UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Fórum Social Mundial fortalece movimentos na Tunísia....

O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais de muitos continentes, com objetivo de elaborar
alternativas para uma transformação social global. Seu slogan é Um outro mundo é possível.

"O número de participantes tem crescido nas sucessivas edições do Fórum: de 10 000 a 15 000 no primeiro fórum, em 2001, a cerca de 120 000 em 2009, com predominância de europeus, norte-americanos e latino-americanos, exceto em 2004, quando o evento foi realizado na Índia."

Os fóruns

Os fóruns são realizados anualmente. Os Dois primeiros foram em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A partir de então decidiu-se que seria itinerante(Itinerante é um termo com origem no latim cujo significado está relacionado com o ato de se deslocar constantemente, de percorrer itinerários) devendo ser sediado em várias cidades diferentes a cada ano. Em 2006 foi policêntrico (Caracas, Karacki e Bamako) e em 2008 foi descentralizado. Em 2007 foi na África, durante os dias 20 e 25 de janeiro em Nairóbi (Quênia) e em 2009, aconteceu em Belém do Pará.
O Fórum Social Mundial 2013, que aconteceu entre os dias 26 e 30 de março, em Túnis, capital da Tunísia, teve a presença de cerca de 70 mil participantes, integrantes de movimentos sociais, sindicatos e associações de todo o mundo.

Participantes podem fazer inscrições individuais, propor atividades em Túnis ou à distância, aglutinar atividades semelhantes de outras organizações e propor conjuntamente assembleias de convergência.

Tunísia 2015-
 
Por que novamente na Tunísia:

A primavera árabe vive uma certa frustração e retrocesso. Com essa

perspectiva, a próxima edição do Fórum Social Mundial, que se realizará novamente na capital de Túnis, entre 24 e 28 de março de 2015, redobra sua importância. "É necessário aumentar o nível de consciência dos cidadãos para mobilizar mais contra as injustiças, as desigualdades e em favor da liberdade e da dignidade de nossos povos”, enfatiza o pesquisador econômico marroquino Mimoun Rahmani, 46 años, membro ativo do Fórum Social de Magreb. Rahmani (foto) é também um importante analista político e social da região; militante do ATTAC (movimento em favor da aplicação de uma Taxa Tobin para punir os capitais especulativos internacionales) e membro do grupo de coordenação do Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo/ África (CADTM).
Confira as orientações do Comitê Organizador

Estão abertas as inscrições, presenciais e à distância, para a edição do FSM 2015, que terá lugar Túnis, de 24 a 28 de março. As inscrições são necessárias para o bom andamento das etapas de organização do FSM e permitem propor atividades, associar-se a outros movimentos ou organizações, propor uma assembleia de convergência, reservar um stand, etc.


Para propor uma atividade, é preciso primeiro fazer o registro individual http://registration.fsm2015.org/es/user/register), em seguida registrar uma organização ou vincular-se a uma já registrada.

LEMBRE-SE: somente as organizações poderão propor atividades ou assembleias!

Em caso de dificuldade no acesso à internet, ou de organização ou pessoa sem acesso à internet, contatar a comissão organizadora na Tunísia: contact@fsm2015.org

Telefone: 00 216-55890979 (Romdhane: FR / AR) ou 00 216-54687020 (Nils: EN / ES)


1- Inscrição Individual:

São informações necessárias para o registro:

* Nome de usuário: nome ou apelido para acesso ao seu espaço de participação
* E-mail: Seu endereço de e-mail em que você receberá um e-mail para confirmar a inscrição individual
* Preencha os outros dados como nome, sobrenome, etc. antes de enviar o formulário de inscrição, clicando em "criar uma conta"
* Quando tiver validado o registro você receberá um e-mail para confirmar a inscrição (por vezes, esta mensagem pode cair na pasta ou spam). Entre no lik enviado por email para concluir o registo individual, escolher uma senha, inserir uma foto opcional em seu perfil, etc.
Em caso de dificuldade, escreva para contact@fsm2015.org

2- Inscrição de organização:

Faça logon no site usando seu nome de usuário e senha

Siga o link "cadastre sua organização"

Preencha todos os campos relativos à sua organização

3- Sugerir uma atividade:

Como você já deve saber, o essencial no FSM são as propostas de organizações e movimentos de vários lugares do mundo. Para tornar isso possível, é necessário seguir as seguintes etapas:

Desde 15 de Novembro até 31 de janeiro de 2015 (PRORROGADAS ATÉ 10 DE FEVEREIRO), todas as organizações podem propor atividades (debates, workshops, seminários ...) no site especificando a "campanha" na qual o tema se insere. (ver lista no site)

A partir do momento que a atividade proposta é confirmada, ela se torna visível para todas as organizações e pessoas registradas no site do FSM2015. Isso garante a transparência do processo e facilita a aglutinação de atividades.

A partir das inscrições, serão definidos eixos e áreas temáticas do Fórum com base nas diretrizes emanadas das atividades propostas. Isso garante uma maior fidelidade às preocupações das organizações participantes.

Em 21 de janeiro, também começou a etapa aberta de aglutinações de atividades com questões semelhantes. Esta fase é muito importante porque
permite que o FSM de desempenhar o seu verdadeiro papel: trocar experiências, criar campanhas e ações internacionais.

De 1º a 28 de Fevereiro, serão feitas as inscrições definitivas, quando devem ser informados o tamanho das salas, as necessidades de interpretação, as preferências de data e hora, bem como a organização (ou não) de uma atividade estendida.

De 15 de 28 de fevereiro de 2015, podem ser propostas assembleias de convergências. Para ser válida, a convergência deve ser apresentado por pelo menos cinco organizações / movimentos ou 2 redes que representem pelo menos duas regiões principais do mundo.

Entre 1º e 10 de março, as diferentes propostas de convergência são aglutinadas.

No início de março, o programa do FSM 2015 será divulgado no site do evento e, finalmente, será impresso em papel.

O pagamento das atividades deve ser feito entre 1º fevereiro e 20 março de 2015.

CAMPANHAS

Antes de propor uma atividade, você deve identificar uma grande campanha com a qual a atividade se relaciona. Não se trata de espaços ou temas (que serão definidos em função das atividades propostas) mas de facilitar o processo de atividades de pesquisa e de agregação. Várias campanhas já estão propostas no site. Mas se você não encontrar uma campanha que contemple o seu projeto, agradecemos seu contato com a Comissão Metodologia do FSM 2015, pelo e-mail: methodologie@fsm2015.org


Para propor uma atividade:

1 Acesse o site usando seu nome de usuário e senha
2- Se ainda não inscreveu sua organização, faça isso
3- Preencha a guia "Sugerir uma atividade", uma para cada atividade que sua organização queira propor.

4- Escolha a campanha relativa à sua atividade (ou entre em contato com a comissão de metodologia, se necessário).
ATENÇÃO

Tendo em conta que o FSM é um espaço de convergência entre movimentos e
organizações em todo o mundo, agradecemos a gentileza de facilitar o processo de aglutinação traduzindo a descrição (e título) de sua atividade em um máximo de línguas oficiais do FSM 2015 (Inglês, espanhol, árabe, francês e português), ou em pelo menos dois desses idiomas.

Um afro abraço.

FONTE: https://fsm2015.org/pt-pt

Simplesmente Gandhi ...

Nomes : Gandhi, Mohandas (Mahatma) Karamchand
Nascido : 02 de outubro de 1869, Porbandar, Gujarat, na Índia
Morreu : 30 de janeiro de 1948, em Nova Deli, Índia


Em resumo : Possivelmente o mais celebrado internacionalmente indiano. Sua mensagem de resistência passiva e uma abordagem não-violenta à luta pela independência tem inspirado pessoas em todo o mundo. Sua mensagem de igualdade para as mulheres e os intocáveis ​​colocá-lo na vanguarda dos movimentos em direção à justiça social, tanto a sociedade indiana e sul-Africano.

* Nota: O foco desta biografia é sobre a vida e os tempos de Gandhi na África do Sul.

Mohandas Gandhi nasceu em uma família hindu em 2 de outubro de 1869, em Porbandar, Gujarat, na Índia.Seus pais pertenciam a uma casta comerciante. Ele foi educado na Índia, de onde ele foi para ler direito, em Londres, Inglaterra. Ele qualificou como advogado em 1891 e em vez de voltar para a Índia para lutar contra o governo imperial tomou nenhum interesse na política e estabeleceu-se na profissão de advogado em Bombaim.

Inicialmente Gandhi fracassou miseravelmente, sua prática em colapso e ele voltou para casa para Porbandar. Foi enquanto ele estava pensando em seu futuro aparentemente desolador que um representante de uma empresa de negócios indiano situado no Transvaal (hoje Gauteng), África do Sul ofereceu-lhe emprego. Ele estava a trabalhar na África do Sul por um período de 12 meses para a taxa considerável de £ 105,00.

