UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sábado, 13 de outubro de 2012

A História da população negra no Brasil: Recuperação e Preservação


Os africanos no Brasil conseguiram preservar uma parca herança africana. Todavia, apesar de ter sido pequena, essa herança africana, somada à indígena, deixou para o Brasil, no plano ideológico, uma singular fisionomia cultural. Os negros trazidos como escravos eram capturados ao acaso, em centenas de tribos diferentes e falavam línguas e dialetos não inteligíveis entre si. O fato de todos serem negros não ensejava uma unidade linguístico-cultural quando submetidos à escravidão. A própria religião, que atualmente serve como união entre os afro-brasileiros, na época da escravidão, devido à diversidade de credos, os desunia. Em consequência, a diversidade linguística e cultura trazida pelos escravos, aliada à hostilidade entre as diferentes tribos e à política de evitar que escravos da mesma etnia ficassem concentrados nas mesmas propriedades, impediram a formação de núcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano.

Nossa história nossas raízes...

A História do Brasil finalmente incluiu a história de nossas negras raízes no currículo escolar. Sem deixar para trás, claro, a origem portuguesa e a indígena, o conteúdo tem de abordar a vinda involuntária dos africanos. Isso por que, em 2003, o que já deveria ser um direito virou lei. A obrigatoriedade do tema “História e Cultura Afro-brasileira e Africana" existe desde que foi aprovada a lei 10.639 (alterada para 11.645/2008) que tornou obrigatório o ensino da História da África dos afro-brasileiros e a inclusão do dia 20 de novembro no calendário das escolas da rede pública e privada de todo o país.
Com as mudanças grade curricular espara-se que seja recuperada a contribuição das
 mulheres e dos homens negros nas áreas sociais, política e cultural para a formação da 
sociedade brasileira. Afinal, o Brasil é um país multi-étinico e pluricultural, ou seja, foi 
construído por diferentes povos e culturas, mas é também negro, pois mais de 45% da 
população é negra. Na Paraíba, somam 63,3 % (PNAD, 2007) de todos os habitantes. A 
partir da sanção dessa lei, as instituições de ensino brasileiras passaram a ter de 
implementar o ensino da cultura africana, da luta do povo negro no país e de toda a 
história afro-brasileira nas áreas social, econômica e política. O conteúdo deve ser 
ministrado nas aulas de história e, claro, em todo o currículo escolar, como nas disciplinas de 
artes plásticas, literatura e música. E isso em TODAS as escolas de Ensino Fundamental e 
Médio das redes pública e privada.
Com as mudanças grade curricular espara-se que seja recuperada a contribuição das mulheres e dos homens negros nas áreas sociais, política e cultural para a formação da sociedade brasileira. Afinal, o Brasil é um país multiétinico e pluricultural, ou seja, foi construído por diferentes povos e culturas, mas é também negro, pois mais de 45% da população é negra. Na Paraíba, somam 63,3 % (PNAD, 2007) de todos os habitantes.

Racismo no Brasil...

O preconceito racial no Brasil é o que alguns autores chamam de preconceito “de marca”, ou seja, que recai sobre o fenótipo do indivíduo (tipo de cabelo, traços e cor da pele). Ele não recai diretamente sobre a ancestralidade, pois no Brasil as classificações raciais se baseiam mais na aparência física da pessoa do que na ancestralidade. É um racismo que aparece como expressão de foro íntimo, mais apropriado ao recesso do lar. A escravidão foi abolida, houve a universalização das leis, mas o padrão tradicional de acomodação racial não foi alterado, mas apenas camuflado. Apesar da tão falada “miscigenação brasileira”, um sistema enraizado de hierarquização social com base em critérios como classe social, educação formal, origem familiar e na raça continuaram. Se após a Segunda Guerra Mundial o darwinismo racial foi perdendo força e o conceito biológico de raça foi se desmontando, o “preconceito de cor” fazia às vezes da raça.

Lendas e historia de influencia afro- brasileira...

Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida
pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas
combinam fatos reais e históricos com fatos 
irreais que são meramente produto da 
imaginação aventuresca humana.
Com exemplos bem definidos em todos os 
países do mundo, as lendas geralmente
 fornecem explicações plausíveis, e até certo 
ponto aceitáveis, para coisas que não têm
 explicações científicas comprovadas, como 
acontecimentos misteriosos ou
 sobrenaturais. Podemos entender que lenda
 é uma degeneração do mito. Como diz o
dito popular "Quem conta um conto aumenta 
um ponto", as lendas, pelo fato de serem
 repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas.
Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do 
povo brasileiro. Devemos levar em conta que uma lenda não significa uma mentira, nem tão 
pouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma história para ser criada, 
defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no 
mínimo uma parcela de fatos verídicos.
Muitos pesquisadores, historiadores, ou folcloristas, afirmam que as lendas são apenas frutos 
da imaginação popular, porém como sabemos as lendas em muitos povos são "os livros na 
memória dos mais sábios".

Saci Perere

A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclo-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é origem Tupi Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno.
É uma criança, um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Pererê, que é pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos vermelhos. Ele também se transforma numa ave chamada Matiaperê cujo assobio melancólico dificilmente se sabe de onde vem.
Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos, etc. Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele não atravessa córregos nem riachos. Alguém perseguido por ele deve jogar cordas com nós em sem caminho que ele vai parar para desatar os nós, deixando que a pessoa fuja.
Diz à lenda que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento ou uma peneira, pode capturá-lo, e se conseguir sua carapuça, será recompensado com a realização de um desejo.


Nomes comuns: Saci-Pererê, Saci-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera, etc. 

Origem Provável: Os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando do Século XIX, em Minas e São Paulo, mas em Portugal há relatos de uma entidade semelhante. Este mito não existia no Brasil Colonial. 

Entre os Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se chamar Saci-Pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de uma só perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas. 

Também de acordo com a região, ele sofre algumas modificações: 
Por exemplo, dizem que ele tem as mãos furadas no centro, e que sua maior diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros dizem que ele faz isso com uma moeda. 
Há uma versão que diz que o Caipora, é seu Pai.

Dizem também que ele, na verdade eles, um bando de Sacis costuma se reunir à noite para planejarem as travessuras que vão fazer. 

Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado de uma horrível megera, ora sozinho, ora como uma ave.



O Negrinho do Pastoreio

O Negrinho do Pastoreio é uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil.
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém- comprados. No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando. ‘‘Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece’’, disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha. 

Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul.



Se liga: Aplicar o conteúdo da lei 10.639.
É um compromisso social de resgatar a 
dívida da sociedade brasileira para com o 
segmento negro e mestiço da sua população,
 reconhecendo o valor de sua cultura, sua
 dignidade e seu lugar na sociedade 
brasileira, bem como seu papel na 
construção de uma nova civilização. 
Incorporando o que nossa sociedade tem de
 sincretismo e miscigenação, o museu quer
 fazer uma releitura da história, da memória, da cultura e da identidade brasileira. Mas sempre 
perspectiva da população negra e tendo como ponto de partida o olhar e a experiência do 
próprio negro.

Este tema vem gerado polêmicas, uma vez que implica a redução de privilégios e coloca em pauta o racismo existente na sociedade brasileira. Todos os debates são fundamentais para que democraticamente se encontrem medidas para aumentar a presença da população negra nos bancos das universidades. Os dados sobre o ensino superior mostram que á uma exclusão  perversa no nosso país: 97% da população universitária brasileira são brancas contra 2% de negros e 1% de amarelos.
O desequilíbrio, num país em que mais de 45% da população é composta por negros/as, deixa explícito que são necessárias medidas urgentes para que sejam necessárias medidas urgentes para inserção da pessoa negra no ensino superior. Mas a solução das cotas, a única de caráter prático apresentada até o momento, está longe de ser uma unanimidade.  Mas não há dúvida da necessidade de se promover a igualdade, oferecendo oportunidades para a inclusão dos negros e das negras no Brasil.

Negros nos livros didáticos


Nos livros didáticos brasileiros, há uma 
invisibilidade dos negros e uma disparidade 
em  relação à representação de brancos. Em
 uma pesquisa, nos textos não verbais 
analisados, em apenas 11% há 
representação de negros, embora mais de 
40% da população brasileira se defina como 
preta ou parda. A representação dos negro 
nos livros escolares acontece scom uma
 ênfase no lado pejorativo e degradante 
dessas pessoas. Em mais de 72% das
 representações nos livros, o negro está
 exposto sob uma perspectiva negativa e em somente 30% de forma positiva. No meio 
escolar brasileiro, a representação dos negros no livro didático está normalmente associada 
com o que há de pior, com a delinquência, as drogas, a escravidão, a miséria, o lixo. 
Frequentemente fazem referências à cor do personagem 
de forma negativa. A maioria dos professores 
entrevistados diz não perceber essa representação 
negativa do negro ou não dá a devida importância ao 
tema, muitas vezes delegando o preconceito ao próprio 
aluno negro. 

