UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Reis Africanos:Shaka Zulu (O GENERAL AFRICANO)

Shaka Zulu, às vezes escrito como Tshaka, Tchaka ou Chaka -1773 — 22 de setembro de
1828), foi um chefe tribal e estrategista militarque transformou os zulus de uma etnia com pouca expressão territorial em um império que ensombrou os desígnios coloniais britânicos.
"A história Shaka Zulu, líder africano que expandiu a nação zulu, num feito comparável a Alexandre o Grande, mas também terminou sua vida como ditador insano".

Origens e Infância - O potentado Zulu tem início com o reinado de Shaka, filho do chefe Senzanga Khoma, de um dos clãs mais fortes dos Zulus, que engravidara Nandi, uma mulher Lengani, que se tornou por isso sua terceira esposa. Mas ela era desagradável e pouco dócil, acabou sendo rejeitada junto com o filho, e voltou para os Lenganis, onde Shaka cresceu acalentando o sonho de se tornar Rei dos Zulus, e expandir o império.

"Filho orfão e ilegítimo de Senzanganakhona, chefe do clã zulu dos nguni, Shaka e a mãe foram banidos da suaumuzi (aldeia), e forçados a viver no exílio entre os mtetwa, na altura do reinado de Dingiswayo".

Ao atingir a puberdade, Shaka seguiu os costumes dos Mtetwa, e juntamente com os outros rapazes da sua idade (intanga), integrou o regimento isiCwe do exército de Dingiswayo. Shaka integrou-se bem na vida militar, e à medida que a sua fama pessoal e autoridade aumentava, introduziu alterações às tácticas anteriormente utilizadas.

Estrategia: Corpo+Braço+Cabeça...

Shaka Instituiu a técnica de combate “corpo-braços-cabeça”, em que o corpo era a grande concentração de tropas central, e a única que os inimigos podiam ver, os braços eram dois grupos de envolvimento rápido que atacavam pelos flancos, e a cabeça, um regimento que, nos dois primeiros estágios de qualquer batalha,uma das mudanças mais importantes foi o abandono das tácticas de combate "atacar e retirar", pelo combate corpo a corpo, perseguição do inimigo, e da aniquilação total do inimigo. Estas tácticas foram sendo adoptadas por outros clã dos Nguni. No início da década de 1810, contra os Buthelezi em 1810, e posteriormente contra os Nongoma em 1812, Shaka havia aperfeiçoado a implementação dos seus homens no campo de batalha numa formação de ataque em forma de lua, com as pontas denominadas izimpondo (cornos), e o centro de isifuba (peito), com a qual obteve grandes êxitos, e seria a formação de combate padrão dos zulus nos próximos noventa anos.

Em 1816 foi enviado por Dingiswayo, chefe dos mtetwa, e regressa do exílio, e
rapidamente se afirma rei dos zulus, eliminando todos que se lhe opunham. Um dos seus primeiros actos é constituir quatro regimentos, que são a origem do impi, nome pelo qual os exércitos zulus ficariam conhecidos. Os impis estavam armados com uma pequena lança, a assegai, um escudo de couro de boi, uma espécie de porrete que podia ser arremessado no inimigo com grande precisão e ainda o "cuspe de veneno", substância tóxica encontrada numa erva que era mastigada pelos guerreiros de Shaka, que a cuspiam no rosto dos inimigos durante os combates, causando grande irritação nos olhos. Apoiado neste impi, parte para nesse mesmo ano para atacar novamente os Buthelezi.

Em 1818 a sua atenção vira-se para os ndwandwe, que vence na batalha de Gqokli, de forma decisiva, apesar de a vantagem à partida não estar do seu lado. A mesma sorte tiveram outros clãs e tribos, contra quem os Zulus apontaram a sua máquina de guerra, numa expansão territorial que iria aumentar o território sob o seu controlo cerca de 12 vezes.

1824 seria um ano marcante na histórios dos Zulus: Shaka autorizou o estabelecimento de europeus (H.F. Fynn e Lt. Farewell, fundadores da Natal Trading Company) no seu território. Estes fundaram Port Natal, a actual cidade de Durban.

