UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

terça-feira, 9 de agosto de 2011

fabulas da africa






O TAUMATURGO DAS PLANÍCIES


A primeira história é das mais interes-santes entre as que correm, de geração em geração, na tribo banto, que habita os distritos de Lourenço Marques, Gaza e Sofala, em Moçambique, cujos membros têm o nome de Ba-Rongas. Sua língua é o xironga, vulgarmente chamada landim.



A segunda, igualmente passada entre os bantos, mostra que ali, como em toda parte, o ciúme, o arrependimento e o castigo são temas favoritos das histórias populares.



O TAUMATURGO DAS PLANÍCIES


ERA UMA VEZ um homem e uma mulher que tiveram primeiro um filho, depois uma filha. Quando foi pago pela jovem o resgate da esposa, e ela casou-se, os progenitores disseram ao filho:


— Temos um rebanho, do qual poderias dispor. Agora já é tempo de que te cases. Escolheremos para ti uma esposa agradável, que seja filha de gente de bem.


O MACACO E O HIPOPÓTAMO


EM uma época muito antiga, quando as bananeiras produziam poucas bananas, existiam numerosos macacos.



Havia um deles chamado Travesso, que morava nas margens do rio.


O macaco Travesso possuia um grupo de bananeiras que lhe proporcionavam frutos suficientes para a sua alimentação, o que lhe trazia satisfação e orgulho porque os seus frutos eram os mais saborosos da região.


No rio habitava o hipopótamo Ra-Ra, que era o rei daquelas paragens.


Texto arquivado em Biblioteca, Literatura, Mitologia


Lenda africana






Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho. - Alô! Que é que você está a fazer estirada na estrada? - Estou a apanhar banhos de sol. Sou uma cobrinha, e você? - Um sapo. Vamos brincar? E eles brincaram a manhã toda no mato. - Vou ensinar você a pular. E eles pularam a tarde toda pela estrada. - Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando pelo tronco. Eles subiram. Ficaram com fome e foram embora, cada um para sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte. - Obrigada por me ensinar a pular. - Obrigado por me ensinar a subir na árvore. Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia rastejar. - Quem ensinou isso para você? - A cobra, minha amiga. - Você não sabe que a família Cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não fica bem. Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia pular. - Quem ensinou isso para você? - O sapo, meu amigo. - Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu bem com a família Sapo? Da próxima vez, agarre o sapo e... Bom apetite! E pare de pular. Nós cobras não fazemos isso. No dia seguinte, cada um ficou na sua. - Acho que não posso rastejar com você hoje. A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: "Se ele chegar perto eu pulo e devoro ele. " Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho. Suspirou e deslizou para o mato. Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos. Mas ficavam sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos.



O terrorista viking da extrema-direita

Anders tinha imaginado os atentados há dois anos∙.


O assassino norueguês é cristão fundamentalista, é contra o Islã, o multiculturalismo,∙°°°°∙a mestiçagem, os imigrantes e contra o trabalhismo democrático que governa o país.∙ °°°° °°°°∙Alguns jornais americanos e europeus mais apressados foram logo atribuindo à Al-Qaeda ∙°°°°∙os atentados cometidos em Oslo, na Noruega, no qual morreram 92 pessoas e restam cinco ∙°°°°∙desaparecidas∙∙. ∙°°°° °°°°∙A razão invocada parecia evidente – seria em represália aos soldados noruegueses no Afganistão, ∙°°°°∙à participação nos bombardeios na Líbia ou às caricaturas de Maomé.∙°°°° °°°°∙Mas se enganaram. O autor dos atentados não usa turbante, nem ∙°°°°∙se chama Mohamed ou Mustafá, nem tem barba, nem grita Alá é Grande ∙°°°°∙e nem se suicidou como costumam fazer os kamikases islamitas.∙°°°° °°°°∙um autêntico escandinavo, alto e magro como um manequim, de cabelos loiros, rosto branco ∙°°°°∙longo, bem escanhoado e olhos azuis. Suas fotos estão hoje em todos os jornais, na televisão, na Internet e na memória dos pais que perderam seus filhos queridos. Anders Behring Breivik, legítimo descendente dos vikings, é o que as mulheres chamariam de um homem bonito com cara de anjo, que qualquer pai deixaria sair de noite com sua filha. Engano fatal. Anders Behring Breivik é um assassino, cruel, impiedoso, que, na ilha de Utoya, passou uma hora e meia descarregando seu fuzil-metralhadora nos jovens participantes de um acampamento promovido pelo Partido dos Trabalhadores e teria matado um número maior, se não fosse a chegada de policiais alertados por desesperados twiters. Ex-membro de um partido nacionalista, da direita populista da Noruega, na verdade da extrema- direita. O Partido do Progresso, seu nome, reúne os defensores dos ideais conservadores e quer a proteção da Noruega contra a invasão dos imigrantes estrangeiros, coisa de 10% de trabalhadores,que deixaram seus países ensolarados para terem emprego e bom salário no frio mas rico país exportador de petróleo. Anders Behring Breivik é nacionalista, defende os valores culturais e religiosos do cristianismo fundamentalista, é contra o Islã ou religião muçulmana, contra o multiculturalismo, contra a mestiçagem da sociedade ocidental, contra os imigrantes e contra o socialismo trabalhista democrático que governa o país. Frequentou um clube de tiro ao alvo, donde sua precisão no massacre perpretado, tinha revólver e fuzil-metralhadora em casa e aprendeu a fazer bomba com adubo agrícola. Bombas, diga-se de passagem, mais potentes que as usadas pela Al-Qaeda.


