UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

21 de Janeiro: Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa é crime de ódio e fere a dignidade...

21 de janeiro é o dia mundial da religião, uma das dimensões importantes da cultura de todos os povos. Também é o dia nacional dedicado ao combate à intolerância religiosa.

Uma forma de preservar as tradições, idiomas, conhecimentos e valores dos primeiros negros africanos escravizados trazidos para o Brasil, as religiões de matriz africana foram incorporadas à cultura brasileira e se tornaram uma importante característica da identidade nacional. Entretanto, o racismo ainda tenta impedir o culto à ancestralidade negra tornando seus adeptos vítimas recorrentes do preconceito e da intolerância.

"Crítica não é o mesmo que intolerância. O direito de criticar encaminhamentos e dogmas de uma religião, desde que isso seja feito sem desrespeito ou ódio, é assegurado pelas liberdades de opinião e expressão".

O Brasil é considerado o maior país espírita kardecista do mundo, e uma das maiores nações católicas e evangélicas do mundo, também acolhe, historicamente, diferentes comunidades religiosas e culturais como a do judaísmo e do budismo. No país ainda há a presença de instituições ecumênicas cristãs como a Legião da Boa Vontade. Sendo a umbanda a única religião surgida originalmente no Brasil, as demais foram trazidas no período colonial, pós-colonial e por intermédio de comunidades estrangeiras.

Desrespeitar a religião do próximo é um ato de intolerância religiosa, seja no nível psicológico, físico e institucional. Ironizar ou ridicularizar a importância da cultura religiosa e seus objetos de devoção também se inserem nesse tipo de intolerância. O oposto da intolerância religiosa é respeitar as diferenças de credos e suas características.


A intolerância religiosa em muitos casos abre um negativo caminho para a perseguição religiosa a níveis No Brasil, um dos países que mais apresenta a maior reunião de diferentes religiões e credos,

Se liga: Perseguição policial até os anos 1960

O Brasil é um país laico. Isso significa que não há uma religião oficial e que o Estado deve manter-se imparcial no tocante às religiões. Porém, sendo um país de maioria cristã, práticas religiosas africanas foram duramente perseguidas pelas delegacias de costumes até a década de 1960.

"O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis"

Juliana Steck

Histórico
Em pleno ano 2000, uma sacerdotisa do Candomblé falecia por conta de um enorme susto, ao ver seu rosto na capa do jornal “Folha Universal”, com a manchete “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida de clientes”. Vítima de um enfarte, Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda, deixou filhos e marido. A data de sua morte (21 de janeiro) serviu para estabelecer o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

O caso Mãe Gilda ficou conhecido mundialmente. Ela era moradora e fundadora do Ilê Asé Abassá de Ogum, terreiro de Candomblé localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã, Salvador (BA).

A revista Veja publicou matéria em 1992 em que aparecia uma foto de Mãe Gilda, trajada com roupas de sacerdotisa, tendo aos seus pés uma oferenda como forma de solicitar aos orixás que atendessem às súplicas daquele momento. A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) publicou fotografia no jornal “Folha Universal”, em outubro de 1999, associada a uma agressiva e comprometedora reportagem sobre charlatanismo, sob o título: “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. A matéria afirmava estar crescendo no País
um “mercado de enganação”. Nesta reportagem, a foto da Mãe Gilda aparece com uma tarja preta nos olhos. A publicação dessa foto marca o início de um doloroso, porém definidor processo de luta por justiça da família e de todos os religiosos.

No período colonial, as leis puniam com penas corporais as pessoas que discordassem da religião imposta pelos escravizadores. Decreto de 1832 obrigava os escravos a se converterem à religião oficial. Um indivíduo acusado de feitiçaria era castigado com pena de morte. Com a proclamação da República, foi abolida a regra da religião oficial, mas o primeiro Código Penal republicano tratava como crimes o espiritismo e o curandeirismo.

A lei penal atual, aprovada em 1940, manteve os crimes de charlatanismo e curandeirismo.

Até 1976, havia uma lei na Bahia que obrigava os templos das religiões de origem africana a se cadastrarem na delegacia de polícia mais próxima. Na Paraíba, uma lei aprovada em 1966 obrigava sacerdotes e sacerdotisas dessas religiões a se submeterem a exame de sanidade mental, por meio de laudo psiquiátrico.

Muitas mudanças ocorreram até 1988, quando a Constituição federal passou a garantir o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças.

O texto constitucional estabelece que a liberdade de crença é inviolável, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos. Determina ainda que os locais de culto e as liturgias sejam protegidos por lei.

Já a Lei 9.459, de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. Ninguém pode ser discriminado em razão de credo religioso. O crime de discriminação religiosa é inafiançável (o acusado não pode pagar fiança para responder em liberdade) e imprescritível (o acusado pode ser punido a qualquer tempo).

A pena prevista é a prisão por um a três anos e multa.

Restrições religiosas atingem 75% da população mundial

Uma pesquisa mundial feita em 2009 e 2010 indicou o aumento da intolerância religiosa. Segundo o Instituto Pew Research Center, com sede nos Estados Unidos, 5,2 bilhões de pessoas (75% da população mundial ) vivem em locais com restrições a crenças.

No período, passou de 31% para 37% a proporção de países com nível elevado ou muito alto de restrições. Entre os países com as maiores restrições governamentais (leis, políticas e ações para limitar práticas religiosas), estavam Egito, Indonésia, Arábia Saudita, Afeganistão, China, Rússia e outros que somaram 6,6 pontos ou mais em um índice de máximo 10. O Brasil aparece, junto com Austrália, Japão e Argentina, em nível baixo, entre os países com 0 a 2,3 pontos.

Mesmo nos países com nível moderado ou baixo de restrições, houve aumento da intolerância. Nos Estados Unidos, por exemplo, houve uma proposta — ­rejeitada pela Justiça — de declarar ilegal a lei islâmica. Na Suíça, foi proibida a construção de novos minaretes (torres em mesquitas). O aumento dessas restrições foi atribuído a fatores como crescimento de crimes e violência motivada por ódio religioso.


A intolerância religiosa no mundo globalizado...

No âmbito global, as diferenças religiosas incluem o preconceito em relação aos mulçumanos, quando grupos de terroristas utilizam o islamismo como justificativa de suas investidas, e a antiga diferenciação entre católicos e protestantes na Europa, principalmente, na região da Irlanda.

o mundo ainda vive sob o clima de xenofobia, conflitos e intolerância em diferentes países, segundo a Unaoc em muitos países ainda há o desrespeito a símbolos, ritos e literatura religiosa.
Estamos a assistir ao crescimento da intolerância religiosa um pouco por todo o mundo. Nacionalismo e separatismos, bem como conflitos que opõem etnias ou religiões, mascaram as verdadeiras razões políticas e estratégicas subjacentes, arrastando e alimentando ódios há muito esquecidos.

A guerra entre o Hamas e Israel é um desses casos. Termina hoje, quarta-feira, o alargamento do cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Esta guerra tem impressionado o mundo inteiro, não só pela destruição de escolas, hospitais e bairros habitacionais, como também pelas mortes de civis, entre os quais se contam muitas crianças e bebés, gerando sentimentos de ódio como há muito não se via. Pela primeira vez em décadas, ouvem-se vozes acaloradas antissemitas, ou seja, contra os judeus, como sionistas, defendendo o nacionalismo judaico, dividindo opiniões e não deixando ninguém indiferente. Esquecendo que estamos perante um conflito político, e arranjando bodes expiatórios religiosos, é realmente uma forma muito cómoda de entender o que se passa, mas é também a mais fácil para fazer crescer os fundamentalismos que, na Europa, estão a ter expressão na vitória dos partidos de extrema-direita e neonazistas.

Outro exemplo é o califado islâmico que semeia o terror e persegue as minorias na região, quer sejam cristãs, yazidis, curdos, druzos e outros. Várias organizações de direitos humanos falam em autênticos genocídios e limpezas étnicas feitos por estes jihadistas que, em nome do islão, legitimam as suas ações. Mais uma vez, são motivos bem mais mundanos que levam a estas ações, como o acesso aos poços de petróleo ou ao controlo e posse de uma região, na falta de um poder político forte. Da Malásia ao Mali, dos EUA à Europa, chegam todos os dias novos combatentes ao Iraque e à Síria, enquanto outros grupos juram fidelidade e prometem estender o território para outras regiões. Também aqui se cai facilmente na tentação de culpar os muçulmanos, acusando a sua religião de incitar à violência e à intolerância, crescendo a islamofobia, que por sua vez arrasta cegamente o extremismo, quer o islâmico quer o de outras religiões, numa bola de neve que invariavelmente conduz a novos conflitos.

Na Síria e no Líbano, a luta entre muçulmanos sunitas e xiitas continua, confundindo-se com o apoio político a Assad, enquanto no Iraque tem o apoio dos opositores ao governo de Maliki.