Se Liga: A decadencia de Shaka...
Shaka não tinha descendente que pudessem suceder-lhe, assim ficou obcecado com a idéia de envelhecer e morrer. Feiticeiros se aproveitaram desse início de loucura para explorá-lo com promessas de óleos milagrosos que proporcionavam a imortalidade.
O aparecimento dos primeiros cabelos brancos detonou um processo de loucura irreversível; a morte da mãe desencadeou uma onda de crueldade e perseguições terríveis, que abalaram toda a estrutura Zulu.

Começou por ordenar a morte de todas as mulheres a serviço de Nandi, a “mulher elefante”, que com ela compartilharam a tumba, e que, quase todas, eram mulheres de alguns dos seus melhores e mais confiáveis generais.

"A mortalidade gratuita espalhou-se pelo reino; qualquer pessoa, por rir, espirrar, tossir, se coçar, sentar, dormir, amamentar ou mesmo comer e beber, podia ser decapitado, acusado de não demonstrar pesar pela morte da mãe de Shaka".

Turbas frenéticas e assassinas corriam por todo o reino, para ver se alguém deixava de honrar Nandi. Os últimos meses de 1827 ficaram conhecidos entre os Zulus, como o tempo

das trevas de Shaka.

Conspiração e Morte - Com o caos instituído no reino, M'Kabay, irmã do pai de Shaka e dois meio irmãos dele, Dingane e M'Halangana, junto com alguns comandantes militares, conspiraram e planejaram o assassinato do grande chefe Zulu.
No dia 22 de Setembro de 1828, vários conspiradores se reuniram, foram ao Kraal de Shaka, e sem que este pudesse esboçar um gesto de defesa, lhe espetaram fundo e por diversas vezes as mortais azagaias pelos seus meio-irmãos Dingane e Mhalangana, sucedendo-lhe Dingane. 


Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:https://pt.wikipedia.org\www.publistorm.com/

sábado, 26 de novembro de 2016

Rita (Ribeiro) Benneditto - E´d'Oxum.



Oxum  -  É  um orixá feminino das águas doces, dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, cultuada nocandomblé e umbanda.

Através de mamãe Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de“Senhora do Ouro”, que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.

Oferendas são servidas principalmente nas cachoeiras para Mamãe Oxum

Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais.

Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões.
Sincretismo religioso e a comemoração em 08 de dezembro

Oxum orixá feminina das religiões afro-brasileiras (umbanda e candomblé) é sincretizada com diversas Nossas Senhoras.

Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

O dia 8 de dezembro é marcado por duas celebrações cristãs de significados distintos (quase antagónicos), que se confundem devido à semelhança das suas designações.


Sincretismo religioso aproxima várias Nossa Senhoras a figura do orixá Oxum
A evocação popular, tradicional, celebra a Nossa Senhora da Conceição (ou Concepção), isto é, celebra o arquétipo daMaternidade. Conhecem-se desde o século VII, nomeadamente na Península Ibérica, festas com esta evocação; até há poucos anos era nesta data, e não no primeiro domingo de Maio, que se celebrava o Dia da Mãe.

O conceito teológico oficial é o do dogma da Imaculada Conceição de Maria, definido pelo papa Pio IX em 1854, e nada tem a ver com o conceito popular: afirma que Maria, mãe de Jesus, teria também sido gerada sem cópula carnal de seus pais (Ana e Joaquim); celebra, por isso, a castidade. Esta ideia começou a surgir no século XII, tendo causado intensa polémica e sido rejeitada por importantes teólogos, incluindoSão Bernardo e São Tomás de Aquino, e condenada pelo papa Bento XIV em 1677, até ter sido aceite como dogma em 1854.

A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI, que alegadamente sintetizaria um culto que em Portugal existiu muito antes de ser dogma, pelo menos na sua designação remete para o conceito popular, não para o conceito teológico afirmado pelo dogma. De igual forma, as freguesias portuguesas anteriormente listadas adoptaram a designação “Nossa Senhora da Conceição” ou “Conceição”, mas não “Imaculada Conceição”.

