UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

domingo, 6 de outubro de 2013

Outubro Rosa de combate ao câncer de mama...

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que em 2030 27 milhões de pessoas terão câncer. Outro estudo apontou que em média são diagnosticados por ano mais de 12 milhões de novos casos de câncer, chegando a causar mais de 7 milhões de mortes.Atualmente, no Brasil, todos os tipos da doença possuem tratamento na rede pública de saúde, porém, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer representa a segunda causa de morte no país, atrás apenas das doenças do coração.

Buscando alertar a população feminina, principalmente, o mês de outubro é denominado como ‘outubro rosa’, com diversas campanhas voltadas ao diagnóstico do câncer de mama, muito embora este tipo da doença também seja diagnosticado em homens.

Segundo dado do Inca estima-se que em 2012 52.680 novos casos de câncer de mama foram diagnosticados, o número chega a ser mais alarmante ainda pela quantidade de mortes registradas em 2010, quando 12.852 pessoas morreram, dessas 147 homens e 12.705 mulheres.

Não menos agressivo, mas também que merece grande atenção, em 2012 calcula-se que 6.190 novos casos de câncer de ovário foram identificados. Outro dado alarmante se refere ao número de novos casos de câncer de colo de útero, sendo 17.540 novos casos somente em 2012 no Brasil.

Conforme a gerente administrativa do Grupo de Apoio a Mama (Gama), Adriana Klein, a crescente nos registros de casos de câncer de colo de útero levou a campanha do Outubro Rosa deste ano não apenas abordar o câncer de mama, mas também o de colo de útero.
Segundo Adriana, a campanha, que tem proporções mundiais, tem como intuito destacar a importância da prevenção. “Este é o mês de voltarmos a bater na tecla da prevenção por meio da mamografia, outros exames periódicos, da importância de consulta médica”, lembrou a gerente.
Adriana destacou as duas formas de câncer que serão lembradas na campanha deste ano. “Apesar do câncer de mama ser o tipo que mais registra novos casos anualmente, o de colo de útero merece toda uma atenção especial, principalmente pela crescente que ele vem tendo nos últimos anos”.
Segundo ela, as mulheres estão deixando de fazer exames preventivos como o Papa Nicolau, muitas vezes com o relato de que a correria do dia a dia acaba por impedir um cuidado maior com a saúde.

Câncer de mama é mais letal em mulheres negras:
Segundo a Agência Reuters: Ainda é um mistério por que as mulheres negras são mais propensas a morrer de câncer de mama do que as mulheres brancas. Um novo estudo mostra que essa diferença não pode ser atribuída a diferenças de obesidade.


Como um todo, as mulheres negras nos EUA tendem a ser mais obesas do que as brancas e os pesquisadores acharam que isso poderia explicar por que apenas 78% delas sobrevivem cinco anos após o diagnóstico de câncer, em comparação com 90% das mulheres brancas.

Vários estudos têm ligado a obesidade a uma pior sobrevida após o câncer de mama, mas apenas alguns têm testado se essa relação varia de acordo com a raça.

O novo estudo é o mais detalhado até agora. Os pesquisadores usaram dados coletados em um estudo anterior de câncer de mama, feito com mais de 4.500 mulheres que vivem em grandes cidades americanas. Cerca de um terço eram negras e o restante brancas.

Depois de mais de oito anos, 14% das mulheres brancas e um quarto das mulheres negras tinham morrido de câncer de mama. As mulheres foram entrevistadas sobre seu peso cinco anos antes do diagnóstico de câncer e mais do dobro de mulheres negras eram obesas em comparação com as brancas.
Mulheres obesas brancas tinham uma chance 46% maior de morrer de câncer de mama do que as que tinham um peso normal, e o risco aumentado permaneceram depois de tomar outras doenças em conta. Mas essa relação não ocorreu também com as mulheres negras.

Para os cientistas, foi uma surpresa o estudo ter mostrado uma relação entre obesidade e câncer de mama nas mulheres brancas, mas não nas negras. Isso levanta questões importantes sobre outras possíveis razões.

Alternativamente, os pesquisadores acreditam que pode haver diferenças na biologia do tumor, bem como de acesso a cuidados de saúde.

No ano passado, por exemplo, um estudo revelou que as mulheres negras e hispânicas demoram mais tempo para receber tratamento após a cirurgia de câncer de mama do que as brancas.

Pesquisas anteriores também descobriram que as mulheres negras normalmente são diagnosticadas com câncer em estágios mais avançados da doença.

Um afro abraço.

FONTE: bit.ly / aaGhWR Journal of Clinical Oncology,

Nossa história: Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, o Dragão do Mar


Francisco José do Nascimento, Dragão do Mar ou Chico da Matilde, foi o líder dos jangadeiros nas lutas abolicionistas. Ele nasceu no dia 15 de abril de 1839, em Canoa Quebrada, Aracati.