Para a maioria dos professores, o racismo existente na 
sociedade não adentra o meio escolar. A ótica dos alunos, 
por outro lado, se mostrou mais aguçada quanto à 
percepção dessa discriminação. A maioria dos estudantes 
relataram que percebem que nos livros didáticos há uma 
maior representação do grupo branco do que do negro, 
apenas 11,11%  disseram que tanto brancos quanto 
negros são representados de forma igual. Porém uma 
minoria entende isso como uma manifestação de racismo. Os alunos, ao terem contato com o 
livro, associam os personagens ali contidos com os colegas de classe. Como a maioria dos 
negros são retratados de forma pejorativa no livro didático, os colegas negros passam a ser 
estigmatizados e ridicularizados, gerando sérios reflexos na sua formação.

 Um afro abraço.

Fonte: www.slideshare.net/www. bamidele.org.br/: Wikipédia, a enciclop

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

12 de Outubro : Dia da Padroeira do Brasil, das Crianças e do Descobrimento da América ...



Dia da Padroeira do Brasil:  " 
Uma Santa Negra "


No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de 
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.
Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe 
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome.
Em 1834 iniciou-se a construção da igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 06 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e deixou para a santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com o manto azul. Em 8 de setembro de 1904 foi realizada a solene coroação da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, em 1930, o papa Pio XI decreta-a padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo presidente Getúlio Vargas.

A construção da atual Basílica iniciou-se em 1946, com projeto assinado pelo 
Engenheiro Benedito Calixto de Jesus. A inauguração aconteceu em 1967, por ocasião da comemoração do 250.º Aniversário do encontro milagroso da imagem, ainda com o templo inacabado. O Papa Paulo VI ofertou à santa uma rosa de ouro, símbolo de amor e confiança pelas inúmeras bênçãos e graças por ela concedidas. A partir de 1950 já se pensava na construção de um novo templo mariano devido ao crescente número de romarias. O majestoso templo foi consagrado pelo Papa, após mais de vinte e cinco anos de construção, no dia 4 de julho de 1980, na primeira visita de João Paulo II ao Brasil.


A data comemorativa à Nossa Senhora Aparecida (aniversário do aparecimento da imagem no Rio) foi fixada pela Santa Sé em 1954, como sendo 12 de outubro, embora as informações sobre tal data sejam controversas. É nesta época do ano que a Basílica registra a presença de uma multidão incontável de fiéis, embora eles marquem presença notável durante todo ano.


A imagem encontrada e até hoje reverenciada é de terracota e mede 40 cm de 
altura. A cor original foi certamente afetada pelo tempo em que a imagem esteve mergulhada na água do rio, bem como pela fumaça das velas e dos candeeiros que durante tantos anos foram os símbolos da devoção dos fiéis à santa. Em 1978, após o atentado que a reduziu a quase 200 pedaços, ela foi reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Peritos afirmam que ela foi moldada com argila da região, pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus, embora esta autoria seja de difícil comprovação.

Seja qual for a autoria da imagem ou a história de sua origem, a esta altura ela pouco importa, pois as graças alcançadas por seu intermédio têm trazido esperança e alento a um sem número de pessoas.

Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos à Nossa Senhora Aparecida. 


Além da farta pescaria, muitos outros milagres são atribuídos a Nossa Senhora Aparecida como a libertação do escravo Zacarias, o cavaleiro ateu, a cura da menina cega e muitos outros. Em 1834 iniciou-se a construção da Igreja que hoje é conhecida como Basílica Velha. Em 1930, o Papa Pio XI decretou-a Padroeira do Brasil, declaração esta reafirmada, em 1931, pelo então presidente Getúlio Vargas. Nossa Senhora Aparecida é a Padroeira do Brasil, pois essa é uma terra abençoada com muitas riquezas e um povo com muita fé, solidário e de amor sem fim. 




