Ao pensarmos a história dos movimentos sociais no Brasil é possível percebermos
um forte enfoque teórico vindo do marxismo, ora estão vinculados ao espaço
urbano, ora ao espaço rural. Apesar de a cidade ser o lugar onde os conflitos
de interesses ocorram com maior intensidade, tais movimentos, quando se
referiam ao espaço urbano possuíam várias temáticas como, por exemplo, questões
como a participação, a gestão democrática, a saúde, a educação, a moradia, a
melhoria da qualidade de vida, a geração de emprego e renda, e o
desenvolvimento econômico e social as lutas por creches, por escola pública,
transporte, saneamento básico entre outros. Na esfera rural, a diversidade de
temáticas expressou-se nos movimentos de bóias-frias, das regiões cafeeiras,
citricultoras, canavieiras, de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos
proprietários.
Cada
um dos movimentos possuía uma reivindicação específica, com um único objetivo,
demonstrar as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade
brasileira.
No
final do século XIX, e início do século XX, era muito mais comum a existência
de movimentos voltados ao meio rural, assim como movimentos que lutavam pela
conquista do poder político. Em meados de 1950, os movimentos nos espaços rural
e urbano adquiriram popularidade através da realização de manifestações em
espaços públicos como rodovias, praças... Mesmo diante da forte repressão
policial, que ocorreu nos anos 1960 e 1970, os movimentos não se calaram,
reivindicavam educação, moradia, e lutavam pelo voto direto. Em 1980
destacaram-se as manifestações sociais conhecidas como "Diretas Já".
Em
1990, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e as ONGs tiveram destaque,
ao lado de outros sujeitos coletivos, tais como os movimentos sindicais de
professores.
Simultaneamente
à essas ações coletivas que tocavam nos problemas existentes em todo o mundo
como a violência, por exemplo, existiam também ações coletivas que denunciavam
a concentração de terra, ao mesmo tempo em que apontavam propostas para a
geração de empregos no campo, a exemplo do (MST); ações coletivas que
denunciavam o arrocho salarial (greve de professores e de operários de
indústrias automobilísticas); ações coletivas que denunciavam a depredação
ambiental e a poluição dos rios e oceanos (lixo doméstico, acidentes com navios
petroleiros, lixo industrial); ações coletivas que tinham o espaço urbano como meio
para realização de suas manifestações/ reivindicações.
As
passeatas, manifestações em praça pública, difusão de mensagens via internet,
ocupação de prédios públicos, greves, marchas entre outros, são características
da ação de um movimento social. A ação em praça pública é o que dá visibilidade
ao movimento social, principalmente quando este é focalizado pela mídia em
geral. Os movimentos sociais são sinais de maturidade social que podem provocar
impactos conjunturais e estruturais, em maior ou menor grau, dependendo de sua
organização e das relações de forças estabelecidas com o Estado e com os demais
atores coletivos de uma sociedade.
Pesquisas
apontam que nas décadas de 1970 a 1980 vários trabalhos como: dissertações e
teses mostraram a influência dos movimentos sociais na formação da consciência
popular do direito à educação básica, à escola pública. Pesquisas têm mostrado
como a ampliação e democratização da educação básica e a inserção dos setores
populares na escola pública teve como um dos mais decisivos determinantes a
pressão dos movimentos sociais. Esta é uma relação bastante pesquisada e
reconhecida.
Movimento Negro:
Aí
atua toda a essência do movimento negro, não se baseando apenas em
probabilidades e teorias, mas em fatos empíricos experimentados nas diversas
ramificações dos negros na sociedade.
O
movimento está diretamente ligado às lutas não só contra o racismo e a
discriminação racial, mas também a xenofobia e intolerâncias correlatas.
No
Brasil lembramos dos grandes marcos como Zumbi, Revolta dos Malês, Chibata e
tantas representações de luta e resistência do povo negro (como acompanhamos em
outras matérias da Revista do Portal Raízes). O movimento negro é resultado de
uma série de manifestações decorrentes de um processo histórico. Não se pode
dizer onde ele nasce ou especificar algum lugar determinado, tal afirmação nos
limita, nos tira de uma visão de alpinista para nos deitar num acolchoado
particular. A amplitude do movimento negro é um conjunto de manifestações que
surgem de inquietações individuais e coletivas.