Em 8 de dezembro de 1904, em Lisboa solenemente lançou-se a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário da definição do dogma. Ao ato, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades deNossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da atual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589.

No Brasil é tradição montar a árvore de Natal e enfeitar a casa no dia 8 de dezembro, dia de N.Sra. da Conceição.


Oxum na África-Rio Oxum na Africa
Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de ijexá e Ijebu.

É representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.

É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio.

As mais velhas ou mais antigas Oxum são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.

Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá.

O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: “Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo.”

O Festival de Oxum é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria. O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Oxum, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.

Ọṣun-Oṣogbo ou Bosque Sagrado de Osun-Osogbo é uma floresta sagrada às margens do rioOxum que se encontra na cidade de Oṣogbo, Nigéria.

Características dos filhos da orixá Oxum  - O filhos de Oxum dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. Seus filhos e filhas são doces, sentimentais, agem mais com o coração do que com a razão e são muito chorões.

Filhas de Oxum tem intuição forte e podem se tornar líderes espirituais

São extremamente vaidosos e conquistadores, adoram o luxo, a vida social, além de sempre estarem namorando. São obstinadas na procura dos seus objetivos.

Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a
uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.

Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maioresYalorixás (mães-de-santo) da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

fonte: wikipédia/UNEGRO COMUNIDADES TRADICIONAIS

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Histórias Animadas - A Cor da Cultura - Bruna e a Galinha d'Angola





Bruna e a Galinha D'angola

Uma História de: Gercilda de Almeida

Bruna era uma menina que se sentia muito sozinha. Sua avó veio da África e sempre lhe contava histórias. Uma que ela gostava muito era a do panô da galinha que sua avó trouxera da África.

“Conta a lenda de uma aldeia africana que Ósún era uma menina que se sentia só e para lhe fazer companhia resolveu criar o que ela chamava de " o seu povo”. Foi assim que surgiu Conquém, a galinha d’Angola.

Bruna então pediu a seu tio que era um bom oleiro, que lhe ensinasse a trabalhar com barro. Bruna então modelou na argila a galinha d’Angola e passou a brincar com ela.

No dia de seu aniversário, sua avó lhe deu uma galinha d’Angola de verdade que andava e gritava:

- Conquém! Conquém!

As outras crianças da aldeia que não brincavam com Bruna foram se aproximando dela e pedindo para brincar com a Conquém, aí Bruna arranjou muitas amigas e fizeram muitas galinhas de barro iguais a Conquém.

Um dia as crianças acharam no baú da avó de Bruna um panô que contava a lenda africana dos animais que ajudaram a Conquém na criação do mundo e de seu povo. Conquém espalhou as sementes na terra, o lagarto desceu para ver se a terra era firma e o pombo foi avisar aos outros animais que podiam vir povoar aquele lugar.

Bruna e suas amigas ficaram muito conhecidas, porque todos da aldeia se juntavam para ouvirem a história do panô.

Sua avó resolveu ensinar as meninas a pintarem tecidos, como os que ela fazia na África, isso fez com que a aldeia ficasse conhecida.

Foi assim que todas as pessoas da aldeia de Bruna decidiram torná-la mais bonita e pintaram suas casas com as cores dos panôs da galinha d’Angola.Um dia a Conquém sumiu e todas as meninas saíram a sua procura chamando:

- Conquém, onde você está? Com quem nós vamos brincar?

Tanto procuraram que a acharam escondida no mato. As meninas encontraram um ninho com um belo ovo que ela protegia e chocava.