A libertação do escravo Zacarias

O escravo Zacarias havia fugido de uma fazenda no Paraná e acabou sendo 
capturado no Vale do Paraíba. Foi caçado e capturado por um famoso capitão 
do mato e, ao ser levado de volta, preso por correntes nos pulsos e nos pés, 
e como passassem perto da capela da Santa, pediu permissão para rezar diante 
da imagem. Rezou com tanta devoção que as correntes milagrosamente se 
romperam, deixando-o livre. Diante do ocorrido, seu senhor acabou por 
libertá-lo.

O cavaleiro ateu
Um cavaleiro que passava por Aparecida, vendo a fé dos romeiros, zombou 
deles e tentou entrar na igreja a cavalo para destruir a imagem da santa. Na 
tentativa, as patas do cavalo ficaram presas na escadaria da igreja. Até 
hoje pode-se ver a marca de uma das ferraduras em uma pedra, na sala dos 
milagres da Basílica Nova.


A cura da menina cega
Uma menina cega, ao aproximar-se, com a mãe, da Basílica, olhou em direção a 
ela e, de repente, exclamou "Mãe, como aquela igreja é bonita." Estava 
enxergando, perfeitamente curada.




SINCRETISMO RELIGIOSO

Nossos irmãos escravos que ao Brasil chegaram, viram-se obrigados à sincretizar os amados Orixás a certos santos católicos. Desta maneira poderiam praticar a sua religião africana, sem serem punidos por seus "senhores ".
Oxum é Orixá que domina as mulheres de modo geral. É conhecida como Orixá da fertilidade, do amor e também a protetora das gestantes como Iemanjá.

Oxum tem grande atuação sobre as mulheres solteiras. Embora isso não seja uma regra, é ela quem protege a juventude. Oxum domina as cachoeiras e chefia uma das falanges da linha de Iemanjá, conhecida como a falange das sereias. Oxum consolida nos filhos da Umbanda a força da mediunidade, fortificando-a nos banhos de cachoeira.
Oxum representa a beleza e a pureza. Ela é evocada nos templos de Umbanda para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente dos nossos templos. Por representar a moral e o modelo de mãe, ela é respeitadíssima nos templos de Umbanda.

Oxum representa a fertilidade, é a ela quem recorrem as mulheres que desejam engravidar, sendo também como Iemanjá responsável pela gestação e pelos recém nascidos. A Oxum recorrem todos que se sentem angustiados, desprezados e estéreis. 

A atuação de Oxum nos trabalhos de Umbanda indica alguém extremamente caridoso, capaz de sacrifícios no lugar do próximo. Nos processos de descarga das pessoas que procuram nossos templos em busca de ajuda, é Oxum quem normalmente é evocada para efetuar inicialmente a limpeza fluídica. Oxum ajudará qualquer pessoa, independente dos sentimentos que alimenta, ela descarregará as pessoas através das sereias, seres elementais das águas manipulados pelo plano espiritual enviadas ao nosso plano físico.

Nas obrigações a Oxum são usadas rosas brancas sem os espinhos, velas de cor azul escuro e água pura. Deturpadores e chefes de terreiro mal preparados costumam levar suas correntes até as cachoeiras e lá depositam enorme quantidade de lixo e matanças, que em nada ajudarão essas pessoas que estão maculando um santuário consagrado a Oxum e a Xangô. Alguns levam bebidas como o champanhe, licor de cereja e outras bebidas, deixando lá as garrafas e as velas derretendo nas pedras, deixando imundo o local.

Oxum é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos. Tenha fé em Oxum, aumente sua devoção por ela, faça como os caboclos, os pretos velhos, crianças e protetores da Umbanda: respeite-a sempre.
Devido a sua característica de aliviar o sofrimento das pessoas que comparecem aos terreiros, conquistou o respeito e a confiança de todos os seguidores.

Oxum é o Trono irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.

A Orixá Oxum é o Trono Regente do pólo 
magnético irradiante da linha do Amor e
 atua na vida dos seres estimulando em 
cada um os sentimentos de amor, 
fraternidade e união.

Seu elemento é o mineral e, junto com 
Oxumaré, forma toda uma linha vertical 
cujas 
vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimensionais atuam sobre os 
seres e os estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção.

Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do 
Trono do Amor, que é o regente do sentido do Amor.
Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu
 elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.

