UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

domingo, 12 de março de 2017

Curiosidade: Significados de Alguns nomes próprios femininos Africanos...

FEMININOS :

ABBA: Nascida Na Quinta-Feira (Gana)
ABEBA: Flor (Etiópia)
ABENA: Nascida Na Terça-Feira (Gana)
ACAI: Timidez (Sudanese)
ADA: Nascida Primeiro ( Nigéria)
ADANNA: Filha Amorosa Do Pai
ADEBANKE: Deus Está Cuidando Dela (Yoruba Da Nigéria)
ADEBUMI: Riqueza (Realeza) (Nigéria)
ADENIKE: A Coroa É Amorosa, Afetuosa (Yoruba Da Nigéria)
ADEOGA: Coroa de Glória (Yoruba Da Nigéria)
ADEOLA: Coroada De Honras (Nigéria)
ADETOKUMBO: Honra Que Veio De Além Dos Mares (Yoruba Da Nigéria)
ADETOUN: Princesa (Yoruba Da Nigéria)
ADHIAMBO: Nascida À Noite Depois De Por Do Sol (Luo Do Quênia)
ADJOA: Nascida Na Segunda-Feira (Gana)
ADOWA: Nobre
ADUOA: Paz (Gana)
AFUA: Nascida Na Sexta-Feira
AFYA: Saúde (Kiswahili)
AGUIDI: Bem-Estar (Ovelha Da Gana)
AINA: Nascida Com O Cordão Umbilical Em Volta Do Pescoço (Yoruba Da Nigéria)
AINKA: A Estimada (Tonga)
AISHA: Ela É Vida (Swahili)
AJA: Alta Sacerdotisa De Mecca
AKILAH: Inteligente, Que Tem Razões
AKOSUA: Nascida No Domingo (Ahsanti Da Gana)
AKYA: Nascida Na Quarta-Feira (Gana)
AMACHI: Quem Sabe O Que Deus Nos Trouxe Através Desta Criança (Ibo Da Nigéria)
AMARA: Ibo Da Nigéria Oriental
AMINA: Confiável, Honesta (Oeste da África)
AMINATA: (Senegal)
AMINIA: Acreditar ( Kiswahili)
AMMA: Nascida No Sábado (Ashanti Da Gana)
ANAYA: Olhar Para Deus (Ibo Nigéria Oriental)
ANELE: Bastante, Suficiente {Nome Normalmente Dado À Última Nascida, nunca para A 1° Ou 2° Criança} (Xhosa Da África Do Sul)
ANULIKA: Felicidade É A Melhor (Ibo Nigéria Oriental)
ANYANGO: Amiga (Af Do Quênia)
ARMANI: Derivado De Imani Quer Dizer Fé

ASABI: De Nascimento Seleto (Yoruba Da Nigéria)
ASHAKI: Bonita (Ocidental)
ASHANTI: Mulher Africana Forte (Gana)
ASSAGGI: Forte (Zimbábue)
AYAN: Brilhante (Somália)
AYANA: Flor Bonita (Etíope)
AYO: Alegria (Yoruba Da Nigéria)
AYOMIDE: Minha Alegria Chegou (Yoruba Da Nigéria)
AZA: Poderosa Swahili
AZINZA: Sereia (Togo)
AZIZA: Preciosa, Magnífica Kiswahili, Somali
AZMERA: Colheita (Etiópia)
BABA: Nascida quinta-feira
BADERINWA: Merecedora de respeito
BADU: Poderosa
BAHATI: Minha sorte é boa
BAHIYAH: Bonita (swahili)
BAINA: Reluzente
BAYO: Alegria encontrada
BECCA: Profetiza
BEJIDE: Criança nascida no tempo chuvoso
BESEDE: Nascida no domingo
BHEKISISA: Cuidadosa (zulu da África do sul)
BIKILU: Crescida ou grande (Etiópia)
BIMKUBWA: Grande dama
BINAH: Uma dançarina
BINTA: Com Deus (africano do oeste)
BINTU: Bonita (Costa do marfim/Senegal)
BISA: Muito amada
BOAHINMAA: A que deixou sua comunidade
BUKOLA: Riqueza nascente (yoruba da Nigéria)
BUNMI: Meu presente
BUSARA: Sabedoria
CHALONDRA: Esperta
CHALTUU: 1° menina nascida (oromo-kush)
CHANECIA: Esperta e bonita
CHANGA: É prevalecente
CHANYA: Quênia
CHARA: (Etiópia sul ocidental)
CHAUSIKU: Nascida à noite
CHAUSIKU: Nascida da noite
CHIAKA: Deus diz ( ibo da Nigéria)
CHIDERIA: O que Deus escreveu está escrito (Nigéria)
CHIDIMA: Deus é bom e maravilhoso (Ibo da Nigéria)
CHIKU: Falante (swahili)
CHIMWALA: Pedra
CHINAKA: Deus decide (Nigéria)
CHINARA: Deus pode receber (ibo da Nigéria)
CHINELO: Deus está pensando ( ibo da Nigéria)
CHINU: A própria bênção de Deus
CHINUE: Benção de Deus
CHINYERE: Presente de Deus (Ibo de Nigéria)
CHIOMA: Deusa bonita
CHIPO: Presente.
CLEOPATRA: Rainha negra (Egito antigo)
DACIA: Flor púrpura
DADA: Criança com cabelos ondulados
DADA: Irmã (kiswahili)
DAFINA: Presente (inesperado) / tesouro
DALILA: Gentileza é sua alma
DALJI: Caminhe graciosamente (swahili)
DAMTIEN: Santificada (moba de Costa de marfim)
DANUWA: amiga íntima
DARA: Bonita (bermudian)
DARRATU: Flor desabrochando (etiópia)
DAYO: Alegria alcançada
DEKA: A agradável (somali)
DERICIA: Atlética (americano africano)


