UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sexta-feira, 6 de maio de 2016

UNEGRO - RJ Realiza seu primeiro modulo do Curso de Formação política: Lutas na Diáspora.

As perspectivas que temas que serão analisados a luta do mundo do trabalho, em defesa da nossa inclusão nas universidades, em defesa dos direitos humanos da população negra, para as mulheres, para a juventude negra, para as religiões de povos tradicionais de matriz africana, para as comunidades tradicionais de quilombos, enfim, para o conjunto das principais frentes de vivência da nossa condição de negras e negros nessa sociedade.

Curso Estadual de Formação (Módulo I), destinada aos militantes e quadros da Unegro do estado do Rio de Janeiro, com vistas a preparar melhor ideologicamente os militantes antirracistas, da organização para os embates políticos do movimento negro. O Curso Estadual de Formação (Módulo I), realizado neste final de semana foi uma decisão política

da Direção Estadual, e faz parte do calendário anual da UNEGRO RJ, quando foi elaborada a agenda de ações da entidade. A Formação do Povo Brasileiro e a Construção na Nossa Identidade Nacional na Luta Antirracista que terá a presença do presidente nacional de nossa entidade Edson França, historiador, num dialogo entre militante, pensadores e acadêmicos , a temática antirracista tais como racismo, raça, discriminação, etnia, etnocentrismo entre a militância social negra e que, incompreendidas acabam desarmando os argumentos travados na luta cotidiana. Acreditamos que teremos neste primeiro modulo rico em conteúdo para fortalecer e qualificar a militância da Unegro no combate ao racismo e trabalhar força nossas trincheiras aos que acham nos negros e minorias naturalmente inferiores ao grupo a qual ele pertence.

Os racistas criam argumentos consistentes para justificar o ato do racismo cientificando teses como a classificação hierárquica das raças constatando, de acordo com França, a superioridade biológica, intelectual e cultural do branco sobre as outras raças, além de verificarem que as diferenças raciais são causas de habilidades, direito ao uso do espaço físico, divisão do trabalho, papel social, vocação e desenvolvimento diferentes, colocando negros e negras na base da cadeia biológica humana, comparável a um animal. Outro tema importante, abordado no curso da Unegro,

diz respeito ao acúmulo de conquistas do Movimento Negro contemporâneo brasileiro que, a partir de ações acordadas coletivamente, conseguiram destruir a falácia da “democracia racial” no Brasil.

A nosso grito de luta:


REBELE-SE CONTRA O RACISMO!

Escreva-se e Filie-se.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Divindade por acaso :Hailé Selassié...

Graças à globalização digital, vamos descobrir, pois, não existe nada escondido, que não venha a ser revelado, ou oculto, que não venha a ser conhecido (Lucas 12:2). Que a verdade seja exaltada! para glória do criador! e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8:32).

Hailé Selassié: divindade por acaso
Uma profecia influenciou um dos maiores movimentos raciais do século 20 e gerou uma religião que cultuava um rei tirano e carismático. Conheça a saga dos rastafáris e de seu deus, Hailé Selassié I, imperador sanguinário da Etiópia

Felipe Van Deursen 
Uma das grandes armas do cristianismo para angariar fiéis é a linguagem cheia de simbologias da Bíblia, usada para conquistar classes oprimidas. Mas em poucos lugares essa identificação foi tão longe como na Jamaica. Na antiga colônia britânica, os escravos africanos tinham uma liberdade religiosa maior que seus semelhantes nas colônias espanholas e portuguesas. E, no meio de práticas como magia negra e ritos africanos diversos, o ex-escravo George Liele apresentou aos negros a Bíblia e as histórias de dor e privação do Antigo Testamento - metáforas claras do sofrimento imposto àqueles homens longe de sua terra natal. Era 1774 e nascia a primeira igreja batista na ilha, com uma corrente de negros cristãos dos Estados Unidos, que viam o Chifre da África como um dos berços do cristianismo: o etiopianismo.

Mais de 140 anos depois, um jamaicano, convicto de que os negros do mundo todo só teriam mais liberdade se estivessem unidos, criou em Nova York, em 1916, a Unia (Universal Negro Improvement Association, "associação universal para o progresso negro", em inglês). Seu nome era Marcus Garvey e, bom orador que era, somaria 1 500 seguidores em dois meses. Um número irrisório perto dos estimados 4 milhões que apoiariam, em 1921, a convenção

internacional liderada por ele para a criação de um Estado negro único. Líderes de 25 países participaram do encontro, mas logo a elite dos Estados Unidos o colocou na cadeia. Ficou preso dois anos, foi deportado para a Jamaica e, em 1927, de líder negro, Marcus Garvey virou profeta de uma nova religião. "Olhem para a África", disse. "Quando um rei negro for coroado, a redenção estará próxima."

Não demorou mais que três anos. Em 1930, um nobre africano negro foi coroado imperador da Etiópia. Para os seguidores de Garvey, o sinal era óbvio. O novo rei havia adotado o nome Hailé Selassié I ("poder da Santíssima Trindade" em amárico, língua etíope) e títulos tradicionais da Igreja cristã etíope, como Rei dos Reis e Leão Conquistador das Tribos de Judá. Trechos da Bíblia atestavam, a profecia se cumpria, chegava o redentor negro. Surgia a religião que tinha em Selassié I nada menos do que Deus. O nome de batismo do imperador inspirou o do novo culto: Ras ("príncipe") Tafari Makonnen.

Hailé Selassié era Deus para os rastafáris por causa da profecia. "O rastafarianismo servia para dizer que ter origem africana não significava pertencer a uma raça de escravos, mas a um povo orgulhoso com uma história mais antiga que a de todas as nações europeias, inclusive a grega. Mesmo se Selassié não fosse coroado em 1930, o rastafarianismo teria surgido, não importa o termo que fosse usado", afirma Paulos Milkias, especialista canadense em História recente da Etiópia. Para a Etiópia, uma das nações mais antigas do mundo, Selassié ganhou aura divina por ser coroado imperador e descender diretamente de Salomão, rei de Israel por volta de 1000 a.C.

Leão de Judá
Tafari Makonnen nasceu em 1892 no nordeste da Etiópia. Aos 38 anos, tornou-se rei. O grande desafio de Selassié nos anos 30 foi Benito Mussolini, que invadiu a Etiópia em 1935. Os etíopes resistiram, mas o imperador se exilou na Inglaterra nos anos de guerra, o que, segundo um dos funcionários do palácio real entrevistados pelo polonês Ryszard Kapuscinski no livro O Imperador, o deixou com complexo de inferioridade em relação aos líderes guerrilheiros. Selassié voltou ao trono após os ingleses terem ajudado a expulsar os italianos, em 1941. Isso afetou diretamente a opinião do profeta jamaicano sobre o líder. Garvey, em 1937, escreveu em um artigo: "Todo negro orgulhoso de sua raça deve ter vergonha da maneira como Hailé Selassié se rendeu aos lobos brancos da Europa". Mas, para os devotos rasta, o editorial fez pouca diferença.