Todos devem saber que a água é o melhor condutor das energias minerais e 
cristalinas. Por esta sua qualidade única, surgem diversos tipos de água, sendo que a
 água “doce” dos rios é a melhor rede de distribuição de energias minerais que temos
 na face da Terra. E o mar é o melhor irradiador de energias cristalinas.

Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelos rios é 
mineral. E justamente neste ponto, surgem confusões quando confundem a Orixá 
Oxum com Yemanjá.

A energia mineral está presente em todos os seres e também em todos os vegetais. E
 por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria
 a “atração” entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível 
mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências
 minerais ou de sentimento típicos de Oxum, a concepção em si mesma.

Saibam que a Ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e está na raiz do todo o 
saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os seres. É na 
Ciência dos Orixás que as lendas se fundamentam, e não o contrário. Leiam e releiam 
estes comentários até entenderem esta magnífica ciência divina e apreenderem suas 
chaves interpretadoras da ciência dos entrecruzamentos. Se conseguirem estas duas
 coisas, temos certeza que daí por diante entenderão porque a rosa vermelha é usada
 como presente pelos namorados e a rosa branca é usada é usada pelos filhos 
quando presenteiam suas mães. Ou porque se oferece rosas vermelhas para 
oferendar pomba-gira, rosas brancas para Yemanjá e rosas amarelas para oferendar
 Oxum, ou rosas “cor de rosa” para as crianças (Erês).

Saibam que, se todas são rosas, no entanto os 
pigmentos que as distinguem são os
condutores de “minerais” e de energias minerais. 
Para um leigo, todas são rosas. Mas para um
 conhecedor, cada rosa é um mistério em si mesma. 
E o mesmo acontece com cada cor, certo?

Logo, o mesmo acontece com cada Orixá 
Intermediário, que são mistérios dos Orixás
 Maiores.

Saibam também que todo jardim com muitas roseiras
 é irradiador de essências] minerais que tornam o 
ambiente um catalisador natural das irradiações de 
amor da divindade planetária que, amorosamente, chamamos de Mamãe Oxum.

Abaixo relaciono alguns exemplos deste sincretismo:



. OXALÁ = JESUS
. OXUM = SANTA LUZIA, NOSSA SENHORA
 APARECIDA, NOSSA SENHORA DAS
 CANDEIAS
. OXUMARÉ = SÃO BARTOLOMEU
. OXÓSSI = SÃO SEBASTIÃO
. OBÁ = SANTA CATARINA, SANTA MARTA
. XANGÔ = SÃO FRANCISCO ASSIS, SÃO PEDRO, 
SÃO JOÃO BATISTA, SÃO 
JERÔNIMO
. OGUM = SÃO JORGE, SANTO ANTONIO
. OBALUAIÊ = SÃO ROQUE
. NANÃ = SANTA ANA (MÃE DE MARIA)
. IEMANJÁ = MARIA MÃE DE JESUS, NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES
. OMULU = SÃO LÁZARO
. EWÁ = NOSSA SENHORA DAS NEVES
. IBEJI = SÃO COSME E DAMIÃO
. IANSÃ = SANTA BARBARA
. LOGUNEDÉ = SANTO EXPEDITO

Dia da Criança

Em 1920 o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de homenagear as crianças com a criação do Dia da Criança. Mais tarde, no dia 12 de outubro de 1924 o então presidente da república Arthur Bernardes, por meio do decreto nº. 4867, de 05 de novembro de 1924 oficializou o dia 12 como sendo o Dia das Crianças. Vale lembrar que somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção em conjunto com a Johnson & Johnson para lançar a “Semana do Bebê Robusto” aumentando as vendas é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu tão certo que a partir desse episódio é que o Dia das Crianças passou a ser comemorado com muitos presentes. 
Com o passar dos tempos, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança e os fabricantes de brinquedos resolveram escolher a data festiva para promoções e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para aliar a homenagem às crianças ao consumo dos brinquedos, já que esses marcam significativamente a infância de qualquer um. 
É importante ressaltar que o Dia das Crianças ocorre em datas diferentes em determinados lugares. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada no dia 15 de novembro, já em Portugal e Moçambique, a comemoração ocorre no dia 1º de junho. Às crianças da China e do Japão, tem no dia 5 de maio as suas comemorações e muitos outros países em decorrência do reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) do dia 20 de novembro como o Dia Universal das Crianças escolheram esse dia por ser a comemoração da Declaração dos Direitos das Crianças. 
O importante é que às crianças tem um dia dedicado especialmente a elas e nos faz refletir sobre os direitos e deveres que lhes cabem e principalmente sobre as responsabilidades que a família e a sociedade têm por garantir educação, cultura, cidadania e dignidade.