Chico da Matilde, como era conhecido,juntamente com seus companheiros, impediram o comércio de escravos nas praias do Ceará. Seu avô antecipara seu destino : fora engolido pelo mar em sua jangada. Já o pai de Francisco José do Nascimento o "Dragão do Mar", morrera no oceano dos seringais amazônicos. Sua mãe, Matilde Maria da Conceição, o criará em meio a muitas dificuldades. Assim, "Chico da Matilde", se viu, desde cedo, envolvido no cotidiano do litoral. Foi garoto de recados, em veleiro chamado de Tubarão.

Só aos 20 anos de idade que Chico aprendeu a ler. Jangadeiro, considerado o maior herói a favor da libertação dos escravos no Ceará. Em 1859 trabalhou nas obras do Porto de Fortaleza e iniciou o trabalho como marinheiro em um navio que fazia a linha Maranhão - Ceará.
O revolucionário mulato de Canoa Quebrada, em 1874 foi nomeado prático da Capitania dos Portos convivendo com o drama do tráfico negreiro, se envolve na luta pelo abolicionismo, e uma de suas principais atitudes foi o fechamento do Porto de Fortaleza, assim impedindo o embarque de escravos para outras províncias. Em vigília, localizava alguma embarcação que entrasse no Porto do Mucuripe e conduzia sua jangada até ela para comunicar o rompimento do tráfego negreiro no Estado. A história registrou seu brado literário.Francisco era
presidente da Sociedade Cearense Libertadora. que se opunha ao escravismo no Ceará. Conhecedor do mar, pois era filho de pescador e, ainda garoto, prestava serviço ao navio Tubarão, fazendo entregas de recados, tornou-se mais tarde, prático-mor da barra do Porto de Fortaleza. Diante da situação que se instalou, organizou os jangadeiros, bloqueando o porto


Não foi à toa, que ele estava na sessão da Assembléia, em 24 de maio de 1883, quando Fortaleza libertou seus escravos. Em 25 de março de 1884, acontece a libertação de todos os escravos da província. O que não concluiu suas lutas.

O dragão da liberdade

“Dragão do Mar” foi a expressão escolhida pelo o escritor e jornalista Aluísio de Azevedo para homenagear um trabalhador portuário de Fortaleza durante a campanha abolicionista. Seu nome era Francisco José do Nascimento, também conhecido por Chico da Matilde, morador das imediações onde hoje está o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A área compreendia a Praia do Peixe e a Ladeira da Prainha. Até o final do século XIX, residiam no local pescadores e pequenos agricultores em choupanas, que garantiam sua sobrevivência pelo trabalho na pequena lavoura (roçado), pesca artesanal, coleta de frutos e outras atividades de subsistência. Em sua casa, no início da década de 1880, Francisco José do Nascimento escondeu escravos foragidos.

O que não o impede de casar-se com a sobrinha de João Brígido, Ernesta Brígido, em 1902. Defendia a participação da mulher na sociedade cearense, que insistia em dar mostras de conservar intacto o seu racismo. Dois anos depois, revolta-se contra a indicação, por sorteio, de chefes de família para a prestação de serviços militares, quando apenas os negros haviam sido sorteados.
Pela libertação
As ações de Francisco José do Nascimento em prol da libertação dos escravos começaram no dia 30 de agosto de 1881, aos 42 anos de idade, quando liderou a paralisação dos condutores de pequenas embarcações na zona portuária de Fortaleza, com a ordem para que nenhum jangadeiro ou trabalhador do mar transportasse escravos entre o molhe (ponte de embarque) e os navios.

Medalha
Atendendo ao apelo dos cariocas, o Imperador recebeu Francisco José do Nascimento e outros abolicionistas cearenses. A Sociedade Abolicionista os condecorou com a sua medalha. Esses acontecimentos tiveram repercussão pelos jornais do Rio de Janeiro e de outras cidades brasileiras, tendo contribuído para criar a imagem do jangadeiro antiescravista, o herói popular da abolição. A fama do Dragão do Mar correu o Brasil e algumas cidades do mundo durante os quatro anos que separaram a libertação dos escravos no Ceará e o 13 de maio de 1888, quando os escravos se tornaram livres por lei no Brasil.

A luta em prol da abolição da escravatura foi além do que se observou na campanha abolicionista. A formação de quilombos, as fugas, as emboscadas contra os capitães-do-mato, os levante nas senzalas, entre outras práticas, expressavam a vontade dos negros em conquistar a sua liberdade. Quanto à participação de Francisco José do Nascimento, deve se levar em conta o seu desejo e de outras pessoas pertencentes às camadas populares pelo fim da exploração dos cativos. Sua atitude fez a história dos jangadeiros abolicionistas e seu instrumento de resistência: a jangada atracada, sem embarcar escravos.

