Jovem negro tem 2,5 vezes mais chance de ser assassinado do que branco
O Brasil está diante de uma horrenda realidade de matança generalizada da sua população
jovem, notadamente os rapazes negros, que são as principais vítimas da violência letal e aumentado e supera em 2,5 vezes a possibilidade de um jovem branco ser vítima de homicídio..
Letalidade policial:
O Brasil está diante de uma horrenda realidade de matança generalizada da sua população
jovem, notadamente os rapazes negros, que são as principais vítimas da violência letal e aumentado e supera em 2,5 vezes a possibilidade de um jovem branco ser vítima de homicídio..
Letalidade policial:
PMs vão presos após 5 jovens serem mortos em carro no Subúrbio do Rio
Se liga: situação vivenciada por esses jovens e outros milhares de jovens negros à omissão do Estado e ao descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA 8.069/90).
Não fala que a juventude está, a todo momento, sendo exterminada pela polícia", ressaltou.
Propostas:
- Reconhecer o fenômeno do genocídio da juventude negra como um problema de Estado e determinar o seu enfrentamento como uma das prioridades da gestão pública, em âmbitos municipal, estadual e federal, a fim de se ampliar e efetivar o grau de eficiência e eficácia das políticas públicas;
- Dar visibilidade à situação de vulnerabilidade a que está submetida a juventude negra nas agendas dos diversos segmentos sociais;
- Ampliar espaços de reflexão sobre a violência letal contra a juventude negra;
- Realizar amplamente audiências públicas que tratem da temática nas diversas cidades brasileiras;
- Aprovar e efetivar o projeto de lei 4471/2012 que prevê a obrigatoriedade de investigação de mortes e lesões corporais em atividades policiais;
- Denunciar o Estado brasileiro nas instâncias internacionais cabíveis pelo crime contra a humanidade de genocídio da juventude negra, a fim de responsabilizar o Estado e determinar medidas de reparação e outras obrigações correspondentes.( como no caso dos jovens de Costa Barros)
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
fonte:www.promenino.org.br/
Nota da Polícia Civil
De acordo com a 39ª DP (Pavuna), os policiais militares Thiago Resende Viana Barbosa, Marcio Darcy Alves dos Santos e Antonio Carlos Gonçalves Filho foram presos em flagrante por homicídio doloso e fraude processual, e o policial Fabio Pizza Oliveira da Silva por fraude processual.
A noite deste sábado prometia ser de mais um fim de semana de diversão para os amigos de infância Roberto de Souza, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva Souza, 16, Cleiton Corrêa de Souza, 18, Wesley Castro, 20, e Wilton Esteves Domingos Junior, 20, conforme relatos de familiares. Eles tinham acabado de voltar do Parque de Madureira, na Zona do Norte, e iam lanchar por volta das 23h na comunidade de Costa Barros, quando o carro em que estavam foi alvo de inúmeros disparos na Estrada João Paulo, na altura da curva do Vinte, Subúrbio do Rio. Policiais militares são suspeitos de atirar contra os jovens e alterar a cena do crime, de acordo com as investigações da 39ª DP (Pavuna).
A Polícia Militar informou, em nota, que os quatro agentes que participaram da ação foram presos. Três deles vão responder por homicídio doloso e fraude processual, e um deles somente por fraude processual, de acordo com a Polícia Civil. Ao lado do carro, foram encontradas luvas ensanguentadas e uma arma. A chave do carro foi vista no porta-malas...
Ainda segundo a unidade, foi realizada perícia no local e os corpos de Roberto de Souza Penha, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, 16 anos, Cleiton Correa de Souza, 18
anos, Wilton Esteves Domingos Junior, 20 anos e Wesley Castro Rodrigues, 25 anos, foram encaminhados para exame de necropsia no IML. As armas dos policiais militares foram apreendidas e os veículos estão sendo periciados. Testemunhas estão sendo ouvidas.