Analfabetos etíopes se endividavam para pagar um escriba que levasse ao rei seus lamentos e desejos. Uma simples troca de olhares com ele, dizia-se, enchia as pessoas de esperança. Inteligente e astuto, Selassié sentia a necessidade de evidenciar isso no palácio real. Para tanto, privilegiava os cargos de maior confiança para os despreparados e ignorantes. Não fazia a menor questão de competência, bastava que fossem fiéis. Fechava os olhos para a corrupção e com frequência a incentivava.

O rei era muito centralizador. "Qualquer despesa acima de 10 dólares precisava ser aprovada pessoalmente por ele", disse uma das fontes ouvidas por Kapuscinski. O jornalista

entrevistou, nos anos 1970, vários funcionários do governo: empregados como o secador de sapatos, o porta-toga oficial, camareiros, porta-bolsas, carregadores de presentes e guarda-cães, além do colocador de almofadas.

Como Selassié era um homem miúdo, havia a necessidade de, em reuniões e viagens oficiais, um funcionário se antecipar ao imperador quando ele fosse se sentar. "Eu possuía um conhecimento especializado (…). Era capaz de escolher com rapidez e eficiência a almofada adequada", disse o lacaio, que esbanjava um portfólio com 52 almofadas diferentes. "Nosso amo não podia viajar sem mim. Se sua dignidade exigia que ele se sentasse em tronos, ele não podia fazer isso sem ter sob os pés uma almofada, e eu era seu ‘colocador’."

Viagem ao Brasil
O imperador rodou o mundo à procura de parcerias para implantar seu projeto de modernizar a Etiópia. Viajou tanto que a imprensa (estrangeira, pois a local era fraca e submissa) o criticava muito por isso. Em 1966, ao visitar a ilha onde surgiu a religião que leva seu nome, ele se assustou com a multidão de jamaicanos, chegando a negar sua divindade (veja quadro à esq.). Anos antes, em 1960, Selassié viajou para o Brasil, onde se reuniu com o presidente Juscelino Kubitschek na recém-fundada Brasília, mas teve que voltar correndo para sua
capital, Adis-Abeba, quando explodiu um golpe contra ele. Os líderes rebeldes foram massacrados, e a maior parte da população, apesar da fome e miséria crônicas, permanecia leal a Selassié. No entanto, estudantes, professores e militares estavam cada vez mais insatisfeitos com a modernização que nunca vinha e a corrupção desenfreada. Na montanhosa e escaldante Etiópia, os ventos começavam a mudar de lado. Em 1974, militares tomaram o palácio imperial. Era o fim dos 44 anos de poder de Hailé Selassié.

O golpe não afetou o caráter divino de Selassié, nem para os etíopes, nem para os rastafáris. Preso em um dos palácios do império, ele ainda era tratado como um deus, até pelos soldados que o depuseram. Sua rotina cheia de protocolos continuava a mesma, e ele queria saber notícias da revolução, que instaurou uma nova e sangrenta ditadura. Enquanto isso, o rastafarianismo chamava atenção no mundo todo graças a uma propaganda poderosa, o reggae, e a Bob Marley, que se tornava pop star.

O visual rasta tornava-se conhecido, com seus cabelos jamais cortados, toucas, alimentação vegetariana e, principalmente, o consumo de maconha, que, assim como todos os hábitos rasta, são interpretações de trechos da Bíblia. A erva é considerada a hóstia rasta, um sacramento que permite interagir com o Senhor dos Senhores, Hailé Selassié I, o sanguinário imperador da Etiópia - o qual, por sua vez, nunca colocou um baseado na boca. •

Jah chegou!
O deus dos rastafáris teve medo de desembarcar na Jamaica
Cerca de 100 mil pessoas aguardavam sob a chuva que caía no aeroporto de Kingston a chegada de Hailé Selassié I à Jamaica, em 20 de abril de 1966. Rastas batucavam e sacudiam bandeiras etíopes enquanto fumavam maconha em um cálice especial. Quando o avião pousou, a chuva cessou. Assustado, Selassié se recusou a sair até que lhe garantissem segurança. "Naquele dia disse a meu chefe que não ia trabalhar porque meu Deus vinha",
afirma Ras DaSilva ao repórter americano Chris Simunek no livro Paraíso na Fumaça. Seu amigo Ras Campbell se encontrou com Selassié em um evento que reuniu líderes rasta com o imperador. "Eu segurei a mão de Sua Majestade. Foi como se eu pusesse o dedo na tomada e sentisse as vibrações elétricas. Não consegui ver o branco e o preto, só a profundidade do espaço", diz. Mas o imperador não demonstrou interesse pelo rastafarianismo. Chegou a convidar os jamaicanos a ingressar no cristianismo etíope. Três meses depois de Selassié ter deixado o Caribe, a polícia pôs abaixo o maior assentamento rasta de Kingston, deixando centenas deles sem teto, incluindo Campbell.



Um afro abraço.

fonte:aladebaianas.com.br/guiadoestudante.abril.com.br

terça-feira, 26 de abril de 2016

2016 - 1º de Maio:Trabalhador negro e o valor da divercidade...

Apesar de constituir quase metade da população brasileira, os afro-brasileiros são sub-representados nas empresas, em particular nos altos escalões.

Racismo no Brasil: negros ganharam 57,4% do salário dos brancos em 2013

Pesquisa de emprego do IBGE revela que negros ganharam, em média, pouco mais da metade dos brancos em 2013.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do resultado de sua pesquisa de emprego. Um dos resultados apontados pela pesquisa revela que trabalhadores de cor preta ou parta ganharam, em média, muito menos do que os indivíduos de cor branca no Brasil em 2013.

Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, um trabalhador negro no Brasil ganha, em média, pouco mais da metade (57,4%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Em termos numéricos, estamos falando de uma média salarial de R$ 1.374,79 para os trabalhadores negros, enquanto a média dos trabalhadores brancos ganham R$ 2.396,74.
Algumas empresas no Brasil estão desenvolvendo iniciativas em favor da diversidade que visam à inclusão de afrodescendentes, entre outros grupos historicamente discriminados, no mercado de trabalho. 

"Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que um trabalhador negro recebe em média um salário 36,1% menor que o de um não negro, independentemente da região onde mora ou de sua escolaridade. Segundo o estudo, a diferença salarial e de oportunidades de trabalho são ainda maiores nos cargos de chefia".