Dia do Descobrimento da América

Cristóvão Colombo nasceu em Gênova, na Itália, no ano de 1451 e pertencia a uma rica família de artesãos. Sua primeira aventura no mar ocorreu aos dez anos de idade e em 1476, com 25 anos, movido pelo espírito aventureiro ele naufragou ao largo do Algarve. Por conta desse naufrágio, acabou indo para Lisboa e relatos históricos narram que Portugal marcou Colombo não só pela língua, mas também por aguçar seus conhecimentos marítimos. 

Fez contato com os conhecimentos relacionados à navegação e à cartografia - saber comum, na época, em qualquer porto cosmopolita. Sua primeira aventura no mar aconteceu aos dez anos de idade.

Dizem que Portugal marcou Colombo não só na língua, mas também nos seus conhecimentos marítimos e no seu espírito aventureiro. Em outras palavras, dizem que Portugal é que fez de Colombo, Colombo.
Exagero ou não, a verdade é que o navegador genovês viveu um bom tempo em Lisboa e casou-se com uma abastada portuguesa da Ilha da Madeira. A única coisa que Portugal negou a Colombo foi a delegação de poderes para navegar com o apoio da coroa portuguesa.

Os Reis Católicos da  Espanha...

O reino de Portugal tinha consciência dos interesses econômicos e políticos que envolviam a corrida pelo domínio dos mares e das novas terras por descobrir.
Tentando manter seu monopólio sobre as navegações, os portugueses negam a Colombo, em 1485, a delegação de poderes para a navegação.

Em 1485, os portugueses negam a Colombo à delegação de poderes para a navegação coisa que ele só obtém mais tarde através dos reis católicos de Aragão e Castela em abril de 1492. Com carta branca para agir, Colombo partiu das ilhas Canárias comandando duas caravelas (Pinta e Nina) e de uma nau galega (Santa Maria), no dia 09 de setembro de 1492, rumo a novas rotas. 
Foi à frente de uma tripulação sedenta de riquezas e especiarias que no dia 12 de outubro do mesmo ano que o navegador genovês Cristóvão Colombo chegou à América. Após este fato, a Espanha deu início à exploração do continente americano se tornando uma das maiores potências econômicas do período.
Colombo realizou ainda mais três viagens à América e com a morte de sua mecenas, a rainha Isabel de Castela, o navegador ficou exposto aos acontecimentos políticos gerados com a descoberta da América e muito doente veio a falecer em Valladolid na Espanha no ano de 1506. 
Uma vez descoberta, a América foi colonizada principalmente por quatro povos, o espanhol, o português, o inglês e o francês. Vale lembrar que o continente americano é dividido geograficamente em: América do Norte, América Central (incluindo o Caribe) e América do Sul.

Os Colonizadores...

Uma vez descoberta, a América foi colonizada principalmente por quatro povos - espanhol, português, inglês e francês. De acordo com o tipo de interesse do colonizador em determinada região do continente, ocorreram formas de colonizar diferenciadas, na verdade duas: colonização de povoamento e de exploração.
Nas colônias de povoamento, as características básicas foram: pequena propriedade, policultura e mão-de-obra familiar, visando ao mercado interno. Já na de exploração, predominou a grande propriedade, a monocultura e o trabalho escravo, de olho no mercado europeu.

- Com essa descoberta, Colombo marca um tempo novo. Um tempo que mudou de forma significativa e irreversível a face do mundo: as relações políticas, econômicas e sociais entre os povos do ocidente.

Somos seres únicos, cada qual com seu dom especial.
mas, sem dúvida, reunimos todas as forças do Universo.”

Um afro abraço.

Fonte: www.olharpedagogico.com/  www.aomestrecomcarinho.com.br/
Consultoria religiosa: Mônica de Iansã,Cacau de Oxosse e Conceição d L‘issa(unegro/RJ).

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