Ainda que muitas pessoas acreditem que o racismo – prática discriminatória que visa colocar grupos e/ou indivíduos em posições de desigualdade, em virtude de aspectos físicos, como a cor da pele – se manifeste individualmente, operando apenas nas relações interpessoais, a história demonstra que essa não é uma questão restrita ao âmbito individual. Historicamente, o povo negro vivencia condições de vida muito inferiores aos de pessoas brancas. Mesmo quando comparadas/os à parcela da população branca e pobre, em geral, as/os negras/os e pobres se encontram em situação muito pior. Isso pode ser facilmente ilustrado por indicadores sociais, como os que apontam que 73% da população mais pobre é negra; 79,4% de pessoas analfabetas são negras; 62% das crianças que estão fora da escola são negras; em média a renda de negros é 40% menor que a de brancos.
É preciso atentar para a participação dos agentes dos sistemas de justiça e de segurança pública nesse contexto. Pesquisas mostram que são os jovens negros, especialmente os moradores das periferias, as principais vítimas de violência policial no país: de cada 10 mortos pela polícia, sete são negros; são eles também que compõem grande parcela da população carcerária (38% tem de 18 a 29 anos e 60% são negros). Talvez as instituições policiais sejam o agente estatal mais perverso na prática do racismo institucional: a polícia elegeu o jovem negro como o suspeito principal, atribuindo-lhe o estereótipo de inimigo padrão da sociedade. Nas vilas, favelas e bairros periféricos é comum ouvir depoimentos de jovens negros que desde criança foram agredidos dentro de suas comunidades com tapas e empurrões de policiais em serviço.
Todos os jovens deveria ter o direito a uma vida livre de violência e preconceito. Vamos lutar por isso, e exigir políticas públicas de segurança, educação, saúde, trabalho, cultura, mobilidade urbana, entre outras, que possam contribuir para transformar esta realidade.
Em seis anos, Brasil viu assassinatos de jovens negros crescerem 21%. É o que aponta a
pesquisa Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade (IVJ 2014), encomendada pelo Ministério da Justiça ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Dos 29,9 mil jovens brasileiros vítimas de homicídios em 2012, 76% eram negros ou pardos.
O estudo, que analisa dados entre 2007 e 2012, aponta ainda que a probabilidade de um jovem negro morrer é duas vezes e meia maior que a de um jovem branco. A base da pesquisa é homicídio cometido contra pessoas com idade entre 12 e 29 anos.
A pesquisa ponderou o tamanho da população de jovens brancos e negros e a taxa de homicídio para chegar ao índice relativo de risco de morte. Esse risco é muito maior que a média nacional em estados do Nordeste.
No Sul, o problema é menor, mas os três estados viram um aumento de 20% nos assassinatos de jovens negros no período. No Paraná, esses homicídios cresceram 14%.
Ainda assim, a pesquisa mostrou que os estados do Sul têm as menores diferenças entre as chances de jovens negros e brancos serem mortos. Segundo a pesquisa, o único estado onde um jovem branco tem mais chances de ser vítima de homicídio é o Paraná, com índice 0,7. Em todo estado, a taxa de homicídio de jovens brancos chega a 71 por 100 mil habitantes, enquanto a de jovens negros atinge 47 por 100 mil.
A pesquisa foi realizada para tentar orientar as políticas públicas nacionais para conter a violência em várias áreas e diferentes níveis de governo. De acordo com a ponderação do estudo, os índices estão estabelecidos entre zero e um. Quanto maior o valor, maior a vulnerabilidade do jovem naquela região.
O número de assassinatos de jovens brancos caiu 6% no país nos seis anos analisados pela pesquisa. Na região Sul, contudo, houve um aumento de 3% (porcentual que é considerado sinal de estabilidade por alguns pesquisadores).
Outro índice
O estudo refere-se a jovens de 12 a 29 anos, leva em conta a proporção das raças na população e usa como base dados produzidos por fontes como o SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), do Ministério da Saúde, e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
O relatório também apresenta um indicador inédito, o Índice de Vulnerabilidade Juvenil - Violência e Desigualdade Racial. Ele é calculado com base em cinco categorias: mortalidade por homicídios, mortalidade por acidentes de trânsito, frequência à escola e situação de emprego, pobreza no município e desigualdade.
Dado está em relatório inédito sobre prevenção global da violência; segundo documento, 475 mil pessoas foram assassinadas no mundo em 2012 e 47 mil no território brasileiro; na Europa, o total de homicídios foi de cerca de 10 mil e vítimas de homicídio, sendo que as Américas foram a região com o maior índice a cada 100 mil habitantes: 28,5%.
