UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

terça-feira, 10 de março de 2015

Africa: O Rei Moshoeshoe...

A terra montanhosa e pela maior parte arid que veio ser Basutoland foi povoado pertoBosquímanos (San, Qhuaique) até o fim do 1õ século. De então (de ) fujiu lá.

De ao redor 1820, um chefe local, Moshoeshoe (mo-SHWAY-shway-SHWAY-shway pronunciado), consolidou os povos dispersados para resistir invasores e transformou-se rei Moshoeshoe I no 1830s. Estabeleceu um capital do fortress no Thaba inacessível Bosiu no norte do tableland do Maluti em 1824 e resistiu com sucesso uma invasão do tribo Zulu em 1831.

Durante o reino de Moshoeshoe havia umas séries dos clashes com do A Laranja Livra O Estado, e com outros tribes nativos. Apesar de uma determinada quantidade de sucesso na batalha e no diplomacy hábil de Moshoeshoe o reino perdeu o território considerável. Um tratado tinha sido assinado com o boer de Griqualand em e um acordo feito com os Ingleses dentro que segue uma guerra menor. Entretanto, as disputas com a terra excedente do boer revived dentro e mais seriamente dentro . O boer teve um número de sucessos militares, matando possivelmente os soldados 1500 do basotho, e anexou uma extensão de que podiam reter seguir um tratado em Thaba Bosiu. A fim proteger seus povos, Moshoeshoe apelou aos Ingleses para o auxílio, e em março a terra foi colocado sob a proteção britânica e o boer foi requisitado sair. Um tratado foi assinado em Aliwal dentro entre os Ingleses e o boer que definem os limites do protectorate, a terra arable ao oeste do Rio De Caledon

remanescido nas mãos do boer e é consultado como ao território perdido ou conquistado. Moshoeshoe morreu dentro .DIA DE Moshoeshoe é comemorado no Lesoto a 11 de Março, dia em que o Rei Moshoeshoe I, fundador da nação Basotho, acredita-se que tenha morrido em 1870. Tornou-se rei há 190 anos, em 1823, e é considerado como um grande líder e diplomata que trabalhou para a preservação da língua do seu País, a arte e cultura através da língua Sesotho.

Rei Moshoeshoe
- Ele nasceu  Moshoeshoe em 1786, filho de Mokhachane, e era conhecido como Lepoqo, um nome que marcou a calamidade social do conflito que irrompeu na sua comunidade, quando ele nasceu. Mais tarde ficou conhecido como Moshoeshoe, nome atribuído após as letras dos versos de vitória que compôs depois de ter invadido 500 cabeças de gado do vizinho Chefe Moeletsi, enquanto imitava o cântico "sapato-sapatosapato" para descrever a sua vitória.

Isso ocorreu durante o tempo em que os nomes eram ferramentas importantes através do qual grandes eventos nacionais poderiam ser documentados e protegidos como lições para as

gerações futuras. O dia é importante para exortar os Basothos a promover e preservar a sua identidade e linguagem, uma vez que a linguagem funciona como um motor forte na definição da sociedade.

Durante as guerras de Lifaqane, Moshoeshoe e seu povo efectuaram uma grande caminhada de Menkhoaneng para Thaba Bosiu, em 1824, uma viagem de nove dias. Thaba Bosiu significa "montanha nocturna", e, segundo a crença local, o pico desta elevada montanha servia de fortaleza durante a noite, proporcionando assim uma grande defesa durante as várias guerras, incluindo a terceira guerra contra os fazendeiros bóeres no Estado Livre, em 1868.

Thaba Bosiu é, assim, imbuído de grande importância uma vez que a montanha está fortemente associada com a formação da nação Basotho. O túmulo de Moshoeshoe I no topo da montanha contribui para a santidade do local e esta paisagem foi declarada um monumento nacional, em 1967, devido à intangível riqueza cultural.

Este ponto ancestral tem um valor simbólico e um significado histórico. Assim, o Departamento Nacional de Cultura está a fazer esforços para garantir que a área seja atribuída um reconhecimento mundial, pois serve como uma lembrança constante daquilo que os Basotho são e donde foram "criados e cultivados" como uma nação, portanto, o berço do Lesotho, considerado sagrado e terra "distante" dos milagres e da profecia.

Moshoeshoe é celebrado pelo seu poder e sabedoria uma vez que deu refúgio a diferentes grupos étnicos durante as guerras Lifaqane e fora dessas comunidades ele "concebeu" o Basotho. O que o tornou notável foi a sua forte convicção de que para ganhar sabedoria e poder como um líder era preciso primeiro adquirir qualidades de clareza da mente, do coração e da bondade de serviço ao povo.

