Lenda africana - A HISTORIA DO FURAÇÃO
"O FILHO DO VENTO reconta uma lenda dos bosquímanos, povo nômade que habita o deserto do Kalahari. Enquanto o vento “zune lá fora”, a mãe narra aos seus dois filhos, Dabé e Kauru, a lenda de seu povo sobre o filho do vento: um solitário menino, o filho do vento, encontra Nakati, menino de sua idade, e com ele joga bola, sem, no entanto, revelar a sua identidade".
Você sabe como se forma um furacão? Uma lenda africana dos dos bosquímanos (povo nômade que habita o deserto do Kalahari) explica o fenômeno de um jeito bem interessante:
O nome do filho do vento é um segredo que deve ser guardado e respeitado. Mas Nakati resolve desafiá-lo e enfrenta um enorme vendaval…
Na história, um menino de nome Nakati subiu a montanha atrás de ovos de avestruz e foi surpreendido por um menino com cabelos eriçados que o convidou para girar a bola. Era o filho do vento; ele estava contente por ter, finalmente, encontrado um menino de sua idade para brincar.
Os meninos se deram muito bem e já não queriam se separar, mas, antes de chegar o final da tarde, a mãe do filho do vento o chamou para dentro de casa, uma cabana isolada no alto da montanha.
O filho do vento sabia o nome de Nakati, mas Nakati não sabia o nome do amigo. Quando a mãe do menino o chamou Nakati se esforçou para ouvir e aprender, mas só conseguiu perceber o vento soprando e assoviando.
Naquela noite, Nakati perguntou para sua mãe qual era o nome do menino que vivia no alto da montanha, naquela cabana isolada de tudo e de todos. A mãe de Nakati ficou assustada e não revelou o nome do amigo do filho. Ela explicou que tal segredo não devia ser revelado sob pena varrerem fortes ventanias…
A partir daquele dia, os dois meninos se tornaram grandes amigos. Nakati sempre atento a aprender o nome do filho do vento.
Foi depois de um dia de muita brincadeira que Nakati, já tendo aprendido o nome do amigo, resolveu desafiar as forças da natureza. Turbilhões, tornados, redemoinhos e furacões se formaram ao redor do menino. Nakati tinha de correr mais rápido que o vento para se refugiar dentro de casa.
Se liga: Esta lenda serviu como inspiração para muitas histórias, tendo se transformado em livro pelas mãos de pelo menos dois grandes nomes da literatura lusófona: o angolano José Eduardo Agualusa e o brasileiro Rogério Andrade Barbosa.
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
Fonte: Youtube/www.conexaolusofona.org/UNEGROFORMAÇÃO
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