Tempos depois, cada menina da aldeia tinha sua galinha d’Angola e até hoje o povo daquela aldeia conta a história de Bruna e da galinha d’Angola para aqueles que compram os belos tecidos pintados pelas meninas.
Se liga:
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
fonte:

Rebele -se Contra o Racismo



Numa conversa de ideias e construção de valores, foi realizado a roda de conversa com a Unegro

Numa sala lotada de alunos atentos e engajados no assunto do respeito e contra a discriminação. A conversa foi iniciada pela nossa Coordenadora Municipal , Sra. Sonia Lopes, enfatizando a presença de todos e em especial ao espaço aberto para esse bate papo, agradecemos desde já a pronta atenção e compreensão da Sra. Luciana Saraiva e de toda sua equipe de professores e funcionários que ali estavam e fizeram desse dia um marco para a historia da Unegro.

Presentes ao encontro os alunos do colégio Vetor estiveram atentos a cada palavra dos professores ali

presentes : Tivemos uma aula de historia do negro, com a menção mais que honrosa do Almirante Negro João Cândido (http://www.infoescola.com/biografias/joao-candido/) na falação do Professor Hélio Jorge. Uma aula da historia de nosso brasil. Tivemos a aula de matrizes africanas, soubemos na fala do professor e diretor Unegro Luiz Carlos, deixando todos ainda mais a saber das diferenças entre as religiões presentes no Brasil. Onde existia duvidas, já não existem mais.

Sra. Marisa Justino nos leva a uma reflexão sobre a questão do racismo com recorte na diversidade sexual e social.

Por fim tivemos uma fala da nossa querida diretora do espaço Vetor a Sra. Luciana Saraiva, que gentilmente nos cedeu o espaço para esse evento, sabendo nós que o Colégio estará sempre aberto as agendas direcionadas as lutas de igualdade, diversidade e de respeito. Uma das colocações da própria Sra. Luciana, foi essa forma de cuidar dos alunos, o jeito como eles são doutrinados, a forma como saem dali e ingressão no mundo, sempre pautados no respeito e na tolerância uns com os outros, esse é um legado que vem desde seus fundadores, seus pais, e esta sendo pregado por ela mesmo no dia dia com os alunos. Estes merecem nosso respeito e abraço pela forma carinhosa que nos recebeu. Para fechar o dia em alto e bom astral sonoro, a vez e a voz da Cantora Bombom Baobá - direto de Maricá- que cantou à capela e encantou os quase 150 alunos presentes na sala, ao final da primeira musica, a galera se levanta e pede mais um Bombom, que prontamente atende aos alunos e nos leva ao encantamento na sua Linda voz forte e poderosa.

Em nota a Unegro Nova Iguaçu agradece a todos alunos, funcionários, professores, aos espaço e em especial a sua diretora, que nos recebeu com todo carinho e respeito. Desde já o nosso obrigado pelo dia de hoje

Colaboraram com este dia:

Sra. Sonia Lopes – Coordenadora da Unegro de Nova Iguaçu;

Sra. Marisa Justino – vice Coordenadora e coordenadora de eventos e projetos da Unegro Nova Iguaçu;

Sra. Luciana Saraiva – Diretora executiva do colégio Vetor região Nova Iguaçu;

Sr. Luiz Carlos Coelho - Diretor Estadual da Unegro Rio de Janeiro;

Sr. Hélio Jorge da Silva – Diretor Executivo da Unegro Nova Iguaçu;

Sr. Professor Daurio Douglas - Colégio Vetor;

Sr. Carlos Lázaro - Membro Unegro Nova Iguaçu / Imprensa;

Equipe de funcionários, colaboradores e professores do Colégio Vetor Região Nova Iguaçu.
de Nova Iguaçu com os alunos do colégio Vetor sobre Racismo, intolerância religiosa e LGBT fobia dentro das escolas. Estiveram presentes a essa roda de conversa a diretora do colégio Vetor Sra. Luciana Saraiva, a Sra. Sónia Lopes presidente da Unegro de Nova Iguaçu, Sra.

Marisa Justino Vice Presidente da Unegro N.Iguaçu e membro permanente da AGANIM, o

diretor estadual da Unegro Estadual e da Capital Sr. Luiz Carlos Coelho, o Professor do colégio Vetor Sr. Daurio Douglas, o Sr. Hélio Jorge da Silva militar de carreira, professor, historiador e pesquisador da historia da Africa e diretor Executivo da Unegro Nova Iguaçu, a Cantora Bombom Baobá membro da Unegro de Maricá, convidada especial da Unegro Nova Iguaçu ao evento.