Neste dia, no Lesotho, são realizadas grandes comemorações simbólicas com a deposição
de coroas de flores na estátua de Moshoeshoe, palestras especiais são organizadas pela Biblioteca Nacional do Lesotho onde o legado e a ideologia de Moshoeshoe é revelada para os estudantes do ensino médio e da Universidade Nacional do Lesotho, a fim de manter que a sua memória esteja viva entre os jovens.

Os eventos deste dia coincidem com a rota do património anual de três dias a partir de Menkoaneng para Thaba Bosiu, seguindo os passos que este herói deu a partir do seu lugar de origem até onde fundou a nação chamada Basotho. Estas iniciativas de memória são uma plataforma através das quais os seres humanos conferem sentido a sua identidade e a sua relação para com o outro. Tais comemorações selam a ideia de que a cultura é uma força produtiva que não só molda os conceitos humanos e os impactos do seu comportamento, mas também contribui em grande medida para a melhoria do seu bem material e do mundo espiritual.

Em o protectorate foi anexado a . O basotho resistiu os Ingleses e dentro um chefe do sul, Moirosi, levantou-se na revolta. Levantar-se foi esmagado e Moirosi foi matado na luta. O basotho começou então a lutar amongst se sobre a divisão de terras de Moirosi. Os Ingleses estenderam o ato da preservação da paz do cape de para cobrir Basutoland e tentado desarmar os nativos. Muita da colônia levantou-se na revolta no Guerra Do Injetor (1880-1881), incorrendo víctimas significativas em cima das forças britânicas coloniais emitidas para subdue o. Um tratado 1881 da paz não quell a luta esporádica.

A inabilidade de cidade de cape controlar o território conduziu a seu retorno ao controle da coroa dentro como o território de Basutoland. A colônia foi limitada pelo Colônia Alaranjada Do Rio, Colônia Natal, e colônia do cape foi dividido em sete disricts administrativos - Berea, Leribe, Maseru, hock de Mohales, Mafeteng, Nek de Qacha e Quthing. A colônia foi governada pelo comissário residente britânico, que trabalhou com o pitso (ou pilso, conjunto nacional) de chefes nativos hereditary sob um chefe paramount. Cada chefe governou uma divisão dentro do território. O primeiro chefe paramount era Lerothodi, filho de Moshoeshoe. Durante Guerra De Boer a colônia era neutra para ambas as forças. A população era ao redor 125.000 (), 310.000 () e 349.000 ().

Quando foi fundado dentro a colônia foi controlado ainda pelos Ingleses e os movimentos foram feitos transferi-lo à união. Entretanto os povos de Basutoland opuseram este e quando o partido nacionalista do africano sul pôs suas políticas racist no lugar a possibilidade de
annexation foi parada. Em , um constitution novo deu a Basutoland sua primeira legislatura eleita. Isto foi seguido em abril com eleições legislativas gerais.

Basutoland foi rebatizado em cima da independência do Reino Unido...

Um afro abraço.

fonte:www.sardc.net/editorial/sadctoday/

domingo, 1 de março de 2015

8 de Março:Essas Mulheres Negras ;fizeram e fazem história cotidina neste país

A história do 8 de março começa na luta das mulheres trabalhadoras por melhores condições de trabalho e redução da carga horária em 1857. As operárias de uma fábrica têxtil em Nova York realizaram uma passeata pela redução da jornada, aumento salarial e descanso dominical. Devido à repressão policial, elas se refugiaram em uma fábrica, onde foram
trancadas pelo patrão e pelos policiais, que atearam fogo no estabelecimento, levando à morte todas as mulheres que estavam ali em greve, lutando por seus direitos...

"Na II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910, Clara Zetkin, militante socialista e revolucionária, propôs que o dia 8 de março fosse considerado como o dia internacional das mulheres, para que a história dessas operárias americanas não ficasse esquecida e para que as mulheres continuassem a luta tão necessária. "


De fato, muitas conquistas são atribuídas às mulheres, resultantes da luta por “autonomia e igualdade”. Mulheres jovens, adultas, idosas, negras, não-negras, indígenas, profissionais liberais, funcionárias públicas, donas de casa, políticas, mulheres de todos os segmentos da sociedade brasileira e mundial estão empenhadas em contribuir para o fortalecimento da cidadania das mulheres e a garantia de seus direitos na área da saúde, segurança, trabalho, habitação, cultura, educação, política, entre outros.

Das conquistas já efetivadas...