No Bahrein, a população de maioria xiita luta contra um governo sunita, temendo-se que o mesmo venha a alastrar-se a outras zonas do golfo. No Líbano, cresce o jihadismo e o perigo de o país vir a ser transformado num califado islâmico.

No Paquistão e na Índia, aumentam os conflitos entre muçulmanos e hindus tendo, mais uma vez, como razão de fundo antigas querelas políticas e étnicas, enquanto em Myanmar, budistas e muçulmanos se guerreiam por motivos de cariz semelhante.

A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.

O agressor costuma usar palavras agressivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, deuses e hábitos da religião. Há casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, destruindo imagens, roupas e objetos ritualísticos. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode incluir violência física e se tornar uma perseguição.

Crítica não é o mesmo que intolerância. O direito de criticar encaminhamentos e dogmas de uma religião, desde que isso seja feito sem desrespeito ou ódio, é assegurado pelas liberdades de opinião e expressão. Mas, no acesso ao trabalho, à escola, à moradia, a órgãos públicos ou privados, não se admite tratamento diferente em função da crença ou religião. Isso também se aplica a transporte público, estabelecimentos comerciais e lugares públicos, como bancos, hospitais e restaurantes.


Ataques terroristas a Charlie Hebdo
O cruel e covarde ataque de fanáticos assassinos muçulmanos contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo, provocando a morte de 12 pessoas, inclusive de quatro cartunistas idolatrados na França, já é considerado o maior atentado contra a imprensa livre desde a II Guerra Mundial na Europa.

“Os chargistas sempre estiveram na vanguarda e contra os poderosos. Em muitas vezes, os chargistas mudaram o curso da história como esse fato da França. No entanto, ele admitiu que a revista exagerou em suas provocações, o que acendeu o estopim da ação terrorista.

“Nós repudiamos o ato de extrema violência. Mas se você olhar as charges da revista francesa em sequência, existe realmente uma provocação”
A comunidade muçulmana condena veementemente o atentado ao jornal e que aqueles que praticam atos terroristas não representam o Islã, nem os muçulmanos. “Os suspeitos têm de ser presos, julgados e punidos, se realmente foram eles que fizeram isso. Por outro lado, não podemos permitir que uma onda de perseguição, de preconceito e discriminação religiosa cresça, porque, junto com a comoção emocional, vêm esses atentados às mesquitas, e isso vai prejudicar a estabilidade social e pode colocar em perigo milhões de pessoas adeptas de uma religião”, disse à Agência Brasil.

“ Temos que tomar muito cuidado, porque, que o Islã, como em tod@s as religiões também tem pessoas de bem, parece que a regra geral é o terrorismo, mas é o contrário. O Islã a regra geral é a paz, é a solidariedade – basta ver 14 séculos de contribuição dos muçulmanos para a civilização. Não podemos julgar um grupo por essas pessoas, nem tachar isso de terrorismo islâmico. Dessa forma, estamos criando mais preconceito e não estamos informando de forma alguma”,
Ainda hoje no Brasil crescem as denuncias em mais de 600% em um ano; crenças de matriz africana são as que mais sofrem ataques...

Na nossa pele, seis atentados em seis anos...

A polícia ainda não tem nenhuma pista da autoria do incêndio criminoso no terreiro de candomblé Kwe Cejá Gbé – A Casa do Criador e sede da UNEGRO /Caxias – mãe de santo Conceição d’Lissá, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu em 26 de junho, durante a madrugada, e foi registrado na 62ª Delegacia de Polícia, em Imbariê, distrito do subúrbio carioca. O fogo atingiu o segundo andar da casa e destruiu teto, móveis, eletrodomésticos, roupas de santos e de integrantes do terreiro.

Não é a primeira vez que Maria da Conceição Cotta Baptista, de 53 anos – Conceição d’Lissá – é vítima de ataques. Ela administra o centro em Caxias há 18 anos. E as agressões começaram há cerca de oito. “Já atearam fogo no meu carro, que na época estava quebrado e parado dentro do barracão. E dispararam tiros contra a minha casa e no portão do barracão. Deram nove tiros.” Equilibrada, ela evita apontar suspeitos. Cabe à polícia, afirma, descobrir quem cometeu o incêndio e os outros ataques.

O centro, segundo a mãe de santo, não possui um número fixo de frequentadores. Mais de 50 filhos de santo trabalham para o terreiro. Revezam-se nos trabalhos. A maioria iniciou-se no candomblé pelas mãos de Conceição d’Lissá e trabalha na preparação dos eventos. Em janeiro é realizada a festa de O l'issa. Em maio, a de Oxum. Em junho, a de Ogum, e em setembro, a de Bessem...

Como agir:

No caso de discriminação religiosa, a vítima deve
ligar para a Central de Denúncias (Disque 100) da
Secretaria de Direitos Humanos.

Também deve procurar uma delegacia de polícia
e registrar a ocorrência. O delegado tem o dever de
instaurar inquérito, colher provas e enviar o relatório
para o Judiciário. A partir daí terá início o processo penal.

Em caso de agressão física, a vítima não deve
limpar ferimentos nem trocar de roupas — já que
esses fatores constituem provas da agressão —
e precisa exigir a realização de exame de corpo de delito.

Se a ofensa ocorrer em templos,casa de terreiros, na
casa da vítima, o local deve ser deixado da maneira
como ficou para facilitar e legitimar a investigação das
autoridades competentes.

Todos os tipos de delegacia têm o dever de averiguar
casos dessa natureza, mas em alguns estados há
também delegacias especializadas outros não mesmo

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte: unegro/povos tradicionais/www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx/www.cartacapital.com.br/revista/811/os-orixas-protegem

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A questão étnico-racial no Ambiente Escolar...

A sociedade brasileira é constituída pela diversidade, e se o que se busca é respeitar o educando, não se devem segregar culturas, já que as diferenças é tão importante na
constituição do sujeito.
No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do que a formação de classes sociais distintas por sua condição material. Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros. Mais que uma simples herança de nosso passado, essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas.

Alguns temas, que correspondem a questões presentes na vida cotidiana como orientação sexual e meio ambiente, foram integrados no currículo por meio da transversalidade. Pretende-se que alguns temas integrem as

disciplinas convencionais, isso significa que devem ser trabalhados em disciplinas já existentes, relacionando-as às questões da atualidade e que se tornem eixos orientadores no convívio escolar.

Ainda que o MEC, já pré-estabeleceu os temas transversal, ressalta a inclusão de outros temas relevantes, e ainda adverte aos professores a mobilizar conteúdos que reflitam nas questões sociais.


O Preconceito Racial Na Escola
O exercício de transversalidade não é somente tarefa do professor que trabalha diretamente com o educando, mas também da gestão que propõe e acompanha o projeto político pedagógico da unidade escolar.

O conteúdo sobre as relações étnico raciais merece uma atenção especial, devido a forma em que foi constituída a sociedade brasileira e as formas de manifestação do racismo. Transversalizar a temática em questão, possibilita a compreensão e a construção da realidade social, mais que isso valoriza a diversidade e integra os então “diferentes”, auto repeitando e respeitando ao outro.

O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa. Não existia

o menor preconceito entre esses casais nem em relação a eles. Para os brasileiros, porém, era algo inédito e escandaloso; faziam-se piadas insinuando que o sucesso dos negros se devia ao fato de que eram muito bem dotados anatomicamente para o sexo. Uma visão preconceituosa típica, que procurava desqualificar o negro e que escondia, às vezes, uma boa dose de inveja.

Os negros e asiáticos que iam estudar na Europa, no entanto, eles possuíam uma cultura igual ou superior a de qualquer estudante branco, uma vez que haviam freqüentado boas escolas, indo finalmente aprimorar seus estudos na Europa ou nos Estados Unidos. Não havia nenhuma desigualdade educacional que dificultasse uma estreita convivência com eles.
No Brasil, pretende-se erradicar o preconceito racial e o racismo com leis. Só a educação poderá esclarecer a todos, sobretudo aos brancos, o que representou para a raça negra o que lhe foi imposto pelo tráfico escravista. A Igreja se julgava com o direito de catequizar aqueles que nada sabiam da religião católica. O Governo nada fez, depois da Abolição, para dar aos ex-escravos condições de estudar e conquistar um lugar na sociedade. O Brasil está muito longe de ser um país onde todos sejam iguais. O espaço e a visibilidade que o negro tem em nossa sociedade, não permitem que ele sirva de referência. Estudos realizados pelo IBGE mostram que no Brasil os brancos recebem salários superiores, cerca de 50%, aos
recebidos pelos negros no desempenho das mesmas funções, e que o índice de desemprego desses também é maior. No campo da educação, o analfabetismo, a repetência, a evasão escolar são consideravelmente mais acentuados para os negros.

Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial.

É bem verdade que o conceito de raça em si é inconsistente, já que do ponto de vista científico nenhum indivíduo da mesma espécie possui características biológicas (ou psicológicas) singulares. Porém, o saber racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotipia do indivíduo acaba formando uma série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos. Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as ideias da nossa ciência.