Foram 133 países analisados, incluindo o Brasil.
Os números são um dos destaques de um relatório inédito sobre prevenção global da violência, divulgado esta quarta-feira (10) por três agências da ONU.
De acordo com a 39ª DP (Pavuna), os policiais militares Thiago Resende Viana Barbosa, Marcio Darcy Alves dos Santos e Antonio Carlos Gonçalves Filho foram presos em flagrante por homicídio doloso e fraude processual, e o policial Fabio Pizza Oliveira da Silva por fraude processual.
A noite deste sábado prometia ser de mais um fim de semana de diversão para os amigos de infância Roberto de Souza, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva Souza, 16, Cleiton Corrêa de Souza, 18, Wesley Castro, 20, e Wilton Esteves Domingos Junior, 20, conforme relatos de familiares. Eles tinham acabado de voltar do Parque de Madureira, na Zona do Norte, e iam lanchar por volta das 23h na comunidade de Costa Barros, quando o carro em que estavam foi alvo de inúmeros disparos na Estrada João Paulo, na altura da curva do Vinte, Subúrbio do Rio. Policiais militares são suspeitos de atirar contra os jovens e alterar a cena do crime, de acordo com as investigações da 39ª DP (Pavuna).
A Polícia Militar informou, em nota, que os quatro agentes que participaram da ação foram presos. Três deles vão responder por homicídio doloso e fraude processual, e um deles somente por fraude processual, de acordo com a Polícia Civil. Ao lado do carro, foram encontradas luvas ensanguentadas e uma arma. A chave do carro foi vista no porta-malas...
Ainda segundo a unidade, foi realizada perícia no local e os corpos de Roberto de Souza Penha, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, 16 anos, Cleiton Correa de Souza, 18
anos, Wilton Esteves Domingos Junior, 20 anos e Wesley Castro Rodrigues, 25 anos, foram encaminhados para exame de necropsia no IML. As armas dos policiais militares foram apreendidas e os veículos estão sendo periciados. Testemunhas estão sendo ouvidas.
Ainda que muitas pessoas acreditem que o racismo – prática discriminatória que visa colocar grupos e/ou indivíduos em posições de desigualdade, em virtude de aspectos físicos, como a cor da pele – se manifeste individualmente, operando apenas nas relações interpessoais, a história demonstra que essa não é uma questão restrita ao âmbito individual. Historicamente, o povo negro vivencia condições de vida muito inferiores aos de pessoas brancas. Mesmo quando comparadas/os à parcela da população branca e pobre, em geral, as/os negras/os e pobres se encontram em situação muito pior. Isso pode ser facilmente ilustrado por indicadores sociais, como os que apontam que 73% da população mais pobre é negra; 79,4% de pessoas analfabetas são negras; 62% das crianças que estão fora da escola são negras; em média a renda de negros é 40% menor que a de brancos.
É preciso atentar para a participação dos agentes dos sistemas de justiça e de segurança pública nesse contexto. Pesquisas mostram que são os jovens negros, especialmente os moradores das periferias, as principais vítimas de violência policial no país: de cada 10 mortos pela polícia, sete são negros; são eles também que compõem grande parcela da população carcerária (38% tem de 18 a 29 anos e 60% são negros). Talvez as instituições policiais sejam o agente estatal mais perverso na prática do racismo institucional: a polícia elegeu o jovem negro como o suspeito principal, atribuindo-lhe o estereótipo de inimigo padrão da sociedade. Nas vilas, favelas e bairros periféricos é comum ouvir depoimentos de jovens negros que desde criança foram agredidos dentro de suas comunidades com tapas e empurrões de policiais em serviço.
Todos os jovens deveria ter o direito a uma vida livre de violência e preconceito. Vamos lutar por isso, e exigir políticas públicas de segurança, educação, saúde, trabalho, cultura, mobilidade urbana, entre outras, que possam contribuir para transformar esta realidade.
Em seis anos, Brasil viu assassinatos de jovens negros crescerem 21%. É o que aponta a
O estudo, que analisa dados entre 2007 e 2012, aponta ainda que a probabilidade de um jovem negro morrer é duas vezes e meia maior que a de um jovem branco. A base da pesquisa é homicídio cometido contra pessoas com idade entre 12 e 29 anos.