Uma ainda requer muito empenho e conscientização: o direto a não-violência. A violência contra a mulher se insere em uma problemática que, necessariamente, envolve questões ligadas à igualdade entre sexos. Trata-se de tema de grande complexidade, em função da carga cultural e ideológica contida nele. Foi culturalmente que homens e mulheres aprenderam que os homens eram superiores às mulheres e, por isso, eles deveriam ser obedecidos e respeitados. As mulheres viviam sob o domínio dos pais e depois passavam ao domínio dos maridos; se ficavam viúvas, aos filhos cabia a tarefa de “cuidar” das mães...

Muitas mulheres ainda vivem sob essa dominação masculina, especialmente dos maridos e companheiros. As mulheres se submetem ao poder do ser masculino, não porque eles sejam superiores, mas porque assim aprenderam a viver. Modificar essa situação depende de ampla mudança social, que promova igualdade, sem esquecer as diferenças que existem entre homens e mulheres, diferenças essas que não podem ser lembradas, pelo viés da violência.

Duas das mais expressivas políticas públicas implantadas no Brasil para o enfrentamento da violência contra a mulher são as Delegacias da Mulher e a Lei Maria da Penha. Em Araranguá, a Delegacia da Mulher foi instituída em 1989 e, apesar desses 24 anos de atuação, essa Delegacia Especializada (provavelmente as de outros municípios também), ainda enfrenta dificuldades para atender seu público específico: as mulheres vítimas de violência doméstica, especialmente em função de que a questão da violência requer um atendimento multidisciplinar, que vá além da prática policial, da repressão, mas que promova mudança nas relações entre os envolvidos pela violência. 



Já a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, ainda requer muito debate e atenção por parte de toda a sociedade para que cumpra, efetivamente, o seu propósito de atuar na prevenção da violência, na proteção às vítimas e na punição de agressores, evitando a sensação de impunidade e garantindo a eficácia no combate à violência. Tal instrumento jurídico é comumente “mal vista”, por homens de todas as classes sociais, porque, erroneamente, é entendida como uma lei “contra os homens”.

A mulher passa por uma tripla jornada: trabalho, tarefas domésticas e estudo.


A maioria das mulheres trabalham em empresas terceirizadas, onde seus direitos não são garantidos e seus salários são bem reduzidos. Além da exploração e da diferença salarial em relação ao homem, sofrem profundos assédios moral e sexual e violência no local de trabalho. No final de um dia cansativo de trabalho, são obrigadas a pegar o transporte coletivo caro e precarizado, para chegar em casa e ter que cuidar da família e dos afazeres domésticos, que tanto maltratam e danificam a capacidade física e intelectual da mulher trabalhadora que só prejudica a estadia das estudantes na universidade.

Nós Mulheres Negras um capitulo vergonhoso a parte...


A situação da mulher negra no Brasil de hoje manifesta um prolongamento da sua realidade vivida no período de escravidão com poucas mudanças, pois ela continua em último lugar na escala social e é aquela que mais carrega as desvantagens do sistema injusto e racista do país. Inúmeras pesquisas realizadas nos últimos anos mostram que a mulher negra apresenta menor nível de escolaridade, trabalha mais, porém com rendimento menor, e as poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial e ascender socialmente têm menos possibilidade de encontrar companheiros no mercado matrimonial.

Na atualidade não se pode tratar a questão racial como elemento secundário, destacando apenas a problemática econômica. A posição social do negro não se baseia apenas na possibilidade de aquisição ou consumo de bens. Ainda há uma grande dificuldade da sociedade brasileira em assumir a questão racial como um problema que necessita ser enfrentado e númeras pesquisas confirmam as dificuldades que implicam ser uma mulher

negra no Brasil. Elas ganham menos, são maioria entre as que sofrem violência sexual e doméstica, são mais mal tratadas no atendimento público de saúde e também são as maiores vítimas de homicídio, como comprova a pesquisa realizada pelo Ipea Enquanto esse processo de enfrentamento não ocorrer, as desigualdades sociais baseadas na discriminação racial continuarão, e, com tendência ao acirramento, ainda mais quando se trata de igualdade de oportunidades em todos os aspectos da sociedade.

Se liga: Uma em cada quatro mulheres que deram à luz em hospitais públicos ou privados relatou algum tipo de agressão no parto. Os dados do estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado“, mostram em escala nacional a incidência dos maus-tratos contra parturientes. Xingamentos, recusa em oferecer algum alívio para a dor, realização de exames dolorosos e contraindicados até ironias, gritos e tratamentos grosseiros com viés discriminatório quanto à classe social ou cor da pele foram apontados como tipos de maus tratos sofridos por quem deu a luz nos hospitais públicos e privados.

