia teve sucesso limitado. Pois logo veio o período em que os militares deixaram a sutileza de lado.
Os "fardados" desconfiaram e encarregaram alguns censores para lidar com as sutilezas e interpretações. Os censores com frequência metiam os pés pelas mãos, já que não conseguiam vencer a inteligência dos artistas, "atacavam cegamente", muitas vezes censurando músicas que não tinham nada do que eles pensavam, mas o poder estava com eles.
CHICO E CAETANO
Chico Buarque adotou o nome de "Julinho de Adelaide" para ter suas composições liberadas. A estratégia deu certo e as canções de Julinho de Adelaide tornaram-se sucesso. Entre elas, "Jorge Maravilha", que traz os versos "você não gosta de mim, mas sua filha gosta". A canção surgiu após um agente da Polícia Federal abordar Chico Buarque e lhe pedir um autógrafo, justificando: "É para minha filha". Outra que a censura não entendeu e liberou foi "Festa Imodesta", de Caetano Veloso, gravada por Chico Buarque no disco Sinal Fechado de 1974. A canção em um típico uso de linguagem de metáforas, traz nos versos críticas a própria censura:
"Tudo aquilo que malandro pronúncia/ e que otário silência/ toda festa que se dá/ passa pela fresta da cesta e resta a vida". (fresta era como eles chamavam as metáforas que enganavam da censura).
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES
O cantor e compositor Geraldo Vandré participou do III Festival Internacional da Canção, com a música “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, que na letra constava frases como:
“Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão / nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição / de morrer pela pátria e viver sem razão.”
Consagrada pelo público, que a adotou como um hino contra a ditadura, ela despertou a fúria imediata do militares. Logo após a decretação do AI-5, um dos primeiros artistas que a ditadura procurava era Geraldo Vandré. O compositor ficou escondido na fazenda de Guimarães Rosa, no sertão mineiro, sob abrigo da viúva do escritor, até o momento de partir para o auto-exílio.
CHICO BUARQUE, CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL - PRESOS
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque receberam visita dos militares logo após a decretação do AI-5. Caetano e Gil foram presos depois do Natal de 1968. Os cantores de “Soy Loco por Ti América”, na qual prestavam homenagem a Che Guevara, foram presos para prestar esclarecimentos sobre a participação deles na Passeata dos Cem Mil. Durante dois meses, foram transferidos de quartel para quartel. Após o carnaval de 1969, os dois passaram a viver sob as ordens do chefe da Policia Federal. A seguir, foram “convidados” deixar o país e iniciaram o exílio em Londres.
Chico Buarque foi preso alguns dias antes de Gil e Caetano. Após passar o dia depondo no Ministério do Exército, foi informado que não poderia deixar a cidade do Rio de Janeiro. No início do ano de 1969, recebeu autorização para se apresentar em um festival de música em Cannes, na França. De lá seguiu para a Itália, onde foi convencido por Vinícius de Morais a permanecer em auto-exílio, que acabou durando pouco mais de um ano.
PATRULHA IDEOLÓGICA
Era realmente dura a vida do artista nos tempos da ditadura. Resistir significava enfrentar não só a censura e o aparato repressivo do governo militar, mas também a "patrulha ideológica" da esquerda nacionalista. A prática da censura e da intolerância não era exclusividade da direita ou do regime. Universitários, jornalistas e artistas engajados, vigiavam toda a produção cultural no pais e não poupavam ataques contra aqueles que consideravam "alienados".
Durante a Era dos Festivais (1960-1972) setores alinhados à esquerda iniciaram uma campanha para combater a música produzida pela Jovem Guarda, por considerá-la alienante e fruto do "imperialismo cultural" Norte Americano. Em 1967, medida da Ordem dos Músicos do Brasil, claramente protecionista em favor da MPB, dificultaram a participação dos grupos e artistas da Jovem Guarda nos festivais. Nesse mesmo ano, a "passeata contra a guitarra elétrica", liderada por Elis Regina, Gilberto Gil, Edu Lobo, MPB-4 e Jair Rodrigues, transformou-se numa manifestação ideológica contra a turma da Jovem Guarda.