Em 1893 ele chegou a Durban, onde permaneceu por uma semana antes de sair para Pretoria por trem. Ele comprou um bilhete de primeira classe. Durante a viagem de um passageiro branco reclamou a partilha de um compartimento com um "cules" e Gandhi foi

convidado para ir para um vagão de terceira classe. Em sua recusa, ele foi retirado à força do trem na estação de Pietermaritzburg. Aqui ele passou a noite e mais tarde ele descreveu o evento como a influência mais importante sobre o seu futuro político.
Ghandi se recupera em casa do Reverendo Doke em Braamfontein (início de 1900). © Museu de África. Johannesburg.

Quando Gandhi chegou à África do Sul a crescente atitude anti-nacional indiana tinha se espalhado para Natal (agora KwaZulu-Natal). O direito de auto-governo havia sido concedido a Natal em 1893 e os políticos foram aumentando a pressão para aprovar legislação destinada a conter o 'comerciante [indiana] ameaça'. Dois projetos de lei foram aprovados nos dois anos seguintes que limitam a liberdade dos índios severamente. A Lei de Imigração Emenda Bill afirmou que qualquer indiano teve que retornar para a Índia no final de um período de escritura de cinco anos ou tiveram que ser re-indentured por mais dois anos. Se ele recusou uma quantia de £ 3 taxa anual tinha que ser pago. O projeto de lei entrou em direito em 1895 A Franchise Emenda Bill foi introduzido em 1894 Ele foi projetado para limitar a franquia para os índios que tiveram a votação. Embora houvesse apenas 300 deles, em comparação com 10 000 eleitores brancos, o Bill causou indignação entre os líderes da Índia. Eles decidiram contestar a medida por qualquer meio à sua disposição.

Gandhi teve um papel de destaque em sua campanha planejada. Como uma carta-talentoso escritor e planejador meticuloso, foi atribuído a tarefa de compilar todas as petições, organizando reuniões com políticos e abordando cartas aos jornais. Ele também fez campanha na Índia e fez um, inicialmente, entrar com recurso para o Secretário de Estado britânico para as colônias, Senhor Ripon. A formação do Natal do Congresso indiano em 22 de agosto de 1894 marcou o nascimento da primeira organização política permanente de se esforçar para manter e proteger os direitos dos índios na África do Sul.

Em 1896 Gandhi havia se estabelecido como um líder político e empreendeu uma viagem à Índia para lançar uma campanha de protesto em nome dos índios na África do Sul. Ele tomou a forma de cartas escritas para jornais, entrevistas com os principais líderes nacionalistas e uma série de reuniões públicas. Sua missão causou grande alvoroço na Índia e consternação entre autoridades britânicas na Inglaterra e no Natal.Gandhi constrangeu o governo britânico o suficiente para causar-lhe para bloquear o projeto de lei de franquia em um movimento sem precedentes, o que resultou em sentimentos anti-indianos em Natal atingindo novos níveis perigosos.

Em seu retorno à África do Sul, Gandhi e 800 outros passageiros foram impedidos de desembarcar por quase um mês, como resultado de manifestações dockside diárias e

regulamentos de quarentena do governo. Branco hostilidade contra os índios resultou em surto violento e ao sair do navio Gandhi foi agredido por um grupo de manifestantes. A intervenção da esposa do comissário de polícia Durban salvou de ferimentos graves e teve de ser contrabandeado de sua casa disfarçado de policial para evitar novos incidentes.

O governo britânico, assustado com o tumulto, permitiu a passagem do Bill Franchise com a condição de que os índios não foram especificamente mencionados nas disposições. O Bill foi apressado pelo parlamento em 1896, seguido por mais dois projetos de lei que visam «Passageiro» índios. Restrição Imigração Bill e os 'Dealers licenças Bill afirmou que os futuros imigrantes tinham que possuir £ 25, e teve que falar e escrever Inglês, e também autoridades municipais poderes para recusar licenças de comercialização em razão da 'insanitation'. Autoridades começaram a recusar quaisquer licenças candidatos indígenas e muitos comerciantes acusados ​​Gandhi de empurrar autoridades longe demais.

Em 1901, Gandhi retornou à Índia depois de servir como o líder de um corpo indiano de maqueiros do lado das forças britânicas na Guerra Africano Sul . Ele acreditava que os comerciantes em Natal tinha perdido a batalha para conduzir seus negócios sem impedimentos. Ele voltou para a África do Sul em 1902, após uma tentativa frustrada de ganhar uma posição de liderança no movimento nacionalista indiano e em 1903 fundou o Indian Opinion jornal. A publicação teve um papel importante na divulgação da filosofia que resultou na resistência passiva campanha. Gandhi também foi responsável pela abertura do regime de regularização de auto-ajuda Phoenix perto de Durban.

Gandhi foi envolvido na formação Índico britânico Association (BIA) em 1903, o movimento era evitar expulsões propostas de índios no Transvaal, sob a liderança britânica. De acordo com Arthur Lawley, o recém-nomeado vice-governador Lord Alfred Milner , brancos deviam ser protegidos contra os índios no que ele chamou de "luta entre Oriente e Ocidente para a herança dos territórios semi-vazios da África do Sul".

Em 1906, o Governo Transvaal aprovou uma lei tornando obrigatória para os índios ao longo de oito anos de idade para realizar uma passagem rumo a sua impressão digital. Isso causou indignação entre a população indígena e foi decidido em uma reunião em massa com a participação de mais de 3000 pessoas que nenhum índio se aplicariam de registo e que tenta impor a lei seria recebido com resistência passiva.Gandhi viajou para Londres para continuar o seu protesto e Lord Elgin, o Secretário Colonial, concordou em retirar da lei. Infelizmente, o Transvaal foi concedida auto-governo em 1907 ea Lei Pass (Act 2 de 1907) foi reintroduzido.

Em 28 de dezembro de 1907 as primeiras prisões de índios que se recusam a se registrar foram feitas, e até o final de janeiro 1908, 2000 asiáticos havia sido preso. Gandhi também havia sido preso várias vezes, mas muitas figuras-chave do movimento fugiram da colônia, em vez de ser preso. Eventualmente Gandhi eo líder da população chinesa na África do Sul,
Leung Quin, chegou a um acordo com Jan Smuts , Transvaal Secretário Colonial, segundo o qual a lei seria revogada se todos inscritos voluntariamente. Ele foi severamente criticado pelo compromisso e até se ofereceu para ser o primeiro a se cadastrar. Smuts negou quaisquer promessas feitas a Gandhi e em seu caminho para o escritório de registro de que ele foi agredido. Em junho de 1909, ele partiu para Londres, depois de ter defendido a sua posição como líder da comunidade comerciante Transvaal.

Gandhi retornou à África do Sul em dezembro de 1909 para encontrar que os membros do Congresso Indiano Natal (NIC) foram abertamente conspirando contra ele. Ele estava lutando por sua sobrevivência política e retirou-se para Tolstoy, uma fazenda que ele havia comprado em 1910 para apoiar as famílias dos resistentes passivos presos. Gandhi apenas ficou sob os olhos do público novamente em 1912 como resultado de uma visita à África do Sul por estadista indiano Gopal Krishna Gokhale. Ele foi acusado de impedir os adversários de suas políticas para falar com o visitante e, finalmente, em 26 de abril de 1913 Gandhi e seus rivais na NIC seguiram caminhos separados.

Em 13 outubro de 1913 uma nova campanha foi iniciada em Newcastle, Natal, em protesto contra a £ 3 tributária imposta aos índios ex-indentured. O objetivo era ganhar o apoio das classes trabalhadoras e da mobilização de comerciantes Newcastle por Thambi Naidoo , um lugar-tenente e líder do Tamil beneficiar a sociedade com base Joanesburgo. O apoio dos trabalhadores ferroviários e mineiros foi inscrito e em 16 de outubro de 1913 o início da greve . Duas semanas mais tarde, entre 4000 e 5000 os mineiros tinham derrubado suas ferramentas. Para disseminar a ação Gandhi começou levando grevistas ao longo da fronteira do Transvaal ao longo da linha férrea Durban / Johannesburg em 29 outubro de 1913.

Durante a marcha Gandhi foi preso e soltou sob fiança três vezes, mas a marcha continuou. Mais tarde, PK Naidoo e outros líderes também foram presos, mas ainda assim as pessoas desfilaram diante. Em Standerton onde manifestantes pararam para descansar e comer, Gandhi foi abordado por um magistrado que ficou em silêncio ao seu lado até que ele terminou servindo a comida informou que ele tinha vindo para prendê-lo. Gandhi se virou para ele com calma e disse: 'Parece que recebi promoção na classificação, como magistrados dão ao trabalho de me prender em vez de meros agentes da polícia. " Ele foi preso e encarcerado na delegacia Vaal. No tribunal, Gandhi descobriu que cinco outros manifestantes também havia sido preso. Eles foram mantidos na prisão, mas Gandhi foi libertado sob fiança de 50 quilos. Após a sua libertação Gandhi se juntaram à marcha de novo, mas antes de chegarem Balfour foi preso novamente, desta vez pelo diretor de imigração. Os trabalhadores continuaram a marcha. Eles chegaram em Balfour, ao descobrir que havia três trens que esperam para deportá-los de volta para Natal. A tentativa de detenção do tribunal falhou como Smuts optou por esperar, uma estratégia de sucesso, como a maioria dos grevistas estavam prontos para voltar ao trabalho até novembro.