Tem Negro no Arco iris.

Marisa Justo

fonte:UNEGRO NOVA IGUAÇU

terça-feira, 22 de novembro de 2016

22 de novembro de 1910- Revolta da Chibata

A Revolta da Chibata foi um movimento na Marinha do Brasil que culminou com um motim
na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, capital do Brasil na época. Seu líder era o marinheiro João Cândido, uma dos maiores revolucionários da história do Brasil.

"Mais de 2.400 marinheiros se rebelaram contra os baixos salários, as péssimas condições de trabalho e o uso de castigos físicos (chibatadas). Contra isso, os marinheiros ameaçaram bombardear a cidade."

iderados pelo marinheiro negro João Cândido Felisberto, os marujos tomaram três encouraçados na Baía de Guanabara e ameaçaram disparar os canhões contra a então capital da República. O que eles queriam? O fim dos castigos corporais na Marinha do Brasil e melhores condições de alimentação e de trabalho. Foi um ato de coragem contra as Forças Armadas, que naquele momento contavam com uma das mais modernas frotas navais do planeta.

Planejado por cerca de dois anos e que culminou com um motim que se estendeu de 22 até 27 de novembro de 1910 na baía de Guanabara, na ocasião, rebelaram-se cerca de 2400 marinheiros contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos (as faltas graves eram punidas com 25 chibatadas), ameaçando bombardear a cidade.

Durante o primeiro dia do motim foram mortos marinheiros infiéis ao movimento e cinco oficiais que se recusaram a sair de bordo, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Geraes, João Batista das Neves.

Na manhã do dia 23, o emissário do governo, o deputado federal e capitão-de-mar-e-guerra José Carlos de Carvalho esteve a bordo do encouraçado São Paulo, onde lhe foi determinado que se dirigisse ao Minas Geraes para falar com o líder da revolta, João Cândido, dando-se assim início às negociações entre o governo e os revoltosos.

José Carlos de Carvalho levou para o Congresso a impressão que teve da força dos marinheiros e um Manifesto com exigências, sendo a principal o fim da chibata. O Manifesto, que tinha sido escrito durante as reuniões preparatórias, citava todos os oficiais presos nos navios e relacionava todos os navios sob o controle dos marinheiros. Isso demonstra que os revoltosos acreditavam que poderiam fazer a revolta sem mortes, e que a adesão à revolta seria total, quando a realidade era diferente disso.

Os navios que não aderiram à revolta, na maioria contratorpedeiros, entraram em prontidão
para torpedear os revoltosos. No dia 25 de Novembro, o então Ministro da Marinha,
almirante Joaquim Marques Batista de Leão expediu a ordem: "hostilize com a máxima energia, metendo-os a pique sem medir sacrifícios." No mesmo dia, entretanto, o Congresso Nacional aprovou a anistia para os revoltosos. Há versões de que o encouraçado Deodoro chegou a receber tiros dos contratorpedeiros, que logo cessaram fogo e voltaram para a orla.

Quatro dias depois do motim, a 26, o governo do presidente Marechal Hermes da Fonseca declarou aceitar as reivindicações dos amotinados, abolindo os castigos físicos e anistiando os revoltosos que se entregassem. Estes, então, depuseram armas e entregaram as embarcações. Entretanto, dois dias mais tarde, a 28, foi feito um novo decreto, que permitia que fossem expulsos da Marinha aqueles elementos "inconvenientes à disciplina".

A chamada "segunda revolta"
Duas semanas depois de os rebeldes terem se rendido e terem desarmado os navios, obtendo do governo um decreto de Anistia, eclodiu o que a Marinha denomina de "segunda revolta". Em combate, num arremedo de motim num dos navios que não aderiram à Revolta pelo fim da Chibata, morreram mais um oficial e um marinheiro. Esta "segunda revolta" desencadeou uma série de mortes de marinheiros indefesos, ilhados, detidos em navios e em masmorras, além da expulsão de dois mil marinheiros, atos amparados pelo estado de sítio que a "segunda revolta" fez o Congresso Brasileiro aprovar.