Um dos mais famosos episódios de "patrulha ideológica" atingiu o compositor e cantor Caetano Veloso. Sua apresentação ao lado do grupo OS Mutantes, no Festival Internacional da Canção de 1968, no Tuca em São Paulo foi marcado pelo conflito. A platéia universitária vaiava a canção É Proibido Proibir, inspirada no lema dos estudantes franceses do histórico maio de 1976, quando Caetano interrompeu a apresentação e inicia um discurso contra os jurados e o público.
O jornal O Pasquim também tinha seus "patrulheiros", a exemplo do cartunista Henfil. Na charge Cemitério dos Mortos Vivos, publicada em 1972, aparecem nos túmulos os nomes de Dom e Ravel, Wilson Simonal, Bibi Ferreira, Zagalo, Jece Valadão e outras personalidades que ele considerava "alinhados" ao regime militar.
A CONTRACULTURA
No período Geisel, a cultura e a resistência sofrem influência das idéias da contracultura. Era um movimento que pregava uma ação social e política de oposição à violência e aos valores da sociedade e defendia a liberdade sexual e a vida em comunidades. No Brasil, afetou especialmente o teatro e a música, então as principais frentes de contestação ao autoritarismo. Gilberto Gil, Caetano Veloso e os Novos Baianos - grupo que vivia em comunidade e reunia Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Baby Consuelo - transformaram a busca pela prazer no tema principal de suas canções. O lançamento do disco Bicho, de Caetano Veloso, é um marco da influência da contracultura. A faixa "Odara" que traz os versos "deixa eu dançar/ pro meu corpo ficar odara" (palavra africana que significa "sentir-se feliz", levou a esquerda engajada a acusar a postura "bicho-grilo" de Caetano e dos Novos Baianos de ser alienada e alienante. Além dessa turma pós-tropicalista, a postura mais radical da contracultura influenciou a vertente roqueira nacional, representada pela debochada Rita Lee e pelo maluco beleza Raul Seixas.
A CENSURA NO TEATRO E CINEMA
No teatro, Chico Buarque se baseou em um clássico para escrever com Paulo Pontes a peça Gota d'Água. Os autores transportaram o enredo da tragédia grega Medéia para uma favela em processo de reurbanização com a construção de um conjunto habitacional. A peça tinha como pano de fundo uma crítica ao "Milagre Econômico", a partir da mobilização da população do morro contra os preços extorsivos das unidades postas à venda. Passou na censura.
Para algumas obras, a censura significava anos de espera por liberação. O Abajur Lilás, de Plínio Marcos, que fazia uma crítica irônica à repressão, foi proibida duas vezes, em 1970 e em 1975, sob a alegação que atentava contra a moral e os bons costumes. A peça que mostrava o conflito entre prostitutas, um homossexual cafetão e seu guarda-costas, incluindo tortura e assassinato, só foi liberada em 1980.
No cinema a produção nacional de resistência à ditadura praticamente deixou de existir nos anos da distensão. Nesse período, alguns dos diretores do contestador Cinema Novo, como Cacá Diegues, irônicamente tem suas obras apoiadas pelo orgão oficial de fomento ao cinema do governo militar, a Embrafilme. "O cinema de resistência" que restava explorava o erotismo, como as pornochanchadas produzidas na Boca do Lixo, em São Paulo, que afrontavam os padrões morais vigentes. Para burlar a Censura Federal, os cineastas da "Boca" inseriam cenas propositadamente censuráveis nos filmes. Os censores cortavam esses trechos e deixavam passar o resto.
O VALENTE PASQUIM
A "Imprensa Nanica", feita de revistas e jornais alternativos, formou outra trincheira contra o regime militar. Eram publicações produzidas por grupos independentes ou ligados a movimentos políticos e sociais. O tablóide O Pasquim, lançado em 1969, no Rio de janeiro, era um dos destaques dos "nanicos". Durante cinco anos e meio sofreu censura prévia. para sobreviver a "tesoura" da censura o tablóide evitava confronto direto com o regime, mas abusava do humor negro para ironizar o "milagre econômico". Também usava e abusava de metáforas e adotou uma linguagem coloquial, voltada para o público jovem. Com cartuns criados por Henfil, Ziraldo e Fortuna e textos de Millôr Fernandes, Paulo Francis, Jaguar, Ferreira Gullar (sob o pseudônimo de Frederico Marques) e Tarso de Castro, O Pasquim tornou-se um sucesso, com vendas semanais de até 200 mil exemplares.