Mas
sem dúvida as manifestações contemporâneas do movimento negro no Brasil foram
influenciadas pelos diversos atos anti- discriminatórios que ocorreram nos
Estados Unidos na década de 60. No referido período o Brasil vivia sob o regime
político militar altamente repreensivo contra as reivindicações de massa, mas é
neste contexto que o movimento negro inicia as suas articulações no país.
O Serviço Nacional de Informações (SNI),
órgão responsável em coordenar as atividades de informação e contra-informação
em todo o país, produziu inúmeros relatórios à Segurança Nacional durante o regime
militar. Em 14 de julho de 1978 foram relatados os primeiros indícios do
Movimento Negro Unificado, o MNU, nas portas do Teatro Municipal no centro da
capital paulista. Uma concentração motivada a denunciar toda indução racista e
organizar a comunidade negra.
A
partir de 1988 surgem algumas publicações voltadas para a questão racial. Por
exemplo, o “Treze de Maio”, do Rio de Janeiro; “O Exemplo”, de Porto Alegre; em
São Paulo as denúncias raciais eram feitas pela “imprensa negra paulista”.
Ainda em 1920 surge os fundadores da Frente Negra Brasileira que depois
tornou-se um partido político em 1936 sendo extinto logo em seguida pelo Estado
Novo um ano depois. Em 1940. Histórias contadas a partir de entrevistas orais
foram objeto de estudos por pesquisadores do movimento negro muito tempo
depois.
Também
em 1988 comemorou-se o centenário da Abolição, que culminou numa série de
manifestações e protestos por partes dos militantes negros. Duas reivindicações
viraram leis e entraram para a Constituição: a criminalização do racismo
(Artigo 5º) e o reconhecimento de propriedade das terras de remanescentes de
quilombos (Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).
No
mesmo ano a Igreja Católica lança a Campanha da Fraternidade: “A Fraternidade e
o Negro”, com o lema: “Ouvi o clamor desse povo”, introduzindo o debate da
questão racial no seio da igreja. Daí surge a Pastoral Afro Brasileira e a
Associação de Padres Negros (APNs).
Em
1995 foi elaborada em Brasília a marcha em homenagem aos trezentos anos da
morte de Zumbi dos Palmares. Fernando Henrique Cardoso em seu primeiro ano de
governo cria o Grupo de Trabalho Interministerial para a Valorização da
População Negra, dando a partida nas primeiras iniciativas de ações afirmativas
na administração pública federal.
E
2001 foi o ano da III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, realizada na
cidade de Durban, na África do Sul, que mobilizou o governo e as entidades do
movimento negro em sua preparação e resultou em novos acontecimentos, como a
reserva de vagas para negros em algumas universidades do país e novos compromissos
assumidos pelo Estado em âmbito internacional. Resumindo Durban foi um marco
para a discussão de políticas afirmativas no Brasil. A intolerância em relação
às religiões de matrizes africanas também passou a ser mais debatida em fóruns
e congressos, obtendo respaldo na esfera política. Enfim, mesmo gerando
polêmica, a questão racial saiu de baixo dos tapetes e começou de fato a ser
discutida pela sociedade brasileira.
Atualmente
o movimento negro é composto por uma grande quantidade de coletivos que muitas
vezes divergem entre si nas reivindicações de políticas públicas, como no caso
das cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. Não há consenso no movimento negro
hoje sobre esses dois assuntos.
A
unanimidade pode ser observada na luta pela implementação da Lei 10.639, que
prevê a obrigatoriedade do ensino da África e do negro no Brasil nas escolas de
todo o país. A causa dos quilombolas também tem a adesão do movimento como um
todo.
Sem
falar na luta contra a discriminação racial, aonde todos defendem a aplicabilidade
da lei de discriminação racial, crime considerado inafiançável pela
Constituição, mas pela falta de conhecimento muitas vezes ela é confundida com
o crime de injúria e difamação, cuja pena é bem mais leve.
Contudo
essa militância vem buscando por viés político, educacional, ideológico,
cultural, religioso, gênero, artístico, entre outros a real e total liberdade
em todas áreas, buscando boa qualidade de vida, desmarginalização, educação,
inserção social, melhor moradia e saúde para o povo negro.