Se liga:    Durante os anos 90, a globalização, o multiculturalismo, e o movimento pela responsabilidade social empresarial provocaram mudanças sobre como pensarmos e agirmos diante uma sociedade e um mercado cada vez mais diversos. No Brasil, esses desenvolvimentos junto às reivindicações do movimento negro e do movimento sindical colocaram em pauta as questões de discriminação e diversidade raciais e geraram um diálogo nacional em torno delas. As instituições públicas, privadas e as do terceiro setor
começaram a assumir o desafio de diminuir a discriminação racial e ao mesmo tempo procurar maneiras de abraçar a diversidade racial que caracteriza o país.

Surgiram ações afirmativas na forma de cotas raciais em algumas universidades e alguns Ministérios, estimulando ainda mais o debate. As empresas não podiam ficar fora da discussão por muito tempo e começaram a tomar medidas em resposta às cobranças da sociedade e/ou em função da disseminação de políticas e práticas de diversidade, oriundas de suas matrizes localizadas em países estrangeiros.

A pesquisa 'Os negros nos mercados de trabalho metropolitanos' foi feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e
São Paulo. O estudo destaca que a desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia.

“Em qualquer perspectiva, os negros ganham menos do que os brancos”, avalia a economista Lucia Garcia, coordenadora de pesquisa sobre emprego e desemprego do Dieese, em entrevista à Globo News. "


O que observamos é que a progressão na educação melhora a educação da população negra, mas não extingue a desigualdade. Encontramos mais desigualdades no ensino superior completo." A pesquisadora mostra que nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não negros. Entre os trabalhadores com nível superior completo, a média de rendimentos por hora é de R$ 17,39 entre os negros, e de R$ 29,03 entre os não negros .

'O trabalhador negro encontra dificuldades ao longo de toda a sua vida profissional
", avalia a pesquisadora. "


Desde o momento de conseguir um emprego até nas oportunidades para progredir na carreira.' Segundo a pesquisa do Dieese, na Região Metropolitana de São Paulo, enquanto 18,1% dos trabalhadores não negros alcançam cargos de direção, apenas 3,7% dos negros atingem esta função de chefia.A pesquisa aponta ainda que os negros se concentram nas ocupações de menor prestígio e valorização como pedreiros, serventes, pintores, caiadores e trabalhadores braçais na construção, faxineiros, lixeiros, serventes, camareiros e empregados domésticos.

-O Dieese diz que as políticas de ação afirmativa como as cotas raciais nas universidades ajudam a dar mais oportunidades de trabalho e estudos para a população negra, mas será necessário a criação de cotas nas empresas para que este público seja efetivamente atendido.

Mas há que acreditar que enfrentar essas dificuldades e frustrações vai valer a pena. Apostar na diversidade, e especificamente na diversidade racial, é contribuir para uma sociedade mais justa e uma economia mais competitiva. Parabenizo essas treze empresas que estão caminhando nesse sentido. Tomara que minha pesquisa contribua para o aperfeiçoamento e expansão das suas iniciativas e inspire outras empresas a abraçarem o valor, tanto ético como econômico, da diversidade.

Um afro abraço.
fonte:g1.globo.com/.../11/trabalhador-negro-www.scielo.br/scielo.php?script\ttps://umhistoriador.wordpress.com/

sábado, 23 de abril de 2016

Mesmo já tendo passado a data a origem do Dia das Mães...

Introdução:       No Brasil, o Dia das mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio (de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas). É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. Já se tornou uma tradição esta data comemorativa. Vamos entender um pouco mais sobre a história do Dia das Mães.

História do Dia das Mães
Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem homenagens à deusa.

Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias ( entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele, mãe dos deuses.

-Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada em homenagem a Virgem Maria, a mãe de Jesus.
Mas uma comemoração mais semelhante a dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “Domingo das Mães”. Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães. Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito parecido com que fazemos atualmente.

O dia das mães começou no início do século XX, inspirado na jovem norte-americana,

Annie Jarvis. Ela entrou numa profunda depressão, após a morte de sua mãe. Os amigos, muito preocupados com o sofrimento da jovem, tiveram a ideia de fazer durar para sempre a lembrança de sua querida mãe, através de uma festa que aconteceria ano após ano.
- Annie pediu que a homenagem também fosse destinada a todas as mães do mundo, vivas ou mortas. Em pouco tempo, a comemoração do Dia das Mães se espalhou por todos os Estados Unidos.

No ano de 1914, o presidente dos Estados Unidos Thomas Woodrow Wilson oficializou o dia 9 de Maio.

Outro registro relacionado ao Dia das Mães está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era

chamado de “Mothering Day”, fato que deu origem ao “mothering cake”, um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872, pela escritora Júlia Ward Howe, autora de O Hino de Batalha da República.

No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Em Portugal, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de Maio.

 A enciclopédia livre Wikipédia mostra que existe uma diferença de datas de comemoração do Dia da Mãe em muitos países, apesar do sentido ser o mesmo: homenagear a mamãe e

também vender produtos. 

Veja abaixo a relação de países e datas da comemoração:
 Datas fixas

3 de março: Geórgia.
8 de março: Albânia, Rússia, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Romênia, Moldavia, Butão.
21 de março: Egito, Síria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait.
7 de abril: Grécia
10 de maio: México, Guatemala, Bahrein, Hong Kong, Índia, Malásia, Qatar, Singapura.
15 maio: Paraguai
26 maio: Polônia
27 de maio: Bolívia, República Dominicana
12 de agosto: Tailândia (Aniversário da rainha Mom Rajawongse Sirikit)


15 de agosto: Bélgica e Costa Rica (Dia de Atención De Maria)
8 de dezembro: Panamá
Dias variáveis no mês

Segundo domingo de fevereiro: Noruega.
Primeiro domingo de maio: Portugal, Lituânia, Hungria, Cabo Verde, Espanha, Moçambique, Angola.
Segundo domingo de maio: África do Sul, Austrália, Bélgica, Brasil, China, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Finlândia, Grécia, Itália, Japão, Canadá, Cuba, Países Baixos, Nova Zelândia, Áustria, Peru, Suíça, Formosa, Turquia, EUA, Venezuela.
Último Domingo de Maio: França (se coincide com Pentecostes, é transferido para o primeiro domingo de Junho), Suécia.
Terceiro domingo de outubro: Argentina, Bielorrússia.
Início do mês de outubro: Índia.
Dias variáveis no ano

Primeiro dia da primavera: Palestina, Líbano.
2 semanas depois do Natal: Iugoslávia.
Curiosidades

A data de comemoração do dia das mães mais antiga faz parte da mitologia. Na Grécia

antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a mãe dos deuses.
Em Israel, abandonaram a comemoração do Dia das Mães. Em seu lugar preferem comemorar o Dia da Família. A comemoração acontece anualmente no mês de fevereiro.