No Congresso, parlamentares levantaram a possibilidade de esta "segunda revolta" ter sido encomendada, ou no mínimo fomentada pelo Governo Federal (Presidente, Marinha, Exército e simpatizantes no Congresso), pois foi o Governo o maior beneficiado, com o estado de sítio, que não somente lhe permitiu excluir 2.000 marinheiros (eram 2379 os revoltados) e matar um número incerto mas estimado em duas centenas de marinheiros, como também afastar os adversários políticos, que ficaram a favor da Anistia dos marinheiros rebeldes, como o candidato à presidência derrotado, Rui Barbosa, isolando-o em São Paulo.

Apesar de se declarar contra a "segunda revolta", e até mesmo ter atirado (graças a uma culatrinha de canhão que um dos marinheiros havia escondido dos oficiais) contra os fuzileiros, companheiros seus da Marinha, para provar lealdade ao Governo Federal que havia dado a Anistia e garantido o fim da chibata, João Cândido também foi preso e expulso da Marinha, sob a acusação de ter favorecido os fuzileiros rebeldes. Entre os detidos na Ilha das Cobras, dezoito foram recolhidos à cela n° 5, escavada na rocha viva.

Ali foi atirada cal virgem, na véspera de Natal, 24 de Dezembro de 1910. Após vinte e quatro
horas, estavam mortos asfixados 16 homens; apenas João Cândido e o soldado naval João Avelino, conhecido como "Pau de Lira" sobreviveram na cela 5. Numa outra cela morreram mais dois.

Mais vindita aconteceu: cento e cinco marinheiros foram desterrados para trabalhos forçados nos seringais da Amazônia, tendo sido onze destes fuzilados nesse trânsito . Além disso, testemunhas, entre elas João Cândido e Marcelino Rodrigues(o chicoteado na véspera da revolta), demonstram que vários marinheiros foram mortos nos quartéis e nas ruas. Sem contar o massacre da Ilha das Cobras do dia 10, à qual não foi permitido o acesso da Imprensa a partir do dia 10.

Estima-se que havia na Ilha 300 presos (somando anteriores à Revolta e após 26 de Novembro, fim da revolta e do decreto da anistia) e 300 fuzileiros navais. Quando estalou a "segunda revolta", 350 fugiram entre a noite do dia 9 e a manhã do dia 10. Destes 250 marinheiros e fuzileiros restantes, houve notícia de 60 sobreviventes encontrados após o cessar-fogo. Os números reais das mortes comandadas pelo governo, exército e marinha, nas dependências do Estado nacional, rendidos, nunca foram oficialmente divulgados.

A estimativa de duas centenas é bastante conservadora. Duzentos mortos e dois mil expulsos após a revolta. Barbaridade que não se compara às 6 mortes de marinheiros e 6 mortes de oficiais em situação de combate no dia 22 de Novembro e no dia 09 de Dezembro. Matar homens amarrados, rendidos, por vingança, realmente uma mancha na imagem da Marinha de 1910. Uma época felizmente superada.

O Almirante Negro, como foi chamado pela imprensa, um dos sobreviventes à detenção na
ilha das Cobras, foi internado no Hospital dos Alienados em Abril de 1911, como louco e indigente. Ele e nove companheiros só seriam julgados e absolvidos das acusações dois anos mais tarde, em 1 de dezembro de 1912.

- João Cândido, o Almirante Negro, apelido dado pela imprensa da época. Desde a infância numa fazenda na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai, passando pela liderança da Revolta da Chibata até internação como louco, ele enfrentou muitas dificuldades, que se seguiram até o fim da sua vida, em 1969. Herói pouco conhecido, morreu na miséria e no esquecimento.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:Agência Senado

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...