Seu poder de liderança volta a ser constatado: promove uma greve dos trabalhadores de

embarcações, mesmo sob as ameaças do governador Pedro Borges. Um morto e mais de 90 feridos cobram justiça em frente ao Palácio da Luz. O governador manda dispensar os rebeldes, mas a imponência do Dragão do Mar é mais convincente, marcando seu último ato de bravura, antes de falecer, cinco anos depois, em 6 de março de 1914.


Um afro abraço.

fonte: CANOA QUEBRADA / MEMÓRIA

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Contos Africanos:O SAHULI


Era uma vez um homem que se chamava Sahúli. Era cego e tinha dois filhos que se dedicavam à caça e andavam com uma espingarda.

Um dia, os filhos foram caçar para a região deserta e levaram o pai, para que guardasse a carne. Quando chegaram, montaram o acampamento e partiram para a caça.

O pai ficou sozinho e começou a ouvir atrás de si: nji!nji! Eram passos de uma pessoa. E Sahúli disse:
- Sê benvindo, amigo!
O que tinha chegado, respondeu:
- Obrigado, amigo! E perguntou a Sahúli:
- Ó amigo! De que é que sofres? Estás cego dos olhos ou do coração?
Sahúli respondeu: - Os olhos estão cegos! O coração, cá dentro, está são!


O outro voltou-se: - Então diz: "Claridade"!

Quando Sahúli disse claridade, os seus olhos abriram-se e viu o homem sentado à sua beira. Sahúli preparou um pouco de tabaco, acendeu-o e deu-o ao amigo. Depois, os dois começaram a arrumar o acampamento: foram à lenha, foram à água, varreram, fizeram comida. E tudo ficou em ordem. Por fim, aquele que tinha vindo, disse: - Ó amigo! Estás cego dos olhos ou do coração?

Sahúli respondeu: - Estou cego dos olhos. Então, diz "Escuridão"! Disse o amigo. E Sahúli disse escuridão e deixou logo de ver. Quando os filhos chegaram ao acampamento ficaram muito admirados e perguntaram: - Quem arrumou tudo isto? Sahúli contou-lhe o que se tinha passado, que tinha recuperado a vista por instantes. Os filhos disseram-lhe então: - Se esse amigo voltar, quando ele te pedir para dizeres escuridão, tu não dizes e em vez disso, vais dizer claridade. E vamos ver o que acontece! Fez-se noite e eles deitaram-se. E de manhã lá foram para a floresta caçar. O pai, mais uma vez, ficou no acampamento até que voltou a ouvir: nji!nji! Sahúli disse-lhe: - Sê bem vindo, amigo. O outro responde-lhe: - Obrigado amigo! E perguntou-lhe: - Ó amigo! De que sofres? Dos olhos ou do coração? Sahúli disse: - Estou cego dos olhos! E o amigo pede-lhe para ele dizer " Claridade".

Sahúli, mais uma vez, disse a palavra e os seus olhos abriram-se. Sahúli preparou novamente um pouco de tabaco, acendeu-o e ofereceu-lho. Depois de o terem fumado, começaram a fazer o trabalho deles.

Sahúli não se tinha esquecido do conselho dos filhos. Tirou comida e ofereceu-a ao amigo. E tudo correu bem até ao fim. Até que o outro se preparava para ir embora e perguntou a Sahúli:
- Ó Sahúli! Estás cego dos olhos ou do coração?! Ele respondeu dizendo:
- Os olhos estão cegos! O coração está são! E o outro:
- Ora diz "Escuridão"! Mas, Sahúli, lembrando-se do que os seus filhos lhe tinham dito,
respondeu:
- "Claridade". E eis que ele continuou a ver! O amigo pegou numa mezinha que trazia consigo, aplicou-a nos olhos do Sahúli e eles ficarão sãos.

Despediram-se, fizeram cargas de carne para o outro e ele partiu. Quando os filhos voltaram, ficaram muito alegres por verem que o pai tinha recuperado a vista. Deixaram o acampamento e foram para a aldeia, onde os receberam com muitas palmas.
Um afro abraço.


Fonte: Odisseia 2000


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Aqualtune Ezgondidu Mahamud da Silva Santos, conhecida por Aqualtune, era uma princesa africana filha do importante Rei do Congo...


Aqualtune Ezgondidu Mahamud ...

Filha do Rei do Congo a princesa  a Aqualtume foi escravizada juntamente com seu exército de 10 mil guerreiros após derrota do mesmo em uma luta , quando os Jagas invadiram o Congo no século XVI.A bordo de um navio negreiro foi trazida para o Brasil, chegando ao Porto de Recife. Aqui foi comprada como escrava reprodutora e levada para região de Porto Calvo, no sul de Pernambuco.