DJIDADE: Desejada
DO: Primeira criança depois de gêmeos
DOFI: Segunda criança depois de gêmeos
DOLAPO: Benções e felicidade misturadas (yoruba da nigéria)
DOTO: Criança mais jovem do que os gêmeos
DUT: Consolação (dinka do sudão)
DZIKO: O mundo
EBIERE: Onda (níger)
EFFIWAT: Nigéria
EFIA: Nascida na sexta-feira (Gana)
ELON: Deus me ama
EMEFA: Existe a paz (ovelha da Gana)
ENO: Dádiva (efik da Nigéria)
ESHE: Vida (swahili)
ESI: Nascida no domingo (ovelha e fante da Gana)
ESIANKIKI: Jovem solteira (masai do Quênia)
ESINAM: Deus me ouviu (ovelha da Gana)
ETUHOLE: Deus nos ama. (oshiwambo da Gana)
FAIZAH: Ela Que É Vitoriosa (Swahili)
FARA: Nível Medido(Kiswahili)
FARAA: Alegre
FARAI: Ser Feliz(Shona Da Zimbábue)
FARISA: Fazer Feliz
FAYOLA: Sorte Caminha Com Honra (Yoruba Da Nigéria)
FEIMATA: Me Ame (Sierra Leoa)
FEYKEMI: Santificada Com Esta...(Yoruba Da Nigéria)
FOLAYAN: Andar Com Dignidade
FOLUKE: Colocada Aos CuidadosDe Deus (Yoruba Da Nigéria)
FUJO: Nascida Depois De Disputa
FUNMILAYO: Deu-Me Felicidade (Yoruba Da Nigéria)
GIMBYA: Princesa
GINA: Mãe Poderosa do povo negro (Namibia)
GOITSEMEDIME: Deus sabe
GZIFA: Aquela que está em pedaços (Ovelha De Gana)
HABEN: Coragem(Eritrea)
HADIYA: Dádiva(Swahili)
HALIMA: Suave(Swahili)
HANNA: Felicidade(Hausa)
HASANA: Primeira nascida dos gêmeos (África Ocidental)
HASANATI: Felicidade
HASINA: Bondosa(Swahili)
HAWA: Desejada (Kiswahili)
HAZIKA: Inteligente (Hausa)
HEMBADOON: Vencedora
HOLA: Salvadora(Gana)
HOMA: Agitada (Kiswhaili)
HOVA: Classe Média (Betsileo de Madagascar)
IDOWU: Primeira criança nascida depois de gêmeos
IFAMA: Tudo está bem
IFE: Amor
IGE: Nascida primeiro pelos pés
IJABA: Um desejo que cumpriu
IMA: Amor, caridade (efik da Nigéria)
IMAN: Fé (Somália)
IMANI: Fé (kiswahili)
IRUWA: Aquela que viu o mundo (ibo da Nigéria)
ISOKE: Um bonito presente de deus (Nigéria)
IZEGBE: Criança muito esperada
JAHA: Dignidade
JAHZARA: Princesa Santificada (Etiópia)
JAINEBA: (Senegal)
JALA: Especial (Americano Africano)
JALIA: Privilégio (Kiswhaili)
JAMILA: Bonita, Elegante (Somália, Swahili)
JANI: Uma Folha (Kiswahili)
JENDAYI: Agradecida
JOHARI: Jóia (Kiswahili)
JUBA: Nascida Na Segunda-Feira (Ashanti de Gana)
JUMAPILI: Nascida No Domingo
KAGISO: Paz (Tswana - Botsuana )
KAHFI: Quieta(Swahili )
KAIMAH: Muito pequena (Libéria)
KAINDA: Filha do caçador (Tharaka Do Quênia )
KAJUMBA: Bonita (Bantu Uganda)
KAKRA: A mais jovem dos gêmeos (Fante de Gana)
KALIFA: Brilhante (Swahili)
KAMARIA: Como a lua (Swahili)
KAMBAMI: O filho que fala pelo Pai ( Kimbundo- Angola)*
KAMBO: Sem sorte (Shano De Zimbawe)
KAMILAH: A perfeita
KAMILI: Perfeição
KAMOHELO: Bem-vinda (Sotho Da África Do Sul)
KANIKA: Roupa preta (Mwera Do Quênia)
KANONI: Pequeno pássaro
KARASI: Vida e Sabedoria
KARIMU: Generosa
KAWERIA: Amorosa (Meru Do Quênia)
KAYLA: Pura
KEFILWE: Eu Sou determinada
KEHINDE: Segundo nascida Dos gêmeos
KELI: Enérgica (Senufo da Costa Do Marfim)
KENYETTA: Inocente (África Do Sul)
KEREEDITSE: Eu estou escutando (Batswana)
KESI: Nascida depois de transtorno do pai
KEYAH: Tem boa saúde (Mande Da África Ocidental)
KHADIJA: Esposa do profeta Mohammed
KHANYSHA: Criança bonita (Swahili)
KIANGA: Luz do sol
KIJAKASI: Sua Vida é devida A nós
KIMANI: Doce E bonita (Americano Africano)
KINAH: Obstinada, empreendedora
KISSA (KIXA): Primeira filha da família (Quênia)
K'TUSHA: Alegria
KUKUA: Nascida na Quarta-Feira (Gana)
KUMANI: Destino (África Ocidental)
KUNTO: Terceira criança (Twi de Gana)
KWAVERA: Alvorecer, amanhecer (Swahili)
LATASHA: Surpresa (Congo)
LAYLA: Nascida de noite
LEKYSHA: Popularidade, beleza (Porto Rico)
LERATO: Amor
LEZA: Aquela que enfeita (África Central)
LINA: Tenra
LINDIWE: Esperada (xhosa da África do sul)
LINGAIRE: Princesa do século 4 (wolof de Gâmbia)
LISHA: Misteriosa (hausa - Nigéria)
LULU: Uma pérola
LUNGILE: Bondosa (zulu da África do sul)
MAFUANE: Tingida (Bachopi, África do Sul)
MAISHA: Vida (Kiswahili)
MAKENA: A Feliz (Kikuyu do Quênia)
MAKIDA: A Bonita (Etiópia)
MALAIKA: Anjo (Kiswahili)
MALI: Riqueza (Kiswahili)
MALKIA: Rainha (Kiswahili)
MAMELLO: Paciência (Lesoto)
MANDISA: Doce, meiga (Xhosa da África do Sul)
MARA: Tempo (Kiswhaili)
MARAHABA: Obrigado (Kiswahili)
MARALI: Essência (Antígua e Barbuda))
MARDEA: Última (Gana)
MARIAMA: Presente de Deus (África Ocidental)
MARJANI: Coral (Swahili)
MARVENA: Criança de dois planetas (Anguilla)
MBHALI: Rosa (Zulu da África do Sul)
MEECA: Será de ouro, forte, valente
MENE: A que nunca está só (Yoruba Da Nigéria)
MESI: Água (Asante)
MILUMBE: Novidades de benções (Tonga)
MINKAH: Justiça (Tanzânia)
MMAABO: Sua mãe (Botsuana)
MOLIEHI: A que era aguardada (Basotho do Lesoto)
MONIFA: Eu tenho sorte (Yoruba da Nigéria)
MONTSHO: Negra
MUDIWA: Pessoa querida (Shona da Zimbábue)
MUMBI: Primeiras das mulheres (Kikuyu Do Quênia)
MUTINTA: Criança nascida depois de duas ou mais crianças do sexo oposto (Tonga)
MWANGAZA: Ilumina (Swahili)
MYEISHA: A que é muito amada
NADIFA: Nascida entre estações (Somália)
NADIRA: Rara
NADRA: Incomum Kiswahili
NAFULA: Nascida durante a estação chuvosa (Abaluhya - Quênia)
NAJA: Quem terá sucesso (Somália)`
NAKI: Primeira menina (Adangbe Da Gana)
NAKISAI: Embeleza (Shona do Zimbábue)
NALA: Rainha (Tanzânia)
NANDE: Mãe (Chaka Zulu)
NANYAMKA: Presente de Deus (Gana)
NA'WEH: Caminhou antes (Libéria)
NA'ZYIA: Amor de uma mãe (Quênia)
NBULUNGI: Bonita (Gana)
NDAHEPULUKA: Me tornei mais rico (Ovambo da Namibia)
NDAPEWA: Ofertada, recebida (Oshiwambo da Namibia)
NDIDI: Paciência (Nigéria)
NEFERTITI: A bonita chegou (Egípcio)
NEHANDA: Firmeza, solidez (Zezuru do Zimbábue)
NGINA: Dedicada à uma rainha (Americano Africano)
NGONI: Clemência de Deus (Shona do Zimbábue)
NIA: Desígnio (Kiswahili)
NILAJA: Que vem com alegria (Yoruba da Nigéria)
NJEMILE: Em pé (Malauí)
NJERI: Filha do guerreiro
NKECHI: Leal (Ibo da Nigéria)
NNEKA: Mãe é Suprema (Ibo da Nigéria)
NOMBUSO: Que tem reino / Celebração jovial (Zulu da África do Sul)
NOSINE: Nascida na Quinta-Feira (Xhosa - África do Sul)
NOURBESE: Criança maravilhosa (Benin - Nigéria )
NTATU: Nascida na Quarta-Feira (Xhosa da África do Sul)
NÚBIA: Mulher negra, forte, original, mãe de uma nação (Egito)
NWEKA: Mãe é suprema (Ibo da Nigéria)
NYARAI: Ser humilde (Shona da Zimbábue)
NYASHIA: Princesa africana bonita de propósito (Swahili)
NYELA: Um que tem sucesso ou persevera (Somália)
NYOTA: Guerreira
NZINGA: Do rio
OBAX: Flor (Somália)
OBIOMA: Bom coração (Ibo Da Nigéria)
OGECHI: O tempo de Deus é o melhor tempo ( Ibo Nigéria)
OHENEWAA: Rainha (Guan ou Kyereponi de Gana)
OLABISI: Alegria multiplicada
OLABUNMI: Minha honra foi recompensada
OLANIYI: Existe gloria na riquesa
OLAYINKA: A honra me cerca (Yoruba, Krio de Serra Leoa)
OLUCHI: A arte, obra de Deus
OLUFUNMILAVO: Deus me dá a alegria
OLUREMI: Deus me consola (Yoruba da Nigéria)
OLWA-SEYI: Deus a fez (Yoruba da Nigéria)
OMOSUME: Uma criança é a coisa mais preciosa
ONA: Fogo (África Ocidental)
ONAEDO: Ouro (Ibo)
ONI: Nascida em domicílio sagrado
ONTIBILE: Deus está me vigiando (Botsuana)
ONYINYECHI: Presente de Deus (Igbo da Nigéria)
OZIGBODI: Paciência
PAMOJA: Unida Swahili
PANYIN: Mais Velha Dos Gêmeos (Fante - Gana)
PENDA: Amada (Fula - Senegal)
PHENYO: Vitória (Batswana)
PONI: Segunda Filha (Bari De Sudão Do Norte)
QWALHATA: Rainha núbia que governou o Egito na xxv dinastia.
QWARA: Pessoa que fala o idioma cushitic na Etiópia
RACHIDA: Íntegra, Honesta (Swahili)
RADHIYA: Agradável (Swahili)
RAHA: Felicidade (Kiswahili)
RAMAKEELE: Veio para nós de surpresa (Sotho da África do Sul)
RAMLA: Profetiza (Swahili)
RANDA: Dançar (Kiswahili)
RASHIDA: Íntegra, honesta (Ilhas Virgem)
RATIBA: (Marrocos)
RAZIYA: Doçura, agradável (Swahili)
REHEMA: Compaixão (Kiswahili)
RHAXMA: Doce (Somali)
RUKIVA: A Que sobe alto (Swahili)
RUSHA: Libertar-se (Kiswahili)
SAADA: Útil, que ajuda, auxilia
SAFIYA: Pura
SAIDA: Prestativa (Swahili)
SALAMA: Paz
SAMIA: Pessoas de Uganda
SANJO: A que aprecia seu passado (Yoruba)
SANKOFA: A que deve voltar ao passado para seguir adiante. (Akan de Gana)
SANYO: Alegria ou felicidade (Baganda de Uganda)
SARAN: Alegria (guiné e Costa do Marfim)
SAÚDA: Beleza escura (Swahili)
SAYBLEE: Fique em casa (Libéria)
SEBLE: Colheita (Amhara da Etiópia)
SEKAI: Sorriso (Zimbábue)
SELA: Salvadora (África Ocidental)
SELAM: Paz (Eritrea)
SEMA: Falar (Kiswahili)
SERWA: A nobre (Gana)
SESEN: Desejar mais (Eritrea)
SHAKARRI: Grande caçadora (afro-americano)
SHAKIA: Semelhante à sua mãe (Afro-americano)
SHAKINA: Bonita
SHAKIR: Nascida na graça de deus (Nigéria)
SHANI: Maravilhosa (Swahili - África Oriental)
SHAQUANA: Verdade da vida (Afro-americano)
SHARIFA: Distinta (Swahili - África Oriental)
SHARTATI: Montanha mais bonita (Etiópia)
SHATEQUE: Seguidora (Afro-americano)
SHEBA: Rainha de Sheba (Makeda)
SHENA: Quieta,calma, reservada (Tutsi de Ruanda)
SHOORAI: Vassoura que varre (Shona - Zimbábue)
SHUKURA: Eu sou grata
SIKUDHANI: Agradável surpresa
SISI: Nascida no domingo (Twi da Nigéria)
SIYANDA: Nós estamos crescendo (Zulu da África do Sul)
SUSHAUNNA: Princesa / deusa dos homens (Etiópia)
TAARIQ: Estrela matutina (Swahilli)
TAFUI: Glória a Deus (Mina do Togo)
TAJA: Para mencionar (Kiswhili)
TAKIYAH: Íntegra
TAMU: Doce (Swahili)
TANGELA: Atenciosa (Afro-Americano)
TANGENI: Deusa de elogio (Ovambo Da Namibia)
TANGINIKA: Deusa do lago (Afro-Americano)
TANISHA: Nascida na Segunda-Feira (Hausa da Nigéria)
TAPIWA: Presente, dádiva (Shona do Zimbábue)
TARANA: Nascida durante o dia (Hausa da Nigéria)
TARISAI: Olhe, olhar para (Zimbábue)
TATA: Envolvente (Kiswahili)
TATU: Terceira filha (Swahili)
TAWIAH: Primeira depois de gêmeos (Gana)
TENDAI: Grata a Deus (Shona do Zimbábue)
TEREHASA: Santificada (Etiópia)
THANDIWE: Rainha amorosa
THEMA: Rainha
TIOMBE: Tímida (Africano do Oeste)
TITILAYO: Felicidade eterna (Yoruba Da Nigéria)
TSEHAI: Raio de sol (Etiópia)
TSHEPISO: Uma promessa (Tswanna da África do Sul)


TUMPE: Deixe agradecermos à Deus
TUSAJIGWE: Nós somos abençoados
TUWALOLE: Exemplar
UBEKWENISHA: Mãe da íntegra (Yoruba)
UBORO: Excelência (Kiswahili)
UCHENNA: Será de Deus (Ibo da Nigéria)
UDAKO: Respeito aos anciães (Namimbia)
UDAMA: Bonita flor (Argélia)
UGOCHI: Presente de Deus (Nigéria)
ULU: Segunda Filha (Ibo da Nigéria)
URBI: Princesa
URENNA: Orgulho do Pai
URUHU: Liberdade (Kiswahili)
UWIMANA: Filha de Deus
UZURI: Beleza (Swahili)
VAI: Pessoa de Serra Leoa
VANA: Privilégio (Congo)
VASHA: Língua da África do Sul
VENDA: Pessoa (Bantu da África do Sul)
WALASMA: Nome de uma família real que governou a Etiópia Oriental
WAMBUI: Cantante (Kikuyu Do Quênia)
WANDA: Ficar gorda (Kiswahili)
WANGUI: Uma Das Nove Filhas De Gikuyu E Mumbi*
WANJIKO: Kikuyu do Quênia
WANJIRU: (Kikuyu do Quênia)
WUB: Magnífica, bonita (Etiópia)
XETSA: Nome dado a uma de duas gêmea (Ewe De Gana)
XHOSA: Umas pessoas na África do Sul
YA: Nascida na Quinta-Feira, Valente, Corajosa (Akan Da Gana)
YAHMINAH: Propriamente com respeito (Egito)
YATIMA: Orfã (Kiswahili) -Ye
YEJIDE: A imagem da mãe