Dessa maneira, é no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão africana instituída em solo brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. O branco, europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial, liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, uns (brancos) nasceram para o mando, e outros (negros) para a obediência.

No entanto, também devemos levar em consideração que o nosso racismo veio acompanhado de seu contraditório: a miscigenação. Colocada por uns como uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona se realmente somos ou não pertencentes a uma cultura racista. Para outros, o mestiço definitivamente comprova que o enlace sexual entre os diferentes atesta que nosso país não é racista. Surge então o mito da chamada democracia racial.

Sistematizado na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, o conceito de democracia racial coloca a escravidão para fora da simples ótica da dominação. A condição
do escravo, nessa obra, é historicamente articulada com relatos e dados onde os escravos vivem situações diferentes do trabalho compulsório nas casas e lavouras. De fato, muitos escravos viveram situações em que desfrutavam de certo conforto material ou ocupavam posições de confiança e prestígio na hierarquia da sociedade colonial. Os próprios documentos utilizados na obra de Freyre apontam essa tendência.

Porém, a miscigenação não exclui os preconceitos. Nossa última constituição coloca a discriminação racial como um crime inafiançável. Entre nossas discussões proferimos, ao mesmo tempo, horror ao racismo e admitimos publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso racismo é velado e, nem por isso, pulsante. Queremos ter um discurso sobre o negro, mas não vemos a urgência de algum tipo de mobilização a favor da resolução desse problema.

. Desta maneira, criamos a estranha situação onde “todos os outros podem ser racistas, menos eu... é claro!”. Isso nos indica que o alcance da democracia é um assunto tão difícil e complexo como a nossa relação com o negro no Brasil.

Sugestão de atividades
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais, doutoranda em Educação pela Universidade de São Paulo e membro da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação, e

Waldete Tristão Farias Oliveira, coordenadora pedagógica do Centro de Educação Infantil Jardim Panamericano e formadora de professores, sugerem as seguintes atividades para promover ações afirmativas e combater o preconceito e a discriminação em sala de aula.

RODAS DE CONVERSA
Reunir os pequenos em uma roda abre espaço para conhecê-los melhor. Para entender as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar revistas, jornais e livros para que as crianças se reconheçam (ou não) no material exposto. A roda é o lugar de propor projetos, discutir problemas e encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem. Nessa hora, não tema a conversa franca e o diálogo aberto.

CONTOS
A contação de histórias merece lugar de destaque na sala de aula. Ela é o veículo com o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de lendas e mitos e enriquecer o repertório. Textos e imagens que valorizam o respeito às diferenças são sempre muito bem-vindos.

BONECOS NEGROS
As crianças criam laços com esses brinquedos e se reconhecem. É interessante associar esses bonecos ao cotidiano da escola e das próprias crianças, que podem se revezar para levá-los para casa. A presença de bonecos negros é sinal de que a escola reconhece a
diversidade da sociedade brasileira. Caso não encontre bonecos industrializados, uma boa saída é confeccioná-los com a ajuda de familiares.

MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS
A música desenvolve o senso crítico e prepara as crianças para outras atividades. Conhecer músicas em diferentes línguas, e de diferentes origens, é um bom caminho para estimular o
respeito pelos diversos grupos humanos. E isso se aplica a todas as formas de Arte.

Um afro abraço.
fonte:www.brasilescola.com/http://cazangipedagoga.blogspot.com.br/2010/09/o-preconceito-racial-na-escola.html

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Nossa historia um mosaico em construção:Quem somos; Metais e inventos...

O ser humano começava a dominar, ainda que de maneira rudimentar, a técnica da fundição. A princípio, utilizou como matéria prima o cobre, o estanho e o bronze (uma liga de estanho), metais cuja fusão é mais fácil. "Há certas dúvidas sobre quais foram exatamente os nossos antepassados mais remotos". Os seres humanos modernos só surgiram há 150 mil anos. Os humanos são primatas e surgiram em África, duas espécies que pertenceram aos primórdios da evolução homínidea foram o Sahelanthropus tchadensis com um misto de caraterísticas humanas e símias, e o Orrorin tugenensis já bípede mas que não se sabe o tamanho do cérebro, que no Sahelanthropus era de 320–380 cm cúbicos. Ambos existiam há mais de 6 milhões de anos. Os homínideos da época habitavam a África subsariana e na Etiópia eTanzânia, ou seja na África Oriental. Seguiram-se a esses primeiros homínideos os Ardipithecus e mais tarde (há 4,3 milhões de anos até há 2,4 milhões) os australopithecus, descedentes dos ardipithecus. Tinham (os australopithecos) maiores cérebros, pernas mais longas, braços menores, e traços faciais mais parecidos aos nossos.

Há 2,5 milhões de anos surge o gênero Homo, Homo habilis na África oriental, com ele começam-se a usar ferramentas de pedra totalmente feitas por eles (começando o Paleolítico) e carne passa a ser mais importante na dieta do Homo Habilis. Eram caçadores e tinham um cérebro maior (590–650 cm cúbicos), mas tinham braços compridos.

Mas os Habilis não eram apenas caçadores, pois também eram necrófagos e herbívoros.

Havia outras espécies como o Homo rudolfensis que tinha um cérebro maior e era bípede e existiu durante a mesma época que o Homo habilis. Há dois milhões de anos surgiu o Homo erectus de constituição forte, com um cérebro muito maior (810–1250 cm cúbicos), rosto largo e foi o primeiro homínideo a sair de África existindo na África, Ásia e Europa, existindo até à 500 mil anos. É o primeiro a usar o fogo. Há 300 mil anos já tinha estratégias elaboradas de caça a mamíferos corpulentos

A história do mundo ou história da humanidade são os registros dos feitos do homo sapiens na Terra desde que passou a ter a capacidade necessária para efetuar tais registros através da escrita. Este momento é tomado como o marco da divisão entre a história e a pré-história, período este no qual os homens já existiam porém eram ainda incapazes de manter tais registros dos acontecimentos.

Este período conhecido como história já se estende por aproximadamente mais de cinco mil anos. A história do mundo nos relata descobertas, invenções e os grandes feitos da humanidade. Também estão registrados os costumes de cada época em cada localidade bem como a mudança destes através de revoluções, guerras e catástrofes. Relata também a expansão do conhecimento humano sobre mundo que o cerca e o avanço tecnológico que deste modo foi possível.

Denomina-se Idade dos Metais o período que seguiu à Idade da Pedra, marcado pelo início da fabricação de ferramentas e armas de metal.

Este período do Neolítico começa antes do Quinto milênio a.C. e acabaria em cada lugar com a entrada na História, para boa parte da Europa no Primeiro milênio a.C. É parte da Pré-História na Europa, bem como na maior parte do mundo, exceto na Mesopotâmia, que

coincide com o desenvolvimento da escrita e portanto com a História. Quando existem testemunhos escritos indiretos é considerada também Proto-história. De qualquer forma, não existe uma ruptura (exceto arbitrária) no desenvolvimento desta tecnologia metalúrgica entre a Pré-História, a Proto-história e a História.

Nesse período, o crescimento da população se acentuou em algumas regiões do planeta. As pequenas comunidades foram se desenvolvendo. Algumas delas passaram a dominar grandes extensões de terra e outros grupos. Surgiram, assim, as primeiras cidades, principalmente no cruzamento de caminhos naturais. Algumas dariam origem às mais significativas civilizações da história da humanidade.

"Restaurar a verdade” , embora o conceito de verdade em história seja muito discutível, não havendo um consenso acerca disso...Controlar o passado ajuda a dominar o presente, a legitimar tanto as dominações como as rebeldias
Considerada a última fase do Neolítico, a Idade dos Metais marca o início da dominação dos metais por parte das primeiras sociedades sedentárias da Pré-História. No entanto, qual a importância de se ressaltar esse tipo de descoberta humana? O que podemos frisar é que a utilização dos metais foi de fundamental importância para algumas das sociedades que surgiram durante a Antigüidade.

Através do domínio de técnicas de fundição, o homem teve condições de criar instrumentos mais eficazes para o cultivo agrícola, derrubada de florestas e a prática da caça. Além disso, o domínio sobre os metais teve influência nas disputas entre as comunidades que competiam pelo controle das melhores pastagens e áreas férteis. Dessa maneira, as primeiras guerras e o processo de dominação de uma comunidade sobre outra contou com o desenvolvimento de armas de metal.

O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre. Com o passar dos anos o estanho também foi utilizado como outro recurso na fabricação de armas e utensílios. Com a junção desses dois metais, por volta de 3000 a.C., tivemos o aparecimento do bronze. Só mais tarde é que se tem notícia da descoberta do ferro. Manipulado por comunidades da Ásia Menor, cerca de 1500 a.C., o ferro teve um lento processo de propagação. Isso se deu porque as técnicas de manipulação da liga de ferro eram de difícil aprendizado.

Contando com sua utilização, observamos que a maior resistência dos produtos e materiais metálicos teve grande importância na consolidação das primeiras grandes civilizações do Mundo Antigo. Assim, o uso do metal pôde influenciar tanto na expansão, como no desaparecimento de determinadas civilizações.