GERAÇÃO COCA-COLA
No período final do regime ditatorial a cultura musical foi influenciada por idéias antagônicas ao "paz e amor" do hippies. Com o desmantelamento de boa parte do aparato censor e repressor no governo Figueiredo, parte do pop rock nacional dos anos 80 virou trilha sonora da redemocratização do pais - basta lembrar "Inútil", da banda Ultraje a Rigor, que no tempo das Diretas Já, reclamava:
"A gente não sabemos escolher presidente / A gente somos inútil".
Essa canção de consumo em larga escala foi mais um protesto e lamentação contra nossa inoperância como cidadãos sem direto a voto. Titãs, Plebe Rude e Ira, por exemplo, incentivavam em suas canções uma ação imediata pela mudança. Em 1985, ano que marcou o fim da ditadura militar e a posse do primeiro presidente civil após 21 anos, a banda Legião Urbana lançou seu primeiro disco e, ressoando no melhor estilo punk, mandou um recado contra os anos de autoritarismo nos versos da canção "Geração Coca-Cola":
"Desde pequenos nós comemos lixo/ Comercial e industrial/ mas agora chegou a nossa vez/ vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês".
"RANÇO" DITATORIAL
Mesmo com o retorno da democracia, devemos continuar atentos, porque vez por outra surge alguém querendo censurar notícias e outras expressões de comunicação. É o que pode ser chamado de "ranço" ditatorial, coisa que só morrerá com o tempo... e muito tempo.
Um afro abraço.
FONTE: REVISTA AVENTURAS NA HISTÓRIA
www.cefetsp.br
quarta-feira, 12 de junho de 2013
10 DE JUNHO: Dia da Raça
Vários nomes têm sido atribuídos à data de 10 de Junho, tais como, Dia da Raça, Dia de Portugal, Dia de Camões, Dia das Comunidades. Qualquer dessas designações, para mim, tem cabimento. O certo, porém, é que alguns fundamentalistas de esquerda logo se insurgiram contra o Presidente da República pelo facto de ele, descontraidamente, numa interpelação feita por um jornalista, na rua, se ter referido ao Dia da Raça, pretendendo aqueles atribuir a essa designação um sentido pejorativo (casta, etnia…), que não estava na mente daquele. Ao contrário, estava, sim, um sentido de capacidade, ambição…
“Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”
Na verdade, foi a “raça” dos portugueses de antanho que deram novos mundos ao mundo. Se esses portugueses tivessem sido da “raça” dos actuais contestatários àquela designação, certamente que Portugal já não existia há muito. Talvez fossemos hoje uma província de Espanha. Felizmente, porém, que muitos portugueses há que nem sequer se dão ao trabalho de se preocuparem com esse tipo de atitudes de uns tantos que se encontram bem instalados no ar condicionado de S. Bento onde a “bica” é baratinha.
A palavra "raça" com várias conotações, que vão da mais inequivocamente positiva - que é a idéia de gana, vontade e determinação - até conotações que a ciência e os próprios afrodescendentes sabem que são equivocadas - quando o termo é usado para descrever diferenças inatas por causa de diferenças aparentes: a cor da pele e os traços do rosto seriam indicadores de habilidades e competências diferentes.
Nota a genética que tais diferenças são tão superficiais que desapareceriam totalmente em cinco gerações caso as pessoas se casassem aleatoriamente mundo afora. A idéia de raça - como sabem os editores da revista, é um equívoco do Século 19 que acabou por gerar o racismo - é uma das piores pragas sociais dos últimos cem anos. Raça negra vem sendo colocada como sinônimo de tudo o que é afrodescendência. Isso, a meu ver, é racializar e simplificar uma situação de cor como a brasileira, na qual, sabemos bem, a discriminação opera com base em múltiplos fatores, entre eles os indicadores visíveis de classe social e a pele escura, na qual se inclui - e em igual força em se tratando do Norte e do Nordeste - o fenótipo indígena, também escuro e também de traços distintos
A raça brasileira teve sua origem na miscigenação de índios, negros e brancos e, posteriormente, no entrelaçamento destes com todos os imigrantes alemães, italianos, japoneses, libaneses, holandeses, turcos, sírios, chineses, poloneses, coreanos etc. - que fincaram suas raízes, no solo brasileiro, enriquecendo-o em todos os sentidos. A identidade cultural brasileira, formou da raça brasileira que teve-se inicio com a colonização do Brasil,com os escravizados e bandeirantes que ajudaram o formar o povo brasileiro,o sentido de nacionalidade na luta histórica contra os franceses,holandeses e outros invasores; na inconfidência mineira,a luta pela liberdade dos negras cativos,proclamação da republica;diretas já mais recentemente por exemplo...