Aqualtune derrotada, foi levada como escrava pra um navio negreiro e desembarcada em Recife.
Dentro do sistema aviltante erm que foi colocada como prisioneira, foi obrigada a manter relações sexuais com um escravo, para fins de reprodução de futuros escravos, como ocorre com bons cavalos de raça. As escravas não possuíam família, cidadania, ou qualquer direito. Tampouco podiam escolher um companheiro, sendo obrigadas a aceitar estupros e relações não consentidas. Em se tratando das negras, havia também o mito de serem mulheres super sexuadas. Neste sentido, eram, tão-somente, objetos sexuais dos seus proprietários.


Engravidada, foi vendida para um engenho de Porto Calvo, onde pela primeira vez teve notícias de Palmares...
Devido aos maus tratos e péssimas condições de vida do período escravocrata luso,eram comuns a fuga de negros das fazendas, se embrenhavam mata adentro, formando focos de resistência em todo o Nordeste brasileiro e avançando, ainda, pelo Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Com a mesma coragem e determinação que demonstrava em sua terra, Aqualtune organizou uma fuga para o quilombo e fugiu nos últimos meses de gravidez, acompanhada de outros escravos.. Começou, então, ao lado de Ganga Zumba, seu filho, a organização de um Estado Negro, que abrangia povoados distintos, confederados sob a direção suprema de um chefe. Dois de seus filhos, Ganga Zumba e Gana Zona tornaram-se chefes dos mocambos mais importantes do quilombo.
Já em Palmares, onde as tradições africanas eram preservadas, a princesa teve sua origem nobre reconhecida. Aqualtune, nos últimos meses de gravidez, preparou a fuga com alguns companheiros, e dirigiu-se ao Quilombo dos Palmares. Lá, organizou um Estado Negro e, naquele território, teve sua ascendência real reconhecida, rituais e tradições respeitados, passando a chefiar uma das povoações que levou seu nome: Mocambo de Aqualtune. Isto porque, nos quilombos, os governos eram dados àquelas pessoas que, em África, tinham tido um passado de chefia
 Aqualtune também teve filhas, a mais velha das quais, chamada Sabina, deu-lhe um neto, nascido quando Palmares se preparava para mais um ataque holandês. Por isso, os negros cantaram e rezaram muito aos deuses, pedindo que o Sobrinho de Ganga Zumba, e, portanto, seu herdeiro, crescesse forte. Para sensibilizar o deus da guerra, deram-lhe o nome de Zumbi. A criança cresceu livre e passou sua infância ao lado de seu irmão mais novo chamado Andalaquituche, em pescarias, caçadas, brincadeiras, ao longo dos caminhos camuflados, que ligavam os mocambos entre si. Garoto ainda, Zumbi conhecia Palmares inteiro. Passam-se os anos e Palmares tornou-se cada vez mais uma potência. Mais de 50.000 habitantes livres, distribuídos em vários mocambos. Zumbi cresceu e casou-se com Dandara."

Por volta de 1670, havia cerca de cinqüenta mil pessoas nos quilombos, dentre ex-escravos, índios e brancos fugidos da lei. A maior aldeia quilombola, por sua vez, possuía duas mil casas. Tais povoados duraram um século, foram autossuficientes em termos de alimentação, e resistiram aos colonizadores lusos e batavos.
Segundo a historiografia, Aqualtune teve várias filhas e filhos, entre os quais, Gana Zona e Ganga Zumba. Em 1655, Sabina, uma de suas filhas, deu à luz Zumbi – o futuro herói da resistência de Palmares. Na ocasião, o quilombo preparava sua defesa contra uma das investidas dos holandeses.

Zumbi cresceu livre e passou a infância ao lado do irmão mais novo – Andalaquituche – brincando, pescando e caçando em terras quilombolas. O líder negro resistiu durante quinze anos, recusou duas propostas de paz, e foi morto pelos portugueses no dia 20 de novembro de 1695, decapitado, e sua cabeça exibida como troféu de guerra.Dois de seus filhos, Ganga Zumba e Gana Zona tornaram-se chefes dos mocambos mais importantes do quilombo e sua

filha mais velha, Sabina, é a mãe de Zumbi dos Palmares.
Quanto à morte de Aqualtune, existem informações divergentes mais acredita-se que a princesa morreu queimada em 1677,A princesa Aqualtune morreu em uma das batalhas comandadas pelos paulistas para a destruição dos quilombos. Sua aldeia foi queimada em 1677, e ela, já idosa, faleceu lutando pela libertação dos escravos.

Um afro abraço.

fonte:CHUMAHER, Shuma; BRAZIL, Érico Vital / Dicionário mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

22 de Setembro:EUA celebram escravo que buscou liberdade na Justiça


Até hoje, as repercussões emotivas do termo "abolicionismo" suscitam inconvenientes usos analógicos do termo, especialmente entre retóricas maniqueístas de grupos de pressão, partidos políticos ou grandes debatedores públicos...