A discriminação racial na vida das mulheres negras é constante; apesar disso, muitas constituíram estratégias próprias para superar as dificuldades decorrentes dessa problemática, como a marcha das mulheres negras dia 18 de Novembro de 2015 em Brasilia.
"Estamos em marcha porque somos a imensa maioria das que criam nossos filhos e filhas sozinhas, as chefes de famílias, com parcos recursos e o suor de nosso único e exclusivo trabalho."

Estamos em Marcha:

 pelo fim do formicídio de mulheres negras e pela visibilidade e garantia de nossas vidas;
 pela investigação de todos os casos de violência doméstica e assassinatos de mulheres negras, com a penalização dos culpados;
 pelo fim do racismo e sexismo produzidos nos veículos de comunicação promovendo a violência simbólica e física contra as mulheres negras;
 pelo fim dos critérios e práticas racistas e sexistas no ambiente de trabalho;
 pelo fim das revistas vexatórias em presídios e as agressões sumárias às mulheres negras em casas de detenções;
 pela garantia de atendimento e acesso à saúde de qualidade às mulheres negras e pela penalização de discriminação racial e sexual nos atendimentos dos serviços públicos;
 pela titulação e garantia das terras quilombolas, especialmente em nome das mulheres negras, pois é de onde tiramos o nosso sustento e mantemo-nos ligadas à ancestralidade;
 pelo fim do desrespeito religioso e pela garantia da reprodução cultural de nossas práticas ancestrais de matriz africana;
 pela nossa participação efetiva na vida pública.

Buscamos num processo de protagonismo político das mulheres negras, em que nossas pautas de reivindicação tenham a centralidade neste país. Nosso ponto de chegada e início de

uma nova caminhada é 18 de novembro de 2015 dentre as atividades do Mês da Consciência Negra.
Conclamamos, a todas as mulheres negras, para que se juntem a esse processo organizativo, nos locais onde estiverem, e a se integrarem nessa Marcha pela nossa cidadania.

Imbuídas da nossa força ancestral, da nossa liberdade de pensamento e ação política, levantamo-nos – nas cinco regiões deste país – para construir a Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver, para que o direito de vivermos livres de discriminações seja assegurado em todas as etapas de nossas vidas.

ESTAMOS EM MARCHA !
“UMA SOBE E PUXA A OUTRA!”

fonte:UNEGRO/www.2015marchamulheresnegras.com.br/

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Um dialogo sobre responsabilidade social e Guiné Equatorial no carnaval brasileiro...

O governo da Guiné Equatorial dizer que não patrocinou a Beija-Flor, que venceu o carnaval com um enredo em homenagem ao país, e afirmar que a iniciativa partiu de “empresas
brasileiras”, a Odebrecht - uma das companhias citadas - negou, nesta quinta-feira, que tenha patrocinado o enredo da Beija-Flor. A empreiteira afirmou ainda que sequer realizou obras na Guiné.

“A Odebrecht não patrocinou o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro. A Odebrecht esclarece ainda que nunca realizou obras na Guiné Equatorial. A empresa chegou a manter um pequeno escritório de representação no país africano, mas ele foi desativado em 2014”, diz a nota.

Em 2011, segundo a “Folha de S. Paulo”, o diretor de relações institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, integrou a comitiva de uma viagem do governo brasileiro à Guiné. Na ocasião, o representante oficial da delegação brasileira...

O carnavalesco da Beija-Flor citou ainda a Queiroz Galvão — que, assim como a Odebrecht, está envolvida nas denúncias da Operação Lava-Jato — e o grupo ARG como financiadores do carnaval. Procurada, a Queiroz Galvão afirmou que vai se posicionar durante o dia. Em seu site oficial, o grupo ARG afirma que atua na Guiné desde 2007 e destaca a execução de duas obras rodoviárias no país: entre as cidades de Añisok e Oyala e a ligação entre Oyala e Mongomeyen. Nenhum representante do grupo ARG foi encontrado até o fim da manhã desta quinta-feira para comentar o caso.(De O Globo)