No Brasil há pessoas de todas as cores: branca, amarela, negra… Quantas raças existem aqui? Você acertou se disse UMA, a Raça Humana!
"Considero-me estrangeiro em qualquer país, alheio a qualquer raça. Pois a terra é minha pátria e a humanidade toda é meu povo." (khalil Gibran)
Um afro abraço.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Lena Baker (8 de Junho ) foi uma afro-americana executada no estado da Georgia em 1945 pelo assassinato de Ernest Knight, seu patrão de 67 anos. Foi a única mulher a ser executada na cadeira elétrica na Georgia. Em 2005 foi oficialmente perdoada, pois na verdade agiu em legítima defesa...
Lena Baker foi uma afro-americana que viveu no Estado da Geórgia e foi executada aos 42 anos de idade , pelo assassinato do seu patrão , Ernest Knight ( 67 anos ) . Lena foi a única mulher a ser executada na cadeira elétrica do Estado da Geórgia , vítima de um atroz erro judiciário.
Ernest Knight era um homem branco e proprietário da fazenda onde Lena trabalhava . Segundo o depoimento da acusada, ele a teria mantido em cárcere privado impedindo-a de ir embora , dizendo que a amava e que ela lhe devia obediência , pois era um homem branco e seu patrão. Os dois chegaram a travar uma luta corporal , ocasião em que Knight empunhou uma arma ameaçando Baker de morte caso ela fosse embora. No momento da luta a arma disparou atingindo Ernest Knight , ocasionando sua morte.
O julgamento de Baker foi presidido pelo juiz William " Duas Pistolas " Worrill, que passou a ser alcunhado assim ( Duas Pistolas ) , pois durante todo julgamento manteve duas pistolas à vista . Apesar da acusada declarar ter agido em legítima defesa, o júri composto somente de homens brancos, desconsiderou a tese da defesa , considerando Lena autora do assassinato de Ernest Knigth na forma dolosa. Foi dado à condenada pelo governador da Geórgia , o prazo de sessenta dias para um pedido de perdão judicial, que foi negado .
Suas últimas palavras foram: "O que eu fiz, eu fiz em legítima defesa, ou eu teria me matado ... Estou pronto para cumprir o meu Deus." Testemunhas afirmaram que ela levou seis minutos e vários choques antes do médico da prisão pronunciada morta. Embora a morte de Ernest B. Cavaleiro não tinha feito as manchetes no Cuthbert tempos , Lena fez. O papel crassly relatou, "Baker Burns."
Em 1998, a congregação da igreja Lena participou como uma jovem mulher levantou US $ 250 para uma laje e marcador para a sua sepultura. Seus parentes, agora espalhados de New Jersey para a Flórida, conheci este ano, o 58 º aniversário da sua morte, para colocar uma coroa de flores no seu túmulo. Eles estão começando a se reconectar e planejar uma reunião no dia das mães, 11 de maio. Eles pediram aos Perdões estaduais e conselho de liberdade condicional para limpar a do crime. Talvez, se isso acontecer, um processo de cura pode começar. A única resposta, até agora, do Conselho é que ele não concede normalmente perdões desse tipo. Em menos de meia hora o júri voltou com um veredicto de culpado e Worrill Baker condenado à morte na cadeira elétrica da Geórgia, apelidado de "Old Sparky". Seu advogado pediu imediatamente para um novo julgamento a ser agendada, porque "a sentença foi contrária à prova e sem evidência para apoiá-lo ... eo veredicto foi contrário à lei e aos princípios de justiça e equidade". Ele, então, tão imediatamente renunciou ao cargo de seu advogado. Mais tarde, Lena foi concedida uma prorrogação de sessenta dias pelo então governador Arnall, mas a Junta de Indultos e Liberdade Condicional negou clemência quando ouviram o caso. Data de assinatura do Lena foi marcada para 05 de marco de 1945. Em 23 de fevereiro, ela foi assinado em uma das piores prisões nos Estados Unidos, Reidsville State Prison, onde foi abrigado na seção dos homens até poucos dias antes de sua execução, quando ela foi transferida para uma cela solitária a poucos metros de a execução própria Câmara.Em 2002 a Família Baker formulou um novo pedido de perdão judicial , que foi concedido parcialmente pelo Conselho da Geórgia do Perdão e Paroles, o qual considerou a sentença condenatória de Lena Baker como racista . O Conselho considerou que Baker poderia ter sido condenada a uma pena de , no máximo, quinze anos . Sessenta anos após sua morte, em 2005, foi concedido o perdão total e incondiconal a Lena Baker, com o reconhecimento que ela agiu em legítima defesa.
