UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sexta-feira, 24 de março de 2017

A história da abolição da escravatura no Brasil sob o ponto de vista do resto do mundo

Porto Rico
A população atual é o resultado da mistura entre o local elementos dos índios Arawak poucos negros e
espanhóis chegaram a partir do século XVI.

A ilha foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1493, durante sua segunda viagem à América, foi chamado de San Juan Bautista e reconhecido possessão espanhola.

Em 1508, um ex-companheiro de Colombo, Ponce de León, recebeu a permissão para explorar a ilha, ele se aproximou da costa norte, nomeou um ancoradouro excelente chamado Puerto Rico. O utilização é estabelecida na ilha, enquanto o seu principal porto tornou-se San Juan.

Porto Rico permaneceram sob domínio espanhol até a Guerra Hispano-Americana, em 1898.

A esperança de encontrar ouro foi rapidamente decepcionado quando tentavam espanhóis, a partir de meados do século XVI, promover culturas tropicais, incluindo cana-de-açúcar. Mas o trabalho era escasso e ineficiente feito periodicamente pelos índios de ilhas vizinhas, de modo que, na época, os espanhóis decidiram fazer Puerto Rico uma base militar e construiu a fortaleza de El Morro para proteger o porto de San Juan.

Porto Rico foi a questão da ganância Inglesa sucessiva (Francis Drake tentou aproveitar San Juan, em 1595, sem sucesso), os holandeses, também falharam em 1625.

Todas essas lutas dificultaram o seu desenvolvimento econômico: sua população foi estimada em menos de 50.000 habitantes em 1765.

No final do século XVIII, as reformas despotismo esclarecido serviram de inspiração para estimular o cultivo de cana-de-açúcar e do café.

Foram importados do trabalho escravo, e os colonos vieram das ilhas do continente e de outro lado do Caribe.

Espanha, Cuba e Porto Rico
Agustín Argüelles e José Miguel Guridi apresentaram às Cortes de Cádis uma proposta abolicionista a 1 de
abril de 1811, sem sucesso. A 13 de agosto de 1813, o deputado Isidoro de Antillano y Marzo faz uma nova proposição, mas sem eficácia (foi mesmo objeto de um atentado que quase acaba com a sua vida). AConstituição de Cádis pôs especial cuidado em distinguir as condições de "espanhol", "homem livre", "avizinhado", "liberto" (artigo 5), "cidadão espanhol" e "servente doméstico" (artigo 25.3), estabelecendo requisitos especiais para a obtenção da cidadania para os "originários da África" (artigo 22).

José María Blanco White criticou a escravidão em Bosquejo de comercio de esclavos y reflexiones sobre este tráfico considerado moral, política y cristianamente(Londres, 1814).As guerras da Revolução e do Império, marcados por uma tentativa abortada do inglese para aproveitar a ilha, teve, entre outras conseqüências, atrair os colonos franceses da Louisiana e no Haiti. A população triplicou entre 1750 e 1800.
Cuba e Porto Rico eram as últimas colônias espanholas na América, e nelas a escravidão tinha um peso econômico decisivo. A posição internacional de Inglaterra contra o tráfego de escravos impedia um fácil abastecimento. O caso do barco Amistad cujos escravos se rebelaram, e que foi conduzido para os Estados Unidos, ocasionou um conflito jurídico e diplomático (sobre o assunto fez-se um filme de Steven Spielberg, 1997). As sucessivas sublevações em Cuba do último terço do século XIX, até a Guerra de Independência Cubana de 1895-1898, tiveram como uma das suas causas as polêmicas entre escravidão e abolicionismo.

A pressão internacional promoveu leis contrárias ao comércio de escravos em 1817 (em troca de um
pagamento por Inglaterra de 400 000 libras como compensação), 1835 e 1845. A reiteração das leis era prova da sua ineficácia. Em 1837, foi promulgada a abolição da escravidão no território metropolitano, mas não nos territórios de ultramar, onde a presença de escravos era realmente significativa, demográfica e economicamente.

Cronologia
Até o século 15: os Tainos habitam a ilha.

1493: Cristóvão Colombo desembarcou na ilha.

1508: a colonização espanhola do território começar.

1510: Revolta dos Tainos.

1521: tornou-se a ilha de Porto Rico.

1873: Abolição da Escravatura.

1897: Porto Rico ganhou sua independência.

1898: incidente naval entre os Estados Unidos e Espanha. Guerra eclodiu em julho. O Tratado de Paris
terminou a guerra, Porto Rico ficou sob o controle dos EUA.

1900: Porto Rico torna-se território dos EUA.

1917: A população obteve a cidadania americana.

1950 – 1954: onda de emigração para os Estados Unidos.

1952: A ilha obtém o status de um estado livre associado aos Estados Unidos.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino
Fonte: colegiosaofrancisco.com.br


"Abolition of the Slave Trade Act" que determinou o fim do tráfico negreiro no Império Britânico em 1807.
Porto Rico - A população atual é o resultado da mistura entre o local elementos dos índios Arawak poucos negros e espanhóis chegaram a partir do século XVI.


A ilha foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1493, durante sua segunda viagem à América, foi chamado de San Juan Bautista e reconhecido possessão espanhola.

Em 1508, um ex-companheiro de Colombo, Ponce de León, recebeu a permissão para explorar a ilha, ele se aproximou da costa norte, nomeou um ancoradouro excelente chamado Puerto Rico. O utilização é estabelecida na ilha, enquanto o seu principal porto tornou-se San Juan.



A história do movimento abolicionista, principalmente na Grã Bretanha, é interessante.

Um dos poucos casos da história que um negócio lucrativo foi proibido por questões morais e a primeira vez que as mulheres participaram ativamente de um movimento social.

orto Rico permaneceram sob domínio espanhol até a Guerra Hispano-Americana, em 1898.

A esperança de encontrar ouro foi rapidamente decepcionado quando tentavam espanhóis, a partir de meados do século XVI, promover culturas tropicais, incluindo cana-de-açúcar. Mas o trabalho era escasso e ineficiente feito periodicamente pelos índios de ilhas vizinhas, de modo que, na época, os espanhóis decidiram fazer Puerto Rico uma base militar e construiu a fortaleza de El Morro para proteger o porto de San Juan.

Porto Rico foi a questão da ganância Inglesa sucessiva (Francis Drake tentou aproveitar San Juan, em 1595, sem sucesso), os holandeses, também falharam em 1625.

Todas essas lutas dificultaram o seu desenvolvimento econômico: sua população foi estimada em menos de 50.000 habitantes em 1765.

No final do século XVIII, as reformas despotismo esclarecido serviram de inspiração para estimular o cultivo de cana-de-açúcar e do café.

Foram importados do trabalho escravo, e os colonos vieram das ilhas do continente e de outro lado do Caribe.

As guerras da Revolução e do Império, marcados por uma tentativa abortada do inglese para aproveitar a ilha, teve, entre outras conseqüências, atrair os colonos franceses da Louisiana e no Haiti. A população triplicou entre 1750 e 1800.

Não damos crédito por aqui para muita gente que lutou durante anos para acabar com a escravidão.

IMHO, a história da abolição da escravatura, precisa ser reescrita aqui no Brasil. Ou, no mínimo, colocada dentro de um contexto internacional.

Muitos fatos sobre uma das mais vergonhosas manchas na nossa história continuam até hoje sendo empurrados para debaixo do tapete aqui no Brasil.

Quase ninguém sabe que fomos o último país das Américas a acabar com essa vergonha e os recordistas mundiais do tráfico escravos africanos, cerca de 3,6 milhões de pessoas compradas entre os séculos XVI e XIX, de acordo com o Memory of the World da Unesco(link is externa

domingo, 19 de março de 2017

Um dia para não se esquecer, 21 de março de 1960. 69 mortos. 180 feridos. Todos negros.

O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porem resultando em 69 mortos e 186 feridos.
O Massacre de Sharpeville foi divisor de águas na história do apartheid na África do Sul. Entre outras coisas, o terrível fato ocorrido 57 anos atrás acirrou demais os ânimos no país. Mais importante, abriu os olhos da comunidade internacional para a barbárie do regime da minoria branca contra a maioria negra.

Antes de falar do tétrico massacre, bom contextualizar a situação no país à época. Havia um grande partido opositor ao regime e representante da maioria negra, o Congresso Nacional Africano (CNA), aliás, o partido do então jovem Nelson Mandela.

No fim de 1959, o CNA anunciou, em conferência anual, que 1960 seria o ano da luta contra o passe. O famigerado passe – ou caderneta – existia há muito tempo. Antes, controlava os escravos. Depois, com a instauração do apartheid, passou a ser instrumento do governo contra os negros.

Se liga:Manifestação contra o apartheid acaba em carnificina em Johanesburgo. Policiais dispararam contra multidão desarmada cerca de 5 a 7 mil pessoas marchavam contra a obrigatoriedade das crianças falarem o língua “Afrikander”nas escolas e a lei do passe, algo como a nossa carteira de trabalho no Brasil, que nossa polícia e justiça sempre pede aos negros que abordam.

O documento continha foto, dados pessoais, números e registros profissionais, além de anotações sobre imposto de renda e ficha criminal. Os negros tinham de carregar os passes com eles sempre. E apresentar às autoridades sempre que solicitados. É. Já deu pra perceber o que isso causava…

Infelizmente hoje que o regime de segregação racial conhecido como apartheid vem conquistando lamentável lugar de destaque nas páginas do cada vez mais volumoso livro de calúnias da humanidade. Neste mês de março de 1960, porém, um novo capítulo nessa história de intolerância, discriminação e barbárie foi inscrita com o sangue dos negros pelas autoridades brancas da África do

Sul. No último dia 21, um protesto pacífico contra as leis do passe, incentivado pelas lideranças do Congresso Pan-Africanista e reprimido com violência pela polícia em todo o país, causou uma verdadeira carnificina em Sharpeville, a 45 quilômetros de Johanesburgo. Em uma ação desproporcional e covarde, as centenas de manifestantes que se aglomeravam em frente à delegacia de polícia local tornaram-se alvos vivos dos soldados do comando sul-africano. Revólveres, rifles e submetralhadoras, sem aviso prévio ou justificativa, cuspiram fogo contra a multidão...