A volta a greve pontânea em Natal alterou radicalmente a situação. Aqui confronto violento governado e vários grevistas foram mortos e feridos em confrontos com a polícia e manifestantes mais unidos. Até o final de novembro 1913 mercados de produtos em Durban e Pietermaritzburg havia chegado a um impasse, usinas foram fechadas e hotéis, restaurantes e casas ficaram sem os trabalhadores domésticos. Relatórios da Índia relativas à prisão de Gandhi e brutalidade da polícia causou alvoroço eo governo britânico foi forçado a formar um acordo com os grevistas.

Gandhi foi liberado para negociar com Smuts sobre o Alívio Bill indiana , uma lei que descartou o imposto de  3 em ex-trabalhadores indentured. A lei foi desfeito.
Gandhi deixou a África do Sul em 18 de julho de 1914 a retornar à sua Índia natal. Aqui, ele levou seu país à independência total após 30 anos de oposição ao domínio britânico.

Shri Nautamlal B. Mehta (Kamdar) foi o primeiro a usar e conferir "Mahatma" na Mohandas Karamchand Gandhi em 21 janeiro de 1915 em Kamri Bai School, Jetpur, na Índia. A partir de então, Gandhi era conhecido como Mahatma Gandhi e foi reconhecido como Mahatma, que significa literalmente "uma grande alma".


Em 30 de janeiro de 1948 um fanático hindu Mohandas Karamchand Gandhi assassinado.

Um afro Abraço.

fonte:
Sita - Memórias de Sita Gandhi , Uma Dhupelia-Mesthrie (ed.) (2003) [Em linha]. Sul-Africano Online História [acessada 07 julho de 2009]
Resistência passiva na África do Sul: Movimentos e campanhas [online]. Sul-Africano Online História [Acessado em 07 julho de 2009].
Comemorando o Centenário da liquidação Pheonix 1904-2004 (Online). Sul-Africano Online História [Acessado em 07 julho de 2009]
"Seu espírito vive": Tribute To Mahatma Gandhi . Resistente passivo [Online] 06 de fevereiro de 1948 Disponível em: anc.org.za [Acessado em julho 7, 2009]
A vida e morte de Mahatma Gandhi . BBC News [Online] 29 de janeiro de 1998 Disponível em: bbc.co.uk.[Acessado em 07 de julho de 2009]
Resistência começa [Online]. Universidade de UKZN [Acessado em 07 de julho de 2009]

Eminem - Love The Way You Lie ft. Rihanna

domingo, 1 de fevereiro de 2015

2 de Fevereiro e dia de: Yemanjá, Iemanjá, Janaína, Rainha do Mar, Aiucá, Dona Janaína, Inaê ou Maria princesa do Aioká...

“Dia de Iemanjá” é festejado no dia 02 de fevereiro, homenageando a “Rainha do Mar” trazendo das profundezas do oceano as bênçãos da Mãe de Todas as Cabeças. Neste dia, convido você a participar gratuitamente de nossas comemorações recebendo as graças de
Iemanjá. Na obrigação realizada no dia 02 de fevereiro, entrego oferendas no “Barco de Iemanjá”. Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Iemanjá para os mais diversas finalidades, pelas características de crescimento e harmonia dessa orixá, os fiéis da Umbanda costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas na família, no trabalho, no amor e na gravidez, etc. 

A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de “sincretismo” encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais “manifestações pagãs” em suas propriedades."

Etimologia: "Aioká" é uma possível corruptela de Abeokuta, cidade nigeriana onde, segundo as lendas, teria nascido Iemanjá...

Na mitologia ioruba, o dono do mar é Olokun, que é pai de Iemanjá, sendo ambos de origem Egbá. Yemojá é saudada como Odò ("rio")ìyá ("mãe") pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, orixá do mar (masculino no Benim e feminino em Ifé), referida como sendo a "rainha do mar" em outros países. É cultuada no rio Ògùn, em Abeokuta.
História

Pierre Verger, no livro Dieux d'Afrique , registrou: "Iemanjá é o orixá das águas doces e salgadas dos Egbá, uma nação yoruba estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja . As guerras entre nações yorubas levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade. O rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún (Ogum), o orixá do ferro e dos ferreiros."

No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras e até por membros de religiões distintas. Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração
envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até o templo mor, localizado no bairro Rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados. Todavia, na cidade de São Gonçalo, os festejos acontecem no dia 10 de fevereiro.

Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro e em todo litoral brasileiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar, oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à orixá. Na umbanda, é considerada a divindade do mar.

Qualidades:
Yemowô - que, na África, é mulher de OxaláIyamassê - é a mãe de Sàngó.Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,Iemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé,Iemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável,Iemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão. É a mais velha.
Dia: sábado.
Data: 2 de fevereiro.
Metal: prata e prateados.

Cor: azul
Comida: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá, melancia, cocada branca.

"Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do mar.
Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras".

Em Angola existe a crença na divindade que se chama Kianda , equivalente a Iemanja protetora dos pescadores e rainha das aguas. Faz-se todo ano a Festa da Kianda em Luanda em outros bairros praianos de Luanda, na provincia de Bengo na lagoa do Ibendoa

Em Cuba, Yemayá também tem as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de Regla e faz parte da santería como santa padroeira dos portos de Havana. Lydia Cabrera fala em sete nomes igualmente, especificando que apenas uma Iemanjá existe, à qual se chega por sete caminhos. Seu nome indica o lugar onde ela se encontra.

"Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na
floresta.
(Jorge Amado)


fonte:Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia "Orixás da Bahia", página 293Ir para cima Yéyé omo ej/Wikipédia, a enciclopédia livre 

AS ÚLTIMAS COMUNIDADES TRIBAIS DA TERRA...

Ainda residem neste mundo povos que acreditam que a energia de todas as coisas é o maior Deus do universo. Existem outros, que nunca tomaram banho na vida e tem um perfume e brilho de pele mais vibrantes que a maioria de nós que mantemos nossos hábitos tradicionais de limpeza. Esses são povos que vivem à sua própria maneira, interpretando a natureza como esta tem se mostrado para eles desde o inicio dos tempos.

Povos não-contactados, também chamados de povos isolados ou tribos perdidas, são comunidades as quais vivem ou viveram, por escolha (pessoas vivendo em isolamento voluntário) ou por circunstâncias, sem contato significante com a civilização globalizada. Poucos povos têm permanecido totalmente sem contato com a civilização global. Ativistas dos direitos indígenaspedem para tais grupos serem deixados isolados, indicando que irá interferir com seu direito de auto-determinação. A maioria dos povos isolados estão localizados em áreas de floresta densa na América do Sul e na Nova Guiné, havendo ainda alguns grupos que vivem nas Ilhas Andamão, na Índia. A descoberta da existência desses povos acontece mais frequentemente por causa de encontros infrequentes e às vezes violentos com tribos vizinhas e por filmagens aéreas. Tribos isoladas podem ter baixa imunidade a doenças comuns que podem matar de 50% a 80% de suas populações após o contato
 Pra começar:


Tribal é um termo relativo a tribo. Uma tribo é um conjunto de pessoas agrupadas por uma cultura, língua, história e costumes comuns. Cada tribo possui seus próprios costumes: dança, cânticos, instrumentos musicais, rituais, artesanato, pinturas e outros elementos que são reconhecidos como pertencentes a uma tribo. Há diversos termos relacionados a tribo, por exemplo, som tribal, artesanato tribal, pintura tribal, etc.

Nas tribos indígenas, as pinturas no corpo normalmente indicam a posição social ocupada por um integrante da tribo. Os desenhos geométricos e abstratos dessas pinturas inspiraram a criação de tatuagens escolhidas por homens e mulheres em todo o mundo. Para os Maoris, nativos da Nova Zelândia, as tatuagens eram feitas na cabeça e possuíam um forte significado, pois indicavam o nível social de cada homem. As tatuagens tribais foram evoluindo e cada desenho pode possuir múltiplos significados. Em alguns casos, os motivos tribais são escolhidos apenas pela beleza e mistério que representam.