Se liga:
Abraham Lincoln foi o décimo sexto presidente dos Estados Unidos da América e foi eleito em 1861. Influenciou o curso da história mundial ao assumir a liderança do Norte durante a Guerra de Secessão. Após a sua tomada de posse, 11 Estados do Sul retiraram-se da Federação, fundando a Confederação dos Estados da América e dando início à guerra civil. Lincoln enfrentou a crise com energia: decretou o bloqueio dos portos sulistas e aumentou o exército além dos limites impostos pela lei. Após perderem as primeiras batalhas, os nortistas acabaram por vencer a guerra, a qual durou quatro anos e deixou um saldo de 600 mil mortos. Em 22 de Setembro de 1862 publicou a proclamação que concedia a liberdade aos escravos dos estados confederados. Aos olhos das outras nações, a libertação deu um novo sentido à guerra e abriu caminho para a abolição da escravatura em todo o país, em 1865. Após a vitória, acabou por ser assassinado por um sulista, enquanto assistia a uma peça de teatro em Washigton.

Mais alguns escravos escreveram seus nomes na história dos Estados Unidos sendo protagonistas de sua própria tragediaria como :. Frederick Douglass e Harriet Tubman,  que  fugiram para a liberdade e iniciaram uma famosa cruzada antiescravística. Nat Turner liderou uma rebelião de escravos. Mas Dred Scott se notabilizou por buscar a liberdade por outra via, a judicial.
Em 26 de maio de 1857, ele foi libertado — por vias do destino, afinal de contas. Mas suas batalhas judiciais acirraram os ânimos para a declaração da Guerra Civil, que resultou no fim da escravatura e gerou três emendas à Constituição dos EUA, de acordo com o site MinnPost. As homenagens a ele já começaram, especialmente pela comunidade jurídica.
A surpreendente determinação do escravo de buscar sua libertação na Justiça, naquela época, resultou em uma decisão também surpreendente da Suprema Corte dos EUA, onde o caso chegou, em 1857, depois de passar por todas as instâncias inferiores. Foi “uma decisão racista”, considerada “a pior decisão da Suprema Corte do país de todos os tempos”, segundo as publicações.

A Suprema Corte foi bem além da questão que lhe foi colocada sobre o direito de Dred Scott à liberdade. Decidiu, por 7 votos a 2, que pessoa negra alguma poderia vir a ser, a qualquer tempo, cidadã dos Estados Unidos. Mesmo os negros que já viviam em estados do Norte — que haviam abolido a escravatura — poderiam ser cidadãos. E que os negros “afro-americanos”, que nasceram nos Estados Unidos, não poderiam reclamar liberdade ou cidadania americana. Por não ser cidadão, Dred Scott sequer poderia mover uma ação nos tribunais federais do país.

Dred Scott era um “afro-americano”. Ele nasceu em Virgínia, em meados de 1790, como propriedade da família Peter Blow. Em 1830, a família se mudou para Missouri e vendeu Dred Scott para John Emerson, médico do exército americano. O exército transferiu o médico para Illinois e depois para o território de Wisconsin (parte do qual, hoje, é Minnesota), dois lugares onde a escravidão fora proibida por lei.
Em 1836, Dred Scott conheceu uma adolescente chamada Harriet Robinson, que era propriedade do major do exército Lawrence Taliaferro. Se casaram com a permissão do major, que transferiu a propriedade da escrava ao proprietário de Dred Scott, para que o casal pudesse viver sob o mesmo teto. Tiveram duas filhas.
Em 1842, o médico, que também havia se casado, foi transferido com a mulher, Irene Emerson, para Missouri, onde a escravidão era permitida, e levaram com eles o casal escravo. Mas, em Missouri, Dred Scott conheceu um advogado que lhe ensinou o caminho da Justiça — um caminho que poderia ter percorrido com maior tranquilidade nos estados “livres” de onde viera.
Por haver vivido nesses dois estados “livres” — ensinou o advogado —, ele se tornara, pelo menos teoricamente, um cidadão livre. Havia um precedente de 28 anos da Suprema Corte que celebrizou a doutrina “uma vez livre, sempre livre”. Assim, com a ajuda do advogado, Dred Scott iniciou sua jornada pelos tribunais americanos.
Na primeira tentativa, no caso “Scott vs Emerson”, de 1847, um juiz estadual decidiu contra ele. Mas uma falha processual foi posteriormente descoberta e o julgamento foi anulado. E a batalha ganhava novo fôlego.
Antes que pudesse voltar aos tribunais, o médico John Emerson morreu. Dred Scott tentou negociar a liberdade de sua família com a viúva. Mas Irene Emerson não cedeu. Assim, em 1850, ele voltou a mover uma ação judicial por sua liberdade, também em um tribunal de Missouri. Desta vez, um juiz aceitou as alegações da defesa e decidiu que Dred Scott tinha direito à liberdade, por ter sido ilegalmente mantido como escravo quando viveu em Illinois e Wisconsin, onde a escravidão era ilegal.
Irene Emerson recorreu e, em 1852, a Suprema Corte de Missouri reformou a decisão. Decidiu que o precedente “Uma vez livre, sempre livre” não era mais válido, porque os tempos eram outros. E avisou os “Scotts”, que deveriam ter movido a ação em Wisconsin, quando estavam lá.
Irene Emerson ganhou, mas não levou. Acabou perdendo a propriedade da família escrava, por causa de regras de Missouri, à época. Como seu marido morreu, ela foi obrigada a transferir as propriedades que lhe pertenciam à mulher do irmão dele, John Sanford.
Como Sanford era de Nova York, novos advogados da família Scott, entre os quais estava o advogado e político abolicionista Montgomery Blair, membro do gabinete de Abraham Lincoln, levaram o caso para a esfera federal. O caso que ficou conhecido como “Dred Scott vs Sandford” (em vez de Sanford, por um erro de um serventuário). Todas as ações foram financiadas por abolicionistas, que perderam na Justiça Federal da primeira a última instância — a Suprema Corte dos EUA.