MASCULINOS :
ABASI: Severo, rigoroso
ABAYOMI: Nascido para me trazer alegria.
ABIMBOLA: Nascido rico. (Yoruba da Nigéria)
ADDO: Monarca da estrada (Gana)
ADE: Real
ADISA: Nos ensinará (Ashanti Gana)
ADJATAY: Príncipe (Camarões)
ADOFO: Que ama (Akan Gana)
AJENE: Verdade
AKELLO: Traga adiante (Alur De Uganda)
AKIA: Primeiro a nascer
AKIL: Inteligente, usa a razão (Swahili)
AKIN: Homem valente, guerreiro, herói (Yoruba da Nigéria)
AMANI: Paz (Kiswahili)
AMARA: (Ibo da Nigéria Oriental)
AMARI: Forte e construtor (Yoruba da Nigéria)
AMIR: Príncipe (Swahili)
ANWAR: Lustroso, brilhante (Moor)
ASAD: Leão (Somália)
ASANTE: Agradecido, grato (Kiswahili)
ATSU: O mais jovem entre gêmeos (Gana)
ATU: Nascido no sábado (Fante de Gana)
AYO: Alegria
AYODELE: Alegria vem ao lar (Yoruba da Nigéria)
AYUBU: Perseverante
AZEKEL: Rezando ao Senhor (Angola)
AZIBO: O planeta terra inteiro
AZIKIWE: Cheio de vigor
AZIZI: Precioso
BABA: Pai ou filho mais velho (Yoruba)
BABTUNDE: Pai retornou
BABU: Disposto (Africano do Oeste)
BABUKAR: (Wolof do Senegal)
BADU: Décimo filho (Ashanti de Gana)
BAKARI: O Que Terá Sucesso (Swahili)
BANDELE: Nascido longe da casa
BANGA: Espada
BASSEY: Efik da Nigéria
BEM: Paz
BERTA: Forte, vigilante (Gurage da Etiópia)
BIKILA: Grandalhão, crescido (Etiópia)
BIKO: Steven Biko, um antigo ativista político da África do Sul
BOBO: Nascido Terça-Feira (Fante de Gana)
BOLAJI: (Yoruba da Nigéria)
BOMANI: Guerreiro
BOSEDA: Nascido no Domingo
BRUK: Ele é Sagrado (Etiópia)
BWANA: Cavalheiro, senhor (Kiswahili)
CARAMA: Professor (África Ocidental)
CHAD: De grande amor (Etiópia)
CHAGA: Prevalecente (Kiswahili)
CHAKA: Grande monarca (África do Sul)
CHEGE: (Kikuyu do Quênia)
CHEIKH: Aprendeu (Guiné)
CHEOPS: Um faraó da iv dinastia do Egito
CHEWE: Pessoa querida (Etíope)
CHICHA: Amado, querido (África Ocidental)
CHIMEZIE: Deus conserta as coisas como ele deseja (Ibo da Nigéria)
CHINEDU: Primeiro filho (Ibo Da Nigéria)
CHINUA: Bênções de Deus (Ibo da Gana)
CHIOKE: Abençoado pelos deuses
CHISULO: Forte como aço
COFFIE: Nascido na Sexta-Feira
COUJOE: Nascida na Segunda-Feira
DAKARAI: Alegria
DALMAR: Versátil (Somali)
DANJUMA: Nascido Sexta-Feira
DANSO: Confiante, seguro (Ashanti Da Gana)
DAREN: Nascido de noite (Hausa da África Ocidental)
DIA: Campeão (África Ocidental)
DIARA: Presente, dádiva (África Ocidental)
DIJI: Fazendeiro (Ibo da Nigéria)
DINARI: Nossa estrela brilhante
DUME: O touro (Quênia)
DUMISANI: Louva (Zulu da África do Sul)
EBO: Nascido na Terça-Feira
EDET: Nascido em dia de mercado (Efik Da Nigéria)
EFUNSEGUN: Criança de Obatala (Yoruba Da Nigéria)
EHIOZE: Acima da inveja dos outros
EKOW: Nascido na Quinta-Feira (Fante Da Gana)
EKUNDAYO: Torna duelo em alegria
ENO: Presente (Nigéria)
ERASTO: Homem de paz (África Oriental)
ESSIEN: A criança de todos (Efik da Nigéria)
ESTRONDO: Grande (Congo)
EZE: Rei
FARAJI: Consolo, alento (Swahili)
FELA: Guerreiro (Africano do Oeste)
FIFI: Nascido na Sexta-Feira
FONTE: http
FYNN: Gana
GAHIJI: Caçador
GAHIJI: Caçador
GAMBA: Guerreiro
GAMBA: Guerreiro
GANA: Chefe de Guerra
GANA: Chefe de Guerra
GEBRE: Oferta, oferecimento (Tigrinya)
GEBRE: Oferta, oferecimento (Tigrinya)
GETEYE: Meu mestre (Amharic)
GETEYE: Meu mestre (Amharic)
GHALI: Caro (Kiswahili)
GHALI: Caro (Kiswahili)
GHEDI: Viajante (Somali)
GHEDI: Viajante (Somali)
GUEDADO: Procurado por Ninguém (Fulani de Mali)
GUEDADO: Procurado por Ninguém (Fulani de Mali)
GYAMFI: Ashanti da Gana
GYAMFI: Ashanti da Gana
GYASI: Maravilhoso
GYASI: Maravilhoso
IDOWU: Nascido depois dos gêmeos
IKE: Força (Ibo Da Nigéria)
INIKO: Nascido em tempos difíceis (Efik Da Nigéria)
IPYANA: Graça divina
ISSA: O Messias (Swahili)
IYASU: (Tigrinya Da Etiópia)
JAALI HRU RA HOTEP: Poderoso sol, deus da paz (Núbio)
JABARI: Valente, forte (Suazilândia)
JABULANI: Feliz
JAFARI: Digno (Swahili)
JAHARI: Jovem forte e poderoso (Afro Americano/Porto Rico)
JAHI: Dignidade (Swahili)
JAJA: Presente de Deus (Ibo da Nigéria)
JAWARI: Paz amorosa (Senegal)
JELA: O pai sofreu durante o nascimento (Swahili)
JELANI AGYEI: Mensageiro poderoso
JIMA: (Etiópia)
JOMO: Fazendeiro (Gikuyu do Quênia)
JUMA: Nascido na Sexta-Feira (Swahili)
KAMAU: Guerreiro quieto
KAMBAMI: O filho que fala pelo Pai ( Kimbundo- Angola)*
KANELO: Bastante, suficiente (Xhosa da África do Sul)
KANTIGI: Uma pessoa fiel (Ibo da Nigéria)
KASHKA: Amigo, amistoso (Nigéria)
KATO: Segundo nascido dos gêmeos (Runyakore de Uganda)
KAUNADODO: O mundo não tem nenhum degrau (Oshiwambo - Namibia)
KAYIN: Criança muito aguardada (Yoruba da Nigéria)
KEITA: Adorador (Africano do Oeste)
KENAN: Nome masculino (Malauí)
KENYATTA: Músico (África Oriental)
KHAMISI: Nascido Quinta-Feira
KIJANA: Juventude (Kiswahili)
KIMONI: Monarca ou grande homem
KITO: Precioso (Swahili)
KOBBI: Nascido Terça-Feira (Fanti Da Gana)
KOBBINA: Nascido Terça-Feira (Fanti Da Gana)
KODWO: Nascido Segunda-Feira
KOFI: Nascido Sexta-Feira (Gana)
KOJO: Nascido Domingo (Ashanti da Gana)
KOKUMUO: O que não morrerá
KOLAPO: Toda a riqueza deve unir (Yoruba da Nigéria)
KUMI: Vigoroso (Akan de Gana)
KWABENA: Nascido Terça-Feira (Akan de Gana)
KWAKU: Nascido Quinta-Feira (Akan de Gana)
KWAME: Nascido Sábado (Akan de Gana)
KWESI: Nascido Domingo (Akan de Gana)
LABAAN: Somali
LEABUA: Falante
LINDANI: Paciente (Zulu da África do Sul)
LISIMBA: Leão
LUMUMBA: Presenteado (Congo)
LUNGILE: O Bom (Zulu da África do Sul)
LUSALA: Chicote (Luhya do Quênia)
LUTALO: Guerreiro
MABILI: Vento do leste trazendo religião e cultura
MALIK: Monarca (Somália)
MAMELLO: Paciente (Basotho Lesoto)
MANU: Segundo filho (Akan Gana)
MASHUDU: Sortudo (Venda da África do Sul)
MATUNDE: Frutos (Luya Quênia)
MAZI: Senhor (Senegal)
MENEFER: Bonita Cidade (Kemet/Egito)
MHINA: Agradável
MINKAH: Justiça (Tanzânia)
MODUPE: Agradecido, grato
MONGO: Famoso (Yoruba da Nigéria)
MONTSHO: Negro
MOPATI: Ajudante (Botsuana)
MORENIKE: Boa sorte (Nigéria)
MOSI: Primeiro filho (Swahili)
MOTHUSI: Ajudante (Tswana de Botsuana)
MUENDA: O que gosta dos outros (Meru do Quênia)
MUGAMBI: Rei (Quênia)
MULALO: Paz (Venda da África do Sul)
MUNYIKA: Terra (Shona de Zimbábue)
MUNYIKA: Terra (Zimbábue)
MUZI: Casa (Zulu da África do Sul)
MWAKA: Nascido da nova eva (Buganda de Uganda)
NAKIA: Fiel (Egito)
NANGILA: Nascido em uma jornada
NASSOR: Vitorioso
NDASUUNYE: Desencorajado (Oshiwambo da Namibia)
NDULU: Irmão (Ibo da Nigéria)
NGOZI: Uma bênção
NJANU: Búfalo jovem (Kikuyu do Quênia)
NKHANGWELENI: Perdoe-Me (Venda da África do Sul)
NKOSI: Soberano
NKRUMAH: Nono filho
NNAMDI: O pai retornou (Nigéria)
NURU: Nascido durante o dia
NYACK: Forte ouvido, o que nunca desistirá
NYAMEKYE: Presente de Deus
OBA: Rei (Benin)
OBASI: Em honra de Deus (Ibo da Nigéria)
OBI: Coração (Ibo da Nigéria)
OBIKE: De família forte (Ibo da Nigéria)
OBIOMA: Bom coração (Igbo da Nigéria)
ODE: Nascido na estrada
ODIAMBO: Filho nascido no inverno (Quênia)
OHINI: Chefe (Akan Da Gana)
OJI: Portador de presentes (Ibo da Nigéria)
OKPARA: O primeiro filho
OKWUI: Palavra de Deus (Ibo da Nigéria)
OLAITAN: Bênçãos não sem fim (Yoruba de Benin)
OLAKUNDE: O valoroso chegou (Yoruba da Nigéria)
OLU: O que será famoso
OLUFEMI: Deus me ama
OLUGBENGA: Deus me reergueu (Yoruba da Nigéria)
OLUWAFEMI: Deus me ama (Yoruba da Nigéria)
OLUWA-SEYI: Deus o fez (Yoruba da Nigéria)
ONYINYECHI: Presente de Deus (Igbo da Nigéria)
ORUM: Domingo (Brasil)
OSAHAR: Deus escuta
OTIENO: Nascido numa noite
PAKI: Testemunha (Xhosa África do Sul)
PENHA: Amado (Swahili)
PEPONI: Céu do Paraíso
PHOMELLO: Tem sucesso (A África Do Sul)
PILI: Segundo filho (Swahili)
POPO: Morcego (Kiswahili)
PRA: Rio (Akan de Gana)
PUPA: Muito ambicioso (Kiswahili)
QWALHATA: Rainha núbia que governou o Egito na XXV dinastia.
QWARA: Pessoa que fala o idioma cushitic na Etiópia (Antigo idioma)
RAEKWON: Talentoso com as palavras (Nigéria)
RAFIKI: Amigo (Kiswahili)
RAHSAAN: Versátil (Americano Africano)
RAKANJA: (Muarusha da Tanzânia)
RAS: Cabeça, líder (Um Título Etíope)
RASHID: Guiado corretamente (Swahili)
RETTA: Ele venceu.
ROHO: Alma (Kiswahili)
RON: Alegria , também pessoa da Nigéria
RUDO: Amor
RUNAKO: Bonito
SADIKI: Fiel
SALEHE: Bom
SALONGO: pai de gêmeos (Baganda de Uganda)
SEF: Ontem (Egito)
SEFU: Relva (Swahili)
SEGODI MOGOTSI: Africano
SEKOU: Aprendeu Guiné)
SELASSIE: Trindade (Etiópia)
SELASSIEE: Poder da Trindade (Etiópia)
SEMELO: Pessoa de respeito, estatura e dignidade (Basotho do Lesoto)
SENTWALI: Corajoso
SHAABONI: nascido no oitavo mês
SHANETTE: influenciará a todos (Afro-Americano)
SHOMARI: Forte (Swahili, Congo)
SHOMBAY: Passeia como um leão (Swahili)
SILKO: Monarca nos Núbios
SIMBA: Leão (Kiswahili)
SIPHO: Presente, (Xhosa da África do Sul)
SISI: Nascido do Domingo
SULE: Aventureiro (África Ocidental)
TAHARKA: Monarca do Egito na XXV Dinastia
TAHIR: Puro (Egito Árabe)
TALIB: Buscar (Quênia)
TAMIRAT: Milagre (Etiópia)
TANO: Nome masculino, rio de Tano (Gana)
TAU: Leão (Tswana de Botsuana)
TAWONGA: Nós somos gratos (Tumbuka da Costa do Marfim)
TAYE: Ele havia sido visto (Etiópia)
TA'ZIYAH: Alma Apaixonada (Gana, Tafari
TEBOGO: Presente, Dádiva (Tswana da África do Sul)
TEDROS: Presente de Deus (Etiópia)
TEGENE: Meu protetor (Etiópia)
TEMILADE: A coroa é minha (Yoruba da Nigéria)
TEMITOPE: Sempre agradecendo a Deus (Nigéria)
THABO: Felicidade (Sesotho Lesoto)
THATO: Amor (Botsuana)
THEMBA: Ter Fé, esperar (Zulu da África do Sul)
THEMBI: Esperança (Zimbábue)
THEMDO: Um evento maravilhoso (África Ocidental)
THIKHATHALI: Despreocupado (Venda da África do Sul)
THILIVHALI: Que não esquece (Venda da África do Sul)
TINOCHIKA: Nós vivemos com medo (Zimbábue)
TOMI: Pessoa (Kalarbari da Nigéria)
TOURE: Sobrenome que indica pessoa de Soussou Ou Maninka
TSHEPO: Ter Fé e esperar. (Tswana África do Sul)
TSHIFHIWA: Dádiva (Venda da África do Sul)
TUAMANGULUKA: Nós estamos livres (Oshiwambo da Namibia)