Sempre foi claro desde o princípio dos tempos que não se pode servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. É também claro e nítido que, nessa terra, se serve mais ao dinheiro do que a outra coisa qual seja ela. E aí, surge o horror de saber que a escola de samba Beija-flor recebeu 10 milhões de dólares da Guiné Equatorial, ( o que a escola nega veemente que fique registrado) um país marcado por miséria, violência, exploração sexual, desrespeito aos direitos humanos, guerra de tribos, ou seja, "degustando a versão gourmet" de tudo que temos de podre na nossa espécie. O desfile foi bacana e com um tom realista, pois trazia um leve odor de desigualdade. Mas desigualdade, a gente já conhece o cheiro e está acostumado.
A Guiné Equatorial é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, mas com um dos

piores IDH do planeta (144º lugar, segundo a ONU). Riqueza mal distribuída e concentrada na mão de pouquíssimos (políticos, é óbvio). Segundo órgãos internacionais, menos da metade de população tem acesso à agua potável e 1 em cada 5 crianças morre antes de completar 5 anos. O país tem um governo autoritário que viola direitos humanos, civis, políticos, enfim, todo tipo de direito. É considerado por organizações internacionais como um dos países com mais casos de trabalho escravo e exploração sexual no mundo. Enfim, a antessala do inferno, no carro de abre alas.

"A Guiné Equatorial presencia há mais de 30 anos uma das mais cruéis ditaduras do mundo, sendo um dos países mais pobres do continente africano. Obiang faz o que quer e governa por decreto. Ano passado, aqui mesmo, já escrevi sobre Obiang e a entrada de Guiné Equatorial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)."

De outro lado, temos a Suíça (3º IDH do planeta). Eles não têm petróleo, não tem mar, não tem ouro (deles pelo menos), não têm grandes tecnologias dominantes no planeta como os EUA, Alemanha ou Japão, nem grande mercado consumidor como a CHINA. Enfim, não têm nada que os fizessem ter o dinheiro que têm. Com a Suíça nos vem à mente a ideia de relógios precisos, chocolate de boa qualidade, montanhas com neve e homens bonzinhos vestido de verde e cantando uma musiquinha que nos faz lembrar pagamento (oleriteeeee....).
Entretanto, eles descobriram  que dinheiro é dinheiro desde sempre e resguardam desde os primórdios a imoral neutralidade útil (são amigos de Deus, mas também são parceiraços do Diabo) e com isso, as contas secretas (numeradas) que permitem que todo o dinheiro podre do planeta flua para lá e seja protegido por eles, drogas, corrupção, tráfico de gente, trabalho escravo, venda de arma ilegais, roubos de toda sorte e maneira. Os dentes de ouro arrancados das bocas de judeus e ciganos em Auschwitz viraram cifras e talvez ainda repousem nos cofres suíços sob o sigilo de suas leis. Por que implicar com o dinheiro dos nazistas se somos neutros, diriam eles. "Tragam seu dinheiro para cá,meine freunde"
Pois é isso... sempre valeu a máxima bíblica de que não se pode servir a Deus e ao dinheiro, mas ingênuo é quem acredita que ainda se tem dúvidas a quem servir nessa terra de expiação.


Em momento algum estou justificando a história de a Beija-Flor aceitar dinheiro da Guiné Equatorial, ainda mais se tratando de escola de samba (como outras tantas) que já teve seu nome associado à contravenção e outras fontes financeiras ilegais. Estou só dizendo que nada há de novo sob esse sol. Sou humano e nada do que é humano me é estranho (Terêncio). Acho imoral, mas não me surpreendo com minha espécie.

Mais minha gente...
Por mais que os carnavalescos da escola tentam explorar as belezas e lendas africanas, em determinadas partes do samba enredo notam-se as palavras “liberdade” e “igualdade“. São, de fato, palavras que não se encaixam na realidade de Guiné Equatorial. Este pequeno país africano tem uma considerável concentração de capital numa exígua parcela da sociedade,

enquanto a grande parte do povo vive na pobreza, sendo que este próprio povo é impedido de expressar suas opiniões e exercer seus direitos.

Finalizando:
Muitos brasileiros comemoraram o carnaval e o desfile e vitoria da Beija-Flor com entusiasmo e alegria, mais tendo conhecimento de que a maioria do povo da Guiné Equatorial; sobrevive com menos de 1 dólar por dia. enquanto o ditador veio ao Brasil com uma comitiva de aproximadamente 40 pessoas hospedadas no Copacabana Palace pagando  diária de R$7.000,00 por pessoa , bem entre outros gastos absurdos que não teria problema algum se fosse outra á conjuntura e trajetória destes gastos .... O luxo da Beija-Flor neste ano poderia ser investido em políticas sociais para este povo sofredor da Guiné Equatorial e nos deixa com um gosto amargo na garganta.
Mais também como fazemos com muitas mazelas no próprio Brasil fechamos os olhos para o que ocorre na África e aceitamos o dinheiro proveniente de regimes ditatoriais e da indústria petrolífera...