Mas ganharam na política. A decisão “racista” da Suprema Corte provocou uma grande revolta nos estados abolicionistas. Fortaleceu as posições do presidente Lincoln e facilitou as ações que levaram à Guerra Civil americana e à libertação dos escravos. Terminada a guerra, a decisão da Suprema Corte foi extinta pela Proclamação da Emancipação de Abraham Lincoln, em 1863, e anulada por três Emendas à Constituição promulgadas a seguir. As Emendas 13ª, a 14ª e a 15ª aboliram a escravatura, garantiram cidadania aos ex-escravos e conferiram cidadania a todos que nascerem em solo americano — menos os filhos estrangeiros das embaixadas.

Antes disso, John Sanford, com insanidade mental, foi levado para um asilo. Em 1850, Irene Sanford casou-se novamente, desta vez com Calvin Chaffee. Ele era um político abolicionista que, logo depois do casamento, foi eleito para o Congresso dos EUA, sem saber, aparentemente, que sua nova mulher era proprietária do escravo mais célebre do país, até que estouraram a decisão da Suprema Corte e a revolta popular. Tentaram entrar em um acordo para solucionar o problema. Não conseguiram, porque ela era contra a libertação de qualquer escravo. Mas chegaram a um acordo sobre como se livrar do problema: devolver Dred Scott, sua mulher e duas filhas à proprietária original do escravo, a família Blow.
A família Blow aceitou rapidamente a oferta. Henry Taylor Blow, o herdeiro da família, continuava em Missouri e havia se convertido em oponente da escravidão. O novo abolicionista emancipou a família Scott em 26 de maio de 1857 — menos de três meses após a decisão da Suprema Corte.
Dred Scott morreu 17 meses depois, de tuberculose. Taylor Blow cuidou do funeral — e também da mulher e das filhas. Desde então, muitas homenagens foram prestadas a Dred e Harriet Scott, a maioria pelo Judiciário americano. Em 1977, o tribunal de Saint Louis, no Missouri, agora conhecido como a “Old Courthouse”, celebrou um “Marco Histórico Nacional” do caso, com pronunciamento do advogado John Madison, tataraneto de Dred Scott. Em 2006, uma “placa histórica” foi colocada na entrada desse mesmo tribunal em honra a Dred e Harriet Scott, pela “ação judicial pela liberdade” e por seu significado para a história do país.

Um afro abraço.

fonte: wikipedia livre/evista Consultor Jurídico nos Estados Unidos

sábado, 21 de setembro de 2013

Osvaldão e as versões sobre a morte dos guerrilheiros do Araguaia nem sempre coincidem. Até hoje não se sabe exatamente quantos tiveram as cabeças cortadas e os corpos abandonados

Eu sei que você talvez  vai dizer que nunca ouviu falar deste cara, que não foi do seu tempo ou que você não acompanhava direito esta história de guerrilha do Araguaia. Mas considere apenas o seguinte: Com esta bagagem histórica aí, como é que uma pessoa ia poder ficar invisível e anônima a este ponto?
Vivemos ainda sob um governo integrado por este mesmo pessoal ligado à chamada ‘esquerda revolucionária’. Há uma penca de ex-guerrilheiros aí, famosíssimos, popularíssimos, indenizadíssimos e o pobre do Oswaldão aí, neste quase ostracismo?

Certo. Dá pra encontrar dados sobre ele na internet como eu achei. Até um livro, objeto da resenha que republico abaixo foi feito, mas não se trata disto. Se trata de entender como – e porque – a memória de figuras gigantes de nossa história como esta, ficam sempre na margem entre a fama e a invisibilidade.