Denomina-se Idade dos Metais o período marcado pelo início da fabricação de instrumentos metálicos. O ser humano começava a dominar, ainda que de maneira rudimentar, a técnica da fundição. A princípio, utilizou como matéria prima o cobre, o estanho e o bronze(uma liga de estanho), metais cuja fusão é mais fácil. Com o uso de forjas e foles, a metalurgia melhorou e se diversificou, atingindo o ferro, um dos metais que necessita de técnicas mais aprimoradas para ser aproveitado, pois requer uma temperatura muito elevada para a sua fusão. O ferro era usado principalmente para a fabricação de armas.
As esculturas também foram bastante comuns no período e eram feitas de barro com moldes de cera.
Nesse período, o crescimento da população se acentuou em algumas regiões do planeta. As pequenas comunidades foram se desenvolvendo. Algumas delas passaram a dominar grandes extensões de terra e outros grupos. Surgiram, assim, as primeiras cidades, principalmente no cruzamento de caminhos naturais.


 Algumas dariam origem às mais significativas civilizações da história da humanidade.
A Idade dos Metais ocorreu na pré-história no período neolítico, onde iniciou-se a fabricação de armas e o surgimento da escrita.

A Idade do Bronze é um período da civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre com estanho. Iniciou-se no Oriente Médio em torno de 3300 a.C. substituindo o Calcolítico, embora noutras regiões esta última idade seja desconhecida e a do bronze tenha substituído diretamente o período neolítico (popularmente conhecida como Idade da Pedra). Na África negra, o neolítico é seguido da idade do ferro.
A data de adoção do bronze variou segundo as diferentes culturas:

Na Asia central (Afeganistão, Irã, etc) o bronze chega por volta de 2000 a.C.
Na China, foi adotado na Dinastia Shang.
No mar Egeu estabeleceu-se uma área de intenso comércio do metal , principalmente em Chipre onde existiam minas de cobre, vindo o estanho das ilhas britânicas. Com isso, iniciou-se o desenvolvimento da navegação. O império minóico, substituído mais tarde pelo micénico, surgiu graças a este grande comércio.
Na Europa central, este período iniciou a partir de 1800-1600 a.C., seguido do período 1600-1200 a.C., caracterizado pelo enterramento de cadáveres em túmulos, prática que demonstrava um alto grau de estratificação social.


No Norte da Europa, a idade do bronze inicia-se entre 2000-1700 a.C., nesse período surgiu o comércio de âmbar, muitos petróglifos representando divindades e vida cotidiana, além de armas e jóias.

Curiosidades: a baixo estão alguns cientistas negros e suas invenções:
Alexander Miles, elevador;
Alice Parker, fornalha de aquecimento;
C. J. Walker, artefatos para cuidar do cabelo;
Charles Drew, preservação estocagem de sangue, implantou o primeiro banco de sangue do mundo;
Dr. Daniel Hale Williams, executou a primeira cirurgia aberta de coração;
Elbert R. Robinson, bonde elétrico;
Dr. Ernest E. Just, fertilização e a estrutura celular do ovo, mundo a primeira visão da arquitetura humana ao explicar como trabalham as células;
Frederick Jones, ar condicionado;
Garret A. Morgan, semáforo e primeira máscara contra gases;


George T. Samon, secadora de roupas.
John Love, apontador de lápis;
William Purvis, caneta-tinteiro;
George Washington Carver, métodos de cultivo que salvaram a economia do sul dos Estados Unidos na década de 1920;
Granville T. Woods, transmissor do telefone que revolucionou a qualidade e distância que podia viajar o som;
Jan E. Matzelinger, máquina de colocar solas nos sapatos;
John Standard, geladeira;
Joseph Gammel, sistema de supercarga para os motores de combustão interna;
Lee Burridge, máquina de datilografia;
Lewis Howard Latimer, filamento de dentro da lâmpada elétrica;
Lloyd Quarteman, primeiro reator nuclear na década de 1930;
Lloyde P. Ray, pá de lixo;
Lydia O. Newman, escova para pentear cabelos femininos;
McCoy, sistema de lubrificação para máquinas a vapor;
Dra. Patricia E. Bath, dispositivo laser para cirurgia de cataratas;
Dr. Philip Emeagwali, computador mais rápido do mundo, 3,1 bilhões de cálculos por segundo, possibilitando estudar o aquecimento global, as condições do tempo e determinar como o petróleo flui sob a terra;
Percy L. Julian, o desenvolvimento do tratamento do mal de Alzheimer e do glaucoma;
Philip Downing, caixa de correio;
Raphael E. Armattoe, encontrou a cura para a doença do verme da água da Guiné com sua droga Abochi;
Richard Spikes, inventou a mudança automática de marchas;
Roberto E. Shurney, pneumáticos de malha de arame para o robô da Apolo XV;
Sarah Boone, tábua de passar roupas.
Thomas W. Stewart; esfregão para limpar o chão;
W. A. Lovette, prensa de impressão avançada;
John Burr, máquina de cortar grama;
William Berry, máquinas de carimbo e cancelamento postal;
William Hinton, primeiro manual médico sobre a sífilis.

"O pai da medicina não foi Hipócrates, mas Imotep, médico negro que viveu dois mil anos antes do médico grego".

Infelizmente, os livros didáticos de Ciências que eu conheço não mencionam a contribuição dos cientistas negros para a qualidade de vida da humanidade, perpetuando assim uma educação nos moldes europeus, no qual o homem branco e cristão é paradigma de beleza e verdade.

Se liga: o livro: "Cientistas e Inventores Negros", Ava Henry e Michael, Williams BIS Publications e o filme “Quase Deuses”, dirigido por Joseph Sargent, sobre a vida do Dr. Daniel Hale Williams. 


Claudia Vitalino.

Um afro abraço.

Fonte: historiasdopovonegro.wordpress.com/http://pt.shvoong.com/exact-sciences/engineering/1894798-cientistas-inventores-negros/#ixzz39KoGGMDt/a enciclopédia livre

Mitos dogmáticos ou dogmas mitológicos?

No primeiro exemplar de Identidades fiz algumas perguntas sobre negros na Bíblia. Algumas pessoas ficaram curiosas e escreveram para perguntar “ quem eram”? Aqui está a resposta.
O profeta com raízes africanas é Sofonias! O versículo 1, do capítulo 1, o identifica pela sua família. O nome do pai dele é Cusi. Cusi significa “ O etíope”. Os “etíopes” foram um povo importantíssimo durante várias épocas veterotestamentárias, e, no livro dos Atos dos Apóstolos, percebemos que o livro do profeta Isaías era lido dentre este povo. Quero dizer que há vários motivos para entender que a Fé Judaica vivia há séculos na África e preparou o solo africano para receber as Boas Novas de Jesus Cristo bem antes da Europa. Por isso, o primeiro cristão não natural da Palestina foi um africano. A coisa marcante é como a Igreja ocidental se precipita na conclusão de que a cor da pele do etíope é uma coisa nova! Os hebreus e israelitas conviviam há milênios com africanos, até casaram e criaram filhos com eles; José e Moisés são dois exemplos bem óbvios. Então, o povo santo de Israel foi um povo de sangue africano com raízes culturais africanas, tão profundas quanto as raízes mesopotâmicas e quanto as raízes da Terra Santa. Isso nos leva a uma segunda pergunta. Por que o retrato de Jesus com cabelos loiros e olhos azuis é historicamente errado? Bem, o povo bíblico, o povo santo, era um povo de origens afro-asiáticas ou cuxito-semítica. Na linguagem, na cultura, no comércio e na política, se situa com os africanos e os babilônios e os assírios. Estes povos são povos negros ou marrons. Às vezes é colocado que os egípcios, de fato, não foram africanos. Isto é um absurdo! É importante lembrar que os egípcios, foram muitos povos. Os faraós e suas dinastias provém de várias partes da África do Norte, além do vale do Nilo: Líbia e Etiópia entre outras regiões. Então, qualquer pessoa israelita judeu ou judia, na época bíblica, podia ser negra ou morena. Os europeus chegaram a participar da história sagrada bem mais tarde. Os filisteus (povos do mar) chegaram como inimigos que permaneciam contidos na costa meridional na Idade do ferro; somente no fim da época veterotestamentária chegaram os gregos; e, na época interotestamental, os romanos assumiram os territórios que
anteriormente eram dominados pelos gregos. Nos três casos, a animosidade era grande e, antes dos escritos de Paulo, encontramos pouca abertura para laços familiares com estes povos de fora. Seria muito improvável que alguém da linha de Davi pudesse ser um desses povos claros.