Na véspera dos funerais, para evitar novos conflitos, o governo da África do Sul havia anunciado a suspensão da obrigatoriedade do porte do passe pelos negros. Esperançoso com o que parecia um primeiro ato de conciliação por parte da administração de Verwoerd, o planeta foi logo devolvido à realidade obtusa do apartheid com a declaração oficial de estado de emergência em 30 de março. Sob tal auspício, as autoridades sul-africanas voltaram à carga com prisões em massa – o número, ainda não oficial, é de 18.000 detidos, incluindo o líder do Congresso Pan-Africanista, Robert Sobukwe, e a quase totalidade dos cabeças do movimento negro –, além da criminalização das entidades políticas dos nativos. Uma passada de olhos pela história revela que, atuando na clandestinidade, as oposições não demoram a deixar a resistência pacífica em favor da armada. No ambiente incendiário em que se encontra a África do Sul, parece questão de tempo.

No início de março, o Congresso Nacional Africano (CNA) programou, para o último dia do mês, uma nova manifestação anti-passe. Antecipando-se a ela, os membros do Congresso Pan-Africanista (CPA) – fundado no ano passado por dissidentes do CNA –, liderados pelo educador metodista Robert Sobukwe, marcaram seu protesto sobre o mesmo tema para o dia 21, dez dias antes, portanto, da movimentação da associação rival. A campanha, de acordo com a orientação de Sobukwe, deveria ser totalmente pacífica. Todos os africanos deveriam deixar seus passes em casa e, desarmados, comparecer às delegacias de polícia, entregando-se aos oficiais para serem presos. Os líderes do CPA acreditavam que a detenção massiva de negros resultaria numa pane do sistema: não apenas as prisões ficariam superlotadas, mas também a economia seria bruscamente afetada, com boa parte da força de trabalho no cárcere.

O CNA, portanto, queria marcar o dia 31 de março como uma demonstração nacional contra as leis do passe. No entanto, o Congresso Pan-Africanista (PAC), uma dissidência do CNA fundada no final de 1959, sob liderança de Robert Subukwe, resolveu se antecipar e organizou um protesto pacífico para o dia 21.

“É patética a fé do governo em metralhadoras para resolver problemas humanos básicos.” O bispo anglicano de Johanesburgo apelou “a todos aqueles que têm sentimentos humanos na África do Sul para combater as táticas policiais.” No entanto, o mais simbólico, contundente e representativo protesto contra a administração federal veio por cortesia de uma manifestação de mais de 500 estudantes brancos da Universidade de Natal, em Durban. Os jovens mandaram confeccionar cartazes nos quais, em menos de 30 caracteres e com uma lapidar frase sem verbo, resumiam a indignação de um planeta: “Hitler 1939, Verwoerd 1960”. Nada mais precisa ser dito. Mas algo precisa ser feito para que se evite, duas décadas depois, a repetição de tal aberração.

Em memória a este massacre a Organização das Nações Unidas – ONU – instituiu 21 de março o dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial.
"Há de 57 anos… dia 21 de março de 1960, 69 mortos. 180 feridos. Todos negro".
Uma afro abraço.
Claudia Vitalino.
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!

fonte:http://www.pordentrodaafrica.com/noticias/por-dentro-da-historia-o-massacre-de-sharpeville-durante-o-apartheid/fotos net

domingo, 12 de março de 2017

Nossa gente nossa historia:Amílcar Cabral

"(...) sentimento de protesto, nascido da inadequação dos valores culturais próprios às situações de opressão e discriminação (...). conduziu à emergência da revolta que se afirmaria como traço
distintivo da sua personalidade e factor de formação do revolucionário consequente em que se tornou. Ainda na juventude, estes valores e este espírito traduziram-se em formas de expressão que vão de incursões no campo da literatura à intensa actividade de divulgação cultural! É uma produção literária, quer em verso quer no domínio da ficção, a traduzir um engajamento com a realidade circundante, é a preocupação do estudante de agronomia a debruçar-se na área da sua especialidade, sobre o fenómeno da erosão, problema candente na luta pela sobrevivência do povo caboboverdiano, e a animação cultural através de programas radiofónicos de forte penetração popular que, alertada, a autoridade colonial suspende."

Amílcar Lopes Cabral (poeta, político, e agrônomo). nasceu em 12 de setembro de 1924 em Bafatá, na Guiné, filho de Juvenal Lopes Cabral e de Iva Pinhel Évora. Aos 12 anos de idade junta-se ao pai, que nessa altura já havia regressado a Cabo Verde, e efetua os seus estudos primários na Rua Serpa Pinto, na Praia. Seguidamente inscreve-se em São Vicente no liceu Infante D. Henrique onde termina os estudos liceais em 1944, classificado como o melhor aluno. Ainda na sua juventude, Cabral evidenciava já uma especial avidez pela percepção do mundo que o rodeava, fato que se espelhava nos seus dotes de poeta e de escritor. Os seus sentimentos nacionalistas eram vistos com reprovação pelas autoridades coloniais.

Em 1945, Cabral é um dos primeiros jovens das colônias portuguesas a ser contemplado com uma bolsa para freqüentar os estabelecimentos de ensino superior em Portugal e matricula-se no Instituto Superior de Agronomia em Lisboa. A vida de estudante constituiu uma oportunidade para aprofundar o seu sentimento progressista anti-colonial, participando ativamente nas atividades estudantis clandestinas que se desenvolviam à volta da Casa dos Estudantes do Império e da Casa de África; foi aí que veio a conhecer Marcelino dos Santos, Vasco Cabral, Agostinho Neto, Eduardo Mondlane e outros estudantes que viriam a ser futuros líderes dos movimentos de libertação.
Estando de férias em Cabo Verde, em 1949, Cabral participa na Rádio-Clube elaborando um conjunto de programas de índole cultural que logo são interditados pelas autoridades, devido à sua mensagem nacionalista que era bem acolhida sobretudo no seio dos jovens.

Regressando a Lisboa para continuar os estudos, Cabral retoma as suas atividades
políticas, com os estudantes africanos, não obstante a vigilância cerrada e as ameaças cada vez mais insinuantes da polícia política portuguesa, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado).
Em 1952 Cabral terminou o curso e casou-se com Maria Helena Atalaide Vilhena Rodrigues.
No início de 1953 Cabral é colocado como engenheiro agrônomo na Guiné-Bissau, para trabalhar na estação agrária experimental de Pessubé. Ele aproveita-se então da sua atividade profissional para percorrer a Guiné de ponta a ponta e adquirir um bom conhecimento do terreno bem como da constituição social das suas populações; é Cabral quem realiza o primeiro recenseamento agrícola dessa colônia portuguesa.
"Era natural (...) que com a morte do famoso estadista e intelectual africano, biógrafos e outros investigariam todas as facetas pertinentes da vida pública e particular de Amílcar Cabral. Deste modo, a revelação mais ampla de Cabral o poeta, além de ser uma homenagem ao herói martirizado, faz parte da restituição da história de Cabo Verde (...) na inter- secção das três esferas. A projecção da poesia de Cabral é uma incorporação, consciente ou inconsciente, de um modo quase esquecido e de uma visão retros- pectiva deste momento."

Depois de ter militado durante cerca de um ano no MING (Movimento de Libertação Nacional da Guiné), Amílcar Cabral decide fundar o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), a 19 de setembro de 1956.
Um ano mais tarde, Amílcar Cabral foi trabalhar em Angola e aí participou também na criação do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) em Luanda, tendo desenvolvido uma intensa atividade na mobilização de jovens angolanos para a luta contra a dominação colonial.
Em dezembro de 1957, Cabral viaja para Paris onde se encontra com Marcelino dos Santos, da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), e com Lúcio Lara, Mário de Andrade e Viriato da Cruz, do MPLA. Juntos resolvem então realizar a primeira reunião de concertação entre os movimentos de libertação das colônias portuguesas, na qual decidem cooperar em atividades conjuntas no campo internacional e criar em Lisboa um centro que
coordenaria as ações entre esses movimentos. Na seqüência dessa reunião, Cabral ao regressar de Paris passa por Lisboa onde mobiliza os estudantes nacionalistas africanos para criarem o MAC (Movimento Anti Colonialista), primeira organização clandestina formada em Portugal por estudantes oriundos das colônias portuguesas.
Cabral desenvolve nessa altura uma série de contctos visando buscar apoios externos para a luta contra a dominação colonial.

Depois do massacre de Pidjiguiti realizado em Bissau pelas forças coloniais de repressão, a 3 de agosto de 1959, ele resolve regressar à Guiné-Bissau onde reúne a direção do PAIGC para analisar a situação da luta no país. Fica então decidido que o PAIGC deveria dar atenção prioritária à mobilização das populações rurais, com vista à preparação de condições para a passagem à luta armada, já que a repressão colonial havia demonstrado não admitir nenhuma veleidade de contestação legal ao sistema.

Em 1960, Cabral decide fugir com os seus companheiros para a Guiné-Conakry onde passaria a ficar instalada a sede do PAIGC. A partir desse país ele trabalha ativamente nos preparativos para o reforço do PAIGC e o arranque da luta armada de libertação nacional.
Em abril de 1960, em Casablanca, ele participa na criação da Conferência das Organizações Nacionalistas das colônias Portuguesas - CONCP.

-Durante cerca de três anos Amílcar Cabral desenvolve uma intensa atividade de mobilização das populações no interior da Guiné, ao mesmo tempo que, no campo internacional desenvolve contatos para a obtenção dos apoios indispensáveis para a passagem a uma nova fase de luta.
A 23 de janeiro de 1963 inicia-se a luta armada na Guiné-Bissau.
Revelando-se um homem de grande capacidade intelectual e dotado de uma firme convicção na luta pela liberdade e a justiça social, Amílcar Cabral dedicou todos os seus esforços em prol da independência dos povos da Guiné e de Cabo Verde. De forma genial ele conseguiu conjugar os sucessos que se iam alcançando no terreno da luta militar na Guiné e no da luta política clandestina em Cabo Verde, com o desenvolvimento de uma ação diplomática que ele pessoalmente conduziu da forma mais eficaz.