- Bem gente peguei pesado ? Acho que não e apenas um dialogo  como tantas outros que estão em vários sites e blogs...


Um afro abraço

fonte:www.niteroimais.com.br/http://www.carnavalesco.com.br/noticia/beija-flor-recebeu-r-10-milhes-da-guin-equatorial-segundo-jornal/

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Civilizações africanas da Antiguidade: O reino de Kush.

O antigo reino de Kush (ou Cuche) dominava uma região africana ao sul do Egito, na época
chamada Núbia, que hoje faz parte do Sudão. A princípio era uma colônia egípcia, mas depois conseguiu sua independência e dominou o Egito e boa parte do vale do rio Nilo. A civilização de Kush reunia a cultura egípcia e a de outros povos africanos.

Os cuchitas, como seu povo era chamado, eram africanos negros, agricultores na maioria, mas entre eles havia também artesãos e mercadores. Às vezes capturavam pessoas de outros povos e tornavam os cativos seus escravos.
O reino de Kush era muito rico, possuía minas de ouro e terras cultiváveis. Além disso, ficava numa ótima localização para comerciar com outros povos. Os cuchitas transportavam mercadorias pelo rio Nilo e também por estradas que levavam ao mar Vermelho. Vendiam ouro, incenso, marfim, ébano, óleos, penas de avestruz e pele de leopardo.Dentre os reinos núbios, um merece destaque: Kush (ou Cush). Não se sabe ao certo quando surgiu o reino de Kush, mas documentos egípcios já citam os kushitas desde o século 20 a.C. A primeira capital de Kush teria sido Kerma, na região da terceira catarata do Nilo, mas a capital kushita mais importante foi Napata, próxima da quarta catarata do Nilo. Muitos arqueólogos supõem que a transferência da capital para uma região mais ao sul foi uma forma de os kushitas se afastarem da ameaça egípcia.
Num revés da história, ainda pouco compreendido, mas ligado ao enfraquecimento do Egito, causado por disputas políticas internas, em 713 a.C. o rei kushita Shabaka invadiu e controlou o Egito, iniciando assim a 25ª Dinastia. No Antigo Testamento, encontramos várias citações sobre os temíveis guerreiros negros do império kushita.

Contudo, em sua expansão pelo delta do Nilo, os kushitas entraram em contato com guerreiros ainda mais poderosos: os assírios (da Mesopotâmia). O rei assírio Assaradão tentou conquistar o Egito governado pelos kushitas, mas foi derrotado. Seu sucessor, Assurbanipal, no entanto, ocupou o delta do Nilo em 663 a.C.

A partir de então os kushitas se retiraram para o sul e mantiveram o controle sobre a Núbia, a partir de Napata. A fim de se afastarem ainda mais dos conflitos do território egípcio, os kushitas transferiram sua capital para Meroé (século 6 a.C.), ainda mais ao sul. Essa cidade era um dos mais importantes entrepostos comerciais entre a África e o mar Vermelho, além de possuir ricas minas de ferro. (A tecnologia de fundição do ferro é uma das principais características dos povos africanos dessa região. Aliás, quando os portugueses chegaram à África, no século 15 d.C., aprenderam com os africanos como fundir ferro de maneira mais eficiente.)

Enquanto o Egito foi sucessivamente conquistado por assírios, persas, macedônicos e romanos, o reino de Kush (a partir de então também conhecido como reino Meroíta) manteve sua independência por mais 9 séculos (alguns historiadores falam em 8 séculos), controlando várias rotas comerciais que ligavam o interior da África ao mar Vermelho, e ainda mantiveram relações amistosas com os faraós da linhagem macedônica (os ptolomaicos).

Quando os romanos conquistaram o Egito e não conseguiram submeter os kushitas, cortaram
o comércio kushita com o Oriente Médio e o Mediterrâneo, o que levou Meroé a uma progressiva crise econômica. No século 4 d.C., a já decadente Meroé foi conquistada por povos vindo do Chifre da África (ou península Somali): os axumitas.


Um afro abraço.

fonte:www.brasilescola.com

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Carnaval:Ritmo acelerado de baterias é toque para orixás ...

"A sensação de ouvir foi, durante séculos, dominada pela percepção visual. Mesmo que
pesquisas científicas mais recentes tenham recuperado este sentido enquanto seus aspectos físico, cultural e mesmo social, discursos analíticos no campo da antropologia permanecem centrados no imagético e são poucos aqueles que contrapõem a discussão sobre o som à predominância da visualidade nas ciências humanas e sociais."