TUMAINI: Esperança
TUPAC: Guerreiro, líder, mensageiro
TUTU: Um Sobrenome de Africano do Sul
UBANI: Incenso
UBEKWENISHA: Mãe do íntegro (Yaruba de Burundi)
UCHENNA: Plano de Deus (Swahili)
UCHI: Nudez
UNIKA: Eleve, erga, levante
UPENYU: Vida (Shona do Zimbábue)
USUTU: Marrom (Basatho do Lesoto)
UUKA: Surja, apareça
UZOMA: Siga o caminho certo (Ibo da Nigéria)
VINZA: Uma pessoa da Tanzânia
VUAI: Salvador
WAMBUA: Nascido na estação chuvosa (Kamba do Quênia)
WAMUKOTA: Canhoto
WANJALA: Cervejeiro (Kikuyu do Quênia)
WEKESA: Nascido durante a colheita (Luhya do Quênia)
XOLA: Fique em paz (Xhosa da África do Sul)
YAHYA: Presente de Deus (Swahili)
YAO: Nascido Quinta-Feira (Ovelha Gana)
YERA: Guerreiro (África Meridional)
YERODIN: Estudioso (Congo)
YOHANCE: De Deus (Hausa Da África Ocidental)
YOHANESS: Presente de Deus (Etiópia) Zahur
ZEBENJO: Evite os pecados (Ibo Da Nigéria)
ZERE: O descendente (Etiópia)
ZIFA: (Ijaw do Níger)
ZUHRI: Bom olhar (Swahili)
ZULU: Céu, um grupo étnico na África do Sul
ZURI: Belo (Kiswahili)
ZWANGA: Meu ou que pertence a mim (Venda da África do Sul)

Um afro abraço.

fonte:dicionariosvarios.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de março de 2017

O cantor e compositor Bob Marley o primeiro grande astro vindo do terceiro mundo...

Bob Marley, o ícone do gênero, o primeiro grande astro vindo do terceiro mundo, foi uma
figura tão especial e carismática que sua existência tomou ares proféticos. Parece que veio predestinado ao mundo sob a simbologia da união dos povos e miscigenação.

No dia 6 de fevereiro de 1945 nascia em Nine Mile,Fruto do amor de uma jovem negra de 18 anos, Cedella Booker, e de um homem branco mais velho, o capitão Norval Sinclair Marley, na Jamaica, Robert Nesta Marley, mundialmente conhecido como Bob Marley. Considerado um ídolo a altura de Elvis Presley ou John Lennon, ele é o mais famoso músico de reggae de todos os tempos. Por conta de sua adolescência difícil em uma favela em Kingston, capital jamaicana, Bob Marley desenvolveu um ponto de vista bastante crítico sobre os problemas sociais e seu trabalho faz muitas referências à questão da pobreza e da opressão. Bob foi casado com Rita Marley, mãe de quatro de seus 12 filhos (dois deles adotados). Entre eles estão Ziggy e Stephen Marley, que deram sequência ao legado musical do pai na banda Melody Makers. Outros filhos, Kymani, Julian e Damian (Jr. Gong) também seguiram no meio musical. Bob Marley, provavelmente, é mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo The Wailers, que contava com os excelentes músicos Bunny Wailer e Peter Tosh. Em 1971, Bob assinou com o selo Island Records. 


Quatro anos depois, com “No Woman, No Cry”, ele ganhou fama mundial. No ano seguinte, em 1976, o músico, sua esposa e seu empresário sofreram um atentado a bala, na casa de Bob Marley, em Kingston. O tiroteio teria motivações políticas, já que alguns dias depois estava agendado um show gratuito de Bob Marley em evento que foi interpretado como gesto de apoio ao então primeiro-ministro Michael Manley. Em julho de 1977, Bob Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que não cicatrizava e que resultou na queda de sua unha. Marley descobriu que estava com um tipo de câncer de pele, e os médicos o
aconselharam a amputar o dedo. O músico se recusou por conta dos seus princípios rastafáris em que não se deve cortar ou amputar qualquer parte do corpo.

"A música de Bob Marley foi importante para a aceitação do Reggae no mundo, o que tornou o ritmo um dos mais populares. Marley é considerado um mito, pois disseminou suas ideias através da música".

Alguns anos de morrer, em 1977, Marley teria se convertido aos cristianismo e decidido que seu corpo deveria ser cuidado. A esta altura, contudo, o câncer havia se espalhado – estava no seu cérebro, pulmão e estômago. 

Em 1978 o cantor recebeu a medalha da paz, oferecida pela ONU, em Nova Iorque. No mesmo ano foi, pela primeira vez, à África, onde visitou o Quênia e a Etiópia, país especialmente reverenciado pelos rastas, terra do imperador Haile Selassie, considerado por eles como seu messias. Depois de uma nova turnê pela Europa e EUA, o grupo lançou o disco ao vivo "Babylon By Bus", e tocou na Austrália, Japão e Nova Zelândia.
Com seu nono álbum, "Survival", de 79, Marley já havia tornado o reggae um estilo internacional, conhecido no mundo todo. A África era o único continente em que o grupo ainda não havia se apresentado, mas em 1980, Bob Marley foi convidado a se apresentar com os Wailers na cerimônia


Durante uma turnê no verão de 1980, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park, em
Nova York. Depois disso, foi fazer um tratamento na Alemanha, que acabou não dando resultado. Por conta da doença, o astro da música morreu aos 36 anos, no dia 11 de maio de 1981, em Miami, nos Estados Unidos. Após a sua morte, a data de seu aniversário, no dia 6 de fevereiro, foi decretada feriado nacional na Jamaica.


Um afro abraço.

Claudia Vitalino.
fonte:https://www.vagalume.com.br/www.suapesquisa.com/

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Nossa historia nossa gente:Insurreição de Queimado

Tudo começou com o compromisso assumido por um frei com os escravos locais. Frei
Gregório José Maria de Bene era um capuchinho italiano que tinha ideias abolicionistas e o desejo de construir uma grande igreja no povoado de Queimado. Para realizar essa construção, teria se comprometido com alguns escravos prometendo que aqueles que participassem da tarefa poderiam ser posteriormente libertos. Frei Gregório prometeu aos escravos que intercederia junto aos senhores para que alforriasse todos os escravos que contribuíram na obra da igreja.

"O município da Serra é nosso próximo destino. Mais precisamente São José do Queimado, um distrito do município. Esse foi o local onde ocorreu a maior revolta dos negros escravizados do Estado do Espírito Santo. A insurreição, ou seja, a rebelião dos escravos foi liderada pelos heróis Chico Prego, João da Viúva e Elisiário, em 19 de março de 1849. Chico Prego inclusive ganhou uma estátua na Serra Sede".
No dia 19 de março, dia da festa de São José, durante a celebração da missa em homenagem ao santo, cerca de trinta escravos entraram na igreja. Aproveitando o momento de festa em que se encontravam reunidos vários senhores, os escravos pretendiam exigir suas declarações de alforria. Contando que o padre os apoiaria, os escravos entraram na igreja aos gritos de liberdade. Instaurado um momento de confusão, o padre interrompeu a missa e, sem nenhuma comunicação com os escravos, abandonou o altar. Mesmo sem o apoio do padre, Elisário, João e Chico Prego, líderes do movimento, e outros escravos resolveram percorrer as casas dos senhores exigindo que assinassem a declaração de alforria. Acreditavam que apresentando as declarações assinadas o padre não se omitiria e os ajudaria a oficializar o documento junto à Imperatriz Dona Tereza Cristina, com quem o padre mantinha relações de amizade.

Os escravos seguiram para diversas fazendas reunindo um número cada vez maior de escravos e exigindo que seus senhores assinassem as declarações de liberdade. Segundo o
presidente de província, nessas incursões os escravos foram acumulando armas, munições e chegaram a formar um grupo de cerca de trezentos revoltosos, gerando confrontos e vítimas feridas dos dois lados.

Se liga nos fatos:  Primeiro - Frei Gregório ansiava pela construção de uma grande Igreja na povoação de São José do Queimado. Tendo lançado a pedra fundamental da tal Igreja em 15 de agosto de 1845, havia um número expressivo de pessoas na reunião. Frei Gregório Maria
de Bene, conclamou os negros a participarem da construção da obra monumental, falou ele que posteriormente iria junto aos seus donos para que dessem a alforria de cada um dos negros. Na verdade, Frei Gregório não prometeu dar a liberdade, e sim prometeu pedir aos senhores para que fosse dada a alforria. O padre foi um verdadeiro defensor da liberdade dos escravos.

Do dia 20 ao dia 23 deu-se o combate à insurreição pela força policial. Na perseguição aos revoltosos, os policiais atiravam em qualquer negro que encontravam pelas ruas, estando envolvidos na revolta ou não. Muitos escravos foram mortos e outros brutalmente castigados. No dia 31 foi realizado o julgamento e a sentença só foi obtida após três dias de debate.

Segundo- No dia 7 de dezembro de 1849, após serem presos pela força policial, cinco
presos conseguiram fugir da prisão. Como lá não foi encontrado sinal de arrombamento, a fuga foi atribuída a um milagre de Nossa Senhora da Penha. Os negros fugiram para as mata do Mestre Álvaro e do Mochuara e alguns chegaram a construir um quilombo na região de Cariacica. Numa clara alusão ao herói Zumbi dos Palmares, Elisiário tornou-se uma lenda, sendo cognominado o Zumbi da Serra,herói entre os negros que lutavam pela liberdade e sua fuga foi cantada em prosa e verso como um milagre da santa. João e Chico Prego foram executados em janeiro de 1850.

"Mais de 200 negros se organizam para proclamar a libertação dos escravos no Espírito Santo Revolta do Queimado foi um marco da negritude em busca da liberdade"
Em 1996, a Câmara Municipal aprovou o Projeto Chico Prego , que consiste na concessão de incentivos fiscais na realização de projetos culturais. Em 2002, foi celebrada uma missa afro-ecumênica nas ruínas da Igreja São José de Queimado, em comemoração aos 153 anos
da insurreição. Nessa celebração estavam presentes cerca de mil pessoas e entre elas representantes de movimentos sociais e religiosos e também alguns dos descendentes dos escravos revoltosos...