Vários acontecimentos cruciais durante os anos da luta de libertação nacional constituem hoje datas marcantes da história de Cabo Verde cuja ocorrência se deve fundamentalmente à ação incansável de Amílcar Cabral. De entre eles podemos destacar:
• a elaboração em 1965 das "Palavras de Ordem" do PAIGC destinadas aos combatentes;
• o juramento de fidelidade realizado a 15 de janeiro de 1967, pelo primeiro grupo de 30 cabo-verdianos que receberam formação militar, com vista à preparação para a luta em Cabo Verde;
• a realização do Seminário de Quadros do PAIGC, em 1969;
• o reconhecimento do PAIGC pelas mais altas instâncias internacionais;
• o encontro do Papa em Roma, com os dirigentes dos movimentos de libertação das colônias portuguesas, em 1972;
• a preparação da independência da Guiné-Bissau

-Devido ao sucesso inquestionável que a sua ação vinha conseguindo, fazendo com que o sistema colonial português se sentisse cada vez mais desesperado no plano interno e mais isolado no plano internacional, Amílcar Cabral foi barbaramente assassinado a 20 de janeiro de 1973, por agentes a soldo do colonialismo.

Um afro abraço

Claudia Vitalino.

fonte:Gazeta do Racionalismo Cristão (Colaboração de Manuel ROCHA, fevereiro de 2007. Dados extraídos do livro Liberdade, ainda e sempre ..., de autoria da Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACOLP), editado em julho de 1997).

Curiosidade: Significados de Alguns nomes próprios femininos Africanos...

FEMININOS :

ABBA: Nascida Na Quinta-Feira (Gana)
ABEBA: Flor (Etiópia)
ABENA: Nascida Na Terça-Feira (Gana)
ACAI: Timidez (Sudanese)
ADA: Nascida Primeiro ( Nigéria)
ADANNA: Filha Amorosa Do Pai
ADEBANKE: Deus Está Cuidando Dela (Yoruba Da Nigéria)
ADEBUMI: Riqueza (Realeza) (Nigéria)
ADENIKE: A Coroa É Amorosa, Afetuosa (Yoruba Da Nigéria)
ADEOGA: Coroa de Glória (Yoruba Da Nigéria)
ADEOLA: Coroada De Honras (Nigéria)
ADETOKUMBO: Honra Que Veio De Além Dos Mares (Yoruba Da Nigéria)
ADETOUN: Princesa (Yoruba Da Nigéria)
ADHIAMBO: Nascida À Noite Depois De Por Do Sol (Luo Do Quênia)
ADJOA: Nascida Na Segunda-Feira (Gana)
ADOWA: Nobre
ADUOA: Paz (Gana)
AFUA: Nascida Na Sexta-Feira
AFYA: Saúde (Kiswahili)
AGUIDI: Bem-Estar (Ovelha Da Gana)
AINA: Nascida Com O Cordão Umbilical Em Volta Do Pescoço (Yoruba Da Nigéria)
AINKA: A Estimada (Tonga)
AISHA: Ela É Vida (Swahili)
AJA: Alta Sacerdotisa De Mecca
AKILAH: Inteligente, Que Tem Razões
AKOSUA: Nascida No Domingo (Ahsanti Da Gana)
AKYA: Nascida Na Quarta-Feira (Gana)
AMACHI: Quem Sabe O Que Deus Nos Trouxe Através Desta Criança (Ibo Da Nigéria)
AMARA: Ibo Da Nigéria Oriental
AMINA: Confiável, Honesta (Oeste da África)
AMINATA: (Senegal)
AMINIA: Acreditar ( Kiswahili)
AMMA: Nascida No Sábado (Ashanti Da Gana)
ANAYA: Olhar Para Deus (Ibo Nigéria Oriental)
ANELE: Bastante, Suficiente {Nome Normalmente Dado À Última Nascida, nunca para A 1° Ou 2° Criança} (Xhosa Da África Do Sul)
ANULIKA: Felicidade É A Melhor (Ibo Nigéria Oriental)
ANYANGO: Amiga (Af Do Quênia)
ARMANI: Derivado De Imani Quer Dizer Fé

ASABI: De Nascimento Seleto (Yoruba Da Nigéria)
ASHAKI: Bonita (Ocidental)
ASHANTI: Mulher Africana Forte (Gana)
ASSAGGI: Forte (Zimbábue)
AYAN: Brilhante (Somália)
AYANA: Flor Bonita (Etíope)
AYO: Alegria (Yoruba Da Nigéria)
AYOMIDE: Minha Alegria Chegou (Yoruba Da Nigéria)
AZA: Poderosa Swahili
AZINZA: Sereia (Togo)
AZIZA: Preciosa, Magnífica Kiswahili, Somali
AZMERA: Colheita (Etiópia)
BABA: Nascida quinta-feira
BADERINWA: Merecedora de respeito
BADU: Poderosa
BAHATI: Minha sorte é boa
BAHIYAH: Bonita (swahili)
BAINA: Reluzente
BAYO: Alegria encontrada
BECCA: Profetiza
BEJIDE: Criança nascida no tempo chuvoso
BESEDE: Nascida no domingo
BHEKISISA: Cuidadosa (zulu da África do sul)
BIKILU: Crescida ou grande (Etiópia)
BIMKUBWA: Grande dama
BINAH: Uma dançarina
BINTA: Com Deus (africano do oeste)
BINTU: Bonita (Costa do marfim/Senegal)
BISA: Muito amada
BOAHINMAA: A que deixou sua comunidade
BUKOLA: Riqueza nascente (yoruba da Nigéria)
BUNMI: Meu presente
BUSARA: Sabedoria
CHALONDRA: Esperta
CHALTUU: 1° menina nascida (oromo-kush)
CHANECIA: Esperta e bonita
CHANGA: É prevalecente
CHANYA: Quênia
CHARA: (Etiópia sul ocidental)
CHAUSIKU: Nascida à noite
CHAUSIKU: Nascida da noite
CHIAKA: Deus diz ( ibo da Nigéria)
CHIDERIA: O que Deus escreveu está escrito (Nigéria)
CHIDIMA: Deus é bom e maravilhoso (Ibo da Nigéria)
CHIKU: Falante (swahili)
CHIMWALA: Pedra
CHINAKA: Deus decide (Nigéria)
CHINARA: Deus pode receber (ibo da Nigéria)
CHINELO: Deus está pensando ( ibo da Nigéria)
CHINU: A própria bênção de Deus
CHINUE: Benção de Deus
CHINYERE: Presente de Deus (Ibo de Nigéria)
CHIOMA: Deusa bonita
CHIPO: Presente.
CLEOPATRA: Rainha negra (Egito antigo)
DACIA: Flor púrpura
DADA: Criança com cabelos ondulados
DADA: Irmã (kiswahili)
DAFINA: Presente (inesperado) / tesouro
DALILA: Gentileza é sua alma
DALJI: Caminhe graciosamente (swahili)
DAMTIEN: Santificada (moba de Costa de marfim)
DANUWA: amiga íntima
DARA: Bonita (bermudian)
DARRATU: Flor desabrochando (etiópia)
DAYO: Alegria alcançada
DEKA: A agradável (somali)
DERICIA: Atlética (americano africano)