Que parte de nossa memória se quer apagar?
Afinal, Oswaldão não foi apenas mais um guerrilheiro nas selvas do Araguaia. Oswaldão comandou um dos dois batalhões, talvez tenha sido – não se esclarece isto ainda direito – o principal comandante militar daquela guerrilha trágica.

Nascido em 1938, Osvaldo Orlando da Costa, o "Osvaldão" era um negro de 1.98 metro, de altura,100kg e ex-campeão carioca de boxe, que se tornou um mito entre a população local. . Nascido na cidade de Passa Quatro, Minas Gerais, radicou-se no Rio de Janeiro, onde foi campeão de boxe pelo Botafogo e chegou a ser tenente do Exército. Engenheiro formado em Praga, na Checoslováquia, era inteligente, gostava de dançar e tinha um bom humor inconfundível. Em meados dos anos 60, sua aguçada sensibilidade social levou-o ao Partido Comunista do Brasil, PCdoB. Osvaldão foi um dos primeiros militantes comunistas a chegar na região do Araguaia, em 1967, com a missão de implantar uma guerrilha junto com outros companheiros. De acordo com as instruções do Partido, que pregava uma mistura dos militantes com os habitantes da região, estabeleu-se como garimpeiro, caçador e mariscador. Tornou-se, em pouco tempo, o maior conhecedor da área ocupada pelos guerrilheiros e bastante popular entre os camponeses e agricultores do Bico do Papagaio, a região no sul do Pará onde o PCdoB se estabeleceu.


Como comandante do Destacamento B, um dos três do movimento guerrilheiro, ele participou com êxito de vários combates contra as tropas do governo, a partir de 1972. Devido à sua formação militar, adquirida nos tempos em que foi oficial da reserva do CPOR, realizado concomitantemente com o curso de Máquinas e Motores na Escola Técnica Nacional no antigo Estado da Guanabara e de um posterior treinamento militar na China, era um dos
guerrilheiros mais temidos pelo Exército. Considerado mítico e imortal pelo povo morador do Araguaia, que o acreditava ser capaz de transformar-se em pedra, árvore ou animal.

Foi o autor da primeira morte militar durante a guerrilha, quando durante um encontro na mata com uma patrulha do exército matou a tiros o cabo Odílio Cruz Rosa. Osvaldão foi morto com um tiro de carabina quando descansava num barranco, em 4 de fevereiro de 1974, nos estágios finais da ofensiva militar que aniquilou a guerrilha, pelo mateiro Arlindo Vieira 'Piauí', um conhecido seu que na época havia virado guia das patrulhas militares.

A versão mais difundida é de que teria sido morto com um tiro pelo mateiro Arlindo Piauí, guia de uma patrulha de paraquedistas, sua cabeça teria sido decepada e depois exibida ao povo, enquanto os militares festejavam o abate do inimigo. Mas até mesmo essa versão já foi rechaçada por outros camponeses, que afirmam que Piauí assumiu a morte apenas para receber a recompensa do Exército. Segundo essa versão, o corpo de Osvaldão estava com a cabeça quando foi exposto pelos militares.


O caso de Arildo Valadão, cuja morte e decapitação foi descrita detalhadamente pelos ex-guias do Exército Sinésio Martins Ribeiro e Iomar Galego, mostra que também os militares assumiram mortes praticadas por mateiros, provavelmente para ocultar as expedições clandestinas, que ilegalmente envolviam a população civil.
Em seu livro, “Bacaba”, sobre a guerrilha do Araguaia, o tenente José Vargas Gimenez, conhecido como Chico Dólar, afirma: “No dia 24 de novembro, na região de Pau Preto, o guerrilheiro Arildo Airton Valadão (Ari) foi morto e decapitado por um GC, comandado por um segundo sargento”. Esqueceu de dizer que o sargento ficou no helicóptero e que o tal GC (Grupo de Combate) era formado apenas por mateiros, como contam os ex-guias.
As circunstâncias da morte e decapitação de Jaime Petit, contada de forma pungente por seu Sinésio, assim como a de Adriano Fonseca Filho, cuja cabeça foi carregada pelo mateiro Raimundo da Pedrina desde a Grota do Franco, onde foi morto, até a base de Xambioá, são narradas assim por Chico Dólar, no mesmo livro: “Adriano foi morto pelos paraquedistas que atuavam na região de Xambioá. Ambos [ele e Jaime] foram decapitados e tiveram suas mãos cortadas”.