∙O bonito e angelical norueguês lembra um americano também capaz de ∙°°°°∙colocar em prática seu ódio ideológico. Lembra Timothy McVeigh, do atentado também contra um prédio administrativo em Oklahoma City, no qual morreram 168 pessoas, em abril de 1965. Timothy era branco, jovem de 26 anos, e se sentia atraído pelas idéias extremistas dos neonazistas. E igualmente não se suicidou após o massacre cometido.


Talvez se possa dizer que tanto Timothy como Anders sentiram-se satisfeitos por terem concluído seus projetos de ódio ∙E se o autor dos atentados fosse islamita ? Provavelmente, haveria uma represália e se responsabilizaria a coletividade muçulmana. Porém, como . Anders é noruegues, militante de extrema-direita como provam seus escritos sob pseudônimo na Internet e seu plano de massacre datado de 2009, não haverá uma responsabilização do fundamentalismo cristão, nem da ideologia da extrema-direita, que cresce nos países escandinavos. Se não aparecerem cúmplices nos atentados, Anders será considerado simplesmente um louco solitário e ponto final.


Por:Rui Martins∙


fonte:jornalista, escritor, líder emigrante, correspondente em Genebra∙Correio do Brasil


Quem bate à porta? E’ você passado?

Quem bate à porta? E’ você passado?











O passado tem sempre a tendência de bater em nossas portas quanto menos esperamos, e’ o ancentral que muitos de nós decidimos ignorar.


A foto: Trabalhadores das plantações de borracha, punidos por não cumprir quotas, tiveram as suas mãos cortadas. Congo Belga, 1905, foto de Soliloquy.


Por ordem do Rei da Belgica Leopold II.


Normalmente nao perco tempo com fuleiragens e nem com racistas de baixa qualidade, mas sobre os genocídios em África que tantos procuram culpar o meu povo, aprendi um pouco.


Posso afirmar que a história do genocídio em África é atribuída à época colonial, quando os colonizadores belgas massacraram mais de dez milhões de pessoas durante a ocupação colonial do Congo.


Ja' ouviu falar do Rei Leopoldo II? Foi ele quem ordenava que cortassem as mãos de africanos, crianças inclusivo.


O período colonial foi um genocídio!


Genocídio foi um aspecto central da missão chamada de "civilizadora" dos colonos!


Um dos meu avós foi decapitado por não ter dado a sua terra mais fertil aos portugueses.


Os mesmos colonialistas que praticavam assassinatos de africanos em massa, implantaram a idéia de que os problemas na região eram apenas de hostilidade tribal.


Este é e sempre sera' um dos elementos mais fortes do racismo na história colonial. Potências coloniais a praticar genocídio em África!


Um dos primeiros genocídios, se não o primeiro do século vinte aconteceu em África... Namíbia precisamente.


Ainda hoje e’ considerado por muitos de nós africanos como um ensaio para o Holocausto nazista.


A última vez que verifiquei, as Nações Unidas comprovou que 80% da população total do povo Herero (cerca de 65 mil), e 50% da população total de Nama (10.000) foram mortos por alemães entre 1904 e 1907.


Massacres de homens, mulheres e criancas!