O povo Maasai, encontrado no serenqueti. Desde pequenos são preparados para serem grandes guerreiros, na verdade acreditam ser o último povo guerreiro do mundo. O ancião é muito respeitado em sua cultura e desde pequeno eles já sabem que terão de absorver muito conhecimento para criar o gado e proteger sua família de todo o tipo de predador ou invasor. Eles são monoteístas e acreditam que o Deus criador de tudo fez o céu e a terra e deu os gados para que eles cuidassem. Como estética, costumam perfurar a orelha e praticar o alongamento de seus lóbulos, além de usarem aros de metal em suas orelhas esticadas. Mulheres raspam a cabeça e retiram dois dentes do meio do maxilar inferior (para entrega oral da medicina tradicional). A tribo Maasai, tem sua riqueza medida pelo número de gado e filhos que tem. Os homens podem ter tantas esposas quanto eles possam sustentar. Cada mulher é responsável pela construção de sua própria casa. Os Maasai são famosos por seu salto de dança (Adumu), realizada pelos homens da aldeia, que saltam no ar para mostrar a sua força e resistência como guerreiros tribais. Seus saltos altos, são acompanhados pelo canto de outros membros do grupo.

Nas sociedades tribais, não há exploração do homem pelo homem, pois não existe divisão de classes sociais nem a idéia de lucrar com o trabalho alheio. Tampouco há dominação de uns poucos sobre os demais, pois ninguém detém o direito exclusivo de usar armas contra os

outros. Em outras palavras, não há o Estado nem o poder privado do senhor, instituições que dividem a sociedade entre os que mandam e os que obedecem (Clastres, 1974). Como não há Estado, cada um detém a força para fazer justiça pelas próprias mãos quando for pessoalmente lesado ou tiver algum parente que tenha sido lesado por outrem. Mas esse acerto de contas segue regras sociais bem definidas.

Nessas sociedades, a produção de alimentos e de objetos, realizada por todos na base da cooperação familiar extensa, mereceu de alguns a definição de "modo de produção doméstico", teoria contestada por outros. De acordo com os primeiros, os familiares colaborariam no trabalho e todos receberiam segundo sua necessidade. Ninguém trabalharia mais do que o necessário, o que as tornou, segundo outros autores, "sociedades de abundância" e "sociedades de lazer" (Sahlins, 1970). Mas hoje predomina a idéia de que as pessoas trabalham e se relacionam pela posição que ocupam na rede e no sistema de parentesco, segundo diferentes regras, e não por serem "trabalhadores". De modo geral, o que marca essas relações é a reciprocidade: para cada benefício, malefício ou dom recebido, existe a obrigação de retribuir, mesmo que a retribuição não seja imediata (Mauss, 1974; Sahlins, 1970).

Himba- Namibia
A comunidade Himba, está localizada no sul da Àfrica. Eles vivem próximo ao rio Kunene, que divide Namíbia e Angola, e circulam livremente entre os dois países. Essa terra é simplesmente uma das mais selvagens da Àfrica. Eles vivem muito distantes do resto sociedade, mantendo fielmente suas tradições intocadas desde o século XV. Esse povo mantém a dinâmica seminômade e viajam pelo deserto como os leões e elefantes em busca de água para si e para o gado, este centro de sua cultura.

No passado, essas famílias eram verdadeiramente donas de suas terras em Namíbia, porém, após o extermínio de 1904 (comandado pelo general alemão Von Trotha), perderam seus direitos naturais sobre a terra e vivem “alojadas”, em fazendas que são propriedade de descendentes de colonizadores do país. Mantem costumes estéticos curiosos como o fato de suas mulheres desde que nascem nunca tomarem banho, apenas fazem uma mistura de manteiga e pó de uma noz e espalham pelo corpo para se protegerem do sol, essa mistura lhes dão uma linda cor avermelhada na pele. As relações familiares estão muito distantes das quais conhecemos. Homens e mulheres não são monogâmicos, e é praticamente exigido que mulheres se relacionem com mais de um homem para serem consideradas férteis e produtivas a vida (as mulheres consideram-se felizes com isso). O trabalho da tribo fica praticamente todo sobre as mulheres sobrecarregando-as , estas ordenham, cozinham, produzem vestimentas, artesanatos, transportam variados tipos de alimentos pesados por longos caminhos e ainda devem educar os filhos e tomar as decisões mais importantes da tribo, como a de quem vai para a cidade estudar (apenas 5% da população Himbra vaia escola). Esses fatores configuram essa tribo como sendo praticamente matriarcal. As tentativas cada dia mais frequentes dos povos ocidentais de civilizar essa região, como propostas de construção de fábricas e hidrelétricas, vem ameaçando essa forma de sobrevivência. Só nos resta observar essas imagens enquanto há tempo para isso.

Dani- Papua/Nova Guiné
Os Dani vivem 1600 metros acima do nível do mar, no meio da montanha gama de Papua Indonésia Jayawijaya. Eles são agricultores e usam um sistema de irrigação eficiente. Achados arqueológicos provam que o vale tem sido cultivado por 9.000 anos. Por serem

guerreiros persistentes, conhecidos por lutarem bravamente por seu território, são o povo mais temido da Papua. Porém, não comem carne humana, nem mesmo de seus inimigos. As tribos têm uma extraordinária e rica comunicação por via oral. E como tradição, contam mitos, contos populares, provérbios mágicas e encantos.

Esteticamente os homens utilizam o koteka ou cabeça de pênis. A cabaça é uma peça de roupa tradicional. Sem ela, os homens consideram-se nus. As ferramentas das tribos não mudaram em milhares de anos: machados de pedra, sacos pendurados na testa, arcos de cinco ou seis metros de comprimento e pontas de flechas esculpidas especificamente para fins particulares, como matar grandes pássaros ou seus inimigos continuam a ser utilizadas até os dias de hoje. Sua cultura material é limitada às coisas indispensáveis da vida diária. No entanto, eles apreciam o luxo modesto de adornos corporais.

Dentro da tribo, os grupos de parentesco ou as divisões sociais são considerados equivalentes. Por isso algumas sociedades tribais são chamadas duais, pois cada metade teria o mesmo poder e o mesmo prestígio. Outras denominam-se segmentares, porque cada segmento é equivalente ao outro. Algumas tribos africanas asiáticas, entretanto, têm linhagens aristocratas e linhagens plebéias, o que estabelece diferenças de poder entre elas. Mas é um engano pensar que as tribos, mesmo as menos diferenciadas como as duais, sejam inteiramente cocantes entre os sexos, diferenças entre as classes e os grupos de idade, diferenças de prestígio entre pessoas, diferenças de tamanho, local de moradia e de riquezas entre os grupos de parentesco. Tudo isso cria possibilidades de que tensões venham a explodir em conflitos, aliás bastante comuns dentro das tribos.Mas há uma grande diferença entre como prevenir ou solucionar os conflitos dentro e entre as tribos. Dentro das tribos, existem muitos meios de evitar, por meio da comunicação e do acordo, que brigas degenerem em conflitos armados e mortes. Entre as tribos, as relações, por definição, são de inimizade, de desconfiança ou de cuidado. Por isso, muitos afirmam que as sociedades primitivas ou tribais se caracterizam pelo estado de guerra entre elas. Não é a fome nem a necessidade, nem a rivalidades comerciais, porém, que explicariam por que algumas são mais aguerrida do que outras (Clastres, 1982).

Maori- Nova Zelândia



Os Maori são a população aborígene da Nova Zelândia. Hoje a população Maori, originalmente da Polinésia, totaliza 15% da população neozelandesa. Os Maori tem uma tradição cultural muito forte, mantida com custo por seus antigos e atuais membros. Esta população indígena se diferencia de outros povos colonizados, como os índios brasileiros, os norte americanos e os Aborígenes australianos pelo fato desses povos terem sido massacrados pelos seus colonizadores e terem "decidido" abandonar sua tradição e adquirir os costumes e regras do colonizador. Já com os Maori, ocorreu diferente, estes, resistiram o quanto puderam, lutaram batalhas sangrentas e até mesmo se alimentaram dos corpos de seus inimigos. Essa postura fez com que os colonizadores desistissem de guerrear e propusessem um acordo com os Maori, e assim aconteceu. A cultura Maori é rica e baseada fortemente em sua religião que é politeísta.

A arte é um elemento muito forte e original. A Dança e a Música Maori estão presentes o tempo todo, e canta-se (ou chora-se cantando), até mesmo em enterros. As músicas em geral, contam a história de uma pessoa ou de uma lenda, e são bonitas de ouvir. No artesanato, os Maori são mestres nas esculturas em madeira e nas artes trabalham com desenhos geo

Os Maori utilizam um costume muito peculiar que é o de tatuarem seus corpos para mostrarem status e para guardarem histórias de família. As mulheres geralmente são tatuadas no queixo e os homens no braço. Atualmente está diminuindo o número de Maoris tatuados.

Kazakhs- Mongolia

São os descendentes de turcos, do povo mongol e tribos Indo-iranianos e hunos que povoaram o território entre a Sibéria e o Mar Negro.

Eles caçam com águias, tocam instrumentos de duas cordas e vivem a uma elevada altitude necessitando de cavalos para se locomoverem. Os cavalos são artigos de extrema necessidade, utilizam tanto para caçarem quanto para se locomoverem no rígido inverno das montanhas. O inverno nas montanhas chega a ter 30°C negativos. Os cazaques da Mongólia são (como os seus irmãos na Cazaquistão, Uzbequistão, China e 

Rússia), um povo turco provenientes de partes do norte da Ásia Central.