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:www.koinonia.org.br/www.morrodomoreno.com.br/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A história do carnaval tem suas origens na Antiguidade afesta tradicional e popular que chegou ao Brasil tem um caminho...

O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco
realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
"A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã".

Identidade: Da mesma forma que o jazz nos Estados Unidos e a salsa (derivada do mambo e da rumba) em muitos dos países caribenhos, o samba é indiscutivelmente o gênero musical que confere identidade ao Brasil. Nascido da influência de ritmos africanos para cá transplantados, sincretizados e adaptados, foi sofrendo inúmeras modificações por contingências das mais diversas - econômicas, sociais, culturais e musicais - até chegar no ritmo que conhecemos. E a história é mais ou menos a mesma para os similares caribenho e americano.

O Brasil está entre os maiores produtores de grãos e de carne do planeta. Além da comida, do algodão, da madeira ou da energia gerada pela cana, nosso campo também rende muita festa, cultura e até música, como o samba, que nasceu no chão de terra batida das fazendas.
Ele já fez realeza descer do trono e transformou gente comum em majestade. O samba é uma
expressão cultural, vai além do ritmo, da dança ou do canto. É uma manifestação da alma brasileira.
Hoje, quando se fala em samba, o mundo inteiro pensa no Rio de Janeiro. O desfile das escolas cariocas recebeu o título de maior espetáculo a céu aberto do planeta.
É impossível não ser contagiado pelo som, pela energia da bateria de uma escola. O que pouca gente sabe é que o samba nasceu na roça e num dos momentos mais tristes da história do Brasil.

O samba é filho da senzala. Sua matriz veio da África, junto com os negros trazidos para cá como escravos, para trabalhar nas lavouras de cana e café. Durante três séculos, o som dos tambores e batuques ecoou pelas fazendas do Nordeste, do Rio de Janeiro e São Paulo.

A socióloga Olga Von Simsom é professora da universidade de campinas e uma especialista no assunto. “Na verdade, todos os sambas do Brasil vêm de uma influência de Angola. Em cada local que eles se fixavam saía um samba diferente, ao se misturar com as tradições locais”.
Os historiadores estimam que pelo menos sete milhões de africanos entraram no Brasil entre 1550 e 1855. A maioria vinha de regiões rurais de Angola e entravam no
país pelos portos de Salvador e do Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro, os negros desembarcavam no cais do Valongo, construído especialmente para descarregar escravos, como conta o historiador André Diniz. “O cais do Valongo foi construído em 1811, justamente para tirar os negros que ficavam na Praia do Peixe, atual Praça XV, que ficavam expostos ali, acorrentados. Os brancos, que queriam escravizar, mas não queriam que a população que chegasse pelo nosso cais visse aquela barbaridade que
fizeram com toda uma população negra africana”.
No início do século XX, o local foi aterrado. Do antigo cais, hoje restam apenas ruínas, que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. A poucos metros, outro lugar guarda parte da memória dos escravos: o cemitério dos pretos novos.

No final da década de 1990, um casal de empresários cariocas comprou a área para construir uma casa. Quando a obra começou, foram descobertas diversas ossadas de negros que foram enterrados no local. Eram negros que morriam na viagem da África para o Brasil ou assim que chegavam. Os corpos eram jogados em valas comuns, incendiados e sobre eles era depositado lixo.

A área foi transformada em museu e hoje guarda ossos e objetos pertencentes aos escravos.Escravo não tinha direito a nada, trabalhava de sol a sol, sob a ameaça da chibata, mas nem o sofrimento foi capaz de apagar a alegria. Os negros insistiam em batucar e cantar. Talvez venha daí a inspiração para a letra do samba da benção, bela composição do poeta Vinícius de Moraes, feita em parceria com Baden Powell.

“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração”


Há registros de batuques em todos os lugares onde tinha os escravos, mas será que o samba tem um berço? Há um fato com que todos concordam: um dos primeiros lugares onde surgiu essa manifestação cultural foi no Recôncavo Baiano. A terra do samba de roda.

Finalizando: Se por um lado o samba como dança e festa coletiva explodia nos quintais,
tomava as ruas e se exibia nos desfiles de cordões, por outro, o samba como música e 
composição autoral dava os seus primeiros passos em casa de tia Ciata. O elemento comum eram os estribilhos, cantados e dançados tanto num lugar como no outro.

"Assim nasceu o samba carioca, após longa gestação, da África à Bahia, de onde veio para
ser batucado nos terreiros da Saúde e finalmente, tomando nova forma rítmica a fim de adaptar-se ao compasso do desfile de um bloco carnavalesco." 

De fato, nos quintais da casa de tia Ciata reuniam-se bons ritmistas, compositores e verdadeiros mestres da música popular, muitos deles profissionais como Sinhô, Pixinguinha, Donga, Caninha, João da Baiana, Heitor dos Prazeres, Hilário Jovino Ferreira e outros. Não foi à toa que de lá saiu o primeiro samba da música popular brasileira, pois é o
 samba nasceu no asfalto; foi galgando os morros à medida em que as classes pobres do Rio de Janeiro foram empurradas do Centro em direção às favelas, vítimas do processo de reurbanização provocado pela invasão da classe média em seus antigos redutos.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.
fonte:brasilescola.uol.com.br/www.educacaopublica.rj.gov.br/

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Clementina de Jesus

Cantora. Compositora. Seu pai, Paulo Batista dos Santos, foi mestre de capoeira, violeiro e
estucador. Com a mãe, Amélia de Jesus dos Santos, parteira, aprendeu os cantos de trabalho, partido-alto, ladainhas e jongos, assim como corimás e ponto de candomblé. A família residia na Rua Carambita e depois se transferiu para o bairro de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando Clementina tinha entre oito e dez anos de idade, onde ganhou o apelido de "Quelé". A família mudou-se para o bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro ou simplesmente Clementina...


Biografia:  Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé, carregava consigo os banzos de seus ancestrais, transformados em cantos, encantos e segredos nos jongos, no partido-alto e nas curimbas que cantava. Diferentemente das conhecidas e famosas “divas do rádio” que brilharam na primeira metade do século XX, a cantora negra tinha um timbre de voz grave, mas com grande extensão e um repertório de músicas afro-brasileiras tradicionais.

Nascida na cidade de Valença (RJ), região do Vale do Paraíba, tradicional reduto de jongueiros, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e de Paulo Batista dos Santos, capoeira e violeiro da região. Uma de suas avós chamava-se Teresa Mina. A pequena Clementina viveu a infância na cidade natal, ouvindo sua mãe cantar enquanto lavava as roupas a beira do rio. Assim foi guardando na memória tesouros que mais tarde gravaria em discos. Aos sete anos veio com a família para a cidade do Rio de Janeiro, bairro de Oswaldo Cruz, onde mais tarde surgiria a tradicional Escola de Samba Portela. Lá frequentou em regime semi-interno o Orfanato Santo Antonio e “Cresceu assim num misticismo estranho: vendo a mãe rezar em jejê nagô e cantar num dialeto provavelmente iorubano, e ao mesmo tempo apegada a crença católica.” (Hermínio Bello de Carvalho).

Até os quinze anos, Clementina participou do grupo de Folia de Reis de seu João Cartolinha, renomado mestre da região. Foi João quem levou a moça para o Bloco As Moreninhas das

Campinas, embrião da Escola de Samba Portela, onde ocorriam de rodas de samba e onde Clementina conheceu grandes bambas como Paulo da Portela, Claudionor e Ismael Silva. Nesse tempo, a voz de Clementina já chamava a atenção e ela foi convidada por Heitor dos Prazeres para ensaiar suas pastoras, o que fez durante muitos anos. Casou-se com Albino Pé Grande e foi morar no Morro da Mangueira, de onde não saiu mais. Ao longo destes anos Clementina trabalhou como lavadeira e empregada doméstica. Sua atividade de cantora ela exercia sem intenção de fazer-se profissional, cantava porque preciso era cantar, por prazer, por alegria.

A carreira profissional de Clementina de Jesus como cantora começou aos 63 anos, depois que o produtor e compositor Herminio Bello de Carvalho a encontrou na festa da Penha em 1963, quando ela cantava na Taberna da Glória. Hermínio ficou fascinado pela sambista e quando a reencontrou, na inauguração do restaurante Zicartola, passou a ensaia-la em sua casa, preparando-a para o espetáculo Rosa de Ouro, show que a consagraria. Participavam do show, além de Clementina de Jesus e da cantora Aracy Côrtes, diversos sambistas das Escolas de Samba cariocas, entre os quais os ainda desconhecidos Paulinho da Viola e Elton Medeiros. A crítica foi unânime em exaltar Clementina e seu desempenho, tanto no show quanto nos dois LPs gravados ao vivo, as primeiras gravações da cantora. Nos anos seguintes Clementina participou dos discos Mudando de conversa, Fala Mangueira! e Gente da antiga, este último um disco antológico da música brasileira, ao lado de João da Baiana e Pixinguinha. No continente africano, participou do encontro das artes negras de Dakar em 1966, ao lado de outros bambas como Martinho da Vila e artistas como Rubem Valentin. Clementina foi o maior sucesso do festival e grande destaque. Ao final do show da cantora as pessoas invadiam o palco para abraçá-la, contou Sérgio Cabral. Também no mesmo ano ela representou a música brasileira no festival de cinema de Cannes, na França.

Naquele mesmo ano de 1966, Clementina gravou seu primeiro disco solo, intitulado Clementina de Jesus, com repertório de jongo, curima, sambas e partido-alto. A capacidade
de Clementina de transmitir poderosa emoção através do canto chamou a atenção dos críticos, que, de novo, renderam-se aos encantos de sua voz. Também Milton Nascimento, fascinado pelo banzo de Clementina, convidou a cantora para participar de seu disco chamado Milagre dos Peixes gravando a excepcional faixa Escravos de Jó.

Ao todo a cantora gravou 13 LPs entre álbuns solos e participações em álbuns coletivos, com destaque para o disco O Canto dos Escravos, composto de vissungos de escravos da região de Diamantina, recolhidos por Aires da Mata Machado. Unanimidade entre a crítica, Clementina foi louvada como elo entre África e Brasil, tendo sido reverenciada por grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina, João Nogueira, Clara Nunes, Caetano Veloso, Maria Bethânia e João Bosco. Todos a tratavam com muito carinho, inclusive alguns a chamavam carinhosamente de mãe Clementina. O sambista Candeia compôs um samba em homenagem à Rainha Quelé chamado “Partido Clementina de Jesus”, que a cantora gravou ao lado de Clara Nunes em 1977 no LP “As Forças da Natureza”.


"Em 1983 houve uma grande homenagem à cantora no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com participação de grandes sambistas como Paulinho da Viola, Beth Carvalho e João Nogueira. Clementina faleceu vítima de derrame em Inhaúma, Rio de Janeiro, no ano de 1987, aos oitenta e seis anos".

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
fonte:https://pt.wikipedia.org/cultura.estadao.com.br/www.museuafrobrasil.org.br


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

As cotas raciais vistas por um universitário negro: James Meredith

James Howard Meredith (Kosciusko, 25 de junho de 1933) é uma figura emblemática do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos na década de 60.
De ascendência afro-americana, Meredith alistou-se na Força Aérea dos Estados Unidos logo após terminar o curso colegial e serviu entre 1951 e 1960. Após a carreira militar, se inscreveu por duas vezes para cursar a Universidade do Mississippi mas teve seu pedido negado em ambas, devido à política racial segregacionista vigente nos estados sulistas, notadamente no Mississipi.

Em 1 de outubro de 1962, ele tornou-se o primeiro estudante negro da Universidade do Mississipi, após ter seu ingresso barrado em 20 de setembro pelo governador do estado e pela Guarda Nacional, desafiando a ordem da justiça federal, que garantia seu ingresso na universidade.