Em 2009 a história de Lena Backer foi tema do filme dirigido por Ralph Wilcox , com o título original " The Lena Baker Story "
Este não é o único caso de erro judiciário nos EUA . Há outras condenações de inocentes - ou que agiram em legítima defesa - à cadeira elétrica . Eu sou radicalmetne contra a pena de morte . Muitas pessoas criticam o sistema judiciário brasileiro, mas prefiro mil vezes a lentidão da justiça do Brasil, à rapidez excessiva do sistema penal norte-americano , cujos processos tramitam de forma apressada , sem o tempo necessário para que o acusado possa exercer com eficiência o direito de defesa. É evidente que a execução de Lena Paker tem caráter ideológico e não foi ditada apenas pelo pouco tempo que a acusada teve para promover sua defesa. Mas em muitos casos , a pressa em punir o acusado faz com que sejam cometidas inúmeras injustiças.
A sabedoria popular ensina que " a pressa é inimiga da perfeição " . Dizem também que "a justiça tarda , mas não falha " . Pena que no caso de Lena Backer a justiça veio após 60 anos da sua execução . "Antes tarde do que nunca ", diz ainda a sabedoria popular . E o perdão judicial de Lena Backer, apesar de tardio, veio para resgatar sua honra e , por consequência , de sua família . E para servir de exemplo a outros casos semelhantes , que jamais seja cometida tamanha injustiça ! Que o legal ( a lei ) e o justo ( a justiça ) sempre andem de mãos dadas...
Um afro abraço.
fonte:Autor Lela James Bond Phillips é professor de Inglês na Andrew College, em Cuthbert, Geórgia. The Lena Baker Story , Asas Press.
terça-feira, 4 de junho de 2013
A NALISANDO O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E COMUNIDADES TRADICIONAIS
O Dia Mundial do Ambiente é celebrado a 5 de junho, foi criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas na resolução (XXVII) de15 de dezembro de 1972 com a qual foi aberta a Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano.
Este início de século exibe diferentes possibilidades de mediações, como em nenhum outro momento. Em meio a este mosaico contemporâneo de informação, em que se escreve a história do presente, atualizam-se memórias, recriam-se e se repetem antigos discursos. As sociedades amazônicas são parte integrante deste novo cenário internacional, inseridas nesta nova forma de globalização.
A criação dessa ilusão de “unidade” do sentido é um recurso discursivo que fica evidente nos textos da mídia. Como o próprio nome parece indicar, asmídias desempenham o papel de mediação entre seus leitores e a realidade. O que os textos da mídia oferecem não é a realidade, mas uma construção que permite ao leitor produzir formas simbólicas de representação da sua relação com a realidade concreta.
Pensando assim a noção de pertencimento a um lugar agrupa tanto os povos indígenas de uma área imemorial quanto os grupos que surgiram historicamente numa área através de processos de etnogênese e, portanto, contam que esse lugar representa seu
verdadeiro e único homeland. Ser de um lugar não requer uma relação necessária
com etnicidade ou com raça, que tendem a ser avaliadas em termos de pureza, mas
sim uma relação com um espaço físico determinado a questão dos direitos dos povos tradicionais passa pelo reconhecimento das respectivas leis consuetudinárias que esses povos mantêm, particularmente no que se refere a seus regimes de propriedade.
Essa situação conduz ao reconhecimento da noção de „pluralismo legal‟, conceito que vem sendo trabalhado tanto dentro da antropologia quanto no âmbito do direito.