Yali- Papua Indonésia/ Nova Guiné

São uma tribo que vive nas montanhas da indonésia. Eles vivem nas florestas virgens do planalto. Os Yali são reconhecidos oficialmente como pigmeus, com homens de pé em apenas 150 cm de altura. Vivem em uma cultura poligâmica e utilizam adornos no pênis chamados Koteka, estes servem para fornecerem distinção da identidade tribal. Eles são uma das poucas tribos canibais do planeta. Eles não utilizam roupas, apenas o adorno no pênis.

Nenets-Sibéria

Os Nenets são pastores de Rena que vivem sob um inverno de menos de 50°C e no verão a menos 35°C. Os Nenets vivem com amigos e familiares, e reunidos, tem o hábito de tomarem chá preto todos os dias. Eles tentam manter sua cultura apesar de após a Russia Stalinista dominar o local ter obrigado todas as crianças a se matricularem em colégios.

Os Nenets, reverenciam as Renas simbologicamente. Eles fazem as migrações sazonais com elas para as protegerem dos seus predadores. A rena desempenha uma papel vital nas tradições dos Nenets, servindo até mesmo como dote para casamento. Nenhum povo do Ártico que conhecemos, têm persistido por tanto tempo e tão desafiante. Hoje, são mais de 10.000 nômades com seus rebanhos de 300.000 renas, vivendo sobre os pastos da tundra ártica.

Asaro- Papua-Nova Guiné
Os Asaros, são um número de homens vindos de diferentes tribos que viveram espalhados por todo o planalto por 1000 anos, em pequenos clãs agrários, isolado por terreno áspero e dividido pela linguagem, costumes e tradições. O lendário Asaro Mudmen, encontraram pela primeira vez com o mundo ocidental em meados do século 20. Diz a lenda que os Mudmen foram obrigados a fugir de um inimigo para o Rio Asaro onde esperou até ao anoitecer para escapar. Na hora da fuga, o inimigo viu o Asaro subir nos bancos cobertos de lama e pensou que eles eram espíritos. Após esse evento, os Asaros passaram a aplicar a lama e máscaras para manter viva a ilusão e aterrorizar outras tribos. Inicialmente, o povo optou por fazer máscara pois acreditavam que a lama do Asaro era venenosa. A tribo aplica a lama e põem suas máscaras para aterrorizar outras tribos de manhã cedo até os dias de hoje.

Rabari- Índia Ocidental

Por quase 1.000 anos, os Rabaris vaguearam os desertos e planícies do que é hoje a Índia ocidental. Acredita-se que esta tribo, com uma fisionomia peculiar persa, migraram do planalto iraniano mais de um milênio atrás. Nessa comunidade são as mulheres que gerenciam as aldeias e cuidam do dinheiro. São elas que negociam também todas as mercadorias que produzem e fazem todo o trabalho intelectual da comunidade. Levam muitas horas tecendo tecidos aos quais estão depositado toda a identidade de sua cultura. Os tecidos são de uma importância vital para eles sendo representado em seus bordados a mitologia da qual acreditam. As meninas aprendem a bordar desde novas para produzir um enxoval que será o dote de seu casamento. O gado é a principal fonte de renda da tribo. As mulheres se tatuam para fins religiosos, terapêuticos e decorativos. Eles tatuam símbolos mágicos em seus pescoços, seios e braços. Os homens Rabari, são fascinados por suas mulheres sempre com adornos e tatuagens e passam horas as olhá-las em suas tarefas. Rabaris são hindus devotos.

"O casamento, que celebra a vitalidade da vida e assegura a sua continuidade, é considerado de extrema importância. Tradicionalmente, os casamentos podem ser eventos extravagantes, e eles ocorrem em um determinado dia do ano: a festa de Gokulashtami, o aniversário de Krishna. Os casamentos infantis são tradição na tribo."

Sociedades tribais:

"Como resultado do processo de sedentarização, as sociedades humanas se tornaram mais complexas. As relações sociais se definiam pelo parentesco e pela manutenção da ordem interna da comunidade. Por volta de 6.000 a.C. começaram a surgir as primeiras sociedades tribais organizadas em torno de referências culturais e de um antepassado comum, seja consangüíneo ou mitológico. A agricultura, a pecuária e a troca de produtos por produtos ( escambo ) eram as atividades mais desenvolvidas por tais comunidades"

                                                

Mustang- Tibet

O antigo reino de Lo está ligada pela religião, cultura e história para o Tibete, mas é politicamente parte do Nepal. Agora a cultura tibetana está em perigo de desaparecer, ele está sozinho como uma das últimas culturas verdadeiramente tibetanas hoje existentes. Até 1991 nenhum forasteiro foi autorizado a entrar no grupo Mustang. Uma das características desse grupo é a poliandria. Uma mulher pode se relacionar com vários irmãos. Isso ocorre porque se cada homem casasse com uma mulher diferente deveriam dividir a terra tornando
 todas as famílias pobres. Eles acreditam que o corpo é um microcosmo do universo, composto pelos cinco elementos básicos: terra, fogo, água, ar e espaço. A tensão entre os elementos é a principal causa de doença. O povo de Lo pratica o budismo tibetano.


Dassanech- Grande Vale do Rift da África

Kalan- Indonésia/Papua Nova Guiné
Mursi- Etiópia
Arbore- Etiópia 

Essa tribo está estimada em 200.000 pessoas tribais que viveram lá por milênios. A vida no Vale do Omo mudou muito pouco desde a virada do primeiro milênio. As tribos vivem uma vida simples de caça, coleta e criação de gado. Em época de migrações, são as mulheres que constroem e derrubam suas casas. Qualquer um pode ser aceito no bando desde que aceite ser circuncidado. Essa tribo tem a cultura de caçar crocodilos.
Karo- Etiopia
Drokpa- Índia
Esse um povo que vive na caxemira, território disputado por India e Paquistão. O antigo reino do Himalaia de Ladakh. Os historiadores têm identificado as pessoas Drokpa como os únicos descendentes autênticos dos arianos deixado em Índia. Uma teoria é que as Drokpas originais, eram um grupo de soldados do exército de Alexandre, que perdeu o seu caminho, quando regressava à Grécia depois de terem sido derrotados pelo rei indiano Porus em 326 aC. Durante séculos, os Drokpas mantiveram sua cultura de beijar esposas alheias em público sem nenhuma inibição ou conflito. Grupos de mulheres e homens da tribo faziam linhas para beijar de forma aberta e fervorosa sem qualquer consideração para os relacionamentos conjugais. Como a prática foi considerada incivilizada pelo exército, foi proibida essa manifestação explicita de afeto - os Drokpas agora só podem realizar essa exposição apaixonada na ausência dos militares.

Os Drokpas são completamente diferentes - fisicamente, culturalmente,linguisticamente e socialmente - dos habitantes das redondezas.Homens e mulheres Drokpas são altos e justo, com os olhos grandes, levemente coloridos, lábios grossos, nariz e sobrancelhas distintos. Como resultado, eles consideram-se superiores e não se casam em outras comunidades. Esta é a forma como a insularidade da tribo preserva sua etnia. Os Drokpas são apreciadores de música, dança, jóias, flores e vinho. Sua exuberância cultural se reflete em vestidos requintados e ornamentos, usados principalmente em festivais como o latesummer Bonano festival, quando homens e mulheres dançam por três noites.

Samburu- Kenya/Tanzânia
A crença nos espíritos dos antepassados e até mesmo bruxaria são comuns. Os Samburu acreditam, em encantos e fazem rituais tradicionais para fertilidade, proteção, cura e outras necessidades. A tribo Samburu tiveram conflitos culturais com a Somália, e assim consideram o Islã com grande suspeita. Praticamente nenhum Samburu tornou-se Muçulmanos. Tradicionalmente, eles acreditam em um criador distante, um supremo Deus, a quem eles chamam Nkai ou Ngai, assim como outros povos de língua Maa. Esse povo mora em belas montanhas, grandes árvores, cavernas, e nascentes de água. A maior esperança de um homem velho que se aproxima da morte nessa comunidade é ser enterrado diante de uma majestosa montanha, a sede do Nkai.