O desafio do governo estadual do Mississipi à justiça federal, causou a ocupação da universidade por agentes federais enviados por Washington para garantir o ingresso de Meredith e zelar por sua segurança física no campus. A medida acabou causando uma verdadeira batalha campal entre estudantes e populares brancos contra os agentes de escolta de Meredith, que apoiados por diretos civis,estudantes,policiais,soldados e agentes

federais feridos, muitos deles a bala...
Este fato foi um dos mais emblemáticos e cruciais momentos da história da luta dos negros americanos por direitos civis iguais ao da população branca, movimento este que durou mais de uma década no país.
Graduado em Direito, Meredith terminou seus estudos na Universidade de Columbia e na Universidade de Ibadan, na Nigéria.

Negros no Brasil...
O sistema de cotas raciais nas universidades públicas brasileiras, implantado como políticas afirmativas para diminuir as diferenças sociais existentes entre brancos e negros, causadas pelo sistema escravagista dos séculos XVIII e XIX, foi adotado como política social de desenvolvimento, porém sua efetivação contraria os preceitos constitucionais. Este modelo de afirmação foi historicamente mal sucedido nos Estados que o adotaram e sua aplicação no Brasil poderá gerar diversos tipos de discriminações, assim como beneficiar uns em prejuízo de outros, utilizando critérios absolutamente injustos e inconstitucionais.

"Porque a abolição não significou a libertação dos negros de todos os preconceitos. O negro continuou marginalizado, sendo negado a ele acesso aos melhores postos de

trabalho, sendo vítima do preconceito velado que a sociedade reserva aos afrodescendentes – que, até hoje, possuem indicadores sociais inferiores aos brancos".

O raciocínio pró-cotas é o seguinte. Dada essa injustiça histórica, nada mais válido e justo do que haver uma reparação de tal situação, pois existe uma dívida com o negro desde a escravidão, e uma necessidade urgente de que ela seja paga. O Estado deve ser o responsável para que se solucione estas distorções, e por isso a aplicação do sistema de cotas não é só justa, mas inevitável. Só pessoas racistas, preconceituosas e torpes não veriam justiça nas cotas. Como não dar razão ao ministro do STF, Joaquim Barbosa, quando ele diz que “basta ver o caráter marginal daqueles que se opõem ferozmente a essas políticas”?

Os movimentos pelas ações afirmativas, de maneira incisiva, repetem esses argumentos constantemente e em diversos fóruns, nas universidades, na mídia, etc., e quem discorda é tido como “racista”, contra a inclusão e a favor da opressão, como deixa transparecer uma reportagem da revista Carta Capital chamada “Reações às cotas subestimam o racismo”.

Voltando: Hoje vivendo em Jackson como proprietário de um pequeno negócio de carros usados, ele se define como um simples cidadão que exigiu e recebeu os direitos devidos a qualquer norte-americano, não como um ex-ativista dos direitos civis.

Numa entrevista à rede CNN, por ocasião das comemorações do 40º aniversário do fim da segregação na Universidade do Mississipi, ele afirmou: “Naquela época eu estava envolvido numa guerra. Me considerava numa guerra desde o Dia 1 na universidade. E meu objetivo era colocar o governo federal – o governo John Kennedy, na época – numa posição em que eles teriam que usar a força militar dos Estados Unidos para garantir meus

direitos como cidadão americano”.
James Meredith nunca teve boas relações com a organização dos movimentos civis. Declarou certa vez que “nada poderia ser mais insultuoso que a concepção de direitos civis para os afro-americanos. Isso significa uma perpétua condição de cidadão de segunda-classe para mim e para minha raça”.

Se liga: 
Origem - O sistema de cotas raciais surgiu nos Estados Unidos da América, no ano de 1961, sob a presidência de John Kennedy, como uma forma de ação afirmativa voltada para combater os danos causados pelas leis segregacionistas que vigoraram entre os anos de 1896 e 1954, as quais impediam que os negros frequentassem a mesma escola que os brancos americanos.

Apenas no final dos anos 70, a Suprema Corte Americana declarou inconstitucionais as cotas para negros e outras minorias. O Juiz Anthony Kennedy em seu voto sobre as ações afirmativas declarou: "Preferências raciais, quando corroboradas pelo Estado, podem ser a mais segregacionista das políticas, com o potencial de destruir a confiança na constituição e na idéia de igualdade"

Gente oferecer proteção jurídica especial às parcelas da sociedade que costumam, ao longo da história, figurar em situação de desvantagem, a exemplo dos trabalhadores, consumidores, população de baixa renda, menores e mulheres, dentre outros, não é considerada atentatória a igualdade, na jurisprudência americana, porém o critério raça é visto de forma cautelosa por àquela corte.

UERJ- A primeira universidade do país a adotar cotas...
Em 2003, o Brasil dava o primeiro passo em direção à democratização do acesso ao ensino universitário. No que tange à reserva de vagas, a instituição pioneira no

estabelecimento de políticas afirmativas foi a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Segundo definição do Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (Gemaa), do Instituto de Estudo Sociais e Políticos da UERJ, ações afirmativas são políticas que destinam recursos para beneficiar pessoas de grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado, ou no presente. Essas ações incluem medidas que têm por objetivo combater discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero, ou de casta, aumentando, assim, a participação de minorias no processo político, no acesso à educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social, ou no reconhecimento cultural.

No vestibular da UERJ, a reserva de vagas ficou conhecida como “cota” e, em função de um projeto de lei estadual, foi implementada no processo seletivo de 2003. Esta decisão fez com que 45% do total de vagas da UERJ fossem destinadas da seguinte forma: 20 % para candidatos da rede pública; 20% para negros, ou indígenas; e 5 % para candidatos com deficiência, ou filhos de policiais, bombeiros e inspetores de segurança em penitenciárias mortos, ou incapacitados, em função do exercício de suas atividades.A todos os cotistas da UERJ, é preciso comprovar carência financeira, sendo que a renda mensal de cada membro de sua família, descrita no Formulário de Informações Socioeconômicas, não pode

ultrapassar R$ 960,00. A análise da documentação comprobatória da carência socioeconômica e da opção de cota é realizada por comissões técnicas, respectivamente denominadas Comissão de Análise Socioeconômica e Comissão de Análise de Opção de Cota, sendo esta última subdividida por grupos de cota. A Comissão de Análise Socioeconômica confronta a documentação encaminhada com as informações prestadas no Formulário de Informações Socioeconômicas, podendo utilizar, também, outros instrumentos técnicos, com o objetivo de confirmar a veracidade da condição de carência socioeconômica do candidato.

Programa de apoio aos cotistas.
Com o intuito de fazer com que os cotistas que ingressam na UERJ tenham o melhor aproveitamento possível durante sua trajetória acadêmica, a universidade criou, em 2004, o Programa de Iniciação Acadêmica (Proiniciar). A iniciativa vai ao encontro da filosofia da instituição de que não basta o aluno entrar na universidade, é preciso absorver aquilo que ela oferece e conseguir realizar o curso até o final. O Proiniciar é um programa de apoio ao estudante que tem como maior ferramenta a Bolsa Permanência, paga ao aluno ingresso pelas cotas e que possa comprovar a situação de carência financeira durante todo o curso universitário.

A Bolsa Permanência é de R$ 400, o mesmo valor das demais modalidades de bolsas internas da UERJ, e foi criada para auxiliar o aluno no que diz respeito ao seu transporte e alimentação, que pode ser feita no próprio refeitório da universidade, segundo explica a sub-reitora de Graduação da UERJ Lená Medeiros. “A UERJ sempre partiu do princípio de
que não adiantava apenas que o aluno tivesse a possibilidade de ingressar pelas cotas, e sim que ele permanecesse e superasse as limitações, fazendo o curso como os demais”

Complementando o apoio financeiro, o Proniciar também dá suporte acadêmico, com cursos complementares, abrangendo aulas de reforço escolar de Português, Matemática e Língua Estrangeira, e as chamadas atividades instrumentais, cujo objetivo é o desenvolvimento de conceitos e conteúdos necessários ao bom aproveitamento acadêmico, incluindo oficinas de elaboração de texto, por exemplo. Além disso, conforme ressalta a sub-reitora, há oficinas culturais que visam complementar a formação do aluno, ampliando o seu conhecimento sobre a diversidade cultural da universidade, apresentando atividades criativas e democratizando os espaços e os saberes. “Atualmente, o Proiniciar oferece 43 oficinas, sendo que, das culturais, temos cursos de dança, artes plásticas e música, entre outras”, lista Lená.

Finalizando: Brasil, um país miscigenado, esse argumento deve ser relativizado. Obviamente, o preconceito e a discriminação existem por aqui; sabemos que, em certas ocasiões, postos de trabalho e lugares dentro da sociedade são negados a um sujeito
devido à cor de sua pele. Mas esse fato não torna o Brasil um país racista em sua essência, pois aqui as etnias convivem de maneira razoavelmente próxima, com poucos conflitos de cunho racial, graças à miscigenação que constituiu o povo brasileiro desde a época colonial, o que não ocorre nos EUA (aliás, de onde a ideia das cotas foi copiada), onde cada etnia tem seu lugar, um branco é branco, um negro é negro, sem apelação, e cada um deve se adequar à cultura particular de seus grupos étnicos, formando guetos. As cotas instituem esse tipo de situação no Brasil, fazendo com que um país que não possui marcado em sua cultura esse racialismo radical, passe a desenvolvê-lo, na contramão do que a ciência tem desvendado, estimulando conflitos étnicos em vez de dirimi-los. E nos resta uma pergunta: quem define quem é negro e quem é branco? Quem arbitra? O Estado? Em breve voltarei a essa questão do arbítrio do Estado.

Outro argumento usado é que as cotas servem para a reparação histórica de um passado de escravidão e opressão vivido pelos negros. Só que há uma questão importante a ser lembrada: a escravidão acabou há 124 anos, e os atuais brancos dificilmente eram senhores de engenho, e muito provavelmente jamais tiveram escravos na vida. Por que teriam que pagar por uma situação ocorrida há mais de um século antes de nascerem? E os descendentes dos italianos que vieram para cá imigrados para trabalhar na lavoura, e dificilmente tiveram escravos? Terão que pagar também? E os descendentes dos alemães que vieram para o Sul e também não tiveram escravos em sua esmagadora maioria, terão que pagar? E os descendentes dos japoneses que chegaram aqui no começo do século XX e foram vítimas de um preconceito quase tão intenso quanto os negros, e, sem incentivo de ninguém, apenas com a própria força, através de educação e disciplina, conseguiram ascender socialmente, terão que pagar? Não faz sentido algum esse senso de justiça
retroativa, punindo os homens do presente por atitudes dos homens do passado. Embora se possa argumentar com razão que os atos das gerações anteriores influíram diretamente nos destinos humanos, não é a política de cotas que consertará os reflexos negativos do passado no presente. Não se conserta discriminação com mais discriminação — o que são as cotas em ultima instância –, não se combate privilégio concedendo mais privilégios a determinados grupos, mesmo com argumentos suspeitos de “reparação histórica”.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/www.brasil.gov.br/noticias.universia.com.br.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Marisa Letícia *1950 ┼2017

2 de fevereiro de 2017. Marisa Letícia se foi. Mas deixou um legado que é uma lição pra uma vida inteira... De origem humilde, descendente de italianos, décima filha de sitiantes, foi operária ainda adolescente e só deixou atividades profissionais quando se casou pela primeira
vez, aos 19 anos. Enviuvou apenas seis meses depois, quando seu primeiro marido foi assassinado. Estava gestando seu primogênito, Marcos. Ao chegar ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo – SP, para obter um benefício deixado pelo marido, Marisa conheceu Lula, que trabalhava no Serviço de Assistência Social do sindicato. Quatro anos depois, em 1974, casaram-se.