DJIDADE: Desejada
DO: Primeira criança depois de gêmeos
DOFI: Segunda criança depois de gêmeos
DOLAPO: Benções e felicidade misturadas (yoruba da nigéria)
DOTO: Criança mais jovem do que os gêmeos
DUT: Consolação (dinka do sudão)
DZIKO: O mundo
EBIERE: Onda (níger)
EFFIWAT: Nigéria
EFIA: Nascida na sexta-feira (Gana)
ELON: Deus me ama
EMEFA: Existe a paz (ovelha da Gana)
ENO: Dádiva (efik da Nigéria)
ESHE: Vida (swahili)
ESI: Nascida no domingo (ovelha e fante da Gana)
ESIANKIKI: Jovem solteira (masai do Quênia)
ESINAM: Deus me ouviu (ovelha da Gana)
ETUHOLE: Deus nos ama. (oshiwambo da Gana)
FAIZAH: Ela Que É Vitoriosa (Swahili)
FARA: Nível Medido(Kiswahili)
FARAA: Alegre
FARAI: Ser Feliz(Shona Da Zimbábue)
FARISA: Fazer Feliz
FAYOLA: Sorte Caminha Com Honra (Yoruba Da Nigéria)
FEIMATA: Me Ame (Sierra Leoa)
FEYKEMI: Santificada Com Esta...(Yoruba Da Nigéria)
FOLAYAN: Andar Com Dignidade
FOLUKE: Colocada Aos CuidadosDe Deus (Yoruba Da Nigéria)
FUJO: Nascida Depois De Disputa
FUNMILAYO: Deu-Me Felicidade (Yoruba Da Nigéria)
GIMBYA: Princesa
GINA: Mãe Poderosa do povo negro (Namibia)
GOITSEMEDIME: Deus sabe
GZIFA: Aquela que está em pedaços (Ovelha De Gana)
HABEN: Coragem(Eritrea)
HADIYA: Dádiva(Swahili)
HALIMA: Suave(Swahili)
HANNA: Felicidade(Hausa)
HASANA: Primeira nascida dos gêmeos (África Ocidental)
HASANATI: Felicidade
HASINA: Bondosa(Swahili)
HAWA: Desejada (Kiswahili)
HAZIKA: Inteligente (Hausa)
HEMBADOON: Vencedora
HOLA: Salvadora(Gana)
HOMA: Agitada (Kiswhaili)
HOVA: Classe Média (Betsileo de Madagascar)
IDOWU: Primeira criança nascida depois de gêmeos
IFAMA: Tudo está bem
IFE: Amor
IGE: Nascida primeiro pelos pés
IJABA: Um desejo que cumpriu
IMA: Amor, caridade (efik da Nigéria)
IMAN: Fé (Somália)
IMANI: Fé (kiswahili)
IRUWA: Aquela que viu o mundo (ibo da Nigéria)
ISOKE: Um bonito presente de deus (Nigéria)
IZEGBE: Criança muito esperada
JAHA: Dignidade
JAHZARA: Princesa Santificada (Etiópia)
JAINEBA: (Senegal)
JALA: Especial (Americano Africano)
JALIA: Privilégio (Kiswhaili)
JAMILA: Bonita, Elegante (Somália, Swahili)
JANI: Uma Folha (Kiswahili)
JENDAYI: Agradecida
JOHARI: Jóia (Kiswahili)
JUBA: Nascida Na Segunda-Feira (Ashanti de Gana)
JUMAPILI: Nascida No Domingo
KAGISO: Paz (Tswana - Botsuana )
KAHFI: Quieta(Swahili )
KAIMAH: Muito pequena (Libéria)
KAINDA: Filha do caçador (Tharaka Do Quênia )
KAJUMBA: Bonita (Bantu Uganda)
KAKRA: A mais jovem dos gêmeos (Fante de Gana)
KALIFA: Brilhante (Swahili)
KAMARIA: Como a lua (Swahili)
KAMBAMI: O filho que fala pelo Pai ( Kimbundo- Angola)*
KAMBO: Sem sorte (Shano De Zimbawe)
KAMILAH: A perfeita
KAMILI: Perfeição
KAMOHELO: Bem-vinda (Sotho Da África Do Sul)
KANIKA: Roupa preta (Mwera Do Quênia)
KANONI: Pequeno pássaro
KARASI: Vida e Sabedoria
KARIMU: Generosa
KAWERIA: Amorosa (Meru Do Quênia)
KAYLA: Pura
KEFILWE: Eu Sou determinada
KEHINDE: Segundo nascida Dos gêmeos
KELI: Enérgica (Senufo da Costa Do Marfim)
KENYETTA: Inocente (África Do Sul)
KEREEDITSE: Eu estou escutando (Batswana)
KESI: Nascida depois de transtorno do pai
KEYAH: Tem boa saúde (Mande Da África Ocidental)
KHADIJA: Esposa do profeta Mohammed
KHANYSHA: Criança bonita (Swahili)
KIANGA: Luz do sol
KIJAKASI: Sua Vida é devida A nós
KIMANI: Doce E bonita (Americano Africano)
KINAH: Obstinada, empreendedora
KISSA (KIXA): Primeira filha da família (Quênia)
K'TUSHA: Alegria
KUKUA: Nascida na Quarta-Feira (Gana)
KUMANI: Destino (África Ocidental)
KUNTO: Terceira criança (Twi de Gana)
KWAVERA: Alvorecer, amanhecer (Swahili)
LATASHA: Surpresa (Congo)
LAYLA: Nascida de noite
LEKYSHA: Popularidade, beleza (Porto Rico)
LERATO: Amor
LEZA: Aquela que enfeita (África Central)
LINA: Tenra
LINDIWE: Esperada (xhosa da África do sul)
LINGAIRE: Princesa do século 4 (wolof de Gâmbia)
LISHA: Misteriosa (hausa - Nigéria)
LULU: Uma pérola
LUNGILE: Bondosa (zulu da África do sul)
MAFUANE: Tingida (Bachopi, África do Sul)
MAISHA: Vida (Kiswahili)
MAKENA: A Feliz (Kikuyu do Quênia)
MAKIDA: A Bonita (Etiópia)
MALAIKA: Anjo (Kiswahili)
MALI: Riqueza (Kiswahili)
MALKIA: Rainha (Kiswahili)
MAMELLO: Paciência (Lesoto)
MANDISA: Doce, meiga (Xhosa da África do Sul)
MARA: Tempo (Kiswhaili)
MARAHABA: Obrigado (Kiswahili)
MARALI: Essência (Antígua e Barbuda))
MARDEA: Última (Gana)
MARIAMA: Presente de Deus (África Ocidental)
MARJANI: Coral (Swahili)
MARVENA: Criança de dois planetas (Anguilla)
MBHALI: Rosa (Zulu da África do Sul)
MEECA: Será de ouro, forte, valente
MENE: A que nunca está só (Yoruba Da Nigéria)
MESI: Água (Asante)
MILUMBE: Novidades de benções (Tonga)
MINKAH: Justiça (Tanzânia)
MMAABO: Sua mãe (Botsuana)
MOLIEHI: A que era aguardada (Basotho do Lesoto)
MONIFA: Eu tenho sorte (Yoruba da Nigéria)
MONTSHO: Negra
MUDIWA: Pessoa querida (Shona da Zimbábue)
MUMBI: Primeiras das mulheres (Kikuyu Do Quênia)
MUTINTA: Criança nascida depois de duas ou mais crianças do sexo oposto (Tonga)
MWANGAZA: Ilumina (Swahili)
MYEISHA: A que é muito amada
NADIFA: Nascida entre estações (Somália)
NADIRA: Rara
NADRA: Incomum Kiswahili
NAFULA: Nascida durante a estação chuvosa (Abaluhya - Quênia)
NAJA: Quem terá sucesso (Somália)`
NAKI: Primeira menina (Adangbe Da Gana)
NAKISAI: Embeleza (Shona do Zimbábue)
NALA: Rainha (Tanzânia)
NANDE: Mãe (Chaka Zulu)
NANYAMKA: Presente de Deus (Gana)
NA'WEH: Caminhou antes (Libéria)
NA'ZYIA: Amor de uma mãe (Quênia)
NBULUNGI: Bonita (Gana)
NDAHEPULUKA: Me tornei mais rico (Ovambo da Namibia)
NDAPEWA: Ofertada, recebida (Oshiwambo da Namibia)
NDIDI: Paciência (Nigéria)
NEFERTITI: A bonita chegou (Egípcio)
NEHANDA: Firmeza, solidez (Zezuru do Zimbábue)
NGINA: Dedicada à uma rainha (Americano Africano)
NGONI: Clemência de Deus (Shona do Zimbábue)
NIA: Desígnio (Kiswahili)
NILAJA: Que vem com alegria (Yoruba da Nigéria)
NJEMILE: Em pé (Malauí)
NJERI: Filha do guerreiro
NKECHI: Leal (Ibo da Nigéria)
NNEKA: Mãe é Suprema (Ibo da Nigéria)
NOMBUSO: Que tem reino / Celebração jovial (Zulu da África do Sul)
NOSINE: Nascida na Quinta-Feira (Xhosa - África do Sul)
NOURBESE: Criança maravilhosa (Benin - Nigéria )
NTATU: Nascida na Quarta-Feira (Xhosa da África do Sul)
NÚBIA: Mulher negra, forte, original, mãe de uma nação (Egito)
NWEKA: Mãe é suprema (Ibo da Nigéria)
NYARAI: Ser humilde (Shona da Zimbábue)
NYASHIA: Princesa africana bonita de propósito (Swahili)
NYELA: Um que tem sucesso ou persevera (Somália)
NYOTA: Guerreira
NZINGA: Do rio
OBAX: Flor (Somália)
OBIOMA: Bom coração (Ibo Da Nigéria)
OGECHI: O tempo de Deus é o melhor tempo ( Ibo Nigéria)
OHENEWAA: Rainha (Guan ou Kyereponi de Gana)
OLABISI: Alegria multiplicada
OLABUNMI: Minha honra foi recompensada
OLANIYI: Existe gloria na riquesa
OLAYINKA: A honra me cerca (Yoruba, Krio de Serra Leoa)
OLUCHI: A arte, obra de Deus
OLUFUNMILAVO: Deus me dá a alegria
OLUREMI: Deus me consola (Yoruba da Nigéria)
OLWA-SEYI: Deus a fez (Yoruba da Nigéria)
OMOSUME: Uma criança é a coisa mais preciosa
ONA: Fogo (África Ocidental)
ONAEDO: Ouro (Ibo)
ONI: Nascida em domicílio sagrado
ONTIBILE: Deus está me vigiando (Botsuana)
ONYINYECHI: Presente de Deus (Igbo da Nigéria)
OZIGBODI: Paciência
PAMOJA: Unida Swahili
PANYIN: Mais Velha Dos Gêmeos (Fante - Gana)
PENDA: Amada (Fula - Senegal)
PHENYO: Vitória (Batswana)
PONI: Segunda Filha (Bari De Sudão Do Norte)
QWALHATA: Rainha núbia que governou o Egito na xxv dinastia.
QWARA: Pessoa que fala o idioma cushitic na Etiópia
RACHIDA: Íntegra, Honesta (Swahili)
RADHIYA: Agradável (Swahili)
RAHA: Felicidade (Kiswahili)
RAMAKEELE: Veio para nós de surpresa (Sotho da África do Sul)
RAMLA: Profetiza (Swahili)
RANDA: Dançar (Kiswahili)
RASHIDA: Íntegra, honesta (Ilhas Virgem)
RATIBA: (Marrocos)
RAZIYA: Doçura, agradável (Swahili)
REHEMA: Compaixão (Kiswahili)
RHAXMA: Doce (Somali)
RUKIVA: A Que sobe alto (Swahili)
RUSHA: Libertar-se (Kiswahili)
SAADA: Útil, que ajuda, auxilia
SAFIYA: Pura
SAIDA: Prestativa (Swahili)
SALAMA: Paz
SAMIA: Pessoas de Uganda
SANJO: A que aprecia seu passado (Yoruba)
SANKOFA: A que deve voltar ao passado para seguir adiante. (Akan de Gana)
SANYO: Alegria ou felicidade (Baganda de Uganda)
SARAN: Alegria (guiné e Costa do Marfim)
SAÚDA: Beleza escura (Swahili)
SAYBLEE: Fique em casa (Libéria)
SEBLE: Colheita (Amhara da Etiópia)
SEKAI: Sorriso (Zimbábue)
SELA: Salvadora (África Ocidental)
SELAM: Paz (Eritrea)
SEMA: Falar (Kiswahili)
SERWA: A nobre (Gana)
SESEN: Desejar mais (Eritrea)
SHAKARRI: Grande caçadora (afro-americano)
SHAKIA: Semelhante à sua mãe (Afro-americano)
SHAKINA: Bonita
SHAKIR: Nascida na graça de deus (Nigéria)
SHANI: Maravilhosa (Swahili - África Oriental)
SHAQUANA: Verdade da vida (Afro-americano)
SHARIFA: Distinta (Swahili - África Oriental)
SHARTATI: Montanha mais bonita (Etiópia)
SHATEQUE: Seguidora (Afro-americano)
SHEBA: Rainha de Sheba (Makeda)
SHENA: Quieta,calma, reservada (Tutsi de Ruanda)
SHOORAI: Vassoura que varre (Shona - Zimbábue)
SHUKURA: Eu sou grata
SIKUDHANI: Agradável surpresa
SISI: Nascida no domingo (Twi da Nigéria)
SIYANDA: Nós estamos crescendo (Zulu da África do Sul)
SUSHAUNNA: Princesa / deusa dos homens (Etiópia)
TAARIQ: Estrela matutina (Swahilli)
TAFUI: Glória a Deus (Mina do Togo)
TAJA: Para mencionar (Kiswhili)
TAKIYAH: Íntegra
TAMU: Doce (Swahili)
TANGELA: Atenciosa (Afro-Americano)
TANGENI: Deusa de elogio (Ovambo Da Namibia)
TANGINIKA: Deusa do lago (Afro-Americano)
TANISHA: Nascida na Segunda-Feira (Hausa da Nigéria)
TAPIWA: Presente, dádiva (Shona do Zimbábue)
TARANA: Nascida durante o dia (Hausa da Nigéria)
TARISAI: Olhe, olhar para (Zimbábue)
TATA: Envolvente (Kiswahili)
TATU: Terceira filha (Swahili)
TAWIAH: Primeira depois de gêmeos (Gana)
TENDAI: Grata a Deus (Shona do Zimbábue)
TEREHASA: Santificada (Etiópia)
THANDIWE: Rainha amorosa
THEMA: Rainha
TIOMBE: Tímida (Africano do Oeste)
TITILAYO: Felicidade eterna (Yoruba Da Nigéria)
TSEHAI: Raio de sol (Etiópia)
TSHEPISO: Uma promessa (Tswanna da África do Sul)