Bases legais constituição brasileira:
A lei reservará percentual dos cargos e
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os
critérios de sua admissão
Constituição Brasileira de 1988: |
A lei constitucional
estabeleceu a reservas de
vagas para deficientes físicos, o qual passou
a ser adotado em diversos concursos
públicos, com a ressalva de que oemprego ou
cargo não exija plena aptidão física. Isso
marca o inicío da reserva de vagas para
grupos específicos no Brasil. Com o tempo
, outros grupos sociais passam a pleitear a
cotização de vagas para "garantirem" uma participação mínima em certos setores da
sociedade como as universidades públicas.
vagas para deficientes físicos, o qual passou
a ser adotado em diversos concursos
públicos, com a ressalva de que oemprego ou
cargo não exija plena aptidão física. Isso
marca o inicío da reserva de vagas para
grupos específicos no Brasil. Com o tempo
, outros grupos sociais passam a pleitear a
cotização de vagas para "garantirem" uma participação mínima em certos setores da
sociedade como as universidades públicas.
Nas universidades, a
adoção de reserva de vagas começa em 2000, com a aprovação da lei
de 28 de dezembro de 2000. Esta lei garante a reserva de 50% das vagas, nas
universidades estaduais doRio de Janeiro, para estudantes das redes públicas municipal e
estadual de ensino. Esta lei passou a ser aplicada no vestibular de 2004 da Univercidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e na Univercidade Estadual Fluminence (UENF). A lei
3.708/01, de (9 de novembro, a confirmar) 2001, institui o sistema de cotas para estudantes
denominados negros ou pardos, com percentual de 40% das vagas das universidades
estaduais do Rio de Janeiro. Esta lei passa a ser aplicada no vestibular de 2002 da UERJ e
da UENF. Outras universidades, tais como aUnivercidade de Brasilia(UNB) e a Univercidade
Estadual da Bahia (UNEB) também aderem a tal sistema, tendo como critérios os
indicadores sócio-econômicos, ou a cor ou raça do indivíduo.
de 28 de dezembro de 2000. Esta lei garante a reserva de 50% das vagas, nas
universidades estaduais doRio de Janeiro, para estudantes das redes públicas municipal e
estadual de ensino. Esta lei passou a ser aplicada no vestibular de 2004 da Univercidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e na Univercidade Estadual Fluminence (UENF). A lei
3.708/01, de (9 de novembro, a confirmar) 2001, institui o sistema de cotas para estudantes
denominados negros ou pardos, com percentual de 40% das vagas das universidades
estaduais do Rio de Janeiro. Esta lei passa a ser aplicada no vestibular de 2002 da UERJ e
da UENF. Outras universidades, tais como aUnivercidade de Brasilia(UNB) e a Univercidade
Estadual da Bahia (UNEB) também aderem a tal sistema, tendo como critérios os
indicadores sócio-econômicos, ou a cor ou raça do indivíduo.
Existe também uma lei federais,
que é a Lei 10.558/2002, conhecida como "Lei de Cotas"
que "Cria o Programa Diversidade na Universidade, e dá outras providências". Além dessa
lei, há também o Decreto 4.876/2003, que "Dispõe sobre a análise, seleção e aprovação dos
Projetos Inovadores de Cursos, financiamento e transferência de recursos, e concessão de
bolsas de manutenção e de prêmios de que trata a Lei nº 10.558, de 13 de novembro de
2002, que instituiu o Programa Diversidade na Universidade". Esse decreto foi alterado pelo
Decreto 5.193/2004, que "Dá nova redação aos arts. 3º, 4º, 5º, 8º e 9º do Decreto nº 4.876, de
12 de novembro de 2003, que dispõe sobre a análise, seleção e aprovação dos Projetos
Inovadores de Cursos, financiamento e transferência de recursos, e concessão de bolsas de
manutenção e de prêmios de que trata a Lei nº 10.558, de 13 de novembro de 2002, que
instituiu o Programa Diversidade na Universidade". Vale destacar ainda o "Estatuto da
Igualdade Racial", como é conhecida a Lei 12.288/2010.