Marisa não foi o tipo de mulher que apenas fazia figuração colorida para mostrar ao povo uma imagem de comercial de margarina. Nem poderia, já que era estranho à grande população lidar com um líder popular operário e sua esposa não menos operária. E isso Marisa foi, uma operária da vida. Lula tinha nela seu porto seguro, ela esteve com ele desde o começo, quando produziu a primeira bandeira do PT com um pano vindo da Itália e andava por aí angariando assinaturas para a construção de um partido dos trabalhadores. Teve personalidade quando, em 1980, ainda sob domínios da ditadura, promoveu reuniões clandestinas em sua casa e protestos só de mulheres pelas prisões dos líderes sindicais (dentre os quais, Lula), chegando até a recusar a presença de homens. Essa é a força de uma mulher valente.

Esteve com Lula nas turbulências, nas derrotas ao longo de anos frente a um país que ainda relutava em aceitar um ex-metalúrgico como presidente, guiado por uma mídia tendenciosa que sempre vendeu beleza e elegância padronizadas em proporção igual à nocividade perante à população mais pobre. Também esteve com Lula nas vitórias. Era Lula lá na cadeira de presidente do Brasil e Marisa lá, ao seu lado. Sem alarde. Os que a conheceram de perto afirmam que era avessa a badalações, era de vestir a roupa que lhe agradasse sem olhar etiqueta e assim aparentava tanto quanto se falava. Uma mulher admirável. Longe de ser uma mera acompanhante, Marisa Letícia era uma assessora de Lula, a mais próxima, e porque não ousar dizer, a mais confiável.

Em decorrência dessa vitória mais estrondosa, em 2002, Marisa se tornou Primeira-Dama e esteve com Lula quando elegemos um presidente operário, ouvimos desconfianças saindo até dos ralos de esgotos das cidades, mas vimos o miserável deixar a miséria, o negro e o pobre acessando estudos e tecnologias até há alguns anos inimagináveis de se obter. Qual não deve ter sido a força dessa mulher quando surgiam piadas e deboches e até acusações nunca comprovadas sobre Lula. Para nós, é o Lula, o presidente de ações de melhorias sociais, de apelo popular. Para ela, era Lula, o companheiro de uma vida, o marido, pai de seus filhos. Enfim, dívidas históricas foram muito amenizadas.

Além do ‘carro-chefe’ Lula, Marisa era a figura doce ao lado do marido quando escândalos de comprovação duvidosa tentavam associá-lo de toda forma, sem nunca ter visto comprovações. A sociedade melhorou no tempo que Marisa Letícia foi Primeira-Dama. Nunca movimentos sociais avançaram tanto.

"Perdemos, em meio a um momento maldosamente atribulado de nossa sociedade, uma – perdão pelo clichê, mas é o mais adequado – grande guerreira do povo. Por isso, é com profundo pesar, e muito apoio à família Lula da Silva, que a UNEGRO presta essa homenagem à Marisa Letícia".

Vá em paz, Marisa Letícia.

Força, Lula!

Rebele-se Contra o Racismo! E todo tipo de opressão...

Jornalista Fernando Sagatiba – Comissão de Comunicação da Unegro

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Meu nome é William Edward Burghardt Du Bois

William Edward Burghardt Du Bois um intelectual e ativista afro-americano e um bravo
defensor do Pan-Africanismo. Nada mais correto do que fornecer aos meus irmãos e irmãs, um resumo sobre sua vida.
Willian nasceu no dia 23 de fevereiro de 1868 em Barrington. Desde crianças demonstrou um estranho talento para a escrita, tendo inclusive trabalhado em um jornal local. No ano de 1884 formou se brilhantemente no Segundo Grau e em 1888 formou-se na Universidade de Nashville.
Como professor voluntária dava aulas sobre História da África, na periferia de Nashville. Em 1888, também conseguiu entrar em uma das instituições de ensino mais conhecida do mundo – Harvard.
Entre os anos de 1892 a 1894 ele se formou em Historia e Economia, tendo trabalhando na Universidade de Ohio como professor de grego e latim.
Em 1891 Willian iniciou seu mestrado em Artes e em 1895 tornou-se Doutor em História por Harvard. Sua dissertação foi: “A supressão do comércio africano do escravo aos Estados Unidos da América, 1638-1870”, um trabalho exemplar até hoje de pesquisa.
O ano de 1896 foi excelente para Du Bois, casou-se com Nina Gomes e tornou-se professor assistente no Curso de Sociologia de Pensilvânia. Neste período concluiu seu livro sobre “O negro de Filadélfia: Um estudo social”. Isto lhe assegurou a conquista do renome entre os maiores professores norte-americanos.
Sua vida e trabalho foram dedicados ao Ensino da Historia do Negro e da África e a militância no Movimento Negro. Não demorou a também a participar da luta pelos Direitos Civis.
Em 1905 Du Bois fundou e secretariou o Movimento Negro de Niagara. Também ajudou a criar e editar várias publicações voltadas a formação da consciência negra Lua e Horizonte.
Em 1909 foi um dos fundadores do NAACP – Associação Nacional para o Progresso das pessoas Negras.

De 1910 a 1934 serviu lá como o diretor de publicidade e de pesquisa, e Editor do jornal “Crise”, que serviu como órgão de divulgação da comunidade negra, e respeitado inclusive entre leitores de outras etnias, conseguindo inclusive lançar novos talentos.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Du Bois lutou para criação de uma legislação antidiscriminação através da NAACP. Depois, em 1934, renunciou seu cargo na entidade para se dedicar a outra luta: a criação de escolas e empresas dirigidas por afro-americanos, apostando assim no protagonismo negro.
Entre os anos de 1944 a 1948 participou das denuncias sobre a situação do afro-americano na Organização das Nações Unidas, assessorando a entidade, sendo um de seus protestos, em 1947, muito repercutido.
William politicamente era considerado um socialista, sendo filiado ao partido nos Estados Unidos entre 1910 a 1912. Organizou em 1949 um Congresso de Estudos Afro Americano, assessorou senadores e deputados nos debates sobre a questão negra.
Mas esta militância não passou desapercebida pelos anticomunistas que tentaram denunciá-lo como espião, e para piorar sua situação, acabou filiando-se em 1961 ao Partido Comunista, tendo inclusive viajado para palestrar a Rússia e China.
Sua luta no Pan Africanismo foi sensacional. Em 1900 assistiu à primeira conferência de Pan Africanismo, ocorrida em Londres, Inglaterra, sendo eleito vice-presidente. Em 1911 Du Bois realizou o primeiro seminário étnico, em Londres, com estudiosos de africanos e indianos.
Entre os anos de 1919 a 1927 William com o objetivo de incentivar uma revisão histórica e sociológica sobre a África, promoveu vários seminários em varias partes do mundo. Debateu sobre o Colonialismo, Alienação e Opressão sofrida pelos povos africanos, sejam em seu continente, sejam como afrodescendentes.
No Quinto Congresso do Pan Africanismo, realizado no ano de 1945, em Manchester, Inglaterra, foi eleito presidente, com apoio de novas lideranças como George Padmore e Kwame Nkrumah , que se se tornaram lideres dos movimentos de independência em seus respectivos países.

Em 1961, Du Bois emigrou para Ghana a pedido de Kwame, agora presidente do país e iniciou sua pesquisa para a primeira Enciclopédia Africana.
William Edward Burghardt DuBois, para seus admiradores, foi animada pela devoção e dedicação acadêmica, um atacante de injustiça e de um defensor da liberdade. Um prenúncio de Black nacionalismo e pan-africanismo, ele morreu em exílio auto-imposto em sua casa longe de casa com seus ancestrais de um passado glorioso e África. Rotulado como um radical “, ele foi ignorado por aqueles que esperavam que suas contribuições maciças seria enterrado ao lado dele. Mas, como o Dr. Martin Luther King, Jr. escreveu, “a história não pode ignorar WEB DuBois, porque a história tem de reflectir a verdade e Dr. DuBois foi um explorador e um incansável descobridor dotado de verdades sociais. Sua grandeza singular estava em sua busca pela verdade sobre seu próprio povo. Havia muito poucos estudiosos que se preocupavam com o estudo honesto do homem negro e ele procurou preencher esse vazio imenso. O grau em que ele conseguiu divulgadas as grandes dimensões do homem. ” Seus anos de formação WEB DuBois nasceu em 23 fevereiro de 1868 em Great Barrington, Massachusetts. Naquela época Great Barrington tinha talvez 25, mas não superior a 50, os negros de uma população de cerca de 5.000. Consequentemente, houve poucos sinais de racismo evidente lá. No entanto, o veneno era distribuído através de uma constante enxurrada de insinuações sugestivos e atitudes vingativas de seus moradores.

Se liga:Além de professor, Du Bois foi poeta, escritor, novelista, ensaísta, sociólogo, historiador e jornalista, produzindo 21 livros, editando mais 15 e ele publicou mais de 100 artigos. Ele morreu em Ghana no dia 27 de agosto de 1963, um dia antes da Grande Marcha de Washington, recebendo um funeral de chefe de estado, devido a sua contribuição aos
povos africanos.


"Foi uma das pedras fundamentais do Movimento Negro Internacional ao lado de Marcus Garvey e da metodologia do Ensino da Historia do Negro e da África, nos currículos escolares, agora em vagarosa implantação no Brasil".
Um afro abraço.

Claudia Vitalino

fonte:Major Dusk of Dawn (WEB DuBois) WEB DuBois: Propagandist da Elliott Negro Protest (M. Rudwick) Outras referências Black Revolucionário (James R. Hooker) Os Souls of Black Folks (WEB DuBois) A Repressão do Tráfico de Escravos Africano (WEB DuBois) WEB Du Bois: Biografia de um Race 1868-1963 (David Levering Lewis) O mundo ea África (WEB DuBois) Algumas das principais ofertas de WEB DuBois O Philadelphia Negro (1896) A supressão do Escravo Africano do Comércio (tese de doutorado de Harvard, 1896) Estudos da Universidade de Atlanta do Problema Negro (1897-1910) Souls of Black Folks (1903) John Brown (1909) Busca do Velocino de Prata (1911) O Negro (1915) Darkwater (1920) The Gift of Black Folk (1924) Dark Princess (1924) Reconstrução Black (1935) Black Folk, então e agora (1939) Dusk of Dawn (1940) Cor e Democracia (1945) A Enciclopédia do Negro (1931-1946) O mundo ea África (1946) The Black Flame (a trilogiaI. Provação de Mansart (1957) II. Mansart constrói uma escola (1959)

domingo, 29 de janeiro de 2017

“Qual é o conceito de Burguesia Negra ...

Burguesia negra ???
A discussão tem  a finalidade de dissidir e não de levantar esta bandeira e linfatizar

que: não nos interessa a proposta de uma adaptação aos moldes da sociedade capitalista . Esta não é a solução que devemos aceitar como se fora mandamento inelutável. .Um caminho caminho de compartilhar o poder para a população negra , fundada em sua experiência histórica, na utilização do conhecimento crítico e inventivo de suas instituições golpeadas pelo colonialismo e pelo racismo...A aristocracia passa a se desenvolver totalmente dependente do mercado criado e sustentado pela burguesia, sendo apenas uma financiadora cada vez mais desnecessária frente a alta acumulação que o mercantilismo é capaz de propiciar à burguesia: a troca de mercadoria humana na África pelas mercadorias de alto valor de troca da colônia para serem levadas à Europa geram lucros inestimáveis para qualquer cálculo que façamos hoje. A consequência não poderia ser outra: a burguesia torna-se mais poderosa do que a aristocracia, e o poder determinado nas mãos da última deixa de satisfazer o primeiro impulso de classe da burguesia, que a partir do meio do séc XVIII começa a se ampliar sua área de atuação e de lucro, e se ver limitada pelos acordos Absolutista.
Introdução:
No transcurso da colonização, surgiu uma pequena-burguesia negra: camada social de africanos constituída de funcionários da colônia, trabalhadores especializados em diversos ramos da indústria, empregados do comércio, profissionais liberais e um número - ainda que diminuto - de proprietários urbanos e rurais. A elite negra situava-se socialmente entre as massas trabalhadoras africana e a minoria de brancos, representantes da metrópole. Apesar do contato com as massas camponesas e culturas tradicionais africanas, aquela pequena-burguesia negra aspirava ter um nível de vida equivalente ao dos brancos. Para tanto incorporavam os hábitos, roupas, língua e arquitetura do colonizador. As negras em

alguns casos alisavam os cabelos e buscavam clarear a pele. Porém, os negros da África e da diáspora que haviam assimilado o branqueamento, não conseguiam fugir do drama da marginalização. Vestidos a moda européia “de terno, óculos, relógio e caneta no bolso do paletó, fazendo um esforço enorme para pronunciar adequadamente as línguas metropolitanas", não deixavam de ser discriminados. No plano social, continuavam sendo negros e, conseqüentemente, tratados como inferiores.