Huli- Papua Nova Guiné

Acredita-se que os primeiros Papua Nova Guiné migraram para a ilha mais de 45 mil anos atrás. Hoje, contabilizam mais de 3 milhões de pessoas. As tribos lutam por terra, por porcos e mulheres. Grande esforço é feito para impressionar o inimigo. A maior tribo, a Wigmen Huli, pintam seus rostos de amarelo, vermelho e branco e são famosos por sua tradição de fazer perucas ornamentadas de seu próprio cabelo. Um machado com uma garra completa o efeito intimidador
. Tribos Sambia podem ser encontradas na Nova Guiné. Além de construir força e lealdade, costumes tribais relativos a escolas de iniciação também giram em torno de masculinidade. Na Tribo Sambia, os homens são separados das mulheres durante o processo de iniciação e ensinados que as mulheres são perigosas. Considerados eles mesmos como pessoas femininas, os meninos são transformados em ferozes e fortes guerreiros masculinos através de aulas e atividades extenuantes. O objetivo da Tribo Sambia é distinguir entre meninos e meninas através de masculinização. Enquanto as meninas são vistas como indivíduos indefesos, incapazes de se defenderem, os meninos são vistos como guerreiros que protegem a tribo dos inimigos.

Eles praticam a agricultura cíclica, movendo-se para um novo local depois que o solo é esgotado para permitir o reflorestamento e recuperação. As mulheres são excepcionais agricultores. Os primeiros ocidentais a visitar as terras altas ficaram impressionados por encontrar vastos vales de jardins cuidadosamente planejados e valas de irrigação. Os cultivos incluem batata doce, milho, couves e mandiocas.



Banna- Etiópia

Huaoroni- Amazônia/Argentina/ Equador

Por pelo menos mil anos, a floresta amazônica do Equador, tem sido o lar do Huaorani (que significa "ser humano" ou "o povo"). Eles se consideram a tribo mais valente na Amazônia. Até 1956, eles nunca tinham tido qualquer contato com o mundo exterior. Os Huaorani identificam profundamente a onça-pintada como um importante e majestoso predador. De acordo com o mito, são os descendentes de um acasalamento entre um jaguar e uma águia. Eles nunca vão caçar uma onça. Eles também nunca matarão cobras, pois elas são consideradas uma força do mal e um presságio ruim, a anaconda, em particular. Mandioca fermentada é o principal ingrediente para sua cerveja, que corre abundantemente durante as festividades. O polígamo Waodani casa tradicionalmente dentro da tribo, através de casamentos entre primos.

Tupã eicatu opacatu mbae monhanga” (Deus mostra-se bom fazendo todas as coisas). “Aerobiar Tupã” (confio em Deus). “Tupã cura”, completa Potira, pondo-se a encher os pulmões o mais que pode e, inflando as bochechas, sopra sobre a minha ferida. Apesar do esforço, faz isso com tanta leveza que eu nem sinto dor e até me distraio apreciando os tons violáceos que afloram na pele da rapariga (...).

Potira continua soprando, pois, segundo crêem os selvagens, o sopro, isto é, o ar insuflado nos seres, tonifica os organismos e dá-lhes vida. Tupã também, como Javé, fizera o primeiro homem do barro: pegou uma mão cheia de terra, amassou-a bem, modelou com ela uma figura de gente, soprou-lhe em seguida o nariz e deixou cair no chão, começando o boneco a engatinhar. Depois de soprar a região lesada, a minha pequena “piaga” (pajé), com a mesma delicadeza, passa a sugá-la, encovando as bochechas e puxando o pus para si, gargarejando e lançando fora em seguida, num só jato, entre a gosma e a pustema, com a mímica do vômito, o espírito maligno, o quid misterioso que penetrou em mim. O pronto alívio que sinto, confesso, muito me impressiona, abalando-me a descrença que até então trazia na terapêutica tupi.

Chukchi- Sibéria

Ao contrário de outros grupos nativos da Sibéria, os Chukchis nunca foram conquistadas pelas tropas russas. Seu ambiente e cultura tradicional suportaram a destruição sob o domínio soviético, os testes de armas e a poluição. Devido ao clima rigoroso e dificuldade da vida na tundra,a hospitalidade e generosidade são muito apreciados entre os Chukchi.

O Chukchi são um povo muito antigo do Ártico, que vivem principalmente na península de Chukotka. Se distinguem entre duas culturas, os de pastores de renas, sendo nômades e os caçadores de mamíferos. Os alimentos básicos consumidos pelo interior Chukchi são produtos de criação de renas: veado cozido, cérebros de rena e de medula óssea. Nas artes as mulheres são hábeis nos bordados e confecções de todas as roupas e os homens fazem esculturas com ossos de morsas. Ambos os sexos são responsáveis pela caça, porém, as tarefas mais habituais a elas em tempos bons são da limpeza e reparação das carnes, cozinhar alimentos, costurar e trabalhar na reparação de roupas e preparar as peles de renas ou morsas. E a função principal dos homens é a de caçar mamíferos e pescar.



A temperatura no inverno é de menos 54°C e a do verão de menos 10°C. Devido ao clima rigoroso e a dificuldade da vida na tundra, hospitalidade e generosidade são muito apreciados entre os Chukchi. É proibido recusar qualquer um, até mesmo um estranho, ou seja, é proibido negar abrigo e alimento. Se espera que a comunidade se prontifique para acolher aos órfãos, as viúvas e os pobres. Entre eles a avareza é considerado o pior defeito de caráter que uma pessoa pode ter.
Pra concluir...
 Eis um ponto essencial nos fundamentos do Direito das sociedades da Antigüidade, ágrafas ou detentoras de um código escrito: a religiosidade impregnando as tradições e as decisões de cunho jurídico. O sistema de crenças de tais sociedades influenciava decisivamente a aplicação da justiça. O recurso à divindade era constantemente utilizado. Regra religiosa e regra jurídica não tinham distinção. Os deuses julgavam. Os deuses condenavam.


Um afro abraço.

fonte: fote net/www.ehow.com.br/www.trabalhosfeitos

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

21 de Janeiro: Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa é crime de ódio e fere a dignidade...

21 de janeiro é o dia mundial da religião, uma das dimensões importantes da cultura de todos os povos. Também é o dia nacional dedicado ao combate à intolerância religiosa.

Uma forma de preservar as tradições, idiomas, conhecimentos e valores dos primeiros negros africanos escravizados trazidos para o Brasil, as religiões de matriz africana foram incorporadas à cultura brasileira e se tornaram uma importante característica da identidade nacional. Entretanto, o racismo ainda tenta impedir o culto à ancestralidade negra tornando seus adeptos vítimas recorrentes do preconceito e da intolerância.

"Crítica não é o mesmo que intolerância. O direito de criticar encaminhamentos e dogmas de uma religião, desde que isso seja feito sem desrespeito ou ódio, é assegurado pelas liberdades de opinião e expressão".

O Brasil é considerado o maior país espírita kardecista do mundo, e uma das maiores nações católicas e evangélicas do mundo, também acolhe, historicamente, diferentes comunidades religiosas e culturais como a do judaísmo e do budismo. No país ainda há a presença de instituições ecumênicas cristãs como a Legião da Boa Vontade. Sendo a umbanda a única religião surgida originalmente no Brasil, as demais foram trazidas no período colonial, pós-colonial e por intermédio de comunidades estrangeiras.

Desrespeitar a religião do próximo é um ato de intolerância religiosa, seja no nível psicológico, físico e institucional. Ironizar ou ridicularizar a importância da cultura religiosa e seus objetos de devoção também se inserem nesse tipo de intolerância. O oposto da intolerância religiosa é respeitar as diferenças de credos e suas características.


A intolerância religiosa em muitos casos abre um negativo caminho para a perseguição religiosa a níveis No Brasil, um dos países que mais apresenta a maior reunião de diferentes religiões e credos,

Se liga: Perseguição policial até os anos 1960

O Brasil é um país laico. Isso significa que não há uma religião oficial e que o Estado deve manter-se imparcial no tocante às religiões. Porém, sendo um país de maioria cristã, práticas religiosas africanas foram duramente perseguidas pelas delegacias de costumes até a década de 1960.

"O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis"

Juliana Steck

Histórico
Em pleno ano 2000, uma sacerdotisa do Candomblé falecia por conta de um enorme susto, ao ver seu rosto na capa do jornal “Folha Universal”, com a manchete “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida de clientes”. Vítima de um enfarte, Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda, deixou filhos e marido. A data de sua morte (21 de janeiro) serviu para estabelecer o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

O caso Mãe Gilda ficou conhecido mundialmente. Ela era moradora e fundadora do Ilê Asé Abassá de Ogum, terreiro de Candomblé localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã, Salvador (BA).

A revista Veja publicou matéria em 1992 em que aparecia uma foto de Mãe Gilda, trajada com roupas de sacerdotisa, tendo aos seus pés uma oferenda como forma de solicitar aos orixás que atendessem às súplicas daquele momento. A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) publicou fotografia no jornal “Folha Universal”, em outubro de 1999, associada a uma agressiva e comprometedora reportagem sobre charlatanismo, sob o título: “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. A matéria afirmava estar crescendo no País
um “mercado de enganação”. Nesta reportagem, a foto da Mãe Gilda aparece com uma tarja preta nos olhos. A publicação dessa foto marca o início de um doloroso, porém definidor processo de luta por justiça da família e de todos os religiosos.