que "Cria o Programa Diversidade na Universidade, e dá outras providências". Além dessa
lei, há também o Decreto 4.876/2003, que "Dispõe sobre a análise, seleção e aprovação dos
Projetos Inovadores de Cursos, financiamento e transferência de recursos, e concessão de
bolsas de manutenção e de prêmios de que trata a Lei nº 10.558, de 13 de novembro de
2002, que instituiu o Programa Diversidade na Universidade". Esse decreto foi alterado pelo
Decreto 5.193/2004, que "Dá nova redação aos arts. 3º, 4º, 5º, 8º e 9º do Decreto nº 4.876, de
12 de novembro de 2003, que dispõe sobre a análise, seleção e aprovação dos Projetos
Inovadores de Cursos, financiamento e transferência de recursos, e concessão de bolsas de
manutenção e de prêmios de que trata a Lei nº 10.558, de 13 de novembro de 2002, que
instituiu o Programa Diversidade na Universidade". Vale destacar ainda o "Estatuto da
Igualdade Racial", como é conhecida a Lei 12.288/2010.
Controvérsias
Em Brasiia,
estudante protesta contra o sistema de cotas
Uma das contradições
relacionadas às cotas de
cunho racial frequentemente citadas diz respeito à
institucionalização do racismo: para alguns críticos,
a distinção de etnias por lei acabaria por agravar o
racismo já existente.
cunho racial frequentemente citadas diz respeito à
institucionalização do racismo: para alguns críticos,
a distinção de etnias por lei acabaria por agravar o
racismo já existente.
Ações de
inconstitucionalidade já foram propostas
contra o sistema de cotas. Outros também se
mobilizaram na defesa da reserva de vagas.
contra o sistema de cotas. Outros também se
mobilizaram na defesa da reserva de vagas.
Ocorre também que, ao
analisar o sistema de cotas
sua aplicabilidade e seus possíveis bônus ou ônus,
deve-se perceber que qualquer ação afirmativa
sua aplicabilidade e seus possíveis bônus ou ônus,
deve-se perceber que qualquer ação afirmativa
o
As
prioridades de qualquer sociedade avançada têm que ser a igualdade, o
progresso, a solidariedade, o acesso livre a cultura e educação, a sustentabilidade
ecológica, o bem-estar.
o
Existem
direitos básicos que deveriam estar cobertos nestas sociedades: direito a
moradia, ao trabalho, a cultura, a saúde, a educação, a participação politica,
ao livre desenvolvimento pessoal.
o
O atual
funcionamento do nosso sistema econômico e político (sistema representativo)
não atende a estas prioridades sociais e é um obstáculo para o progresso da
humanidade.
o
A
democracia parte do povo (demo=povo; cracia=governo) assim que o governo deve
ser do povo. Por outro lado, nesse país a maior parte da classe política sequer
nos escuta. As suas funções deveriam ser de levar a nossa voz as instituições,
facilitando a participação política cidadã mediante canais diretos, procurando
o maior benefício para o grosso da sociedade, mas o que eles fazem é enriquecer
as nossas custas, atendendo tão somente aos grandes poderes econômicos, lutam
apenas pelo poder, como uma disputa pessoal entre eles mesmos, nos impõem uma
ditadura política partidária que é encabeçada pelos mesmos políticos de sempre.
o
A
ganancia e a acumulação de poder nas mãos de poucos gera desigualdade e
injustiça, a qual conduz à violência, algo que não aceitamos. O obsoleto e
insustentável modelo econômico vigente bloqueia a máquina social em um espiral
que consome a si mesma, enriquecendo a poucos e afogando na pobreza e na
escassez a maioria da população, até que por fim, tudo isso se colapse e outra
vez, sejamos nós os prejudicados.
o
A vontade
e propósito desse sistema é a acumulação de dinheiro, prioridade por encima da
eficácia e bem-estar social. Mal gastando recursos, consumindo o planeta a uma
velocidade insustentável.
o
Os
cidadãos formam parte da engrenagem de uma máquina destinada a enriquecer uma
minoria que não sabe e não quer saber das nossas necessidades, tudo que pode
ser comercializado e mercantilizado será, a educação, a saúde e a cultura já
estão à venda e tantos outros direitos seguem o mesmo caminho.
o
Somos
anônimos, mas sem nós nada disso seria possível, porque somos nós que movemos o
mundo. Como sociedade aprendemos a não confiar o nosso futuro a uma abstrata
rentabilidade econômica que nunca termina em benefício da maioria, juntos
podemos eliminar as carências que todos sofremos.
o
É
necessária uma revolução ética, não podemos permitir que sigam colocando o
dinheiro por cima do ser humano.