A Bíblia...
A seguinte cadeia de eventos e os fatos usam as raízes bíblicas da fé judaica que alcançavam os etíopes bem cedo. Os judeus falasha etíopes, que vivem na Etiópia e Israel, reivindicam a descendência direta de Abraão. A moderna nação de Israel tem fornecido aos mesmos a cidadania baseada em suas raízes judaicas. A maior parte dos etíopes traçam as suas raízes à rainha de Sabá e ao rei Salomão e o alegado filho deles, Menelik. José se casou com uma mulher etíope (Gênesis 41:50-52), e os seus dois filhos (Manassés e Efraim) se tornaram líderes de tribos judaicas. Jethro, um etíope, se converteu ao judaísmo por causa do testemunho de Moisés (Exodos 18: 1-12). Moisés se casou com uma mulher etíope (Números 12:1). De acordo com “The Bible Knowledge Commentary”, os israelitas não foram proibidos de se casarem com mulheres cusitas-etíopes (Exodos 34:11-16). Jeudi (Jeudi significa judeu), um secretario na corte do rei durante o tempo de Jeremias, era um descendente de Cusi/Etiópia (Jeremias 36:14, 21, 23). O nome do avô de Jeudi(Cusi) literalmente significa “preto”. De acordo com David Adamo, Phd (“Velho Testamento”, Baylor University), “ Cusi” se refere a uma pessoa de descendência africana. Sofonias, o profeta, era também um descendente de Cusi (Sofonias 1:1). Há diversas passagens no Velho Testamento que traça um relacionamento único entre Jeová e o povo etíope: “Não me sois, vós, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? (Amos 9:7). “Príncipes virão do Egito; a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos” (Salmos 68:31) além dos rios da Etiópia, seus zelosos adoradores, que constituem a filha de meus dispersos, me trarão sacrifícios”(Sofonias 3:10).

“ E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Ela, e de Sinai, e de Hamate, e das ilhas do mar”(Isaías 11:11).

No Novo Testamento, há ampla informação histórica e bíblica para afirmar que os magos (Mateus 2:1-12), que são frequentemente apresentados como etíopes são verdadeiramente. Alonzo Holy, um médico negro, escreveu um excelente livro intitulado “ God and the Negro(Deus e o Negro), no qual ele fala de Simão o Zelote como um apóstolo negro (Mateus 10:4). Afinal de contas, os cananitas eram descendentes de Cam. As raízes da mulher sirofenícia, cuja fé persistente levou à libertação da sua filha, pode ser traçada a Cam (Marcos 7: 24-30). Simão de Cirene ajudou Jesus a carregar a sua cruz (Mateus 15:21). Cirene era um país da África do Norte. Os cirênios repartiram o evangelho com os gregos, filhos de Jafé (Atos 11:20). O eunuco etíope estava lendo uma Bíblia judaica em uma província romana quando o Espírito do Senhor guiou um homem grego a pregar Jesus para ele (Atos 8:26-39). Apolo (Atos 18:24), um nativo da terra de Cam, foi um eloqüente pregador e líder na igreja Éfeso e em Corinto. Os países descendentes de Cam foram representados no Pentecostes (Atos 2:10-11). Simeão(Niger) e Lúcio de Cirene foram líderes na igreja de Antioquia da Síria (Atos 11:26). Strabo relatou que os sírios eram negros. Foi na Antioquia da Síria que Lúcio e Simeão ordenaram e comissionaram o apóstolo Paulo para o ministério do evangelho (Atos 13:2,3). A tarefa de Paulo era levar o evangelho para a Europa.

O apóstolo Paulo, em um caso de erro de identidade, foi classificado de egípcio (Atos 21: 38). As raízes de Paulo podem ser traçadas à tribo de Benjamim (Filipenses 3:5). O dr. F.S. Rhodes traça a ancestralidade Benjamim a Quis (Ester 2:5), e afirma: “Sendo um descendente de um benjamita implica em que ele era da posterioridade do povo negro”. A referência do Dr. Rhodes era para Mordecai, que também era um descendente de Quis o Benjamita. Henry Morris, no seu comentário do Gênesis, compara Quis com Cuxe. A palavra “Quis” entra em cena na história mundial como uma antiga cidade da Mesopotâmia ocupada pelos cusitas. Essa evidência está longe de conclusiva, mas ninguém iria discutir sobre o fato de Paulo ser semita(pardo), oposto a Jafé, o que provavelmente explica o fato dele ser tomado erroneamente como egípcio.

Já disseram que a cor negra é o sinal que o Senhor colocara em Caim por haver este matado a Abel, seu irmão (Gn 4.15). Outros, interpretando de maneira equivocada a profecia enunciada por Noé aos seus filhos, alimentam a hipótese de que o negro surgiu por causa da maldição imposta pelo patriarca sobre a irreverência de Cam (Gn 9.25). Erudição alguma é necessária para se constatar a incongruência de tais mitos. Uma leitura atenta e

descompromissada do Livro Santo há de mostrar que semelhantes teses não resistem a um exame mais atento. Teológica e historicamente, são falhas, dúbias, perniciosas.

Apesar da quase nulidade de arquivos ou estudos bíblicos acerca da figura do negro como participante na História Sagrada, algumas linhas de estudo apontam para uma revelação no mínimo curiosa: Sulamita, a predileta do coração de Salomão e inspiradora dos poemas de amor do livro de Cantares, provavelmente foi uma bela negra. De acordo com alguns estudiosos dos textos sagrados, as filhas de Jerusalém protestaram quando descobriram que o maior poema de amor de todos os tempos havia sido dedicado a uma negra. Essa teria, então, respondido à atitude preconceituosa através do próprio poema: "Eu estou morena e formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão" (Cantares 1.5).

Salvo algumas controvérsias a respeito da tradução desta passagem, o texto traduzido para o inglês, segundo alguns intérpretes, no entanto, não deixaria dúvida: "I am black but comely", diz o texto, que traduzido significa: "Eu sou negra, mas agradável".

Da História da Biblia, infere-se ter sido toda a descendência de Caim destruída pelo Dilúvio. Além disso, a marca que pôs o Senhor no homicida não foi a cor, e, sim, um ideograma, denunciando-lhe o crime. Quanto ao caçula de Noé, o texto do Gênesis não comporta dúvidas: apenas um ramo dos camitas foi amaldiçoado: os cananeus. E a maldição cumpriu-se quando os hebreus tomaram-lhes as terras no século 15 aC. Os outros filhos de Cam são mencionados na Bíblia como nações fortes, poderosas e aguerridas. Haja vista o Egito, a Etiópia, a Líbia e as cidades de Tiro e Sidom.

De acordo com a concepção hebraico-cristã, não há nenhuma maldição em ser negro nem bênção alguma em ser branco. A bem-aventurança reside em se guardar os mandamentos de Deus, praticar a justiça e observar a beneficência:

"... Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo.", At 10.34-35.
A África no índice Bíblico das Nações
Conhecido como o índice das Nações, o capítulo 10 do primeiro livro da Bíblia faz referências a pelo menos três grandes nações africanas: Cuxe, Mizraim e Pute (Gn 10.6). Ou seja: Etiópia, Egito e Líbia. Apesar das muitas tribulações de sua história, estes povos vingaram:

no passado, império; no presente, o vivo testemunho do vigor das civilizações negras. Durante toda a História Sagrada, o Egito sempre foi temido como potência mundial. À Etiópia era uma nação tão aguerrida e expansionista que, no tempo dos reis de Judá, invadiu aTerra Santacom um exército de um milhão de homens (2Cr 14.9). Quanto à Líbia, era vista pela Assíria como um contrapeso às ambições babilônicas (Na 3.9). Se coletivamente os africanos foram marcantes, individualmente destacam-se no texto bíblico.

A mulher negra de Moisés
No capítulo 12 de Números, lemos: "E falaram Miriã e Aarão contra Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara: porquanto tinha tomado a mulher cusita", Nm 12.1. Não fora o contexto deste triste e lamentável episódio, seríamos levados a pensar que a profetisa e o sumo sacerdote hebreus eram tão racistas quanto os criadores do apartheid. Todavia, mostra-nos o desenrolar da história que a má vontade de ambos não tinha como motivação o fato de Moisés haver tomado uma negra por mulher. O que eles não toleravam eram os privilégios que o grande líder desfrutava junto a Deus. Como não achassem nenhuma falha no legislador, houveram por bem censurar-lhe a união inter-racial que, diga-se de passagem, não era algo incomum entre os israelitas. Afinal, não se unira Abraão com uma egípcia e com uma egípcia não se casara José?

Os negros no Novo Testamento

Muitos africanos ainda vêem a Igreja como típica empresa européia. Ainda se assustam com os pioneiros brancos e barbudos que, desde David Livingstone, cortam a negritude daquelas terras levando a mensagem do Cristo. Em sua origem, porém, a Igreja era tão multirracial quanto hoje. No Dia de Pentecostesencontravam-se em Jerusalém, além dos gregos, romanos e asiáticos, várias nações negras: Egito, Líbia e Cirene. E, nestes países, o Evangelho floresceu de maneira surpreendente. Haja vista a Igreja de Alexandria. Dela sairiam os teólogos Orígenes, Clemente e Atanásio.