Na Constituição Federal de 1988, os direitos indígenas estão previstos em capítulo específico, nos artigos 231 e 232, e abrangem a sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.Os direitos sobre as terras tradicionalmente ocupadas são originários, o que implica precedência ligada às raízes históricas da presença indígena no Brasil. São terras utilizadas para atividades imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais para o bem-estar dos indígenas e necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. Destinamse à posse permanente dos indígenas, com usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
Bem gente a demarcação das terras indígenas é descrita no Decreto nº 1.775/96. O processo administrativo inicia-se com estudos antropológicos de identificação e delimitação; a demarcação é instituída por portaria do Ministro da Justiça e homologada por decreto presidencial.
As populações quilombolas também têm direitos territoriais garantidos, nos termos do art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Aos quilombolas, é reconhecido o direito de propriedade das terras que ocupam, em caráter definitivo, cujo título é assegurado pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária e Colonização (Incra), bem como por órgãos dos Estados ou dos Municípios com essa competência.
O Decreto nº 4.887/03 regulamenta o rito de demarcação e titulação das terras quilombolas. O
processo envolve a identificação, o reconhecimento, a delimitação, a demarcação e a titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades de quilombos.
Além dos direitos territoriais de indígenas e quilombolas, os direitos territoriais de outras
populações tradicionais também são assegurados no Brasil, pois a Política Nacional de Povos e Populações Tradicionais, instituída pelo Decreto nº 6.040/07, trouxe a figura dos “Territórios Tradicionais”. O decreto ainda previu o conceito de “populações tradicionais”, mas a abrangência dessa noção está a cargo da Comissão Nacional de Povos e Populações Tradicionais, também criada pelo Decreto n° 6.040/07.
O meio ambiente, em termos amplos, ao contrário do que se pensa freqüentemente, não é aquele conjunto de bens formado pela água, pelo ar, pelo solo, pela fauna, pela flora. Diversamente, o meio ambiente, inclusive para a nossa legislação (art. 3º, inc. I, da Lei 6.938/81), é, na verdade, um conjunto de condições, leis, influências e interações, de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. É, portanto, um bem essencialmente incorpóreo e imaterial. E é esse bem imaterial que se considera insuscetível de apropriação.
Ninguém ignora hoje em dia que uma das características marcantes da problemática ambiental é a relação de interdependência existente entre os diversos elementos que compõem o meio ambiente e que, em função dessa peculiaridade, os sistemas ambientais - naturais, sobretudo -, não se enquadram perfeitamente nos limites territoriais fixados pelas fronteiras artificiais criadas pelo homem entre as cidades e os países.
Um afro abraço
Fonte de pesquisa:
VIANNA, Fernando L. B. Razão indigenista e razão conservacionista desafiadas no sul da Bahia. In: Terras indígenas & Unidades de Conservação da natureza: o desafio das sobreposições. Fany Ricardo (org.). São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004. TIMMERS, Jean-François. Respeitar a vida e o ser humano: a preservação do meio ambiente com e
pelos índios evita a definitiva condenação da biodiversidade. In: Terras indígenas & Unidades de Conservação da natureza: o desafio das sobreposições. Fany Ricardo (org.). São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004.
domingo, 2 de junho de 2013
05 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
Celebrado anualmente desde então no dia 5 de Junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente cataliza a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental.
Os principais objetivos das comemorações são: 1. Mostrar o lado humano das questões ambientais;
2. Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável;
3. Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais;
4. Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero.
Preservar o meio ambiente é muito importante para que possamos ter um planeta saudável e rico em recursos naturais no futuro.
Vamos aproveitar este dia e listar quantas ações podemos fazer para colaborar na preservação do meio ambiente.
Se todo mundo fizer um pouquinho, podemos contribuir um montão para
o mundo!
Segue algumas medidas que podemos facilmente tomar em casa e na escola:
Água
Escovando os dentes - desligue a água enquanto faz a escovação.
Lavando a louça - desligue a água enquanto ensaboa pratos, copos, talheres e panelas.
Tomando banho - nada de banhos muito longos e quando estiver se ensaboando, desligue a torneira.
Energia
Desligue as luzes - ao sair do seu quarto, sala ou cozinha não esqueça de apagar as luzes.