O caso mais polêmico é o de Rosalindo de Souza, o Mundico, que, segundo o diário de Maurício Grabois, foi morto acidentalmente quando limpava a arma.
Já os militares afirmam que teria sido justiçado pelos guerrilheiros. Como observa o livro “Habeas-Corpus, que se apresente o corpo”, da Secretaria de Direitos Humanos, “tal informação, entretanto, poderia representar mais uma tentativa de desmoralizar os militantes mortos, como era prática rotineira dos órgãos de segurança”.

Em depoimento prestado ao Ministério Público em 2001, anexado aos autos, Sinésio afirma ter visto a cabeça de Rosalindo quando estava preso no curral da base de Xambioá, e diz que seu corpo foi enterrado nas terras de João Buraco, frequentadas por guerrilheiros. Buraco, depois de preso, teria apontado a sepultura para os militares.

“O Exército não havia travado combates nesse local, e por isso disse que foram os guerrilheiros que mataram o Mundico. O Exército chegou lá por volta de 4 ou 5 dias após, cavou a sepultura, cortou a cabeça e enterrou novamente o corpo. A cabeça foi levada para a base e mostrada aos presos para reconhecimento. Ela estava meio destruída, o cabelo solto e ficou exposta uns dois dias perto do Barracão do Exército e foi enterrada perto de um pé de jatobá”...

"Um herói negro desconhecido que não fugiu da luta por um país mais justo. Apesar das
inúmeras tentativas de apagar o nome de Osvaldão da história, ele está junto de tantos outros heróis negros que dedicaram suas vidas à uma causa, a da liberdade e justiça..."

Um afro abraço.
fonte:Secretaria de Luta Anti-Racismo do PC do B

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Conto africano que vem da Guiné Bissau


A Lenda do Tambor Africano: o sonho dos macaquinhos. 

Corre entre os Bijagós da Guiné Bissau, que os macaquinhos de nariz branco tiveram a ideia de viajar até à Lua e trazê-la para a Terra.
Assim, numa bela manhã, depois de buscarem um caminho por onde subir aos céus, o mais pequenino dos macacos teve a ideia de subirem uns nos outros para alcançarem a lua. 

A fila foi crescendo e se erguendo pelo céu até que o pequeno macaquinho acabou por tocar na Lua.
Mas antes que ele pudesse puxá-la para a Terra, a coluna se desmoronou. Todos caíram e somente o macaquinho ficou agarrado à Lua. Ao se dar conta do ocorrido, a Lua o segurou pela mão, olhou-o com espanto e achando a cena engraçada, deu-lhe de presente um tamborzinho.

Não tendo meios de voltar à Terra, o macaquinho aprendeu a tocar o instrumento. Mas com o passar dos anos, a saudade aumentava e a falta de sua gente o fazia sonhar com as palmeiras, mangueiras, acácias, coqueiros e bananeiras que haviam ficado para trás.
Então, foi pedir à Lua que o deixasse voltar!
Intrigada, a lua lhe perguntou: Porque você quer voltar?

Não estas feliz aqui? Não gostas de seu presente?

E com lágrimas nos olhos, o macaquinho explicou-lhe o que lhe fazia falta.
Mais uma vez, com pena do macaquinho, a Lua amarrou o tambor ao macaquinho e disse:
"Macaquinho de nariz branco, vou-te fazer descer, mas ouve bem o que te digo!
Não toques o tamborzinho antes de chegares lá baixo.
E quando puseres os pés na Terra, tocarás então com força para eu ouvir e cortar a corda.
E assim ficarás livre."
O Macaquinho, feliz da vida, prometeu a Lua que só tocaria o tambor ao chegar na Terra e foi descendo sentado no tambor.
Mas a meio da viagem, não resistiu!
Bem de leve, de modo que a Lua não pudesse ouvir, pôs-se a tocar o tambor.
O vento que fazia a corda estremecer, levou o som para Lua que ao ouvir o som, pensou: “O Macaquinho chegou à Terra”. E logo cortou a corda...
Neste momento, o macaquinho foi atirado ao chão, caindo desamparado em sua ilha natal.
Ao ver o macaquinho estendido no chão, uma menina que cantava e dançava ao rítmo de uma cancão, correu a ajudá-lo. Mas a queda tinha sido de muito alto e o macaquinho não resistiu. Porém, antes de morrer, conseguiu dizer à menina que aquele instrumento era um tambor e que ela deveria entregá-lo aos homens do seu país...

Recuperada da surpresa, a menina, correu o mais rápido possivel para contar aos homens da sua terra o que acontecera.
Aos poucos, foram chegando gente e mais gente e foi então, que naquele recanto da terra africana se fez o primeiro batuque ao som do primeiro tambor.
A partir de então, os homens construíram muitos tambores e, desde então, não há terra africana sem este instrumento.
O tambor ficou tão querido entre o povo africano, que em dias de
tristeza ou em dias de alegria, é ele quem melhor exprime a grandeza da sua alma.

Um afro abraço.
fonte:Rede ePORTUGUÊSe OMS 

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...