TUMPE: Deixe agradecermos à Deus
TUSAJIGWE: Nós somos abençoados
TUWALOLE: Exemplar
UBEKWENISHA: Mãe da íntegra (Yoruba)
UBORO: Excelência (Kiswahili)
UCHENNA: Será de Deus (Ibo da Nigéria)
UDAKO: Respeito aos anciães (Namimbia)
UDAMA: Bonita flor (Argélia)
UGOCHI: Presente de Deus (Nigéria)
ULU: Segunda Filha (Ibo da Nigéria)
URBI: Princesa
URENNA: Orgulho do Pai
URUHU: Liberdade (Kiswahili)
UWIMANA: Filha de Deus
UZURI: Beleza (Swahili)
VAI: Pessoa de Serra Leoa
VANA: Privilégio (Congo)
VASHA: Língua da África do Sul
VENDA: Pessoa (Bantu da África do Sul)
WALASMA: Nome de uma família real que governou a Etiópia Oriental
WAMBUI: Cantante (Kikuyu Do Quênia)
WANDA: Ficar gorda (Kiswahili)
WANGUI: Uma Das Nove Filhas De Gikuyu E Mumbi*
WANJIKO: Kikuyu do Quênia
WANJIRU: (Kikuyu do Quênia)
WUB: Magnífica, bonita (Etiópia)
XETSA: Nome dado a uma de duas gêmea (Ewe De Gana)
XHOSA: Umas pessoas na África do Sul
YA: Nascida na Quinta-Feira, Valente, Corajosa (Akan Da Gana)
YAHMINAH: Propriamente com respeito (Egito)
YATIMA: Orfã (Kiswahili) -Ye
YEJIDE: A imagem da mãe