Maternidade na literatura africana: Mãe África Na cultura africana, a maternidade ocupa um lugar de honra e é a mais alta expressão da condição feminina. A literatura e a narrativa africanas, por isso, centram-se no tema pela mão de uma geração nova de escritores que examinam as bases antropológicas e culturais da maternidade e aprofundam o impacto das personagens maternas em África.

Mãe poderosa

Tanto na literatura como na vida temos visto que a mãe africana é poderosa, mas, quando a maternidade é vivida de forma obsessiva e exclusiva, acaba por transformar estas mulheres em vítimas.


 Existe ainda outra manifestação mais extrema da associação entre maternidade e poder, designada por Carol Boyce Davies como «mãe suprema», representação simbólica da tradição presente nas obras do escritor nigeriano Chinua
Achebe.

O nome mais frequente em ibo para a mãe é Nneka, que significa «mãe é suprema». Na novela de Achebe.

 Quando Tudo se Desmorona (Lisboa: Mercado de Letras, 2008) sugere-se que, para sobreviver num futuro tão diferente do mundo tradicional, devem combinar-se  as qualidades masculinas e femininas de maneira harmoniosa: Okonkwo, protagonista desta novela, não aceita, todavia, este respeito tradicional pela mãe, pelo que padecerá consequências nefastas.

Um afro abraço.

fonte:www.esoterikha.com/www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/

Hoje e dia de Ogum ou São Jorge?

Hoje, 23 de abril, é feriado no Rio de Janeiro. Cariocas e devotos do mundo inteiro comemoram o dia de São Jorge. Padroeiro de Portugal, da Inglaterra e da Catalunha, São Jorge também é protetor dos soldados, militares, ferramenteiros e ferroviários. São Jorge enfrentou e venceu seus inimigos e dragões, que hoje poderiam ser nossas bestas e problemas da vida.

- " São Jorge é um santo católico. Ogum é um deus africano. São Jorge é um guerreiro. Ogum também é um guerreiro".

Se liga:
- São Jorge é um santo que supostamente nasceu na região da Capadócia e viveu como um padre e militar romano do exército do imperador Diocleciano. Ogum, nada tem haver com essa história.

- O povo trazido da Nigéria, mais conhecido como Iorubas, tinham como deuses os Orixás, e Ogum era um desses Orixás. Era venerado pelos escravos como o Deus da Guerra, pois seu nome significa “Senhor da Guerra” podendo variar para “Ologum”.

Os europeus, cristãos colocavam regras para os escravos, e com isso, eles tinham que fazer o que era mandado. E paralelo a todos esses acontecimentos, os escrizados foram proibidos de cultuar seus Orixás, pois, na visão do cristianismo, eles eram pagãos e estavam adorando a deuses inexistentes ou mundanos, ou até mesmo diabólicos, quando na verdade não.

A devoção a São Jorge cresceu no Brasil pelos escravos que, proibidos de adorar seus Orixás, passaram então a fazer seus pedidos, cultos e rituais fora das igrejas, associando a imagem de São Jorge a Ogum. Ogum é o Orixá da guerra, do fogo e da tecnologia. Ele que
criou as máquinas para a agricultura e ensinou as labores manuais. Ele ensinou aos
homens a trabalhar o ferro com o fogo. De gênio impaciente e determinado, este Orixá usa a espada para abrir seus caminhos e derrotar seus inimigos. Ele sempre vem em primeiro lugar, antes de todos. Representa o líder nato. Ogum usa seu poder e sua espada para socorrer rapidamente aquele que o invoca. Mas se for invocado de um modo negativo, ele deixará sua espada se abater sobre quem foi injusto.

Protege os agricultores, os soldados, os artesãos e seus filhos e todas as pessoas que pedem a sua ajuda nas lutas, na justiça ou até mesmo por melhores condições de vida. Orixá do elemento terra, Ogum é pleno de energia e empreendedor e suas decisões são rápidas. Ama a liberdade, mas é a sua falta de paciência que faz com que, às vezes, se torne rude, embora não deixe de ter calor humano.

Ogum São Jorge é muito solicitado para quebrar demandas e abrir caminhos. Afastar as
injustiças e inimigos.

As orações para Orixás têm muita força, mas são pouco conhecidas. Poucos sabem que orar para Ogum é orar para São Jorge e vice versa. Veja duas orações para Ogum e São Jorge para abrir caminhos e quebra de demandas.
Oração para São Jorge
Ó São Jorge, meu Santo Guerreiro e protetor, invencível na fé em Deus, que por ele sacrificou-se, traga em vosso rosto a esperança e abri os meus caminhos. Com sua couraça, sua espada e seu escudo, que representam a fé, a esperança e a caridade, eu andarei vestido, para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me
peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter, para me fazerem mal.

Armas de fogo ao meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo tocar. 


Ó Glorioso nobre cavaleiro da cruz vermelha, vós que com a sua lança em punho derrotaste o dragão do mal, derrote também todos os problemas que por ora estou passando.

Ó Glorioso São Jorge, em nome de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo estendei-me seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a vossa força e grandeza dos meus inimigos carnais e espirituais. Ó Glorioso São Jorge, ajudai-me a superar todo o desânimo e a alcançar a graça que agora vos peço (faça agora seu pedido justo).

Ó Glorioso São Jorge, neste momento tão difícil da minha vida eu te suplico para que o meu pedido seja atendido e que com a sua espada, a sua força e o seu poder de defesa eu
possa cortar todo o mal que se encontra em meu caminho. Ó Glorioso São Jorge, dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé, meu ânimo de vida e auxiliai-me em meu pedido. Ó Glorioso São Jorge, traga a paz, amor e a harmonia ao meu coração, ao meu lar e a todos que estão em minha volta. Ó Glorioso São Jorge, pela fé que em vós deposito: guiai-me, defendei-me e protegei-me de todo o mal. Amém.