Lembremo-nos também do ministro da Fazenda da Etiópia que se converteu quando retornava ao seu país (At 8.26-38). Acredita-se ter sido com este eunuco que teve início a Igreja Copta.

Uma visão universal e transcultural da Bíblia
Durante vários séculos, a Bíblia foi vista como um livro exclusivamente branco e interpretado colonialisticamente pelas nações européias. Deste triste contexto, excetuamos os

missionários que sempre tiveram uma visão universal e trans-cultural das Sagradas Escrituras. Jamais nos esqueçamos de que a Bíblia começou a ser escrita na África. Não é um livro branco, como pensamos; ou exclusivamente negro. A Bíblia tem a cor de todas as culturas; é contemporânea de todas as eras. Ela é um livro apaixonadamente humano e comprovadamente divino.

Claudia Vitalino.

Um afro abraço.

fonte:http://negritudecrista.wikia.com/

Jair Rodrigues - Disparada

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Avaliando 2014: País se diz negra ou parda estão sub-representada?!?!?!...

 Para o movimento negro o ano 2014 foi muito difícil , tivemos muitas perdas  embora o tema da igualdade racial vem ganhando cada vez mais evidência nas pautas sociais e de governo
nos últimos anos. As chamadas “ações afirmativas” propõem a redução da desigualdade na sociedade e o pagamento de uma “dívida histórica” que, segundo o governo, o Brasil tem com a população negra.Apenas 24% dos candidatos eleitos se declararam negros apenas 24% dos candidatos eleitos se declararam negros...

Pra começar....O projeto de branqueamento e a prática de contenção física da população negra não ficaram localizados em finais do século XIX e nas três primeiras décadas do XX. A década de 90 do século passado foi notabilizada pela implantação do neoliberalismo e pela contundente retórica genocida das elites mundiais.

Os teóricos do neoliberalismo ainda não abandonaram a perversa convicção que a pobreza é injusta aos homens vocacionados ao sucesso, pois obriga o Estado a desperdiçar recursos humanos e econômicos com alimentação, moradia, saúde e educação, logo emperra a capacidade de desenvolvimento do país. Em seus cálculos grande parcela da população mundial empobrecida é inapta para ser incorporada no desenvolvimento moderno e oferece perigo para estabilidade do sistema, logo é descartável. Cabe aos Estados desenvolvidos, modernos e democráticos oferecer propostas que dê resolução ao problema.

A UNEGRO, no documento "Extermínio Programado da População Negra", denunciou a pretensão imperialista contida no "Relatório Kinssiger" e a perversidade da elite brasileira exposta no documento da Escola Superior de Guerra (ESG) conhecido como "Estrutura do Poder Nacional para o Século XXI". Ambos buscam, em última instância, dar respostas concretas ao maior impasse do neoliberalismo: o que fazer para conter o crescimento das populações que proliferavam nos bolsões de miséria em todo planeta, visto que serão fatores de instabilidade ao status quo.

Essa compreensão foi a base teórica para a arquitetura política e ideológica que nos anos 90 sustentava abertamente a violência da polícia, esterilização generalizada das mulheres negras, negação de políticas sociais básicas que incidem na longevidade das pessoas

(trabalho e renda, saúde, educação, saneamento básico, previdência, etc.) e a existência de grupos de extermínios que dizimavam indiscriminadamente crianças negras, pobres e em situação de rua. Hoje vemos esses fenômenos se atualizando.

Ainda voltando...
O Brasil registra marcos importante na institucionalidade de órgãos de governo para questão racial, com enfoque na população negra

Nessa década o Brasil conquistou a Lei 10.639/03 que institui a obrigatoriedade do ensino da África e da Cultura Afrobrasileira nas escolas, a Secretaria Nacional de Políticas de Igualdade Racial - SEPPIR e uma rede composta por centenas de órgãos governamentais de igualdade racial nos âmbitos dos estados e municípios, cotas raciais nas universidades públicas, Estatuto da Igualdade Racial, pactuou a política de igualdade racial com a sociedade civil em duas conferências nacionais e garantiu a política no plano plurianual (PPA), inaugurou edital para produção cultural com foco no produtor negro, formou milhares de universitários negros pelas cotas e PROUNI, que comporão em muito breve a parcela média da sociedade brasileira.

Essas conquistas se somam a um universo de direitos obtidos no ordenamento jurídico nacional, as políticas públicas de igualdade racial em curso em todo país, conhecimentos científicos elaborados continuamente e um gigantesco acúmulo decorrente de séculos de existência do movimento negro, nas estruturas de combate ao racismo dos partidos, sindicatos e numa infinidade de instituições. Dito isso, é possível afirmar que Brasil detém o mais complexo sistema de combate ao racismo do mundo, mas, paradoxalmente, o impacto e as mudanças na qualidade de vida da população negra caminham aquém das necessidades da população negra visto que a democracia plena pressupõe que haja uma verdadeira igualdade de oportunidades para todas e todos. Sem isso, continuarão as discriminações enviesadas, sendo relegados aos pobres e principalmente aos afro-descendentes, um hercúleo esforço de ascensão social ou os bafejos da sorte

Os negros no Brasil ainda são a parcela populacional que recebem as piores remunerações, ocupam os piores postos de trabalho, superlotam os cárceres, sobrevivem em habitações precárias, dentre outras desvantagens que impactam de maneira mais aguda na população negra, ou seja, o racismo ainda é um elemento fortemente presente na organização do tecido social brasileiro.

O Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a população brasileira é composta por 47,7% de brancos e 50,7% de negros. Considerando a população das favelas, essa proporção muda radicalmente, sendo 68,3% de negros diante de 30,5% de brancos, ou seja, mais que o dobro.

No ano que completa dez anos da nova abordagem do Estado brasileiro no combate ao racismo os governantes e a sociedade civil devem colocar parte de suas energias para aumentar a eficácia e efetividade das políticas e promover negros e negros nos espaços de poder. Hoje achegamos a quase 60% da população e as politicas ainda excluem a ainda excluem este maioria da sociedade porque encontram severas resistências nos setores elitistas da sociedade. Não custa nada lembrar que o Brasil foi o último país a decretar o fim da chaga da escravidão.

As forças democráticas e populares sempre se bateram pelo fim da cultura da exclusão....

Os esforços el a luta dos movimentos negros, tem conseguido impulsionar essas reivindicações mais do que justas. Mais do que necessárias!”

Muito bem! , a fração de políticos negros corresponderá a pelo menos dois terços dos que assim se declararam, não podendo ser inferior a um quinto nem superior à metade…

Comecemos do óbvio. Para o racialismo, “mestiço” é considerado, sociologicamente falando, um “negro”. Ora, tal lei reservaria, então, pelo menos 102 cadeiras para esse grupo. Se há coleguinhas com tempo, esse levantamento pode ser feito: tenho a certeza de que o número de negros e mestiços na Câmara já superou essa marca. Mas atenção! E se, por qualquer razão, o Brasil quiser mais do que 50% de negros e mestiços na Câmara? Será a lei a impedi-lo?

A Nossa  realidade: Eleições 2014: Congresso Nacional permanecerá desigual
Eleições 2014 infelizmente demonstram que o Brasil não avançou na equidade e representatividade na política. Negros(as), mulheres, indígenas e jovens continuarão sub-

representados nos próximos 4 anos no Congresso Nacional. Importante ressaltar que, pela primeira vez na história, o Brasil tem o dado oficial do perfil racial do Parlamento, informação que pode passar a impactar o debate sobre democratização do processo eleitoral e acesso aos espaços de poder de grupos historicamente excluídos da vida política.

Os dados são desanimadores: para o cargo de deputado federal, foram eleitas somente 51 mulheres (9,9%), ao passo que se elegeram 462 homens (90,10%); no Senado foram 5 mulheres (18,5%) e 22 homens (81,5%). Considerando então o Parlamento como um todo (540 cargos), as mulheres representam 10,37% – em 2010 foram 9,2% de um total de 567 cargos. Das mulheres eleitas, 12 se declararam negras, 11 na Câmara e 1 no Senado. Importante ressaltar que pela primeira vez na história os partidos conseguiram cumprir a cota de equidade de gênero imposta pela Lei 9.504/97, mas os dados demonstram que estas candidatas não conseguiram chegar ao poder. Deve ser dito, ainda, que a cota apenas determina o mínimo (30%), mas o ideal seria ter paridade entre homens e mulheres em todas as etapas do processo eleitoral.

Quanto à idade dos candidatos eleitos, 4,3% tem menos de 29 anos, significando que os jovens também seguiram sub-representados, já que entre as candidaturas representavam 6,8% do total (considerando todos os cargos), e 6,4% concorrendo para Câmara e Senado.

Em outubro de 2014, o Inesc realizou o Seminário Desigualdades no Parlamento: Sub-representação e Reforma do Sistema Político, onde apresentou os dados com relação ao perfil dos candidatos e candidatas às Eleições 2014, considerando as variáveis sexo, raça/cor e idade, em relação com a distribuição regional e partidos políticos. À época, os dados demonstraram que as candidaturas continuavam a refletir desigualdades intrínsecas da sociedade brasileira com relação às relações de gênero e étnico-raciais, assim como geracional. O resultado das eleições demonstra que, na corrida eleitoral, isso se agrava, e equidade ficou comprometida.