MASCULINOS :
ABASI: Severo, rigoroso
ABAYOMI: Nascido para me trazer alegria.
ABIMBOLA: Nascido rico. (Yoruba da Nigéria)
ADDO: Monarca da estrada (Gana)
ADE: Real
ADISA: Nos ensinará (Ashanti Gana)
ADJATAY: Príncipe (Camarões)
ADOFO: Que ama (Akan Gana)
AJENE: Verdade
AKELLO: Traga adiante (Alur De Uganda)
AKIA: Primeiro a nascer
AKIL: Inteligente, usa a razão (Swahili)
AKIN: Homem valente, guerreiro, herói (Yoruba da Nigéria)
AMANI: Paz (Kiswahili)
AMARA: (Ibo da Nigéria Oriental)
AMARI: Forte e construtor (Yoruba da Nigéria)
AMIR: Príncipe (Swahili)
ANWAR: Lustroso, brilhante (Moor)
ASAD: Leão (Somália)
ASANTE: Agradecido, grato (Kiswahili)
ATSU: O mais jovem entre gêmeos (Gana)
ATU: Nascido no sábado (Fante de Gana)
AYO: Alegria
AYODELE: Alegria vem ao lar (Yoruba da Nigéria)
AYUBU: Perseverante
AZEKEL: Rezando ao Senhor (Angola)
AZIBO: O planeta terra inteiro
AZIKIWE: Cheio de vigor
AZIZI: Precioso
BABA: Pai ou filho mais velho (Yoruba)
BABTUNDE: Pai retornou
BABU: Disposto (Africano do Oeste)
BABUKAR: (Wolof do Senegal)
BADU: Décimo filho (Ashanti de Gana)
BAKARI: O Que Terá Sucesso (Swahili)
BANDELE: Nascido longe da casa
BANGA: Espada
BASSEY: Efik da Nigéria
BEM: Paz
BERTA: Forte, vigilante (Gurage da Etiópia)
BIKILA: Grandalhão, crescido (Etiópia)
BIKO: Steven Biko, um antigo ativista político da África do Sul
BOBO: Nascido Terça-Feira (Fante de Gana)
BOLAJI: (Yoruba da Nigéria)
BOMANI: Guerreiro
BOSEDA: Nascido no Domingo
BRUK: Ele é Sagrado (Etiópia)
BWANA: Cavalheiro, senhor (Kiswahili)
CARAMA: Professor (África Ocidental)
CHAD: De grande amor (Etiópia)
CHAGA: Prevalecente (Kiswahili)
CHAKA: Grande monarca (África do Sul)
CHEGE: (Kikuyu do Quênia)
CHEIKH: Aprendeu (Guiné)
CHEOPS: Um faraó da iv dinastia do Egito
CHEWE: Pessoa querida (Etíope)
CHICHA: Amado, querido (África Ocidental)
CHIMEZIE: Deus conserta as coisas como ele deseja (Ibo da Nigéria)
CHINEDU: Primeiro filho (Ibo Da Nigéria)
CHINUA: Bênções de Deus (Ibo da Gana)
CHIOKE: Abençoado pelos deuses
CHISULO: Forte como aço
COFFIE: Nascido na Sexta-Feira
COUJOE: Nascida na Segunda-Feira
DAKARAI: Alegria
DALMAR: Versátil (Somali)
DANJUMA: Nascido Sexta-Feira
DANSO: Confiante, seguro (Ashanti Da Gana)
DAREN: Nascido de noite (Hausa da África Ocidental)
DIA: Campeão (África Ocidental)
DIARA: Presente, dádiva (África Ocidental)
DIJI: Fazendeiro (Ibo da Nigéria)
DINARI: Nossa estrela brilhante
DUME: O touro (Quênia)
DUMISANI: Louva (Zulu da África do Sul)
EBO: Nascido na Terça-Feira
EDET: Nascido em dia de mercado (Efik Da Nigéria)
EFUNSEGUN: Criança de Obatala (Yoruba Da Nigéria)
EHIOZE: Acima da inveja dos outros
EKOW: Nascido na Quinta-Feira (Fante Da Gana)
EKUNDAYO: Torna duelo em alegria
ENO: Presente (Nigéria)
ERASTO: Homem de paz (África Oriental)
ESSIEN: A criança de todos (Efik da Nigéria)
ESTRONDO: Grande (Congo)
EZE: Rei
FARAJI: Consolo, alento (Swahili)
FELA: Guerreiro (Africano do Oeste)
FIFI: Nascido na Sexta-Feira
FONTE: http
FYNN: Gana
GAHIJI: Caçador
GAHIJI: Caçador
GAMBA: Guerreiro
GAMBA: Guerreiro
GANA: Chefe de Guerra
GANA: Chefe de Guerra
GEBRE: Oferta, oferecimento (Tigrinya)
GEBRE: Oferta, oferecimento (Tigrinya)
GETEYE: Meu mestre (Amharic)
GETEYE: Meu mestre (Amharic)
GHALI: Caro (Kiswahili)
GHALI: Caro (Kiswahili)
GHEDI: Viajante (Somali)
GHEDI: Viajante (Somali)
GUEDADO: Procurado por Ninguém (Fulani de Mali)
GUEDADO: Procurado por Ninguém (Fulani de Mali)
GYAMFI: Ashanti da Gana
GYAMFI: Ashanti da Gana
GYASI: Maravilhoso
GYASI: Maravilhoso
IDOWU: Nascido depois dos gêmeos
IKE: Força (Ibo Da Nigéria)
INIKO: Nascido em tempos difíceis (Efik Da Nigéria)
IPYANA: Graça divina
ISSA: O Messias (Swahili)
IYASU: (Tigrinya Da Etiópia)
JAALI HRU RA HOTEP: Poderoso sol, deus da paz (Núbio)
JABARI: Valente, forte (Suazilândia)
JABULANI: Feliz
JAFARI: Digno (Swahili)
JAHARI: Jovem forte e poderoso (Afro Americano/Porto Rico)
JAHI: Dignidade (Swahili)
JAJA: Presente de Deus (Ibo da Nigéria)
JAWARI: Paz amorosa (Senegal)
JELA: O pai sofreu durante o nascimento (Swahili)
JELANI AGYEI: Mensageiro poderoso
JIMA: (Etiópia)
JOMO: Fazendeiro (Gikuyu do Quênia)
JUMA: Nascido na Sexta-Feira (Swahili)
KAMAU: Guerreiro quieto
KAMBAMI: O filho que fala pelo Pai ( Kimbundo- Angola)*
KANELO: Bastante, suficiente (Xhosa da África do Sul)
KANTIGI: Uma pessoa fiel (Ibo da Nigéria)
KASHKA: Amigo, amistoso (Nigéria)
KATO: Segundo nascido dos gêmeos (Runyakore de Uganda)
KAUNADODO: O mundo não tem nenhum degrau (Oshiwambo - Namibia)
KAYIN: Criança muito aguardada (Yoruba da Nigéria)
KEITA: Adorador (Africano do Oeste)
KENAN: Nome masculino (Malauí)
KENYATTA: Músico (África Oriental)
KHAMISI: Nascido Quinta-Feira
KIJANA: Juventude (Kiswahili)
KIMONI: Monarca ou grande homem
KITO: Precioso (Swahili)
KOBBI: Nascido Terça-Feira (Fanti Da Gana)
KOBBINA: Nascido Terça-Feira (Fanti Da Gana)
KODWO: Nascido Segunda-Feira
KOFI: Nascido Sexta-Feira (Gana)
KOJO: Nascido Domingo (Ashanti da Gana)
KOKUMUO: O que não morrerá
KOLAPO: Toda a riqueza deve unir (Yoruba da Nigéria)
KUMI: Vigoroso (Akan de Gana)
KWABENA: Nascido Terça-Feira (Akan de Gana)
KWAKU: Nascido Quinta-Feira (Akan de Gana)
KWAME: Nascido Sábado (Akan de Gana)
KWESI: Nascido Domingo (Akan de Gana)
LABAAN: Somali
LEABUA: Falante
LINDANI: Paciente (Zulu da África do Sul)
LISIMBA: Leão
LUMUMBA: Presenteado (Congo)
LUNGILE: O Bom (Zulu da África do Sul)
LUSALA: Chicote (Luhya do Quênia)
LUTALO: Guerreiro
MABILI: Vento do leste trazendo religião e cultura
MALIK: Monarca (Somália)
MAMELLO: Paciente (Basotho Lesoto)
MANU: Segundo filho (Akan Gana)
MASHUDU: Sortudo (Venda da África do Sul)
MATUNDE: Frutos (Luya Quênia)
MAZI: Senhor (Senegal)
MENEFER: Bonita Cidade (Kemet/Egito)
MHINA: Agradável
MINKAH: Justiça (Tanzânia)
MODUPE: Agradecido, grato
MONGO: Famoso (Yoruba da Nigéria)
MONTSHO: Negro
MOPATI: Ajudante (Botsuana)
MORENIKE: Boa sorte (Nigéria)
MOSI: Primeiro filho (Swahili)
MOTHUSI: Ajudante (Tswana de Botsuana)
MUENDA: O que gosta dos outros (Meru do Quênia)
MUGAMBI: Rei (Quênia)
MULALO: Paz (Venda da África do Sul)
MUNYIKA: Terra (Shona de Zimbábue)
MUNYIKA: Terra (Zimbábue)
MUZI: Casa (Zulu da África do Sul)
MWAKA: Nascido da nova eva (Buganda de Uganda)
NAKIA: Fiel (Egito)
NANGILA: Nascido em uma jornada
NASSOR: Vitorioso
NDASUUNYE: Desencorajado (Oshiwambo da Namibia)
NDULU: Irmão (Ibo da Nigéria)
NGOZI: Uma bênção
NJANU: Búfalo jovem (Kikuyu do Quênia)
NKHANGWELENI: Perdoe-Me (Venda da África do Sul)
NKOSI: Soberano
NKRUMAH: Nono filho
NNAMDI: O pai retornou (Nigéria)
NURU: Nascido durante o dia
NYACK: Forte ouvido, o que nunca desistirá
NYAMEKYE: Presente de Deus
OBA: Rei (Benin)
OBASI: Em honra de Deus (Ibo da Nigéria)
OBI: Coração (Ibo da Nigéria)
OBIKE: De família forte (Ibo da Nigéria)
OBIOMA: Bom coração (Igbo da Nigéria)
ODE: Nascido na estrada
ODIAMBO: Filho nascido no inverno (Quênia)
OHINI: Chefe (Akan Da Gana)
OJI: Portador de presentes (Ibo da Nigéria)
OKPARA: O primeiro filho
OKWUI: Palavra de Deus (Ibo da Nigéria)
OLAITAN: Bênçãos não sem fim (Yoruba de Benin)
OLAKUNDE: O valoroso chegou (Yoruba da Nigéria)
OLU: O que será famoso
OLUFEMI: Deus me ama
OLUGBENGA: Deus me reergueu (Yoruba da Nigéria)
OLUWAFEMI: Deus me ama (Yoruba da Nigéria)
OLUWA-SEYI: Deus o fez (Yoruba da Nigéria)
ONYINYECHI: Presente de Deus (Igbo da Nigéria)
ORUM: Domingo (Brasil)
OSAHAR: Deus escuta
OTIENO: Nascido numa noite
PAKI: Testemunha (Xhosa África do Sul)
PENHA: Amado (Swahili)
PEPONI: Céu do Paraíso
PHOMELLO: Tem sucesso (A África Do Sul)
PILI: Segundo filho (Swahili)
POPO: Morcego (Kiswahili)
PRA: Rio (Akan de Gana)
PUPA: Muito ambicioso (Kiswahili)
QWALHATA: Rainha núbia que governou o Egito na XXV dinastia.
QWARA: Pessoa que fala o idioma cushitic na Etiópia (Antigo idioma)
RAEKWON: Talentoso com as palavras (Nigéria)
RAFIKI: Amigo (Kiswahili)
RAHSAAN: Versátil (Americano Africano)
RAKANJA: (Muarusha da Tanzânia)
RAS: Cabeça, líder (Um Título Etíope)
RASHID: Guiado corretamente (Swahili)
RETTA: Ele venceu.
ROHO: Alma (Kiswahili)
RON: Alegria , também pessoa da Nigéria
RUDO: Amor
RUNAKO: Bonito
SADIKI: Fiel
SALEHE: Bom
SALONGO: pai de gêmeos (Baganda de Uganda)
SEF: Ontem (Egito)
SEFU: Relva (Swahili)
SEGODI MOGOTSI: Africano
SEKOU: Aprendeu Guiné)
SELASSIE: Trindade (Etiópia)
SELASSIEE: Poder da Trindade (Etiópia)
SEMELO: Pessoa de respeito, estatura e dignidade (Basotho do Lesoto)
SENTWALI: Corajoso
SHAABONI: nascido no oitavo mês
SHANETTE: influenciará a todos (Afro-Americano)
SHOMARI: Forte (Swahili, Congo)
SHOMBAY: Passeia como um leão (Swahili)
SILKO: Monarca nos Núbios
SIMBA: Leão (Kiswahili)
SIPHO: Presente, (Xhosa da África do Sul)
SISI: Nascido do Domingo
SULE: Aventureiro (África Ocidental)
TAHARKA: Monarca do Egito na XXV Dinastia
TAHIR: Puro (Egito Árabe)
TALIB: Buscar (Quênia)
TAMIRAT: Milagre (Etiópia)
TANO: Nome masculino, rio de Tano (Gana)
TAU: Leão (Tswana de Botsuana)
TAWONGA: Nós somos gratos (Tumbuka da Costa do Marfim)
TAYE: Ele havia sido visto (Etiópia)
TA'ZIYAH: Alma Apaixonada (Gana, Tafari
TEBOGO: Presente, Dádiva (Tswana da África do Sul)
TEDROS: Presente de Deus (Etiópia)
TEGENE: Meu protetor (Etiópia)
TEMILADE: A coroa é minha (Yoruba da Nigéria)
TEMITOPE: Sempre agradecendo a Deus (Nigéria)
THABO: Felicidade (Sesotho Lesoto)
THATO: Amor (Botsuana)
THEMBA: Ter Fé, esperar (Zulu da África do Sul)
THEMBI: Esperança (Zimbábue)
THEMDO: Um evento maravilhoso (África Ocidental)
THIKHATHALI: Despreocupado (Venda da África do Sul)
THILIVHALI: Que não esquece (Venda da África do Sul)
TINOCHIKA: Nós vivemos com medo (Zimbábue)
TOMI: Pessoa (Kalarbari da Nigéria)
TOURE: Sobrenome que indica pessoa de Soussou Ou Maninka
TSHEPO: Ter Fé e esperar. (Tswana África do Sul)
TSHIFHIWA: Dádiva (Venda da África do Sul)
TUAMANGULUKA: Nós estamos livres (Oshiwambo da Namibia)

TUMAINI: Esperança
TUPAC: Guerreiro, líder, mensageiro
TUTU: Um Sobrenome de Africano do Sul
UBANI: Incenso
UBEKWENISHA: Mãe do íntegro (Yaruba de Burundi)
UCHENNA: Plano de Deus (Swahili)
UCHI: Nudez
UNIKA: Eleve, erga, levante
UPENYU: Vida (Shona do Zimbábue)
USUTU: Marrom (Basatho do Lesoto)
UUKA: Surja, apareça
UZOMA: Siga o caminho certo (Ibo da Nigéria)
VINZA: Uma pessoa da Tanzânia
VUAI: Salvador
WAMBUA: Nascido na estação chuvosa (Kamba do Quênia)
WAMUKOTA: Canhoto
WANJALA: Cervejeiro (Kikuyu do Quênia)
WEKESA: Nascido durante a colheita (Luhya do Quênia)
XOLA: Fique em paz (Xhosa da África do Sul)
YAHYA: Presente de Deus (Swahili)
YAO: Nascido Quinta-Feira (Ovelha Gana)
YERA: Guerreiro (África Meridional)
YERODIN: Estudioso (Congo)
YOHANCE: De Deus (Hausa Da África Ocidental)
YOHANESS: Presente de Deus (Etiópia) Zahur
ZEBENJO: Evite os pecados (Ibo Da Nigéria)
ZERE: O descendente (Etiópia)
ZIFA: (Ijaw do Níger)
ZUHRI: Bom olhar (Swahili)
ZULU: Céu, um grupo étnico na África do Sul
ZURI: Belo (Kiswahili)
ZWANGA: Meu ou que pertence a mim (Venda da África do Sul)

Um afro abraço.

fonte:dicionariosvarios.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de março de 2017

O cantor e compositor Bob Marley o primeiro grande astro vindo do terceiro mundo...