Oração para Ogum
Ogum, meu Pai - Vencedor de demanda,
Poderoso guardião das Leis,
Chamá-lo de Pai é honra, esperança, é vida.
Vós sois meu aliado no combate às minhas inferioridades.      
Mensageiro de Oxalá - Filho de OLORUN.
Senhor, Vós sois o domador dos sentimentos espúrios,
depurai com Vossa espada e lança,
Minha consciente e inconsciente baixeza de caráter.
Ogum, irmão, amigo e companheiro,
Continuai em Vossa ronda e na perseguição aos
defeitos que nos assaltam a cada instante.
Ogum, glorioso Orixá, reinai com Vossa falange
de milhões de guerreiros vermelhos e
mostrai por piedade o bom caminho
para o nosso coração, consciência e espírito.
Despedaçai, Ogum, os monstros que habitam nosso ser,

Expulsai-os da cidadela inferior.
Ogum, Senhor da noite e do dia
e de mãe de todas as horas boas e más,
livrai-nos da tentação e apontai o caminho
do nosso Eu.
Vencedor contigo, descasaremos
na paz e na Glória de OLORUN.
Ogumhiê Ogum
Glória a OLORUN!

Claudia Vitalino.

Um afro abraço.
fonte:vidaeestilo.terra.com.br

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Voce sabe que foi Laudelina de Campos Melo (1904 - 1991)

Ativista sindical e trabalhadora doméstica. Sua trajetória foi marcada pela luta contra o
preconceito racial, subvalorização das mulheres e exploração da classe trabalhadora. Combateu a discriminação da sociedade em relação às empregadas domésticas, exigindo melhor remuneração e igualdade de direitos sociais. Sua atuação permitiu a regulamentação do emprego doméstico como fundadora do Sindicato das empregadas domésticas.

Laudelina nasceu em 12 de outubro de 1904, em Poços de Caldas, Minas Gerais. Aos sete anos de idade, começou a trabalhar como empregada doméstica, aos 16 anos deu início à sua atuação em organizações de cunho cultural, sendo eleita presidenta do Clube 13 de Maio, agremiação que promovia atividades recreativas e políticas entre os negros de sua cidade.

Aos 18 anos, Laudelina mudou-se para São Paulo, onde se casou, mudando-se para Santos em 1924. Participou junto com seu marido da agremiação Saudade de Campinas, grupo cultural negro de Santos. Somente depois da separação (1938), e já com seus dois filhos, ela passaria a agir de forma atuante em movimentos populares. Sua militância ganhou conteúdo político e reivindicatório com sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro, em 1936. Ainda em 1936, fundou a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país, fechada durante o Estado Novo, e voltando a funcionar em 1946. Trabalhou para a fundação da Frente Negra Brasileira, militando na maior associação da história do movimento negro, que chegou a ter 30 mil filiados ao longo da década de 1930.

Laudelina mudou-se para Campinas em 1955, entrou para o movimento negro da cidade e participou de atividades culturais e sociais, especialmente com o Teatro Experimental do Negro (TEN), cujo objetivo era elevar a autoestima e a confiança da juventude negra, através da formação de grupos de teatro e dança. Criou uma escola de música e de balé na cidade. Trabalhou como empregada doméstica até 1954, quando abriu seu próprio negócio, uma
pensão, e passou a vender também salgados nos dois campos de futebol da cidade (Guarani e Ponte Preta). A partir daí, ela se dedicou integralmente à militância sindical e cultural, inclusive promovendo, em 1957, um baile de debutantes (Baile Pérola Negra) para jovens negras, no Teatro Municipal de Campinas.

Fundou, com o apoio do Sindicato da Construção Civil do município de Campinas, o sindicato/associação das domésticas em Campinas. À frente da associação, apoiou dois
tipos de ações: um voltado para alfabetização, pois considerava que seria o primeiro passo para conscientização e entendimento da legislação trabalhista e consequentemente reivindicação dos direitos da classe; e atividades que tinham como objetivo estimular a solidariedade entre as trabalhadoras.

Laudelina acumulou experiência com a fundação das associações e foi convidada, a partir de 1962, para participar da organização de diversos sindicatos (ainda na forma de associação) da categoria, como o do Rio de Janeiro e o de São Paulo. A militância sindical não a fez deixar de lado as demandas sociais, sempre participando dos movimentos negros e feministas.
Durante o regime militar (1964-1985), ela passou a atuar no interior da igreja progressista, nas comunidades eclesiais de base. Entre 1968 e 1979, as atividades da associação de Campinas ficaram paralisadas. Mesmo assim, seguiu em defesa das domésticas e virou uma referência nacional na batalha pela regulamentação dos direitos das trabalhadoras domésticas. A atuação de Laudelina foi fundamental na década de 1970 para a categoria conquistar o direito à Carteira de Trabalho e à Previdência Social. Em 1982, ela auxiliou a
reestruturação da associação de Campinas, possibilitando a transformação da associação em sindicato, em 20 de novembro de 1988.

- Laudelina faleceu em 12 de maio de 1991 em Campinas, deixando sua casa para o sindicato de Campinas.

Um afro abraço.

fonte:http://cooperativalaudelina.net

quarta-feira, 20 de abril de 2016

21 de Abril-Movimentos nativistas e de libertação – Inconfidência Mineira

No século XVIII, a ascensão da economia mineradora trouxe um intenso processo de criação
de centros urbanos pela colônia acompanhada pela formação de camadas sociais intermediárias. Os filhos das elites mineradoras, buscando concluir sua formação educacional, eram enviados para os principais centros universitários europeus. Nessa época, os ideais de igualdade e liberdade do pensamento iluminista espalhavam-se nos meios intelectuais da Europa.

Na segunda metade do século XVIII, a economia mineradora dava seus primeiros sinais claros de enfraquecimento. O problema do contrabando, o escasseamento das reservas auríferas e a profunda dependência econômica fizeram com que Portugal aumentasse os impostos e a fiscalização sobre as atividades empreendidas na colônia. Entre outras medidas, as cem arrobas de ouro anuais configuravam uma nova modalidade de cobrança que tentava garantir os lucros lusitanos.

No entanto, com o progressivo desaparecimento das regiões auríferas, os colonos tinham grandes dificuldades em cumprir a exigência estabelecida. Portugal, inconformado com a diminuição dos lucros, resolveu empreender um novo imposto: a derrama. Sua cobrança serviria para complementar os valores das dívidas que os mineradores acumulavam junto à Coroa. Sua arrecadação era feita pelo confisco de bens e propriedades que pudessem ser de interesse da Coroa.

Causas
Esse imposto era extremamente impopular, pois muitos colonos consideravam sua prática extremamente abusiva. Com isso, as elites intelectuais e econômicas da economia mineradora, influenciadas pelo iluminismo, começaram a se articular em oposição à dominação portuguesa. No ano de 1789, um grupo de poetas, profissionais liberais, mineradores e fazendeiros tramavam tomar controle de Minas Gerais. O plano seria colocado em prática em fevereiro de 1789, data marcada para a cobrança da derrama.

