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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Brasil é mais negro...

Brasil está mais negro e envelhecido; Mulheres são maioria hoje no Brasil


Censo 2010: população brasileira está mais velha e chega a 190.755.799

O Brasil tem 190.755.799 habitantes. É o que constata a Sinopse do Censo Demográfico 2010, que contém os primeiros resultados definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil, divulgada pelo IBGE. Os dados mostram ainda que o país segue a tendência de envelhecimento, que para cada grupo de 100 mulheres há 96 homens e que há mais pessoas se declarando pretas e pardas.

Segundo o Censo 2010, atualmente, 24,1% da população brasileira é menor de 14 anos; em 1991, essa faixa etária representava 34,7% da população. Outro fenômeno verificado é o aumento contínuo da representatividade de idosos: 7,4% da população têm mais de 65 anos, contra 4,8% em 1991.

Já a taxa média anual de crescimento baixou de 1,64%, em 2000, para 1,17%, em 2010. Mesmo assim a população brasileira aumentou quase vinte vezes desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872, quando foram contados 9.930.478 habitantes. Outro dado aponta que as maiores taxas médias de crescimento anual de população foram observadas nas regiões Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%), seguidas das pelas regiões Nordeste (1,07%), Sudeste (1,05%) e Sul (0,87%).

De acordo com o IBGE, a média de moradores por domicílio caiu para 3,3; em 2000, a relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares ocupados e o número de domicílios particulares ocupados era de 3,8. Esse comportamento persistiu tanto na área urbana quanto na área rural, diz o Instituto.

Distribuição por sexo – O levantamento aponta que há 96 homens para cada 100 mulheres no país, resultado em um excedente de 3.941.819 mulheres. Entretanto, nascem mais homens no Brasil: a cada 205 nascimentos, 105 são de homens. A diferença ocorre, segundo o IBGE, porque a taxa de mortalidade masculina é superior. Na relação por situação de domicílio, os homens são maioria no meio rural: 15.696.816 homens para 14.133.191 mulheres. Já no meio urbano, as mulheres seguem à frente, como na média nacional: são 83.215.618 para 77.710.174 homens.

Casais gays – A pesquisa do IBGE mostra que o Brasil já registra mais de 60 mil pessoas vivendo com parceiros do mesmo sexo. A região Sudeste é a que tem mais casais que se assumiram homossexuais, com 32.202. Em seguida, está a região Nordeste, com 12.196; e a Sul, com 8.034. O número representa 0,2% do total de cônjuges (37,547 milhões) em todo o país. É a primeira vez que o dado foi pesquisado.


Negros e pardos – Os dados trazem ainda a informação de que há mais pessoas se declarando pretas e pardas. Este grupo subiu para 43,1% e 7,6%, respectivamente, na década de 2000, enquanto, no censo anterior, era 38,4% e 6,2% do total da população brasileira. Já a população branca representava, em 2010, 47,7% do total; a população amarela (oriental) 1,1% e, a indígena, 0,4%.

Analfabetismo caiu – O Instituto aponta que houve melhora no índice de analfabetismo: hoje 9% da população brasileira não é alfabetizada; em 2000 eram 12,9%. Em números absolutos, 14,6 milhões de pessoas não sabem ler nem escrever, de um universo de 162 milhões de pessoas com mais de 10 anos.

Embora tenha sido registrada redução de 0,7 ponto percentual no número de pessoas que se declararam pretas de 2007 para 2008, essa população representa 6,8% do total. O total de pardos cresceu 1,3 ponto percentual, somando 43,8%, e os brancos, com redução de 0,8 ponto percentual, são 48,4%.

A distribuição da população por cor e raça é diferenciada entre as regiões do país. Os estados do Norte e Nordeste concentram os negros, com percentuais de 76,1% e 70,1%, respectivamente. Os brancos estão na Região Sul (78,7%) e Sudeste (56,8%).

Mulheres são a maioria

Nascem mais homens no país. No entanto, por motivos como a violência, as mulheres vivem por mais tempo, o que as tornam a maioria na população brasileira.


O percentual de pessoas na faixa etária mais jovem, de até 4 anos, era 6,9% do total de mulheres (97,5 milhões) e 7,5% do total de homens (92,4 milhões), em 2008. Já na faixa etária mais velha, de 60 anos ou mais, estão 12,1% das brasileiras e 10% do total de homens, segundo a pesquisa.

"A expectativa de vida das mulheres é maior por questões e de saúde e outros fatores. Os rapazes estão mais envolvidos em acidentes de trânsito, na questão da violência urbana. Então, ao longo da vida deles, têm um número de óbitos maior que o das mulheres", explicou a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.

Em 2008, dos 188 milhões brasileiros residente no país, as mulheres correspondiam a 51,3% e os homens, a 48,7%. Em relação ao ano passado, segundo a Pnad, não houve mudança significativa na distribuição por sexo. Em 2007, 51,2% da população era de mulheres e 48,8%, de homens

Envelhecimento

A cada ano mais pessoas ultrapassam os 40 anos de idade, refletindo a tendência de envelhecimento da população. De 2007 para 2008 o total de pessoas com essa idade cresceu 4,5%.


De acordo com o IBGE, a população com 60 anos ou mais também cresceu. Em 2008, 21 milhões de brasileiros estavam nessa faixa estária, ou 11,1% do total. No ano anterior, eram 19,7 milhões.

A tendência de envelhecimento é observada com destaque no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, estados onde 14,9% e 13,5% da população têm 60 anos ou mais, respectivamente. Em relação às regiões, o índice é maior no Sul (38,1%) e Sudeste (37,8%).

Já os brasileiros mais jovens (de até 4 anos) estão em maior número no Acre (11%), em Roraima (10,2%) e no Amazonas (10,1%). Em 2008, a Região Norte era a única do país em que o contingente de pessoas nessa faixa etária (1,4 milhão) supera o de habitantes com mais de 60 anos (1,1 milhão).

"A Região Norte tradicionalmente apresenta uma estrutura etária mais jovem", comentou a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira. "Lá, as mulheres têm uma taxa de fecundidade maior [número de filhos] e a expectativa de vida é menor em função das doenças, do acesso à saúde e das condições de vida", explicou.

Brasileiros que moram sozinho


De acordo com a Pnad, o número de residências com apenas um morador cresceu de 11,5% para 12% de 2007 para 2008, mantendo a tendência verificada em anos anteriores.

Nesse cenário, o número de pessoas por família passou de 3,2 para 3,1. Em cada domicílio, a taxa é de 3,3. De acordo com o IBGE, uma das justificativas para essa redução reflete a redução na taxa de fecundidade, que está em 1,89 filho por mulher.

A Região Sul registra o menor número de pessoas por família, 2,9 e por domicílio, 3,1, assim como a Região Sudeste. Ao contrário, a Região Norte apresenta indicadores mais elevados nas duas situações: 3,5 por família e 3,8 pessoas por domicílio.

Fonte: IBGE/IPEA.

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