No período colonial, as leis puniam com penas corporais as pessoas que discordassem da religião imposta pelos escravizadores. Decreto de 1832 obrigava os escravos a se converterem à religião oficial. Um indivíduo acusado de feitiçaria era castigado com pena de morte. Com a proclamação da República, foi abolida a regra da religião oficial, mas o primeiro Código Penal republicano tratava como crimes o espiritismo e o curandeirismo.

A lei penal atual, aprovada em 1940, manteve os crimes de charlatanismo e curandeirismo.

Até 1976, havia uma lei na Bahia que obrigava os templos das religiões de origem africana a se cadastrarem na delegacia de polícia mais próxima. Na Paraíba, uma lei aprovada em 1966 obrigava sacerdotes e sacerdotisas dessas religiões a se submeterem a exame de sanidade mental, por meio de laudo psiquiátrico.

Muitas mudanças ocorreram até 1988, quando a Constituição federal passou a garantir o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças.

O texto constitucional estabelece que a liberdade de crença é inviolável, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos. Determina ainda que os locais de culto e as liturgias sejam protegidos por lei.

Já a Lei 9.459, de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. Ninguém pode ser discriminado em razão de credo religioso. O crime de discriminação religiosa é inafiançável (o acusado não pode pagar fiança para responder em liberdade) e imprescritível (o acusado pode ser punido a qualquer tempo).

A pena prevista é a prisão por um a três anos e multa.

Restrições religiosas atingem 75% da população mundial

Uma pesquisa mundial feita em 2009 e 2010 indicou o aumento da intolerância religiosa. Segundo o Instituto Pew Research Center, com sede nos Estados Unidos, 5,2 bilhões de pessoas (75% da população mundial ) vivem em locais com restrições a crenças.

No período, passou de 31% para 37% a proporção de países com nível elevado ou muito alto de restrições. Entre os países com as maiores restrições governamentais (leis, políticas e ações para limitar práticas religiosas), estavam Egito, Indonésia, Arábia Saudita, Afeganistão, China, Rússia e outros que somaram 6,6 pontos ou mais em um índice de máximo 10. O Brasil aparece, junto com Austrália, Japão e Argentina, em nível baixo, entre os países com 0 a 2,3 pontos.

Mesmo nos países com nível moderado ou baixo de restrições, houve aumento da intolerância. Nos Estados Unidos, por exemplo, houve uma proposta — ­rejeitada pela Justiça — de declarar ilegal a lei islâmica. Na Suíça, foi proibida a construção de novos minaretes (torres em mesquitas). O aumento dessas restrições foi atribuído a fatores como crescimento de crimes e violência motivada por ódio religioso.


A intolerância religiosa no mundo globalizado...

No âmbito global, as diferenças religiosas incluem o preconceito em relação aos mulçumanos, quando grupos de terroristas utilizam o islamismo como justificativa de suas investidas, e a antiga diferenciação entre católicos e protestantes na Europa, principalmente, na região da Irlanda.

o mundo ainda vive sob o clima de xenofobia, conflitos e intolerância em diferentes países, segundo a Unaoc em muitos países ainda há o desrespeito a símbolos, ritos e literatura religiosa.
Estamos a assistir ao crescimento da intolerância religiosa um pouco por todo o mundo. Nacionalismo e separatismos, bem como conflitos que opõem etnias ou religiões, mascaram as verdadeiras razões políticas e estratégicas subjacentes, arrastando e alimentando ódios há muito esquecidos.

A guerra entre o Hamas e Israel é um desses casos. Termina hoje, quarta-feira, o alargamento do cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Esta guerra tem impressionado o mundo inteiro, não só pela destruição de escolas, hospitais e bairros habitacionais, como também pelas mortes de civis, entre os quais se contam muitas crianças e bebés, gerando sentimentos de ódio como há muito não se via. Pela primeira vez em décadas, ouvem-se vozes acaloradas antissemitas, ou seja, contra os judeus, como sionistas, defendendo o nacionalismo judaico, dividindo opiniões e não deixando ninguém indiferente. Esquecendo que estamos perante um conflito político, e arranjando bodes expiatórios religiosos, é realmente uma forma muito cómoda de entender o que se passa, mas é também a mais fácil para fazer crescer os fundamentalismos que, na Europa, estão a ter expressão na vitória dos partidos de extrema-direita e neonazistas.

Outro exemplo é o califado islâmico que semeia o terror e persegue as minorias na região, quer sejam cristãs, yazidis, curdos, druzos e outros. Várias organizações de direitos humanos falam em autênticos genocídios e limpezas étnicas feitos por estes jihadistas que, em nome do islão, legitimam as suas ações. Mais uma vez, são motivos bem mais mundanos que levam a estas ações, como o acesso aos poços de petróleo ou ao controlo e posse de uma região, na falta de um poder político forte. Da Malásia ao Mali, dos EUA à Europa, chegam todos os dias novos combatentes ao Iraque e à Síria, enquanto outros grupos juram fidelidade e prometem estender o território para outras regiões. Também aqui se cai facilmente na tentação de culpar os muçulmanos, acusando a sua religião de incitar à violência e à intolerância, crescendo a islamofobia, que por sua vez arrasta cegamente o extremismo, quer o islâmico quer o de outras religiões, numa bola de neve que invariavelmente conduz a novos conflitos.

Na Síria e no Líbano, a luta entre muçulmanos sunitas e xiitas continua, confundindo-se com o apoio político a Assad, enquanto no Iraque tem o apoio dos opositores ao governo de Maliki.

No Bahrein, a população de maioria xiita luta contra um governo sunita, temendo-se que o mesmo venha a alastrar-se a outras zonas do golfo. No Líbano, cresce o jihadismo e o perigo de o país vir a ser transformado num califado islâmico.

No Paquistão e na Índia, aumentam os conflitos entre muçulmanos e hindus tendo, mais uma vez, como razão de fundo antigas querelas políticas e étnicas, enquanto em Myanmar, budistas e muçulmanos se guerreiam por motivos de cariz semelhante.

A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.

O agressor costuma usar palavras agressivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, deuses e hábitos da religião. Há casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, destruindo imagens, roupas e objetos ritualísticos. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode incluir violência física e se tornar uma perseguição.

Crítica não é o mesmo que intolerância. O direito de criticar encaminhamentos e dogmas de uma religião, desde que isso seja feito sem desrespeito ou ódio, é assegurado pelas liberdades de opinião e expressão. Mas, no acesso ao trabalho, à escola, à moradia, a órgãos públicos ou privados, não se admite tratamento diferente em função da crença ou religião. Isso também se aplica a transporte público, estabelecimentos comerciais e lugares públicos, como bancos, hospitais e restaurantes.


Ataques terroristas a Charlie Hebdo
O cruel e covarde ataque de fanáticos assassinos muçulmanos contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo, provocando a morte de 12 pessoas, inclusive de quatro cartunistas idolatrados na França, já é considerado o maior atentado contra a imprensa livre desde a II Guerra Mundial na Europa.

“Os chargistas sempre estiveram na vanguarda e contra os poderosos. Em muitas vezes, os chargistas mudaram o curso da história como esse fato da França. No entanto, ele admitiu que a revista exagerou em suas provocações, o que acendeu o estopim da ação terrorista.

“Nós repudiamos o ato de extrema violência. Mas se você olhar as charges da revista francesa em sequência, existe realmente uma provocação”
A comunidade muçulmana condena veementemente o atentado ao jornal e que aqueles que praticam atos terroristas não representam o Islã, nem os muçulmanos. “Os suspeitos têm de ser presos, julgados e punidos, se realmente foram eles que fizeram isso. Por outro lado, não podemos permitir que uma onda de perseguição, de preconceito e discriminação religiosa cresça, porque, junto com a comoção emocional, vêm esses atentados às mesquitas, e isso vai prejudicar a estabilidade social e pode colocar em perigo milhões de pessoas adeptas de uma religião”, disse à Agência Brasil.

“ Temos que tomar muito cuidado, porque, que o Islã, como em tod@s as religiões também tem pessoas de bem, parece que a regra geral é o terrorismo, mas é o contrário. O Islã a regra geral é a paz, é a solidariedade – basta ver 14 séculos de contribuição dos muçulmanos para a civilização. Não podemos julgar um grupo por essas pessoas, nem tachar isso de terrorismo islâmico. Dessa forma, estamos criando mais preconceito e não estamos informando de forma alguma”,
Ainda hoje no Brasil crescem as denuncias em mais de 600% em um ano; crenças de matriz africana são as que mais sofrem ataques...

Na nossa pele, seis atentados em seis anos...

A polícia ainda não tem nenhuma pista da autoria do incêndio criminoso no terreiro de candomblé Kwe Cejá Gbé – A Casa do Criador e sede da UNEGRO /Caxias – mãe de santo Conceição d’Lissá, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu em 26 de junho, durante a madrugada, e foi registrado na 62ª Delegacia de Polícia, em Imbariê, distrito do subúrbio carioca. O fogo atingiu o segundo andar da casa e destruiu teto, móveis, eletrodomésticos, roupas de santos e de integrantes do terreiro.