Desligue aparelhos eletrônicos - não deixe a televisão, rádio ou computador ligado caso não esteja sendo utilizado.
Ar condicionado - utilize com moderação!
Lavando roupa suja - dedique dias da semana para lavar a roupa. Assim você utiliza a máquina de lavar em sua capacidade máxima, economizando energia e água ao mesmo tempo.
Passando roupa - também dedique dias da semana para passar roupa. Evitando assim, o liga e desliga.
Lixo
Coleta seletiva - tenha uma atitude bacana. Programe a coleta seletiva na sua casa. É muito fácil, basta separar os lixos em: material orgânico, papel, metal, vidro e plástico.
Desta forma, você estará fazendo uma grande contribuição à mãe natureza, já que este material será reciclado, ou seja, será reaproveitado para a fabricação de novos produtos.
Transportes
As emissões de gases emitidos pelos transportes é muito nociva para a nossa atmosfera. Mas podemos tomar algumas atitudes para contribuir na diminuição da emissão de gases.
A caminho da escola - Utilizar os transportes coletivos é sempre mais saudável para o planeta. Por isto, quanto mais gente utilizar um mesmo veículo melhor.
NÚCLEO ALMIRANTE NEGRO EM RESENDE EM FOCO...
*No dia 25/05 foi realizado pela Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial, o Fórum de Gestores de Promoção de Igualdade Racial, incentivando os municípios a realizarem suas Conferências, que são necessárias e preparatórias para a Conferência Estadual,que acontece em setembro, e para a Nacional, em novembro...
*Conferência Municipal de Resende , acontece nos dias 05 e 06 de julho de 2013.
*A Conferência Municipal de Resende tem como objetivo formular propostas de Promoção de Igualdade Racial.
*A UNEGRO, esteve marcando presença na 5ª Conferência Municipal da Cidade de Resende, no dia 25/05. O evento teve como tema"Mobilidade e Desenvolvimento Social", e nós da UNEGRO-Resende garantimos uma vaga dos 13 delegados que representarão o Município de Resende na Conferência Estadual e garantimos também uma cadeira no CONCIDADE( Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Territorial) como Conselheiro da Cidade. Quem irá representar a UNEGRO como delegado na Conferência Estadual será o "Faísca" e a representante da UNEGRO como Conselheira da Cidade(CONCIDADE) será Eu , Bianca.
Um afro abraço.
fonte: UNEGRO/RJ(Núcleo Almirante Negro)
segunda-feira, 27 de maio de 2013
27- Iniciam-se as primeiras eleições multirraciais na África do Sul / 1994
História da África do Sul
Estudos arqueológicos indicam que seres humanos modernos viveram na região há mais de 100 mil anos.
Os portugueses foram os primeiros europeus na região, quando atingiram o Cabo da Boa Esperança. Eram visitantes regulares na rota de comércio para o oriente, por volta de 1500.
Em 1652, holandeses da companhia das Índias Orientais, estabeleceram um posto de suprimentos na atual Cidade do Cabo. No século 18, holandeses adentraram a região em busca de caça, alguns estabelecendo fazendas por conta própria. Esses primeiros colonos holandeses tornaram-se conhecidos como boers.A partir de 1795, os ingleses passaram a ter presença na região, iniciando uma série de conflitos históricos com os holandeses.
A descoberta de diamantes, em 1867, e ouro, em 1886, desencadeou uma onda migratória para a África do Sul.
Após a Guerra dos Boers (1899-1902), britânicos e afrikaners (descendentes dos boers) passaram, juntos, a governar a região, formando a União da África do Sul.
No início do século 20 instituiu-se a política do apartheid (veja quadro). Em 1994, realizaram-se as primeiras eleições multirraciais da país, pondo fim ao apartheid. Desde então a África do Sul tem sido governada pela maioria negra.
"De acordo com as descobertas recentes de fósseis de hominídeos, a África parece ter sido o "berço da humanidade", não só onde, pela primeira vez, apareceu a espécie Homo sapiens, mas também grande parte dos seus antepassados, os Australopithecus (que significa "macaco do sul"), os Pitecanthropus (que significa "macaco-homem") e, finalmente, o gênero Homo (ver Swartkrans, por exemplo)"
Colonização europeia
Colonização europeia
Os portugueses tentavam contornar a costa africana para chegar nas Índias em busca de especiarias. Muitas áreas da costa africana foram conquistadas e o comércio europeu foi estendido para essas áreas.