Isso pode ser explicado por um conjunto de fatores que interferem no voto: desde o financiamento privado de campanhas, que geralmente são canalizados para candidatos homens, brancos, com maior poder aquisitivo e que acabam por ter mais tempo de exposição na mídia; até a própria discriminação do eleitor em relação a determinados perfis, dado que ainda não superamos o racismo e o sexismo em nossa sociedade.
Nenhum dos governadores e senadores eleitos em 2014 se declarou negro
Dos 27 governadores e 27 senadores eleitos em 2014, não há nenhum que tenha declarado ser negro à Justiça Eleitoral...
Dentre os governadores eleitos, seis disseram ser pardos: Waldez (PDT-AP), José Melo (PROS-AM), Rui Costa (PT-BA), Pedro Taques (PDT-MT), Simão Jatene (PSDB-PA) e Confúcio Moura (PMDB-RO). O futuro governador do Piauí, Wellington Dias (PT), declarou ter

a pele amarela. Todos os demais se apresentam como brancos.Já no caso dos senadores eleitos na última votação, apenas cinco se declararam pardos: Gladson Cameli (PP-AC), David Alcolumbre (DEM-AP), Romário (PSB-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN) e Telmário Mota (PDT-RR). Todos os demais disseram ser brancos.

Como esta foi a primeira eleição em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inseriu a pergunta sobre a cor da pele na ficha de inscrição dos candidatos, não é possível afirmar como se declaram os 54 senadores que foram eleitos em 2010.

CANDIDATOS – Antes mesmo de passar pelo crivo da urna, os negros já eram minoria entre os 22.321 candidatos que disputaram algum cargo eletivo nas eleições de 2014. Desse total, apenas 2.050 afirmaram ser da cor negra, o equivale a apenas 9,18% do número de postulantes.

A maioria dos candidatos era branca, o equivalente a 55,61% do total. Em seguida, vinham os pardos, com 34,4%. Dentre os brasileiros que disputaram a última eleição, apenas 0,47% disseram ser ter a cor amarela e 0,34% alegou ser indígena.

 - Dos 11 candidatos à Presidência da República, apenas a ex-senadora Marina Silva (PSB) havia se declarado negra. Todos os demais, inclusive o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que faleceu durante a campanha, disseram ser brancos.

Dos candidatos a governador, apenas 9,15% eram negros. Na disputa para o Senado em todo o País, havia apenas 8,38% de candidatos da população negra. Para a Câmara Federal, o grupo representava apenas 9,57% do total de postulantes.

Maioria dos deputados estaduais eleitos no Rio é branca...
Dos deputados estaduais eleitos no Rio de Janeiro, 14,28% são negros. Dos 70 escolhidos pela população no último domingo (5) para compor a Assembleia Legislativa no próximo ano, nove se declararam pardos. A única de cor preta - classificação racial usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - é a deputada Enfermeira Rejanane do PCdoB, segundo levantamento feito pelo Radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Os que se declararam pardos foram Benedito Alves (PMDB), Carlos Macedo (PRB), Janio Mendes (PDT), João Peixoto (PSDC), Marcia Jeovani (PR), Marcio Canella (PSL), Rogerio Lisboa (PR), Samuel Malafaia (PSD) e Tia Ju (PRB)

Os que se declararam Negro: Deputada Enfermeira Rejane(PC do B)

Esta foi a primeira eleição em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exigiu a autodeclaração

de raça/cor, por isso não é possível saber se cresceu ou diminuiu o número de negros eleitos. Seguindo a terminologia oficial do IBGE, os candidatos tiveram que registrar se eram brancos, pardos, pretos, amarelos ou indígenas.

O professor de teoria política da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Darlan Montenegro, acredita que a falta de representantes negros eleitos é reflexo de uma sociedade racista. “As pessoas, quando vão votar, tendem a selecionar os brancos. Esse corte também existe em termos de gênero. Apesar da existência das cotas para candidatas, na hora de votar as pessoas preferem escolher os homens. A escolha de homens e de brancos não é porque eles são mais competente e capazes do que mulheres e negros e pardos, é por uma visão preconceituosa, discriminatória", disse ele...

Entre os eleitos, o número de negros cai consideravelmente. Apenas 14% dos que irão assumir o cargo não se declararam brancos. Nenhum dos dois candidatos indígenas (0,1%) foi eleito e não houve quem se declarou amarelo.

Quando falo em voto negro, digo no sentido de demanda de políticas de combate ao racismo, de agregar reivindicações que o movimento social exige. Se esses candidatos eleitos, por terem uma autodeclaração de afrodescendentes, estiveram engajados nisso, eu acho que teremos um avanço. Mas. se eles não tiverem, não muda nada. Não se trata de uma questão visual.”

Mais da metade da população do estado do Rio se autodeclaram negra. A soma de pretos e pardos corresponde a 51,7% dos residentes no estado. De acordo com o Censo Demográfico de 2010 do IBGE, 12,4% dos habitantes são pretos e 39,3% são pardos.

Se liga na pautas que precisamos ainda trabalhar...

- Exigir incorporação de negros e negras nos cargos comissionados, em todos os escalões.
- Exigir a instituição de organismos de promoção da igualdade racial (secretarias, coordenadorias ou assessorias).
- Estimular a criação de frentes parlamentares de igualdade racial principalmente nas Câmaras de Vereadores de todos os municípios a partir de 200 mil habitantes.
- Criar conselhos de igualdade racial em todos os municípios, principalmente naqueles a partir de 200 mil habitantes.
- Exigir a elaboração de planos de igualdade racial com metas quantitativas e orçamentárias.
- Exigir a imediata implantação do Estatuto da Igualdade Racial.
- Exigir a inclusão do movimento negro como beneficiário de políticas de igualdade racial.

Isso pode ser explicado por um conjunto de fatores que interferem no voto: desde o financiamento privado de campanhas, que geralmente são canalizados para candidatos homens, brancos, com maior poder aquisitivo e que acabam por ter mais tempo de exposição na mídia; até a própria discriminação do eleitor em relação a determinados perfis, dado que ainda não superamos o racismo e o sexismo em nossa sociedade.

Bem gente, no que se refere a auto-declaração quanto ao quesito raça/cor, nenhum indígena foi eleito para o Parlamento Federal. Quanto aos negros, foram eleitos para a Câmara 106 candidatos que se auto-declararam negros (somatória de pretos+pardos), representando 20,7% do total: os brancos foram 407 (79,3%). No Senado, foram eleitos 5 negros e 22 brancos. A composição total do Congresso Nacional, portanto, é de 20,5% de negros e 79,5% de brancos. Considerando que a população negra no Brasil representa 52% da população, podemos dizer que o Legislativo não reflete, mais uma vez, a composição étnico-racial da sociedade. O partido político que elegeu mais negros foi o PT (18 Deputados), seguido do PSB (10) e PRB (10). No Senado, os 5 negros eleitos pertencem aos partidos PT, PSB, PP, PDT e DEM.

Finalizando....
Os dados são desanimadores: para o cargo de deputado federal, foram eleitas somente 51 mulheres (9,9%), ao passo que se elegeram 462 homens (90,10%); no Senado foram 5 mulheres (18,5%) e 22 homens (81,5%). Considerando então o Parlamento como um todo (540 cargos), as mulheres representam 10,37% – em 2010 foram 9,2% de um total de 567 cargos. Das mulheres eleitas, 12 se declararam negras, 11 na Câmara e 1 no Senado. Importante ressaltar que pela primeira vez na história os partidos conseguiram cumprir a cota de equidade de gênero imposta pela Lei 9.504/97, mas os dados demonstram que estas candidatas não conseguiram chegar ao poder. Deve ser dito, ainda, que a cota apenas determina o mínimo (30%), mas o ideal seria ter paridade entre homens e mulheres em todas as etapas do processo eleitoral.

É desanimadores e o perfil das candidaturas devem ser alvo de reflexão pela sociedade. Um primeiro passo, deve ser pensado como realizar um ajuste imediato no processo eleitoral, visando a promoção da equidade de gênero e raça, por exemplo estabelecendo cotas para negros e negras nos partidos. A longo prazo, a Reforma do Sistema Político deve ser discutida de forma ampla e democrática, a fim de que a própria

estrutura do sistema político seja aperfeiçoada, alterando critérios para composição partidária, o formato das campanhas e as regras para votação: destaca-se o urgente e necessário fim do financiamento privado de campanha, hoje, o fator que mais promove desigualdades no Parlamento, e que também é um aspecto que gera a corrupção generalizada nos partidos.

Um afro abraço.
fonte:veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/cotas-raciais/agenciabrasil.ebc.com.br/...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Só pra relembrar:Raça...