Bob Marley, o ícone do gênero, o primeiro grande astro vindo do terceiro mundo, foi uma
figura tão especial e carismática que sua existência tomou ares proféticos. Parece que veio predestinado ao mundo sob a simbologia da união dos povos e miscigenação.

No dia 6 de fevereiro de 1945 nascia em Nine Mile,Fruto do amor de uma jovem negra de 18 anos, Cedella Booker, e de um homem branco mais velho, o capitão Norval Sinclair Marley, na Jamaica, Robert Nesta Marley, mundialmente conhecido como Bob Marley. Considerado um ídolo a altura de Elvis Presley ou John Lennon, ele é o mais famoso músico de reggae de todos os tempos. Por conta de sua adolescência difícil em uma favela em Kingston, capital jamaicana, Bob Marley desenvolveu um ponto de vista bastante crítico sobre os problemas sociais e seu trabalho faz muitas referências à questão da pobreza e da opressão. Bob foi casado com Rita Marley, mãe de quatro de seus 12 filhos (dois deles adotados). Entre eles estão Ziggy e Stephen Marley, que deram sequência ao legado musical do pai na banda Melody Makers. Outros filhos, Kymani, Julian e Damian (Jr. Gong) também seguiram no meio musical. Bob Marley, provavelmente, é mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo The Wailers, que contava com os excelentes músicos Bunny Wailer e Peter Tosh. Em 1971, Bob assinou com o selo Island Records. 


Quatro anos depois, com “No Woman, No Cry”, ele ganhou fama mundial. No ano seguinte, em 1976, o músico, sua esposa e seu empresário sofreram um atentado a bala, na casa de Bob Marley, em Kingston. O tiroteio teria motivações políticas, já que alguns dias depois estava agendado um show gratuito de Bob Marley em evento que foi interpretado como gesto de apoio ao então primeiro-ministro Michael Manley. Em julho de 1977, Bob Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que não cicatrizava e que resultou na queda de sua unha. Marley descobriu que estava com um tipo de câncer de pele, e os médicos o
aconselharam a amputar o dedo. O músico se recusou por conta dos seus princípios rastafáris em que não se deve cortar ou amputar qualquer parte do corpo.

"A música de Bob Marley foi importante para a aceitação do Reggae no mundo, o que tornou o ritmo um dos mais populares. Marley é considerado um mito, pois disseminou suas ideias através da música".

Alguns anos de morrer, em 1977, Marley teria se convertido aos cristianismo e decidido que seu corpo deveria ser cuidado. A esta altura, contudo, o câncer havia se espalhado – estava no seu cérebro, pulmão e estômago. 

Em 1978 o cantor recebeu a medalha da paz, oferecida pela ONU, em Nova Iorque. No mesmo ano foi, pela primeira vez, à África, onde visitou o Quênia e a Etiópia, país especialmente reverenciado pelos rastas, terra do imperador Haile Selassie, considerado por eles como seu messias. Depois de uma nova turnê pela Europa e EUA, o grupo lançou o disco ao vivo "Babylon By Bus", e tocou na Austrália, Japão e Nova Zelândia.
Com seu nono álbum, "Survival", de 79, Marley já havia tornado o reggae um estilo internacional, conhecido no mundo todo. A África era o único continente em que o grupo ainda não havia se apresentado, mas em 1980, Bob Marley foi convidado a se apresentar com os Wailers na cerimônia


Durante uma turnê no verão de 1980, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park, em
Nova York. Depois disso, foi fazer um tratamento na Alemanha, que acabou não dando resultado. Por conta da doença, o astro da música morreu aos 36 anos, no dia 11 de maio de 1981, em Miami, nos Estados Unidos. Após a sua morte, a data de seu aniversário, no dia 6 de fevereiro, foi decretada feriado nacional na Jamaica.


Um afro abraço.

Claudia Vitalino.
fonte:https://www.vagalume.com.br/www.suapesquisa.com/

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Nossa historia nossa gente:Insurreição de Queimado

Tudo começou com o compromisso assumido por um frei com os escravos locais. Frei
Gregório José Maria de Bene era um capuchinho italiano que tinha ideias abolicionistas e o desejo de construir uma grande igreja no povoado de Queimado. Para realizar essa construção, teria se comprometido com alguns escravos prometendo que aqueles que participassem da tarefa poderiam ser posteriormente libertos. Frei Gregório prometeu aos escravos que intercederia junto aos senhores para que alforriasse todos os escravos que contribuíram na obra da igreja.

"O município da Serra é nosso próximo destino. Mais precisamente São José do Queimado, um distrito do município. Esse foi o local onde ocorreu a maior revolta dos negros escravizados do Estado do Espírito Santo. A insurreição, ou seja, a rebelião dos escravos foi liderada pelos heróis Chico Prego, João da Viúva e Elisiário, em 19 de março de 1849. Chico Prego inclusive ganhou uma estátua na Serra Sede".
No dia 19 de março, dia da festa de São José, durante a celebração da missa em homenagem ao santo, cerca de trinta escravos entraram na igreja. Aproveitando o momento de festa em que se encontravam reunidos vários senhores, os escravos pretendiam exigir suas declarações de alforria. Contando que o padre os apoiaria, os escravos entraram na igreja aos gritos de liberdade. Instaurado um momento de confusão, o padre interrompeu a missa e, sem nenhuma comunicação com os escravos, abandonou o altar. Mesmo sem o apoio do padre, Elisário, João e Chico Prego, líderes do movimento, e outros escravos resolveram percorrer as casas dos senhores exigindo que assinassem a declaração de alforria. Acreditavam que apresentando as declarações assinadas o padre não se omitiria e os ajudaria a oficializar o documento junto à Imperatriz Dona Tereza Cristina, com quem o padre mantinha relações de amizade.

Os escravos seguiram para diversas fazendas reunindo um número cada vez maior de escravos e exigindo que seus senhores assinassem as declarações de liberdade. Segundo o
presidente de província, nessas incursões os escravos foram acumulando armas, munições e chegaram a formar um grupo de cerca de trezentos revoltosos, gerando confrontos e vítimas feridas dos dois lados.

Se liga nos fatos:  Primeiro - Frei Gregório ansiava pela construção de uma grande Igreja na povoação de São José do Queimado. Tendo lançado a pedra fundamental da tal Igreja em 15 de agosto de 1845, havia um número expressivo de pessoas na reunião. Frei Gregório Maria
de Bene, conclamou os negros a participarem da construção da obra monumental, falou ele que posteriormente iria junto aos seus donos para que dessem a alforria de cada um dos negros. Na verdade, Frei Gregório não prometeu dar a liberdade, e sim prometeu pedir aos senhores para que fosse dada a alforria. O padre foi um verdadeiro defensor da liberdade dos escravos.

Do dia 20 ao dia 23 deu-se o combate à insurreição pela força policial. Na perseguição aos revoltosos, os policiais atiravam em qualquer negro que encontravam pelas ruas, estando envolvidos na revolta ou não. Muitos escravos foram mortos e outros brutalmente castigados. No dia 31 foi realizado o julgamento e a sentença só foi obtida após três dias de debate.

Segundo- No dia 7 de dezembro de 1849, após serem presos pela força policial, cinco
presos conseguiram fugir da prisão. Como lá não foi encontrado sinal de arrombamento, a fuga foi atribuída a um milagre de Nossa Senhora da Penha. Os negros fugiram para as mata do Mestre Álvaro e do Mochuara e alguns chegaram a construir um quilombo na região de Cariacica. Numa clara alusão ao herói Zumbi dos Palmares, Elisiário tornou-se uma lenda, sendo cognominado o Zumbi da Serra,herói entre os negros que lutavam pela liberdade e sua fuga foi cantada em prosa e verso como um milagre da santa. João e Chico Prego foram executados em janeiro de 1850.

"Mais de 200 negros se organizam para proclamar a libertação dos escravos no Espírito Santo Revolta do Queimado foi um marco da negritude em busca da liberdade"
Em 1996, a Câmara Municipal aprovou o Projeto Chico Prego , que consiste na concessão de incentivos fiscais na realização de projetos culturais. Em 2002, foi celebrada uma missa afro-ecumênica nas ruínas da Igreja São José de Queimado, em comemoração aos 153 anos
da insurreição. Nessa celebração estavam presentes cerca de mil pessoas e entre elas representantes de movimentos sociais e religiosos e também alguns dos descendentes dos escravos revoltosos...

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:www.koinonia.org.br/www.morrodomoreno.com.br/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A história do carnaval tem suas origens na Antiguidade afesta tradicional e popular que chegou ao Brasil tem um caminho...

O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco
realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
"A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã".

Identidade: Da mesma forma que o jazz nos Estados Unidos e a salsa (derivada do mambo e da rumba) em muitos dos países caribenhos, o samba é indiscutivelmente o gênero musical que confere identidade ao Brasil. Nascido da influência de ritmos africanos para cá transplantados, sincretizados e adaptados, foi sofrendo inúmeras modificações por contingências das mais diversas - econômicas, sociais, culturais e musicais - até chegar no ritmo que conhecemos. E a história é mais ou menos a mesma para os similares caribenho e americano.