Por que lutamos e como pensamos:
A UNEGRO é uma organização
social de
combate ao racismo autônoma, com
atuação no movimento negro e na luta
antirracismo, estamos nos preparando para
ampliar o leque de intervenção da entidade,
pois entendemos que assim como as
políticas públicas, as ações contra o racismo
devem ser transversalizadas, visto que a
desigualdade de negros e brancos se
constrói e enraíza em quase todos os
espaços políticos, econômicos, culturais
, sociais e ideológicos. As instâncias de
deliberações da UNEGRO são sua
coordenação, plenárias, assembléias e congressos, espaços de direção consagrados em
nosso Estatuto Social. Nossa relação com os partidos políticos - especialmente de esquerda
pois entendemos que os partidos defensores do atual sistema, defendem igualmente o
racismo – é de diálogo positivo e constante. Os Partidos são estruturas de poder,
defendemos que a população negra tem que estar dentro, sob pena de atentar contra seu
próprio empoderamento. Há na UNEGRO militantes de vários partidos, de fato a maioria é do
PCdoB, considero uma característica importante da militância da UNEGRO, pois reforça
nossa unidade interna e nos aproxima de um pensamento avançado para o Brasil
Acreditamos e temos visto na prática que a pauta partidária e a pauta do movimento negro
não são contraditórias, ao contrario, podem se retroalimentarem, porém nem sempre se
encontram, pois tem sentidos próprios.
A UNEGRO compreende que parte importante dos avanços conquistados pelo movimento
negro foi pauta ou pautado pelos partidos de
esquerda, compreendemos que o PCdoB, PT, PDT, PSB, PSOL, PSTU, PMDB e pessoas
sem qualquer vinculo partidário e que têm longa contribuição e serviços prestados a luta
contra o racismo .
combate ao racismo autônoma, com
atuação no movimento negro e na luta
antirracismo, estamos nos preparando para
ampliar o leque de intervenção da entidade,
pois entendemos que assim como as
políticas públicas, as ações contra o racismo
devem ser transversalizadas, visto que a
desigualdade de negros e brancos se
constrói e enraíza em quase todos os
espaços políticos, econômicos, culturais
, sociais e ideológicos. As instâncias de
deliberações da UNEGRO são sua
coordenação, plenárias, assembléias e congressos, espaços de direção consagrados em
nosso Estatuto Social. Nossa relação com os partidos políticos - especialmente de esquerda
pois entendemos que os partidos defensores do atual sistema, defendem igualmente o
racismo – é de diálogo positivo e constante. Os Partidos são estruturas de poder,
defendemos que a população negra tem que estar dentro, sob pena de atentar contra seu
próprio empoderamento. Há na UNEGRO militantes de vários partidos, de fato a maioria é do
PCdoB, considero uma característica importante da militância da UNEGRO, pois reforça
nossa unidade interna e nos aproxima de um pensamento avançado para o Brasil
Acreditamos e temos visto na prática que a pauta partidária e a pauta do movimento negro
não são contraditórias, ao contrario, podem se retroalimentarem, porém nem sempre se
encontram, pois tem sentidos próprios.
A UNEGRO compreende que parte importante dos avanços conquistados pelo movimento
negro foi pauta ou pautado pelos partidos de
esquerda, compreendemos que o PCdoB, PT, PDT, PSB, PSOL, PSTU, PMDB e pessoas
sem qualquer vinculo partidário e que têm longa contribuição e serviços prestados a luta
contra o racismo .
A UNEGRO valoriza os espaços
de igualdade racial instituídos pelo governo atual
entendemos que a institucionalização de espaços de igualdade racial na estrutura
administrativa do governo é um tiro certeiro no discurso da democracia racial propugnado
oficialmente pelo Estado brasileiro, interna e externamente, até inícios dos anos 2000
. Quando o Estado institui um órgão (SEPPIR), ligado a Presidência da República, dá um
recado eloqüente à sociedade brasileira da necessidade de combatermos o racismo e
produzirmos a igualdade entre negros e brancos.