A pesquisa ponderou o tamanho da população de jovens brancos e negros e a taxa de homicídio para chegar ao índice relativo de risco de morte. Esse risco é muito maior que a média nacional em estados do Nordeste.
No Sul, o problema é menor, mas os três estados viram um aumento de 20% nos assassinatos de jovens negros no período. No Paraná, esses homicídios cresceram 14%.
Ainda assim, a pesquisa mostrou que os estados do Sul têm as menores diferenças entre as chances de jovens negros e brancos serem mortos. Segundo a pesquisa, o único estado onde um jovem branco tem mais chances de ser vítima de homicídio é o Paraná, com índice 0,7. Em todo estado, a taxa de homicídio de jovens brancos chega a 71 por 100 mil habitantes, enquanto a de jovens negros atinge 47 por 100 mil.
A pesquisa foi realizada para tentar orientar as políticas públicas nacionais para conter a violência em várias áreas e diferentes níveis de governo. De acordo com a ponderação do estudo, os índices estão estabelecidos entre zero e um. Quanto maior o valor, maior a vulnerabilidade do jovem naquela região.
O número de assassinatos de jovens brancos caiu 6% no país nos seis anos analisados pela pesquisa. Na região Sul, contudo, houve um aumento de 3% (porcentual que é considerado sinal de estabilidade por alguns pesquisadores).
Outro índice
O estudo refere-se a jovens de 12 a 29 anos, leva em conta a proporção das raças na população e usa como base dados produzidos por fontes como o SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), do Ministério da Saúde, e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
O relatório também apresenta um indicador inédito, o Índice de Vulnerabilidade Juvenil - Violência e Desigualdade Racial. Ele é calculado com base em cinco categorias: mortalidade por homicídios, mortalidade por acidentes de trânsito, frequência à escola e situação de emprego, pobreza no município e desigualdade.
Dado está em relatório inédito sobre prevenção global da violência; segundo documento, 475 mil pessoas foram assassinadas no mundo em 2012 e 47 mil no território brasileiro; na Europa, o total de homicídios foi de cerca de 10 mil e vítimas de homicídio, sendo que as Américas foram a região com o maior índice a cada 100 mil habitantes: 28,5%.
Foram 133 países analisados, incluindo o Brasil.
Os números são um dos destaques de um relatório inédito sobre prevenção global da violência, divulgado esta quarta-feira (10) por três agências da ONU.
Se liga: situação vivenciada por esses jovens e outros milhares de jovens negros à omissão do Estado e ao descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA 8.069/90).
Não fala que a juventude está, a todo momento, sendo exterminada pela polícia", ressaltou.
Propostas:
- Reconhecer o fenômeno do genocídio da juventude negra como um problema de Estado e determinar o seu enfrentamento como uma das prioridades da gestão pública, em âmbitos municipal, estadual e federal, a fim de se ampliar e efetivar o grau de eficiência e eficácia das políticas públicas;
- Dar visibilidade à situação de vulnerabilidade a que está submetida a juventude negra nas agendas dos diversos segmentos sociais;
- Ampliar espaços de reflexão sobre a violência letal contra a juventude negra;
- Realizar amplamente audiências públicas que tratem da temática nas diversas cidades brasileiras;
- Aprovar e efetivar o projeto de lei 4471/2012 que prevê a obrigatoriedade de investigação de mortes e lesões corporais em atividades policiais;
- Denunciar o Estado brasileiro nas instâncias internacionais cabíveis pelo crime contra a humanidade de genocídio da juventude negra, a fim de responsabilizar o Estado e determinar medidas de reparação e outras obrigações correspondentes.( como no caso dos jovens de Costa Barros)
Gente negar a existência de racismo institucional e genocídio da juventude negra no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil é o mesmo que legitimar e naturalizar a morte desses jovens e isso independe que seja culpados ou inocentes, o parlamentares querem diminuir
a idade penal enquanto já implantaram a pena de morte!!! .
- Você não concorda então me responda por que é normal e natural que eles morram vítimas de 'genocídio'
a idade penal enquanto já implantaram a pena de morte!!! .
- Você não concorda então me responda por que é normal e natural que eles morram vítimas de 'genocídio'
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
fonte:www.promenino.org.br/