O Brasil está entre os maiores produtores de grãos e de carne do planeta. Além da comida, do algodão, da madeira ou da energia gerada pela cana, nosso campo também rende muita festa, cultura e até música, como o samba, que nasceu no chão de terra batida das fazendas.
Ele já fez realeza descer do trono e transformou gente comum em majestade. O samba é uma
expressão cultural, vai além do ritmo, da dança ou do canto. É uma manifestação da alma brasileira.
Hoje, quando se fala em samba, o mundo inteiro pensa no Rio de Janeiro. O desfile das escolas cariocas recebeu o título de maior espetáculo a céu aberto do planeta.
É impossível não ser contagiado pelo som, pela energia da bateria de uma escola. O que pouca gente sabe é que o samba nasceu na roça e num dos momentos mais tristes da história do Brasil.

O samba é filho da senzala. Sua matriz veio da África, junto com os negros trazidos para cá como escravos, para trabalhar nas lavouras de cana e café. Durante três séculos, o som dos tambores e batuques ecoou pelas fazendas do Nordeste, do Rio de Janeiro e São Paulo.

A socióloga Olga Von Simsom é professora da universidade de campinas e uma especialista no assunto. “Na verdade, todos os sambas do Brasil vêm de uma influência de Angola. Em cada local que eles se fixavam saía um samba diferente, ao se misturar com as tradições locais”.
Os historiadores estimam que pelo menos sete milhões de africanos entraram no Brasil entre 1550 e 1855. A maioria vinha de regiões rurais de Angola e entravam no
país pelos portos de Salvador e do Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro, os negros desembarcavam no cais do Valongo, construído especialmente para descarregar escravos, como conta o historiador André Diniz. “O cais do Valongo foi construído em 1811, justamente para tirar os negros que ficavam na Praia do Peixe, atual Praça XV, que ficavam expostos ali, acorrentados. Os brancos, que queriam escravizar, mas não queriam que a população que chegasse pelo nosso cais visse aquela barbaridade que
fizeram com toda uma população negra africana”.
No início do século XX, o local foi aterrado. Do antigo cais, hoje restam apenas ruínas, que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. A poucos metros, outro lugar guarda parte da memória dos escravos: o cemitério dos pretos novos.

No final da década de 1990, um casal de empresários cariocas comprou a área para construir uma casa. Quando a obra começou, foram descobertas diversas ossadas de negros que foram enterrados no local. Eram negros que morriam na viagem da África para o Brasil ou assim que chegavam. Os corpos eram jogados em valas comuns, incendiados e sobre eles era depositado lixo.

A área foi transformada em museu e hoje guarda ossos e objetos pertencentes aos escravos.Escravo não tinha direito a nada, trabalhava de sol a sol, sob a ameaça da chibata, mas nem o sofrimento foi capaz de apagar a alegria. Os negros insistiam em batucar e cantar. Talvez venha daí a inspiração para a letra do samba da benção, bela composição do poeta Vinícius de Moraes, feita em parceria com Baden Powell.

“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração”


Há registros de batuques em todos os lugares onde tinha os escravos, mas será que o samba tem um berço? Há um fato com que todos concordam: um dos primeiros lugares onde surgiu essa manifestação cultural foi no Recôncavo Baiano. A terra do samba de roda.

Finalizando: Se por um lado o samba como dança e festa coletiva explodia nos quintais,
tomava as ruas e se exibia nos desfiles de cordões, por outro, o samba como música e 
composição autoral dava os seus primeiros passos em casa de tia Ciata. O elemento comum eram os estribilhos, cantados e dançados tanto num lugar como no outro.

"Assim nasceu o samba carioca, após longa gestação, da África à Bahia, de onde veio para
ser batucado nos terreiros da Saúde e finalmente, tomando nova forma rítmica a fim de adaptar-se ao compasso do desfile de um bloco carnavalesco." 

De fato, nos quintais da casa de tia Ciata reuniam-se bons ritmistas, compositores e verdadeiros mestres da música popular, muitos deles profissionais como Sinhô, Pixinguinha, Donga, Caninha, João da Baiana, Heitor dos Prazeres, Hilário Jovino Ferreira e outros. Não foi à toa que de lá saiu o primeiro samba da música popular brasileira, pois é o
 samba nasceu no asfalto; foi galgando os morros à medida em que as classes pobres do Rio de Janeiro foram empurradas do Centro em direção às favelas, vítimas do processo de reurbanização provocado pela invasão da classe média em seus antigos redutos.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.
fonte:brasilescola.uol.com.br/www.educacaopublica.rj.gov.br/

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Clementina de Jesus

Cantora. Compositora. Seu pai, Paulo Batista dos Santos, foi mestre de capoeira, violeiro e
estucador. Com a mãe, Amélia de Jesus dos Santos, parteira, aprendeu os cantos de trabalho, partido-alto, ladainhas e jongos, assim como corimás e ponto de candomblé. A família residia na Rua Carambita e depois se transferiu para o bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando Clementina tinha entre oito e dez anos de idade, onde ganhou o apelido de "Quelé". A família mudou-se para o bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro ou simplesmente Clementina...


Biografia:  Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé, carregava consigo os banzos de seus ancestrais, transformados em cantos, encantos e segredos nos jongos, no partido-alto e nas curimbas que cantava. Diferentemente das conhecidas e famosas “divas do rádio” que brilharam na primeira metade do século XX, a cantora negra tinha um timbre de voz grave, mas com grande extensão e um repertório de músicas afro-brasileiras tradicionais.

Nascida na cidade de Valença (RJ), região do Vale do Paraíba, tradicional reduto de jongueiros, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e de Paulo Batista dos Santos, capoeira e violeiro da região. Uma de suas avós chamava-se Teresa Mina. A pequena Clementina viveu a infância na cidade natal, ouvindo sua mãe cantar enquanto lavava as roupas a beira do rio. Assim foi guardando na memória tesouros que mais tarde gravaria em discos. Aos sete anos veio com a família para a cidade do Rio de Janeiro, bairro de Oswaldo Cruz, onde mais tarde surgiria a tradicional Escola de Samba Portela. Lá frequentou em regime semi-interno o Orfanato Santo Antonio e “Cresceu assim num misticismo estranho: vendo a mãe rezar em jejê nagô e cantar num dialeto provavelmente iorubano, e ao mesmo tempo apegada a crença católica.” (Hermínio Bello de Carvalho).

Até os quinze anos, Clementina participou do grupo de Folia de Reis de seu João Cartolinha, renomado mestre da região. Foi João quem levou a moça para o Bloco As Moreninhas das

Campinas, embrião da Escola de Samba Portela, onde ocorriam de rodas de samba e onde Clementina conheceu grandes bambas como Paulo da Portela, Claudionor e Ismael Silva. Nesse tempo, a voz de Clementina já chamava a atenção e ela foi convidada por Heitor dos Prazeres para ensaiar suas pastoras, o que fez durante muitos anos. Casou-se com Albino Pé Grande e foi morar no Morro da Mangueira, de onde não saiu mais. Ao longo destes anos Clementina trabalhou como lavadeira e empregada doméstica. Sua atividade de cantora ela exercia sem intenção de fazer-se profissional, cantava porque preciso era cantar, por prazer, por alegria.

A carreira profissional de Clementina de Jesus como cantora começou aos 63 anos, depois que o produtor e compositor Herminio Bello de Carvalho a encontrou na festa da Penha em 1963, quando ela cantava na Taberna da Glória. Hermínio ficou fascinado pela sambista e quando a reencontrou, na inauguração do restaurante Zicartola, passou a ensaia-la em sua casa, preparando-a para o espetáculo Rosa de Ouro, show que a consagraria. Participavam do show, além de Clementina de Jesus e da cantora Aracy Côrtes, diversos sambistas das Escolas de Samba cariocas, entre os quais os ainda desconhecidos Paulinho da Viola e Elton Medeiros. A crítica foi unânime em exaltar Clementina e seu desempenho, tanto no show quanto nos dois LPs gravados ao vivo, as primeiras gravações da cantora. Nos anos seguintes Clementina participou dos discos Mudando de conversa, Fala Mangueira! e Gente da antiga, este último um disco antológico da música brasileira, ao lado de João da Baiana e Pixinguinha. No continente africano, participou do encontro das artes negras de Dakar em 1966, ao lado de outros bambas como Martinho da Vila e artistas como Rubem Valentin. Clementina foi o maior sucesso do festival e grande destaque. Ao final do show da cantora as pessoas invadiam o palco para abraçá-la, contou Sérgio Cabral. Também no mesmo ano ela representou a música brasileira no festival de cinema de Cannes, na França.

Naquele mesmo ano de 1966, Clementina gravou seu primeiro disco solo, intitulado Clementina de Jesus, com repertório de jongo, curima, sambas e partido-alto. A capacidade
de Clementina de transmitir poderosa emoção através do canto chamou a atenção dos críticos, que, de novo, renderam-se aos encantos de sua voz. Também Milton Nascimento, fascinado pelo banzo de Clementina, convidou a cantora para participar de seu disco chamado Milagre dos Peixes gravando a excepcional faixa Escravos de Jó.

Ao todo a cantora gravou 13 LPs entre álbuns solos e participações em álbuns coletivos, com destaque para o disco O Canto dos Escravos, composto de vissungos de escravos da região de Diamantina, recolhidos por Aires da Mata Machado. Unanimidade entre a crítica, Clementina foi louvada como elo entre África e Brasil, tendo sido reverenciada por grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina, João Nogueira, Clara Nunes, Caetano Veloso, Maria Bethânia e João Bosco. Todos a tratavam com muito carinho, inclusive alguns a chamavam carinhosamente de mãe Clementina. O sambista Candeia compôs um samba em homenagem à Rainha Quelé chamado “Partido Clementina de Jesus”, que a cantora gravou ao lado de Clara Nunes em 1977 no LP “As Forças da Natureza”.


"Em 1983 houve uma grande homenagem à cantora no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com participação de grandes sambistas como Paulinho da Viola, Beth Carvalho e João Nogueira. Clementina faleceu vítima de derrame em Inhaúma, Rio de Janeiro, no ano de 1987, aos oitenta e seis anos".

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
fonte:https://pt.wikipedia.org/cultura.estadao.com.br/www.museuafrobrasil.org.br


Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...