A oralidade é um fator decisivo nas civilizações africanas. Ela é a via condutora de todo o conhecimento ancestral passado de geração a geração. As palavras, os versos, os poemas que guardam a história, os mitos e ritos africanos são preservados pelos arquivos orais dos velhos e velhas. Mais do que o desenvolvimento da memória, a palavra é o veículo da verdade sagrada africana – verificável no mundo real - legada pelos antigos. Foi à palavra que preservou viva a memória coletiva africana.

Os ancestrais míticos e de osso – osso do mesmo osso – são invocados para dançar e despejar forças místicas – axé - sobre seus filhos e filhas. Na capoeira, os africanos aprenderam a arte da valentia na vida. Mais do que um jogo de roda, a capoeira é um jogo na “roda da vida”, com ataque, ginga, golpes traumáticos, desequilibrantes e de construção das identidades negras. A roda de samba é um pouco da síntese dessas rodas anteriores. O samba é um candomblé profano, onde são lembrados os ancestrais míticos do gênero. O samba é a capoeira do sambista, que desafia tudo e todos para criar sua referência cultural, em versos, prosas e música.

Se liga: A maioria das escolas nasceu no morro e tinha essa ligação forte com o candomblé. Dizem os antigos que os surdos de terceira (marcação) eram tocados apenas por ogans. São Sebastião ou Oxossi é padrinho da escola e da nossa bateria. Antes, o toque para ele era percebido porque desfilavam

O samba
Gênero musical binário, que representa a própria identidade musical brasileira. De nítida influência africana, o samba nasceu nas casas de baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de
Donga e Mauro de Almeida, em 1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20, quando desponta a geração do Estácio, fundadora da primeira escola de samba. Grande tronco da MPB, o samba gerou derivados, como o samba-canção, o samba-de-breque, o samba-enredo e, inclusive, a bossa nova.

A Escola de Samba
Uma coisa é o samba. Outra, a escola de samba. O samba nasceu em 1917. A primeira escola surgiu uma década mais tarde. Expressão artística das comunidades afro-brasileiras da periferia do Rio de Janeiro, as escolas existem hoje em todo o Brasil e são grupos de canto, dança e ritmo que se apresentam narrando um tema em um desfile linear. Somente no Rio, mais de 50 agremiações se dividem entre as superescolas e os grupos de acesso.
O desfile das 16 superescolas cariocas se divide em dois dias (domingo e segunda-feira de carnaval), em um megashow de mais de 20 horas de duração, numa passarela de 530 metros de comprimento, onde se exibem cerca de 60 mil sambistas. Devido à enorme quantidade de trabalho anônimo que envolve, é impossível estimar o custo de sua produção. Uma grande escola gasta cerca de um milhão de dólares para desfilar, mas este valor não inclui as fantasias pagas pela maioria dos componentes, nem as horas de trabalho gratuito empregadas na concretização do desfile (carros alegóricos, alegorias de mão, etc.). Com uma média de quatro mil participantes no elenco, cada escola traz aproximadamente 300 percusionistas, levando o ritmo em sua bateria, além de outras figuras obrigatórias: o casal de mestre-sala e porta-bandeira (mestre de cerimônias e porta-estandarte), a ala das baianas, a comissão de frente e o abre-alas.
Primeira escola de samba: Deixa falar, fundada em 12 de agosto de 1928, no Estácio, Rio de Janeiro, por Ismael Silva, Bide, Armando Marçal, Mano Elói, Mano Rubens e outros sambistas (foi extinta em 1933).

Primeiro desfile oficial: Carnaval de 1935, vencido pela Portela.

A Percussão um toque a parte: Identidade...

Além de serem considerados instrumentos básicos na sustentação rítmica de uma bateria, as caixas e os taróis são os maiores responsáveis pela identificação musical de cada bateria. Caracterizados pelos distintos estilos de batidas que podem proporcionar, os instrumentos variam seus toques a cada escola por onde passam. Um dos responsáveis pela direção de

bateria da premiada Tabajara do Samba, Junior Sampaio sempre possuiu uma forte ligação com o instrumento e revelou que não é do nada que cada escola definiu sua batida, fato que possui uma relação com as famosas batucadas dos orixás.

O mesmo orixá protege a bateria da Verde e branco de Padre Miguel. Isso tornaria o toque das duas igual? Não. Mestre Bereco esclarece a característica peculiar da Mocidade, que custou pontos à escola no ano passado, por desconhecimento dos jurados – maioria de formação clássica.