Não é a primeira vez que Maria da Conceição Cotta Baptista, de 53 anos – Conceição d’Lissá – é vítima de ataques. Ela administra o centro em Caxias há 18 anos. E as agressões começaram há cerca de oito. “Já atearam fogo no meu carro, que na época estava quebrado e parado dentro do barracão. E dispararam tiros contra a minha casa e no portão do barracão. Deram nove tiros.” Equilibrada, ela evita apontar suspeitos. Cabe à polícia, afirma, descobrir quem cometeu o incêndio e os outros ataques.

O centro, segundo a mãe de santo, não possui um número fixo de frequentadores. Mais de 50 filhos de santo trabalham para o terreiro. Revezam-se nos trabalhos. A maioria iniciou-se no candomblé pelas mãos de Conceição d’Lissá e trabalha na preparação dos eventos. Em janeiro é realizada a festa de O l'issa. Em maio, a de Oxum. Em junho, a de Ogum, e em setembro, a de Bessem...

Como agir:

No caso de discriminação religiosa, a vítima deve
ligar para a Central de Denúncias (Disque 100) da
Secretaria de Direitos Humanos.

Também deve procurar uma delegacia de polícia
e registrar a ocorrência. O delegado tem o dever de
instaurar inquérito, colher provas e enviar o relatório
para o Judiciário. A partir daí terá início o processo penal.

Em caso de agressão física, a vítima não deve
limpar ferimentos nem trocar de roupas — já que
esses fatores constituem provas da agressão —
e precisa exigir a realização de exame de corpo de delito.

Se a ofensa ocorrer em templos,casa de terreiros, na
casa da vítima, o local deve ser deixado da maneira
como ficou para facilitar e legitimar a investigação das
autoridades competentes.

Todos os tipos de delegacia têm o dever de averiguar
casos dessa natureza, mas em alguns estados há
também delegacias especializadas outros não mesmo

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte: unegro/povos tradicionais/www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx/www.cartacapital.com.br/revista/811/os-orixas-protegem

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A questão étnico-racial no Ambiente Escolar...

A sociedade brasileira é constituída pela diversidade, e se o que se busca é respeitar o educando, não se devem segregar culturas, já que as diferenças é tão importante na
constituição do sujeito.
No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do que a formação de classes sociais distintas por sua condição material. Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros. Mais que uma simples herança de nosso passado, essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas.

Alguns temas, que correspondem a questões presentes na vida cotidiana como orientação sexual e meio ambiente, foram integrados no currículo por meio da transversalidade. Pretende-se que alguns temas integrem as

disciplinas convencionais, isso significa que devem ser trabalhados em disciplinas já existentes, relacionando-as às questões da atualidade e que se tornem eixos orientadores no convívio escolar.

Ainda que o MEC, já pré-estabeleceu os temas transversal, ressalta a inclusão de outros temas relevantes, e ainda adverte aos professores a mobilizar conteúdos que reflitam nas questões sociais.


O Preconceito Racial Na Escola
O exercício de transversalidade não é somente tarefa do professor que trabalha diretamente com o educando, mas também da gestão que propõe e acompanha o projeto político pedagógico da unidade escolar.

O conteúdo sobre as relações étnico raciais merece uma atenção especial, devido a forma em que foi constituída a sociedade brasileira e as formas de manifestação do racismo. Transversalizar a temática em questão, possibilita a compreensão e a construção da realidade social, mais que isso valoriza a diversidade e integra os então “diferentes”, auto repeitando e respeitando ao outro.

O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa. Não existia

o menor preconceito entre esses casais nem em relação a eles. Para os brasileiros, porém, era algo inédito e escandaloso; faziam-se piadas insinuando que o sucesso dos negros se devia ao fato de que eram muito bem dotados anatomicamente para o sexo. Uma visão preconceituosa típica, que procurava desqualificar o negro e que escondia, às vezes, uma boa dose de inveja.

Os negros e asiáticos que iam estudar na Europa, no entanto, eles possuíam uma cultura igual ou superior a de qualquer estudante branco, uma vez que haviam freqüentado boas escolas, indo finalmente aprimorar seus estudos na Europa ou nos Estados Unidos. Não havia nenhuma desigualdade educacional que dificultasse uma estreita convivência com eles.
No Brasil, pretende-se erradicar o preconceito racial e o racismo com leis. Só a educação poderá esclarecer a todos, sobretudo aos brancos, o que representou para a raça negra o que lhe foi imposto pelo tráfico escravista. A Igreja se julgava com o direito de catequizar aqueles que nada sabiam da religião católica. O Governo nada fez, depois da Abolição, para dar aos ex-escravos condições de estudar e conquistar um lugar na sociedade. O Brasil está muito longe de ser um país onde todos sejam iguais. O espaço e a visibilidade que o negro tem em nossa sociedade, não permitem que ele sirva de referência. Estudos realizados pelo IBGE mostram que no Brasil os brancos recebem salários superiores, cerca de 50%, aos
recebidos pelos negros no desempenho das mesmas funções, e que o índice de desemprego desses também é maior. No campo da educação, o analfabetismo, a repetência, a evasão escolar são consideravelmente mais acentuados para os negros.

Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial.

É bem verdade que o conceito de raça em si é inconsistente, já que do ponto de vista científico nenhum indivíduo da mesma espécie possui características biológicas (ou psicológicas) singulares. Porém, o saber racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotipia do indivíduo acaba formando uma série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos. Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as ideias da nossa ciência.

Dessa maneira, é no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão africana instituída em solo brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. O branco, europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial, liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, uns (brancos) nasceram para o mando, e outros (negros) para a obediência.

No entanto, também devemos levar em consideração que o nosso racismo veio acompanhado de seu contraditório: a miscigenação. Colocada por uns como uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona se realmente somos ou não pertencentes a uma cultura racista. Para outros, o mestiço definitivamente comprova que o enlace sexual entre os diferentes atesta que nosso país não é racista. Surge então o mito da chamada democracia racial.

Sistematizado na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, o conceito de democracia racial coloca a escravidão para fora da simples ótica da dominação. A condição
do escravo, nessa obra, é historicamente articulada com relatos e dados onde os escravos vivem situações diferentes do trabalho compulsório nas casas e lavouras. De fato, muitos escravos viveram situações em que desfrutavam de certo conforto material ou ocupavam posições de confiança e prestígio na hierarquia da sociedade colonial. Os próprios documentos utilizados na obra de Freyre apontam essa tendência.

Porém, a miscigenação não exclui os preconceitos. Nossa última constituição coloca a discriminação racial como um crime inafiançável. Entre nossas discussões proferimos, ao mesmo tempo, horror ao racismo e admitimos publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso racismo é velado e, nem por isso, pulsante. Queremos ter um discurso sobre o negro, mas não vemos a urgência de algum tipo de mobilização a favor da resolução desse problema.

. Desta maneira, criamos a estranha situação onde “todos os outros podem ser racistas, menos eu... é claro!”. Isso nos indica que o alcance da democracia é um assunto tão difícil e complexo como a nossa relação com o negro no Brasil.

Sugestão de atividades
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais, doutoranda em Educação pela Universidade de São Paulo e membro da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação, e

Waldete Tristão Farias Oliveira, coordenadora pedagógica do Centro de Educação Infantil Jardim Panamericano e formadora de professores, sugerem as seguintes atividades para promover ações afirmativas e combater o preconceito e a discriminação em sala de aula.

RODAS DE CONVERSA
Reunir os pequenos em uma roda abre espaço para conhecê-los melhor. Para entender as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar revistas, jornais e livros para que as crianças se reconheçam (ou não) no material exposto. A roda é o lugar de propor projetos, discutir problemas e encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem. Nessa hora, não tema a conversa franca e o diálogo aberto.

CONTOS
A contação de histórias merece lugar de destaque na sala de aula. Ela é o veículo com o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de lendas e mitos e enriquecer o repertório. Textos e imagens que valorizam o respeito às diferenças são sempre muito bem-vindos.

BONECOS NEGROS
As crianças criam laços com esses brinquedos e se reconhecem. É interessante associar esses bonecos ao cotidiano da escola e das próprias crianças, que podem se revezar para levá-los para casa. A presença de bonecos negros é sinal de que a escola reconhece a
diversidade da sociedade brasileira. Caso não encontre bonecos industrializados, uma boa saída é confeccioná-los com a ajuda de familiares.

MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS
A música desenvolve o senso crítico e prepara as crianças para outras atividades. Conhecer músicas em diferentes línguas, e de diferentes origens, é um bom caminho para estimular o
respeito pelos diversos grupos humanos. E isso se aplica a todas as formas de Arte.

Um afro abraço.
fonte:www.brasilescola.com/http://cazangipedagoga.blogspot.com.br/2010/09/o-preconceito-racial-na-escola.html

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...