"O termo burguesia negra surgiu, pela primeira vez, nos Estados Unidos, na obra "Black Bourgeoisie", publicada em 1957 por E. Franklin Frazier, relativamente às famílias de classe média negra. Segundo a obra de Frazier, a atitude da classe média negra, ou das famílias afro-americanas que aspiram a esse estatuto social, distancia-se dos problemas das classes trabalhadoras e pobres da comunidade a que pertencem. Frazier ressalta o facto de que a chamada burguesia negra se preocupa mais com a imagem da sua posição social do que com a construção de uma base social e econômica para a comunidade afro-americana nos EUA".

Se liga gente: A escravidão, enquanto elemento lucrativo, jamais foi questionada fortemente pelo iluminismo.

Entretanto, esse fervilhar de ideias faz com que no Haiti toda a população que havia passado pela experiência da libertação americana (financiada pela França e composta por exércitos negros do Haiti) passe a questionar seu embargo econômico e a condição de sua população, e começa a reivindicar que seja ele também um país pertencente a nova onde de liberdade que vive a burguesia francesa e americana.

O Haiti, através de seu processo revolucionário, foi capaz de romper suas amarras, e passou por uma série de ataques vindos da sua ex metrópole contra seu sucesso: logo após sua independência, a França invade a ilha e mata Toussaint de Louverture, principal líder da Revolução e governador da recém República. Dessalines reorganiza o exército e em 1803 derrotam os franceses. Desde então, o Haiti já sofreu, como castigo ao seu excesso libertário,

um forte embargo econômico de 60 anos, uma multa de 150 milhões de francos de indenização aos franceses pela perca da colônia. Entre 1915 e 1934, o território foi ocupado pelos EUA, com a justificativa de proteger interesses americanos (bem parecidos com o propósito do norte da África…). Desde então o país passa por todo tipo de intervenções de Estados e exércitos, visando seu silêncio e seu controle para que não se vasasse pelo mundo a história de sucesso (que poderia ser) de uma colônia liberta pela luta, escravos libertos pelas próprias mãos.

Tal elemento foi fundamental para que todos os países que antes eram colônias francesas só avistassem sua libertação nacional em meio à crise capitalista que a burguesia passou na década de 60 do séc XX – onde a França conseguiu, com sucesso, passar quase dois séculos sem que nenhum domínio colonial fosse questionado.

Desde o surgimento do capitalismo e das ideias iluministas, a questão do povo negro ainda não foi resolvida. É preciso que questionemos, como nos faltou questionar no século XVII, XIX e XX, porque continuam existindo, e romper com a ideia de que se mantém por mera anacronia, e que faz parte de um elemento retrógrado na realidade mundial. Se fosse interessante para a burguesia romper com o racismo, teria o feito assim como rompeu com o teocentrismo e centralizou o poder sobre a matéria e sobre os que a possuíam. As defesas democráticas da burguesia estão ligadas diretamente de quanto dependem suas necessidades econômicas – se não é lucrativo libertar escravos, continuarão acorrentados; se não é lucrativo se abdicar da colônia haitiana, esta continuará servindo aos interesses mercantis da França revolucionária. Principalmente, se não é interessante economicamente deixar ao povo negro haitiano suas terras livres para sua autogestão, acionarão EUA, Comissão de Paz da ONU e manterão aprisionado o povo negro do Haiti, congelando o sucesso de sua vitória.
O movimento Black Power utilizou a expressão burguesia negra de uma forma negativa para
identificar uma franja da classe média que tinha tendências de integração e identificação com a comunidade branca, nomeadamente quanto ao tratamento e à atitude discriminatórios relativamente à classe trabalhadora pobre e negra. 
Por arrastamento, eram considerados também de burguesia negra todos aqueles que não estivessem envolvidos nos movimentos civis de lutas sociais e políticas da comunidade afro-americana. 

O sociólogo William J. Wilson salientou as semelhanças em termos de educação e progressão social observadas entre as classes médias negra e branca, enquanto que a classe pobre negra se distanciava cada vez mais em termos sociais, econômicos e mesmo geográficos da burguesia negra. Por seu lado, o autor Abdul Alkalimat defende que a posição da classe média afro-americana teve duas vertentes, já que as barreiras sociais que foram eliminadas de pouco serviram às classes economicamente desfavorecidas daquela comunidade. Se por um lado desencadeou grandes mudanças no seio da sociedade norte-americana ao aceder à educação e ao emprego qualificado com a consequente ascensão social e econômica, por outro essas mesmas conquistas foram usadas para silenciar as classes trabalhadoras e pobres afro-americanas cuja situação não se alterou muito nas últimas décadas.
 

Voltando...
"A partir do Século XIX, muitos pensadores começaram a levantar teorias sobre a origem do patriarcado. Alguns afirmaram, e ainda afirmam, que o domínio masculino sobre o feminino é da natureza. Que, naturalmente, os machos são dominadores. Mas os pensadores mais importantes que mais convenceram neste aspecto o pensamento contemporâneo foram Marx e Engels." 

A abolição da escravidão entrou fortemente nesse jogo, pois combatida como excesso, jamais teve questionado seu elemento mais fundamental, pois ainda era preciso, e ainda o é, que a divisão pelo racismo em meio ao trabalho continue existindo. Basta que analisemos o trajeto histórico da transição da escravidão negra em todo mundo para o trabalho livre, onde contamos com países como EUA e África do Sul onde o racismo foi constitucional, e casos como o Brasil, onde a ideologia e as relações de trabalho cumpriram o mesmo processo. principal desafio do marxismo hoje é conseguir dar conta de reconstruir a direção que seguiu a burguesia, desde sua ascensão até o momento de crise estrutural que vive, notando que em todo esse processo, o racismo e o imperialismo sempre foram e sempre serão suas bases essenciais.

 Foi a razão pela qual, sem a menor organização consciente, conseguiu arrancar a aristocracia de todos os seus tronos. Foi a razão pela qual, por toda a existência do capitalismo, conseguiu superexplorar os trabalhadores brancos sob a ameaça de serem substituídos pelos miseráveis negros, que inflam dia a dia as filas de desemprego. Foi somente pelo racismo que a burguesia conseguiu justificar, sem Deuses ou outros mundos, sua superioridade enquanto raça e enquanto cultura, dominante sobre qualquer outra forma de vida não branca/européia. Enfim, é somente assim, pela situação de miséria justificada pelo racismo, que a burguesia consegue hoje superexplorar os territórios semi-colonizados da África, estabelecer as grandes Agroindústrias no Brasil e na África do Sul.
Na Grã-Bretanha, a burguesia negra surge nos finais da década de 80 constituída por empresários africanos, caribenhos e sul-asiáticos que se organizaram de forma a estabelecerem as suas pequenas ou médias empresas como reação de décadas de pobreza nunca resolvidas pelas diferentes políticas sociais levadas a cabo pelo Governo britânico. Embora este surto de livre iniciativa estivesse de acordo com as políticas neoliberais do Governo de Margaret Thatcher, a verdade é que a burguesia negra se deparou com uma série de dificuldades reais. Entre essas dificuldades estava o acesso difícil ao crédito bancário, a expansão das empresas para mercados fora dos das minorias étnicas e por último o facto de, nessa expansão, serem obrigados na prática a contratar empregados brancos já que muitas das empresas, organizações e bancos mostravam a sua preferência em lidar com brancos. Temendo perder as oportunidades de negócios muitas destas empresas da burguesia negra optaram por praticar o racismo como procuradores de interesses alheios.

Eles demonstraram que a divisão sexual do trabalho dava origem a uma divisão social do trabalho, levando ao aperfeiçoamento das tecnologias, dando origem ao excedente (lucro). Tais excedentes, usados como valores de troca, originaram uma classe dominante que, vivendo destes excedentes, escravizou, criou a propriedade privada, em detrimento da comunidade. Segundo Engels, nessa época o sexo feminino é dominado e reduzido ao âmbito privado, para fornecer o maior número de filhos para produzir mais, defender a terra e o Estado. A supremacia masculina surge, pois, com a cultura competitiva do excedente, em que as mulheres vão pouco a pouco sendo dominadas para que possibilitem produzir mais riqueza. Instalada a divisão sexual do trabalho, nasceu o patriarcado.

Retornando um pouco...
- Na Grã-Bretanha, a burguesia negra surge nos finais da década de 80 constituída por empresários africanos, caribenhos e sul-asiáticos que se organizaram de forma a estabelecerem as suas pequenas ou médias empresas como reação de décadas de pobreza nunca resolvidas pelas diferentes políticas sociais levadas a cabo pelo Governo britânico.
Embora este surto de livre iniciativa estivesse de acordo com as políticas neoliberais do Governo de Margaret Thatcher, a verdade é que a burguesia negra se deparou com uma série de dificuldades reais. Entre essas dificuldades estava o acesso difícil ao crédito bancário, a expansão das empresas para mercados fora dos das minorias étnicas e por último o facto de, nessa expansão, serem obrigados na prática a contratar empregados brancos já que muitas das empresas, organizações e bancos mostravam a sua preferência em lidar com brancos. Temendo perder as oportunidades de negócios muitas destas empresas da burguesia negra optaram por praticar o racismo como procuradores de interesses alheios.

Finalizando...

Talvez o senso comum nos ajude a descobrir porque, em benefício de uma peculiar ou singular visão de mundo, pedem-nos para sacrificar o nosso juízo e o que os sentidos de todos os homens normais do mundo podem descobrir pela simples e serena observação da realidade, ajudados pelo conhecimento antropológico mais a moral da história é que ser pobre hoje no Brasil é bonito, dá ibope, dá voto, dá credibilidade. Ser rico é motivo vexatório ( imagem criada pela origem historia desta riqueza concentrada e questionável na maioria das vezes e lamentável), é também e sempre, alvo de críticas por sua vida “perdulária” e “luxuosa”, que e visto pela população ao longo processo histórico vicioso que alguns ricos ainda mais ricos e a maioria dos pobres ainda mais pobres...

"-Gente não e uma defesa ou não do capitalismo mais e uma questão que precisamos discutir".

Lutar contra a formação do capitalismo, contra sua manutenção, contra suas reformas cada vez mais precarizantes. É contra a ilusão do nacionalismo, do culturalismo, da luta por fora do combate a um outra classe, e assim, ao lado da classe certa a qual pertencemos: rumo à Revolução proletária. E na vanguarda, os negros e negras que à força deram e dão o sangue que mantém viva a carcaça desse mórbido capitalismo.

Sendo assim e sem mais delongas será que o Brasil é, de fato, "um país capitalista" financiado pela classe burguesa e orquestrada por um grupo sob o hino de democracia, que na verdade é democrática somente para a ótica dos poucos favorecidos economicamente e sempre menos favorecidos o “pobre” que continuam a margem e excluídos de varias formas.

Um afro abraço.


Claudia Vitralino.

fonte:www.cultura.mt.gov.br

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