Defendemos para o próximo governo a manutenção e fortalecimento institucional da SEPPIR,
e a capilarização de estruturas análogas descentralizadas regionalmente e em diversos
ministérios. Assim o Estado terámaior capacidade gerencial para dar real efetividade e
eficácia nas políticas de igualdade.
entendemos que a institucionalização de espaços de igualdade racial na estrutura
administrativa do governo é um tiro certeiro no discurso da democracia racial propugnado
oficialmente pelo Estado brasileiro, interna e externamente, até inícios dos anos 2000
. Quando o Estado institui um órgão (SEPPIR), ligado a Presidência da República, dá um
recado eloqüente à sociedade brasileira da necessidade de combatermos o racismo e
produzirmos a igualdade entre negros e brancos.
Defendemos para o próximo governo a manutenção e fortalecimento institucional da SEPPIR,
e a capilarização de estruturas análogas descentralizadas regionalmente e em diversos
ministérios. Assim o Estado terámaior capacidade gerencial para dar real efetividade e
eficácia nas políticas de igualdade.
Nós não consideramos as
bandeiras de lutas do movimento negro descaracterizadas, ao
contrário, todas são importantes para luta contra o racismo.
contrário, todas são importantes para luta contra o racismo.
No entanto, consideramos
insuficientes para emancipação de uma maioria populacional,
consideramos que parte importante das nossas bandeiras não dialoga com a necessidade
da população negra ascender e compartilhar o poder político e material no Brasil.
Consideramos uma fábula a idéia de que seja possível combater o racismo no marco do
sistema atual, por isso a luta pelo poder político é deve ser a razão da existência do
movimento negro. Defendemos que a luta atual do movimento negro tem que ter como
prioridade a ascensão de negros e negras no poder, para nele operar as mudanças com
objetivo de construir uma sociedade justa, sem racismo e sem nenhuma forma de racial.
consideramos que parte importante das nossas bandeiras não dialoga com a necessidade
da população negra ascender e compartilhar o poder político e material no Brasil.
Consideramos uma fábula a idéia de que seja possível combater o racismo no marco do
sistema atual, por isso a luta pelo poder político é deve ser a razão da existência do
movimento negro. Defendemos que a luta atual do movimento negro tem que ter como
prioridade a ascensão de negros e negras no poder, para nele operar as mudanças com
objetivo de construir uma sociedade justa, sem racismo e sem nenhuma forma de racial.
Não acreditamos
em bandeira específica,
singular, ao contrário, nossas bandeiras são
as mesmas do movimento negro brasileiro.
Construímos juntos somos coletivamente
autor e atores da luta racial no Brasil. Não
temos coelho em cartola. É assim
e tem sido assim nos estados. Hoje,
estamos incomodados com a quantidade de
propostas que não saem do papel. Somos o
um movimento social fértil em formulação,
pautamos o debate político no Brasil em
vários momentos, estamos capilarizados em quase todos os municípios brasileiros. Falta-nos
força política para dar materialidade em nossas propostas. A UNEGRO compreende que
somente com força e vontade política será possível as bandeiras de luta do movimento negro
ter real viabilidade.
singular, ao contrário, nossas bandeiras são
as mesmas do movimento negro brasileiro.
Construímos juntos somos coletivamente
autor e atores da luta racial no Brasil. Não
temos coelho em cartola. É assim
e tem sido assim nos estados. Hoje,
estamos incomodados com a quantidade de
propostas que não saem do papel. Somos o
um movimento social fértil em formulação,
pautamos o debate político no Brasil em
vários momentos, estamos capilarizados em quase todos os municípios brasileiros. Falta-nos
força política para dar materialidade em nossas propostas. A UNEGRO compreende que
somente com força e vontade política será possível as bandeiras de luta do movimento negro
ter real viabilidade.
A
UNEGRO compreende que o maior desafio para reparação do negro e da negra
brasileira
é o compartilhamento do poder político e econômico entre negros e brancos, não acreditamos
que as políticas públicas tenham potencial para reparar erros e dívidas seculares, quando
muito mitigam desvantagens. Temos que construir um país de iguais, isso é reparar.
é o compartilhamento do poder político e econômico entre negros e brancos, não acreditamos
que as políticas públicas tenham potencial para reparar erros e dívidas seculares, quando
muito mitigam desvantagens. Temos que construir um país de iguais, isso é reparar.
Um afro abraço.
REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:UNEGRO/Wenciclopedia livre.