Aproveitando da agitação contra a cobrança do imposto, os inconfidentes contaram com a mobilização popular para alcançarem seus objetivos. Entre os inconfidentes estavam poetas como Claudio Manoel da Costa e Tomas Antonio Gonzaga; os padres Carlos Correia de Toledo, o coronel Joaquim Silvério dos Reis; e o alferes Tiradentes, um dos poucos participantes de origem popular dessa rebelião. Eles iriam proclamar a independência e a proclamação de uma república na região de Minas.

Com a aproximação da cobrança metropolitana, as reuniões e expectativas em torno da inconfidência tornavam-se cada vez mais intensas. Chegada a data da derrama, sua
cobrança fora revogada pelas autoridades lusitanas. Nesse meio tempo, as autoridades metropolitanas estabeleceram um inquérito para apurar uma denúncia sobre a insurreição na região de Minas. Através da delação de Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou seus companheiros pelo perdão de suas dívidas, várias pessoas foram presas pelas autoridades de Portugal.

Tratando-se de um movimento composto por influentes integrantes das elites, alguns poucos denunciados foram condenados à prisão e ao degredo na África. O único a assumir as responsabilidades pela trama foi Tiradentes. Para reprimir outras possíveis revoltas, Portugal decretou o enforcamento e o esquartejamento do inconfidente de origem menos abastada. Seu corpo foi exposto nas vias que davam acesso a Minas Gerais. Era o fim da Inconfidência Mineira.

Tiradentes mártir?
É versão comum na historiografia a ideia segundo a qual Tiradentes teria sido o principal líder do movimento, o que explicaria a decisão da rainha de Portugal, d. Maria 1ª, de manter a pena de morte para Joaquim José da Silva Xavier ao invés de alterá-la, como fez em relação aos demais, para o banimento nas colônias portuguesas na África.

De fato, Tiradentes foi o único dentre os inconfidentes a assumir a participação na conspiração. Ato de coragem, sem dúvida, isso acabou encobrindo vários aspectos importantes, que afastam Joaquim José da Silva Xavier da figura de mártir construída no século 19, a partir da recuperação de seu exemplo pelos que defendiam a proclamação da República.

Há fortes indícios de que Tiradentes não ocupava senão um lugar marginal, secundário, nas articulações do movimento. Não era, portanto, seu principal líder, o cabeça do grupo.

O inventário de seu patrimônio também revela que Tiradentes possuía vestuário e mobílias semelhantes aos utilizados pela aristocracia da época. Sabendo-se que isso era fator importante de distinção social, trata-se de mais um indício que aponta para o fato de que a Inconfidência Mineira, apesar de seu caráter anticolonial, visava construir um Estado
independente, que garantisse o controle do espaço político e social aos grupos sociais representados em sua liderança.

Objetivos principais:
- Obter a independência do Brasil em relação a Portugal;
- Implantar uma República no Brasil;
- Liberar e favorecer a implantação de manufaturas no Brasil;
- Criação de uma universidade pública na cidade de Vila Rica.

A Questão da Escravidão
Mesmo tendo caráter separatista, os inconfidentes impunham limites ao seu projeto. Não pretendiam dar fim à escravidão africana e não possuíam algum tipo de ideal que lutasse pela independência da “nação brasileira”.

"Não havia consenso com relação à libertação dos escravos. Alguns inconfidentes, entre eles Tiradentes, eram favoráveis à abolição da escravidão, enquanto outros eram contrários e queriam a independência sem transformações sociais de grande impacto."

Curiosidades- A construção do Heroi ...
A partir da publicação de Norberto, intensificaram-se as alusões de Tiradentes com Cristo. Ter sido traído e morto por lutar pela salvação do povo/pátria foram características presentes na vida dessas duas figuras. A partir daí as representações imagéticas foram cada vez mais se assemelhando.
Dessa forma, Tiradentes estava cada vez mais presente no imaginário dos brasileiros, e aos poucos todos iam se identificando com esse homem. Começaram a ligar Tiradentes às principais transformações pelas quais passava o país: a Independência, a Abolição e a República. A sua aceitação veio, assim, acompanhada de sua transformação em herói
nacional, mais do que em herói republicano. Ele unia o país através do espaço, do tempo e das classes. Para isso, sua imagem precisava ser idealizada e a falta de documentos contribuiu para que esse processo fosse tranqüilo.

Aos poucos todos os regimes e movimentos políticos se apropriaram de alguma forma da imagem de Tiradentes. O governo republicano declarou o dia 21 de abril feriado nacional e, em 1926, construíram a estátua em frente ao prédio da Câmara. O governo militar em 1965 o declarou patrono cívico da nação brasileira e mandou colocar retratos seus em todas as repartições públicas. Durante o Estado Novo foram representadas peças teatrais, com apoio oficial, exaltando o herói. Nessa época também houve uma tentativa em modificar a representação tradicional. José Walsht Rodriguespintou Tiradentes como alferes, um herói cívico e um militar de carreira. Tentativa falha, pois até hoje quando pensamos em Tiradentes, o ligamos com aquela imagem barbuda, serena, imortalizada assim como a imagem de Cristo.

- Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava sua colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de respeito.

Um afro abraço.

fonte:www.historiadobrasil.net/https://pt.wikipedia.org/wiki/

terça-feira, 19 de abril de 2016

Escravidão Indígena x Escravidão Africana...

No século XVI, assim que os portugueses iniciaram a produção açucareira no Brasil, se inicia um debate sobre qual força de trabalho poderia ser empregado nesse tipo de negócio. Afinal de contas, para que o açúcar desse lucro em pouco tempo, era necessário uma produção em larga escala sustentada por um grande número de trabalhadores.

A escravidão, também conhecida como escravismo ou escravatura, foi a forma de relação social de produção adotada, de uma forma geral, no Brasil desde o período colonial até o final do Império. A escravidão no Brasil é marcada principalmente pelo uso de escravos vindos do continente africano, mas é necessário ressaltar que muitos indígenas também foram vítimas desse processo. A escravidão indígena foi abolida oficialmente pelo Marquês do Pombal, no final do século XVIII.   Desse modo, os colonizadores se dispuseram a promover a escravidão dos índios que ocupavam as terras ou dos africanos disponíveis do outro lado do oceano.


Escravidão Indígena.
Os portugueses realizaram a colonização dos índios de três formas: trabalho escravo utilizando a força bruta, aculturação do índio para que ele fosse separado da tribo e a utilização do indígena como trabalhador assalariado. No início do período colonial, os índios eram vistos como essenciais para os negócios do ciclo do açúcar.