Na África existiam muitas tribos primitivas (segundo a visão etnocentrista européia) que viviam em contato com a natureza e não tinham tecnologia avançada. Havia guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada na guerra se tornava escrava da tribo vencedora.
No período de Colonização da América, ocorria o tráfico negreiro, em que eram buscados negros da África para trabalhar como escravos nas colônias como mão-de-obra, principalmente nas plantações. Os escravos eram conseguidos pelos europeus por negociações com as tribos vencedoras, trocando os escravos por mercadorias de pouco valor na Europa, como tabaco e aguardente, e levados para América como peças (mercadorias valiosas).
Após a Revolução Industrial e a independência das colônias do continente americano, no século XVIII, as potências europeias começaram a dominar administrativamente várias áreas da África e da Ásia para expandir o comércio, buscar matérias-primas e mercado consumidor, e deslocar a mão-de-obra desempregada da Europa.
Na colonização, a África foi dividida de acordo com os interesses europeus, que culminou com a partilha do continente pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885. Tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas unidas. Após a Segunda Guerra Mundial, as colônias na África começaram a conquistar a independência, formando os atuais países africanos.
Na África existiam muitas tribos primitivas (segundo a visão etnocentrista européia) que viviam em contato com a natureza e não tinham tecnologia avançada. Havia guerras entre tribos diferentes, a tribo derrotada na guerra se tornava escrava da tribo vencedora.
No período de Colonização da América, ocorria o tráfico negreiro, em que eram buscados negros da África para trabalhar como escravos nas colônias como mão-de-obra, principalmente nas plantações. Os escravos eram conseguidos pelos europeus por negociações com as tribos vencedoras, trocando os escravos por mercadorias de pouco valor na Europa, como tabaco e aguardente, e levados para América como peças (mercadorias valiosas).
Após a Revolução Industrial e a independência das colônias do continente americano, no século XVIII, as potências europeias começaram a dominar administrativamente várias áreas da África e da Ásia para expandir o comércio, buscar matérias-primas e mercado consumidor, e deslocar a mão-de-obra desempregada da Europa.
Na colonização, a África foi dividida de acordo com os interesses europeus, que culminou com a partilha do continente pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885. Tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas unidas. Após a Segunda Guerra Mundial, as colônias na África começaram a conquistar a independência, formando os atuais países africanos.
Apartheid
Apartheid foi um dos regimes de discriminação mais cruéis no mundo. Ele aconteceu na África do Sul de 1948 até 1990 e durante todo esse tempo esteve ligado à política do país. A antiga Constituição sul – africana incluía artigos onde era clara a discriminação racial entre os cidadãos, mesmo os negros sendo a maioria na população.
Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses, ingleses e alemães. Os descendentes dessa minoria branca começaram a criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a população negra. Essa política de segregação racial, o apartheid, ganhou força e foi oficializado em 1948, quando o Partido Nacional, dos brancos, assumiu o poder.O Apartheid, atingia a habitação, o emprego, a educação e os serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas residenciais separadas das zonas dos brancos. Os casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram ilegais. Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados.
Para lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional Africano, uma organização negra clandestina, que tinha como líder Nelson Mandela. Após o massacre de Sharpeville, o Congresso Nacional Africano optou pela luta armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. A partir daí, o apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de definir territórios tribais chamados Bantustões, onde os negros eram distribuídos em grupos e ficavam amontoados nessas regiões.
Com o fim do império português na África em 1975, lentamente começaram os avanços para acabar com o apartheid. A comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) faziam pressão pelo fim da segregação racial. Em 1991, o então presidente Frederick de Klerk condenou oficialmente o apartheid e libertou líderes políticos, entre eles Nelson Mandela.
A partir daí, outras conquistas foram obtidas, o Congresso Nacional Africano foi legalizado, De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1993, uma nova Constituição não – racial passou a vigorar, os negros adquiriram direito ao voto e em 1994 foram realizadas as primeiras eleições multirraciais na África do Sul e Nelson Mandela se tornou presidente da África do Sul.
Um afro abraço.
UNEGRO 25 ANOS DE LUTA
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.
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