Foto: Rei Leopoldo II da Belgica (1835-1909)O regime da colônia africana de Leopoldo II, o Estado Livre do Congo, tornou-se um dos escândalos internacionais mais infames da virada do século XIX para o XX. O relatório de 1904, escrito pelo cônsul britânico Roger Casement, levou à prisão e à punição de oficiais brancos que tinham sido responsáveis por matanças a sangue frio durante uma expedição de coleta de borracha em 1903 (incluindo um indivíduo belga que matou a tiros pelo menos 122 congoleses).(Histórico)


Se o passado bater na sua porta hoje, deixe entrar...


Por:Aristóteles Kandimba


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Beleza fricana...

Mulher Africana











Mulher de Benguela, Angola


Que sejas o símbolo eterno da nossa negritude...


Os nossos sorrisos, lamentos, saberes e rituais.


Que sejas a fé esculturada em nossas almas, essências e sentidos.


Que sejas a faculdade da memória,


que os nossos irmãos e irmãs são aqueles que nos respeitam,


que nos consideram e que se recusam a nos humiliar.


Que sejas a fruta seduzida, provada pelo diabo e seus demônios,


para que seus estômagos se arrebentem de uma vez por todas,


Libertando-nos das crueldades e desigualdades.


Que sejas o emblema e o braço mais robusto de um povo martirizado durante cinco séculos.


foto de Eric L.


Por:Aristóteles Kandimba


domingo, 7 de agosto de 2011

Contos e Lendas da África








CONTO POPULAR DA GUINÉ-BISSAU –




Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua. Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar. A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio. O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/children-and-youth/1624914-lenda-tambor-africano-contos-tradicionais/#ixzz1UMvSODLY

Educação X étnico-raciais






Educação e relações étnico-raciais

A diversidade étnico-racial esta presente em nosso cotidiano, a sociedade brasileira por longos anos foi pensada pelos segmentos sociais dominantes a partir de interesses políticos e econômicos de classe, de gênero e de raça. O conceito de raça humana desenvolveu-se de forma equivocada, a partir do desenvolvimento de teorias biológicas de classificação das espécies do reino animal no século XIX. A utilização do conceito de raça humana foi uma construção política que para tanto procurou subsidiar as teorias racialistas que fizeram sucesso no século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Tais teorias tiveram adeptos entusiastas no Brasil e subsidiaram a ação do Estado brasileiro na construção de políticas públicas que, mediante diversas formas aprofundaram o caráter excludentes de nossa sociedade.



Em uma sociedade marcada profundamente por relações desiguais nos remete a reflexão da necessidade de repensarmos a qualidade das relações étnico-raciais. A educação das relações étnico-raciais perpassa por diversas relações, ou seja, relações familiares, nos locais de trabalho, nos espaços de lazer, nos espaços religiosos, nas escolas, universidades, etc. Para que possamos melhor compreender as dimensões da importância da reeducação das relações étnico-raciais faz sentido analisar as seguintes orientações:




Depende também, de maneira decisiva, da reeducação das relações entre negros e brancos, o que aqui estamos designando de relações étnico-raciais. Dependem, ainda, de trabalho conjunto, de articulação entre processos educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações étnico-raciais não se limitam à escola. (Conselho Nacional de Educação - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana/2004).




Os nossos modelos tradicionais de ensino foram organizados para legitimar, uma hegemonia ideológica de determinado segmento social brasileiro. Do Ponto de vista social e político procurou-se legitimar, o interesse da classe social dominante do Brasil, etnicamente procurou-se idealizar relações étnico-raciais baseadas em supostas hierarquias e do ponto de vista de gênero, procurou-se afirmar a supremacia dos Homens. “Homem, Branco e Rico”, foram componentes trabalhados no imaginário social como símbolo de poder, hora de forma explícita, hora de forma indireta, subliminar. A primeira vista pode parecer que essas questões já foram superadas, mas na realidade muito dessas idéias permanecem e foram agravadas por não terem sido enfrentadas de forma adequadas.




Os nossos sistemas de educação, seja público ou privado, têm importantes responsabilidades no trato da diversidade e das relações étnico-raciais. Há que se ter desprendimento, deve haver um contínuo trabalho junto aos profissionais da educação que vise ao seu real engajamento em suas unidades de ensino diante dessas questões, quanto aos alunos devem serem estimulados a reflexões que os possibilitem reeducarem-se continuamente perante a novas relações étnico-raciais e outras questões correlatas. Os desafios são grandes, nesse sentido são apropriadas as seguintes orientações:



O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas, visando às reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros dependem necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; em outras palavras, todos os alunos negros e não negros, bem como seus professores, precisam sentir-se valorizados e apoiados. (Conselho Nacional de Educação - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana/2004)


Por: Prof: Jose Geraldo.

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...