– Enquanto nas coirmãs o primeiro surdo de marcação é grave, o nosso é agudo, o segundo (surdo) é grave e o terceiro uma nota acima do primeiro, mais aguda. Na justificativa de um dos jurados perdemos ponto porque, em vez de voltarmos das paradinhas tocando como as outras escolas, voltamos tocando invertido. O toque
invertido é uma característica da escola desde os tempos do mestre André.

Para o mestre de bateria da Mocidade, a inclusão de palestras de ex-mestres como Paulinho Botelho (ex-Beija-Flor) e Odilon Costa (ex-Grande Rio) no curso de jurados da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) ajudaria a levar aos julgadores um pouco da história das baterias:

– Os jurados têm que buscar estudar os fundamentos das baterias. Eles têm conhecimento e seria uma troca de informações bem interessante – acredita Bereco.

Orixá importado

Ex-comandante dos ritmistas do Império Serrano, mestre Átila levou para a Vila Isabel – que tem devoção à Nossa Senhora Aparecida (Oxum), mas não a reverenciava no toque da bateria – seu surdo de terceira em homenagem a Ogum:

– Os mestres de bateria antigos têm essa relação com os terreiros de umbanda. Os toques de
surdos de terceira têm essa identificação com os orixás. No Império já tinha esse toque para Ogum. Eu o levei para a Vila.

Mesmo sem ser seguidor de religiões de matriz africana, mestre Ciça não interferiu na tradição dos ritmistas da Grande Rio, sua escola há dois carnavais.

– Não tenho muito isso comigo, não. Meu estilo é muita caixa. Mas tem um grupo que toca para Ogum, sim, no surdo da Grande Rio – confirma o mestre de bateria.

Devoto de São Jorge, mestre Marcone, da Imperatriz, não gosta de misturar sua crença com as tradições da escola:

– Não há nenhum toque na bateria para o padroeiro da escola, que é São Judas Tadeu (Xangô). Sou devoto de São Jorge, mas é uma coisa pessoal e não confundo com o trabalho. Sou passageiro. Hoje estou lá, amanhã não estou mais.

Tradição em questão

.Há entre as escolas de samba, em suas origens remotas, e as casas de candomblé uma série de semelhanças que merecem ser destacadas. Estamos falando de duas instituições que funcionaram como instâncias de integração comunitária, fundamentadas na noção de pertencimento ao grupo e fincadas em uma série de rituais; todos eles alicerçados nos
princípios da tradição, da hierarquia e da etiqueta (entendida aqui como um conjunto de procedimentos normativos típicos de sociedades de corte - como eram, aliás, as sociedades africanas desarticuladas pela diáspora nos tumbeiros).

A ancestralidade africana do samba e dos candomblés e todas as implicações dos quatro séculos de escravidão no Brasil fizeram, ainda, das agremiações e das casas de culto verdadeiros templos de afirmação e invenção de identidade. Colocaram no centro da cena, como protagonistas, populações economicamente subalternas que, pela cultura, assumiram o protagonismo de suas próprias vidas.
Além desses fatores simbólicos mais gerais, a ligação íntima entre a religiosidade e o samba aparece com frequência quando estudamos o nascimento das escolas. Pais e mães de santo participaram, constantemente, dos núcleos originais das agremiações e, não raro, funcionaram como verdadeiros esteios deste processo.Com as constantes modificações do samba, muitas escolas viram sua característica básica, quando fala-se do tipo de levada da caixa, ser modificada ou até perdida no tempo. Ciente do fato, e até recentemente vivido uma situação parecida, Lolo comentou a tão polêmica alteração nas batidas, que estão sendo realizadas com uma frequência maior nos dias de hoje.

Ao analisar a dança dos orixás, não podemos nos limitar à observação superficial em relação às diversas mímicas dançadas, como: "Oxum mira-se no seu espelho, portanto é vaidosa".

Com relação à coreologia, isto é, ao estudo da dança, como fundamentado, entre outros, por Rudolf von Laban (1950), convencionou-se em definir quatro elementos básicos para uma descrição do movimento: tempo, espaço, peso e fluência. O caráter "mocional", ou seja, o caráter arquetípico de cada um dos quatro orixás enumerados acima e expressado em movimento, encontra assim a sua correspondência direta e clara:





Omolu: peso
Oxumaré: fluência


Oxum: tempo
Iansã: espaço

“A sociedade brasileira é construída sobre uma revisão das civilizações africanas. A dinâmica da sociedade é a mesma há cinco séculos, mas as questões mudaram e hoje temos a lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira na rede escolar.

Um afro abraço.
fonte:odia.ig.com.br/.../o.../especial-caixa-e-tarol-identidade-sonora/www.radio.uol.com.br/letras-e-musicas/samba-enredo/

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