- Pra começo de conversa-A raça é um conceito que obedece diversos parâmetros para classificar diferentes
populações de uma mesma espécie biológica de acordo com suas características genéticas ou fenotípicas; é comum falar-se das raças de cães ou de outros animais.

Mais quantos no referimos a raça humana é um sistema de classificação usado para categorizar os seres humanos em grupos ou populações grandes e distintas divididos por aspectos anatômicos, culturais, étnicos, genéticos, geográficos, históricos, linguísticos, religiosos e sociais. Usado em primeiro lugar para se referir a falantes de uma idioma comum e, posteriormente, para denotar filiações nacionais. No século XVII, iniciou-se o uso do termo para relacionar os traços físicos observáveis das pessoas. Tal uso promoveu hierarquias favoráveis ​​a diferentes grupos étnicos. A partir do século XIX, o termo passou a ser usado frequentemente, em um sentido taxonômico, para designar as populações humanas geneticamente diferentes, definidas pelo fenótipo.
As concepções sociais e agrupamentos de raças variaram ao longo do tempo, envolvendo taxonomias populares que definem tipos essenciais de indivíduos com base em traços observáveis. Os cientistas consideram o essencialismo biológico obsoleto, e, geralmente, desencorajam explicações raciais para diferenciações coletivas em relação a traços físicos e/ou comportamentais.
Mesmo que haja um amplo consenso científico de que conceituações essencialistas e tipológicas de raça em humanos sejam insustentáveis​, cientistas de todo o mundo continuam a conceituar o termo "raça" de maneiras muito diferentes, algumas das quais com

implicações essencialistas. Embora, por vezes, alguns pesquisadores usem o conceito de "raça" para fazer distinções entre conjuntos difusos de traços físicos, outros na comunidade científica sugerem que a ideia de raça muitas vezes é usada de uma maneira ingênua ou simplista e argumentam que, entre os seres humanos, o termo não tem importância taxonômica, apontando que todos os humanos vivos pertencem à mesma espécie (Homo sapiens) e subespécie (Homo sapiens sapiens).

Desde a segunda metade do século XX, as associações do conceito de raça com ideologias e teorias que se desenvolveram a partir do trabalho de antropólogos e fisiologistas do século XIX, tornou o uso da palavra "raça" em si problemático. Apesar de ainda ser usado em contextos gerais, a palavra raça tem sido muitas vezes substituída por outras palavras que são menos ambíguas e emocionalmente carregadas, como populações, povos, grupos étnicos ou comunidades, dependendo do contexto

Diferenças entre raça e etnia
Hoje em dia, a maioria dos cientistas estudam as variações genotípicas e fenotípicas humanas usando conceitos tais como "população" e "gradação clinal". Muitos antropólogos debatem se enquanto os aspectos nos quais as caracterizações raciais são feitas podem ser baseados em fatores genéticos, a idéia de raça em si, e a divisão real de pessoas em grupos de características hereditárias selecionadas, seriam construções sociais

Embora seja dito muitas vezes como sinônimos, existem certas diferenças entre raça e etnia. Raça se expressa nas características visíveis da pessoa, ela engloba as características físicas, tais como tonalidade de pele, formação do crânio e do rosto e tipo de cabelo.

A etnia também se refere a isso, mas ela vai além das características físicas da pessoa, ela inclui a cultura, nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e tradições.


Vale lembrar entretanto que numerosas gerações de estudantes foram educados por esta teoria. A cartilha francesa de 1887 , na qual os franceses da época aprendiam história começava assim: Distinguem-se três raças humanas:

A raça negra (descendentes de Cam) povoou a África, onde ela ainda vegeta;

A raça amarela (descendentes de Sem) se desenvolveu na Ásia oriental, e os chineses, seus
mais numerosos representantes, gente de espírito positivo, hábeis em artes úteis, mas poucos preocupados com o ideal, atingiram uma civilização relativa onde estão imobilizados desde muito tempo;

A raça branca que nos interessa especialmente conhecer, dominou e domina ainda o mundo. 

Que mais tarde foram subdivididas entre as várias raças humanas, que usamos hoje é quatro principais são:

Caucasianos: De origem europeia, norte-americana, árabes e até indiana. Com exceção dos mediterrânicos, tem nariz estrito, lábios delgados e cabelos lisos ou ondulados. Tem como principais características pele e olhos claros. Veja o site penteados de cabelo e confira novidades!

Mongoloides: De origem asiática, apresentam a tonalidade de pele amarelada, cabelos lisos, rosto achatado ou largo e nariz de forma variada. Variaram dessa raça os esquimós e índios americanos.

Australóides: Tem como características os olhos escuros, cabelo encaracolado e nariz largo. A tonalidade da pele é escura, quase negra.

Negros: De origem africana, apresentam as características de pele escura, olhos escuros, lábios grossos, nariz achatado e cabelos crespos.

Antiguidade
O Antigo Testamento dividia os homens em filhos de Cam, filhos de Sem e filhos de Jafé. Aqui também só se trata dos povos que eram conhecidos pelos judeus. É entretanto nessas três categorias que durante a Idade Média tentou-se encaixar todos os homens que os viajantes identificavam existir na face da Terra.A primeira diferenciação conhecida de grupos humanos fundamentada em suas características físicas aparentes é, sem dúvida, a dos

antigos egípcios: Os Rot ou Egípcios, com cabelo crespo e pintados em vermelho (em hebraico אדום podendo significar, ou aparecer em literatura antiga ruivo, como David); os Namou, amarelos com nariz aquilino; os Nashu, negros com cabelos crespos; os Tamahou, loiros de olhos azuis. Mas esta classificação só se aplicava às populações vizinhas ao Egito.

Entre os gregos da antiguidade as divisões entre povos existiam, mas não eram fundamentadas em critérios biológicos absolutos. Assim, o que faz a diferença entre um grego e um bárbaro não é sua origem, mas sim seu conhecimento da cultura e língua gregas. Existem por exemplos filósofos gregos de origem semítica (como Zenão de Cítio, descrito como um homem de pele morena), sem que isso tenha levado à discriminação (por mais que os gregos zombassem dos erros no uso de sua língua).

Era clássica
No final do século XV o fim da reconquista na Península Ibérica vê o surgimento da ideia de uma "pureza de sangue" (limpieza de sangre) que deveria ser protegida da "sujeira" dos descendentes de judeus sefaraditas, e mouros árabes. Outro debate surge ainda na época da descoberta das Américas, particularmente na controvérsia de Valladolid: onde encaixar, nas teorias existentes, os indígenas do novo mundo? As primeiras "justificativas" da ideia de diferenças, físicas e de civilização, levadas a uma inferiorização do estrangeiro, consistiriam em sustentar que eles não teriam alma, e por conseguinte, não seriam seres humanos. O mesmo seria dito a seguir para justificar o tráfico negreiro.

Na era clássica a noção de "raça" faz sua aparição no discurso da "guerra de raças" estudado por Michel Foucault em sua obra Em defesa da sociedade (1975-1976). Henri de Boulainvilliers (Essai sur la noblesse de France -- Ensaio sobre a nobreza da França -- 1732) é um de seus representantes. Este discurso se distingue amplamente do racismo biológico

doséculo XIX pois concebe a "raça" como um dado histórico e não essencial. Além disso ele opõe no seio da nação francesa duas raças, os Galo-Romanos (franceses do Sul e Sudoeste) e os Francos (franceses do Norte e Nordeste). Membros da aristocracia, estes últimos reinariam na França em virtude do direito de conquista, e a história da França seria a história do enfrentamento dessas duas raças, uma autóctone (os Galo-Romanos, considerados uma raça inferior), a outra alóctone (os Francos, considerados superiores).

O termo "raça" era usado então de forma metafórica para designar uma ou outra população específica. Assim como emCorneille ao escrever de futuras gerações nas suas Stances à Marquise:



Chez cette race nouvelle

Où j'aurai quelque crédit

Vous ne passerez pour belle

Qu'autant que je l'aurai dit

- Os negros no Brasil.

Como no Brasil há uma mistura de raças muito forte, algumas se tornaram principais no país, além das quatro citadas acima. São elas:

Negro: descendente de africano.

Mestiços: Mistura de duas ou mais raças.


Mulato: Descendente de branco com negro.

Caboclo: Descendente de branco com índio.

Cafuzo: Descendente de negro com índio.

Apos a descoberta do Brasil, ele também foi colonizado pelos portugueses, apesar do país ser habitado pelos índios.
Após a colonização, os portugueses trouxeram os negros para serem escravos no país. A partir daí, implica-se dizer que os principais grupos a habitar o país foram os portugueses, índios e negros. Esses grupos ajudaram a construir a mistura de raças que compõe o país atualmente. Além deles, vieram os italianos, japoneses, espanhóis, entre outros.

A partir dessa união de raças desenvolveu-se o que é o país hoje em dia, e como passaram a ser criados novos costumes e tradições, nascendo assim a etnia.

Um afro abraço.

fonte:www.guiaderacas/www.respondi.com.br/fotosne\unegroformação.t

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