A Coroa tinha interesses na escravidão indígena porque eles eram necessários para a produção dos engenhos. A partir de 1570, começaram a ser criadas leis que inibiam a escravização dos índios; porém, elas possuíam brechas e o procedimento continuou a ocorrer. Os colonizadores enfrentaram problemas para escravizar os índios brasileiros, porque muitos morriam de tanto trabalhar ou pelo contágio com doenças provenientes da metrópole.

Mesmo sendo mais acessível,  dos escravizados indígenas mostrava-se problemática por uma série de fatores conjunturais. Primeiramente, devemos destacar que os índios não eram acostumados a uma rotina de trabalho extensa, tendo em vista que privilegiavam uma economia de subsistência. Por outro lado, muitos deles morriam ao contrair as doenças trazidas pelo europeu, e aqueles que eram escravizados articulavam facilmente a sua fuga mediante o conhecimento do território.

Não bastando tais explicações, devemos salientar que a Igreja também teve enorme peso para que a escravidão indígena não ganhasse força no espaço colonial. Tal influência explica-se pelo fato de a Igreja ter o claro interesse em converter os índios à crença católica. Naturalmente, se esses índios fossem submetidos à escravidão, logo demonstrariam uma resistência maior em aceitar a religião do colonizador. Por fim, vemos que o próprio governo de Portugal expediu várias leis proibindo o apresamento indígena.


A igreja também teve grande influência no declínio da escravidão indígena, pois ela tinha interesse em catequizar os índios. Aos poucos, os índios foram substituídos pelos negros africanos, pois os senhores e os comerciantes viam o tráfico negreiro como um investimento bem maior.
 
Escravidão Africana

Os escravizados africanos mostrava-se como uma alternativa mais viável, tendo em vista que os portugueses já tinham fixado, desde o século XV, vários entrepostos ao longo do litoral africano. Ao mesmo tempo em que já dominavam essas rotas, o governo português logo percebeu que o tráfico de escravos para a América seria interessante, já que essa atividade também poderia gerar divisas para os cofres do Estado e tornou-se um negócio interessante para os portugueses, pois Portugal já tinha um certo domínio das regiões naquele continente e tinha o apoio da Igreja Católica, uma situação bem diferente do que aconteceu com os índios. O tráfico negreiro alavancava diversos aspectos da economia brasileira, como a área naval e a agrícola.

A escravidão se transformou em uma vertente da economia muito importante e o tráfico negreiro tornou-se cada vez mais intenso. Os escravos eram trazidos de forma precária nos navios e muitos morriam no caminho. Ao chegar ao Brasil, eles eram separados de amigos e familiares para que fossem vendidos aos grandes proprietários de terra.

Nas fazendas, os escravos eram obrigados a trabalhar na lavoura e viviam nas senzalas, um local que era habitado por todos os escravos. Eles eram obrigados a trabalhar por praticamente todo o dia. Além disso, não tinham uma boa alimentação e nenhuma condição de higiene. Existiam também os escravos domésticos que viviam na chamada Casa Grande e exerciam funções de confiança e desfrutavam de uma pequena comodidade.

Com a péssima condição em que viviam, eles não tinham uma alta expectativa de vida. Algumas vezes eram mortos ou torturados por seus donos. Diversas vezes, eles eram amarrados em troncos e açoitado
Para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano apresentava um melhor desempenho no trabalho com a lavoura, e o investimento em sua aquisição mostrava-se bastante rentável. Não bastando essas explicações de cunho econômico, a própria Igreja considerava que a escravidão africana seria um “castigo de Deus” contra os vários povos daquele continente, tomado pelas crenças politeístas e a própria religião islâmica.

Dessa forma, vemos que a escravidão africana se tornou predominante no espaço colonial brasileiro. Contudo, em certas regiões de menor desempenho econômico, vemos que a escravidão indígena se tornou em uma alternativa bastante comum. Geralmente, um escravo índio custava metade de um escravo vindo da África. Com isso, percebemos que os dois tipos de escravidão acabaram se mantendo ao longo de nossa história.

Os Quilombos
Quando os escravos fugiam, eles costumavam criar comunidades que receberam o nome de quilombos(originalmente, o nome significava um local de repouso de certas populações

nômades). Juntos, eles plantavam, pescavam e desenvolviam atividades de artesanato para que fossem utilizadas pela comunidade. Além disso, eles tentavam conviver em uma realidade parecida com a que tinham na África.

Os quilombos podiam ser encontrados em sua maioria nos seguintes estados: Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Alagoas, Bahia, dentre outros. Eles ficavam escondidos nas matas para que dificultasse uma possível captura dos quilombolas.

O quilombo mais importante foi o Quilombo dos Palmares, situado em Alagoas. Inicialmente, esse quilombo era habitado por poucos escravos; porém, após a invasão holandesa em Pernambuco, muitos escravos fugiram para esse quilombo. Ele chegou a ocupar uma faixa de 200 km e sofreu diversas tentativas de invasão pelos portugueses e holandeses. O líder desse quilombo foi Zumbi dos Palmares. O Quilombo dos Palmares somente foi destruído em janeiro de 1694, mas os quilombolas continuaram lutando até o ano de 1716.

Um afro abraço.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Contos Africanos esquecidos:A hora de partir

Mamãe lua sabia que as pessoas não queriam morrer. Elas desejavam, viver para sempre, como ela: nascendo, crescendo, minguando e reaparecendo toda-poderosa e cheia no céu. Então, em uma bela moite, mamãe lua chamou um lagarto e pediu que ele fosse à terra e dissesse para todos, homens, mulheres, meninos e meninas, que a partir daquele dia todos acordariam e viveriam até o final dos tempos.

─ Pode deixar, mamãe lua! Vou avisar todo mundo ─ disse o lagarto, deixando-a tranquila, pois sua mensagem chegaria para as pessoas rapidamente.
E o lagarto foi caminhando, todo bonito e faceiro, sempre parando para olhar alguma coisa ou conversar com alguém, em vez de se concentrar em sua missão. Quando estava no meio do caminho, encontrou uma árvore carregada de frutas bem madurinhas. Subiu na árvore e comeu, comeu, até ficar com a barriga bem cheia. “ Acho que vou descansar um pouquinho antes de continuar a minha viagem “ , pensou o lagarto. E ali mesmo, debaixo da árvore, dormiu.
A centopeia, que cuida para que a morte chegue no tempo certo para cada um, soube da mensagem que mamãe lua havia enviado para a terra. Preocupada, ela chamou um mongoose, um pequeno animal de pelo curto, muito ágil e esperto, e pediu:

─ Corra até a terra e diga a todos, homens, mulheres, meninos e meninas, que quando morrerem jamis voltarão a viver. Eles devem morrer pra sempre!
O mongoose chegou rapidamente à terra e avisou todas as pessoas que elas morreriam para sempre. Tempos depois, chegou o lagarto trazendo a menssagem da mamãe lua. Mas já era tarde demais. As pessoas estavam muito tristes.
Mamãe lua soube da situação e ficou muito brava com o lagarto:

─ Onde já se viu?
E foi ela mesma falar com todas as pessoas.
─ Eu não posso mudar a situção ─ lamentou. ─ A mensagem da centopeia chegou primeiro. Mas digo que, mais do que nunca, vocês devem viver intensamente cada momento, com muito amor e respeito à vida que existe em cada pessoa, bicho, planta, em cada grão de terra, em todo o universo. Porque todos nós somos um. Estamos ligados pela grande força da vida.
Mamãe lua abriu um grande sorriso e continuou:

─ E quando chegar o dia de vocês partirem para a terra dos espíritos dos seus antepassados

vocês viverão para sempre por meio das coisas que realizarem aqui, do amor que alimentarem e da vida que continuará nascendo, crescendo e morrendo neste planeta.
Uma paz imensa encheu o coração de toda a gente. E todos foram dormir porque o dia seguinte sempre será um novo dia.

Um afro abraço.

fonte:hypescience.com/10-civilizacoes-antigas-esquecidas/www.ifce.edu.br/...

terça-feira, 5 de abril de 2016

Sou o Bloco Afro Agbara Dudu significa em yorubá "Força negra"

Bloco afro fundado no bairro de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro em 4 de abril de 1982.
O nome Agbara Dudu significa em yorubá "Força negra". Considerado o primeiro bloco afro do Rio de Janeiro, ainda que existissem três anteriormente: Afoxé Os Filhos de Gandhi do Rio de Janeiro (fundado por trabalhadores da zona do Cais do Porto do Rio de Janeiro), Dudu Éwe..

"Afoxé, também chamado de candomblé de rua, é um cortejo de rua que sai durante o carnaval. Trata-se de uma manifestação afro-brasileira com raízes no povo iorubá. Geralmente, seus integrantes são vinculados a um terreiro de candomblé."

Etimologia
O termo "afoxé" provém da língua iorubá. É composto por três termos: a, prefixo nominal; fo, significa dizer, pronunciar;xé, significa realizar-se. Segundo Antonio Risério, afoxé quer dizer "o enunciado que faz acontecer".Características.
Para quem não conhece o candomblé e suas cantigas, o afoxé se parece com um bloco carnavalesco diferente, mas é o "candomblé de rua", segundo Raul Lody. As suas principais características são as roupas, nas cores dos orixás, as cantigas em língua iorubá, instrumentos de percussão, atabaques, agogôs, afoxés e xequerês. O ritmo da dança na rua é o mesmo dos terreiros, bem como a melodia entoada. Os cantos são puxados em solo, por alguém de destaque no grupo, e são repetidos por todos, inclusive os instrumentistas. Antes da saída do grupo, ocorre o ritual religioso (como a cerimônia do "padê de Exu" feita antes dos ritos aos orixás numa festa de terreiro). Afoxé é um cortejo de rua que tradicionalmente sai durante o carnaval de Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro.

É importante observar, nessa manifestação, os aspectos místico, mágico e, por conseguinte, religioso. Apesar de os afoxés se apresentarem aos olhos dos menos entendidos como simples bloco carnavalesco, fundamentam-se os praticantes em preceitos religiosos ligados ao culto dos orixás, motivo primeiro da existência e realização dos cortejos. Por isso, afoxé
também é conhecido e chamado por candomblé de rua. Os grupos de afoxés passam por grandes modificações, como todo o fato folclórico, sujeito e aberto às modificações socioculturais. Apesar de todas as modificações e desfigurações, esses grupos procuram manter valores e características de "africanidade" como: cânticos em dialetos africanos; uso de um instrumental de percussão, incluindo atabaques, agogôs e cabaças; utilização de cores e símbolos que possuam significados específicos dentro dos preceitos religiosos dos terreiros de Candomblé. Não obstante, surgiu o afoxé de caboclo ou afoxé de índio, criação natural do processo de aculturação e assimilação de novos valores.

Etimologia
O termo "afoxé" provém da língua iorubá. É composto por três termos: a, prefixo nominal; fo, significa dizer, pronunciar;xé, significa realizar-se. Segundo Antonio Risério, afoxé quer dizer "o enunciado que faz acontecer".

As agremiações conhecidas por índios do Brasil, Tribo Costeira da índia, índios da Floresta representam em Salvador as novas tendências; contudo, baseadas nas características dos afoxés africanos. Os grupos Império da África, Filhos de Ode, Mercadores de Bagdá, Cavaleiros de Bagdá, Filhos de Obá, Congos da África e Filhos de Gandhi representam as agremiações que procuram manter os valores "afro" tradicionais. Na cidade de Salvador, os dias dos afoxés ocorrem no domingo e terça-feira de carnaval, sempre à tarde. As
agremiações, além de desfilar pelo centro da cidade, visitam terreiros de Candomblé e casas de pessoas amigas. O espírito satírico é uma constante nessas apresentações. É comum observarmos troças que criticam os babalaôs jogando búzios, imitação dos negros nagôs com as marcas tribais no rosto e dos trabalhos braçais desempenhados pelos negros.

Dessa maneira, alguns costumes vinculados às raízes africanas são satirizados pelos próprios descendentes dessa cultura. O que realmente importa é a liberdade de criar
situações cômicas. As proposições dos afoxés e dos seus participantes modificam-se de grupo para grupo. Veremos, no desenrolar desse trabalho, o afoxé em Fortaleza baseado exclusivamente em preceitos religiosos, constituindo-se numa complexa liturgia. Observaremos, também, que o grupo de afoxé da cidade do Rio de Janeiro, Filhos de Gandhi, está baseado nos preceitos do ritual Gexá. E ainda os vestígios do afoxé nas cidades de Cachoeira e Recife, e outras significativas considerações sobre o afoxé e seu campo de ação. Os laços lúdico-religiosos que congregam as pessoas nos afoxés importam antes de mais nada pela manutenção de valores culturais; pertinentes ao afoxé e suas tradições negro-africanas, transpostas para o Brasil, adaptadas e assimiladas dentro de uma nova realidade.

- O afoxé Embaixada da África foi a primeira manifestação negra a desfilar pelas ruas da Bahia, em 1885. Em seu primeiro desfile, utilizou indumentária importada da África. No ano seguinte, surgiu o afoxé Pândegos da África.

Um afro abraço.

Lenilda Campos
fonte:www.dicionariompb.com.br/culturabancodobrasil.com.br/https://pt.wikipedia.org/

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...