UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

terça-feira, 25 de outubro de 2011

africa: Reis e Rainhas que deixaram sua história


HATSHEPSUT
A Rainha mais habilidosa de uma Antiguidade Distante (1503 – 1482 A.C.).

Hatshepsut subiu ao poder depois que seu pai, Thutmose I, estava com paralisia. Ele designou Hatshepsut como sua principal ajudante e herdeira para otrono. Enquanto vários rivais masculinos buscavam o poder, Hatshepsutresistiu aos desafios deles para permanecer líder daquela que era até então a principal nação do mundo. Para ajudar a aumentar sua popularidade com o povo do Egito, Hatshepsut teve vários templos espetaculares e pirâmides erguidas. Algumas das altíssimas estruturas ainda hoje permanecem como uma lembrança da primeira governante real de uma nação civilizada. Ela realmente foi ” A Rainha mais Habilidosa de uma Antiguidade Distante” e permaneceu assim durante trinta e três anos.



THUTMOSE I1II
Faraó do Egito (1504 – 1450 A.C.)

Thutmose III era membro de uma das maiores famílias na história da realeza africana, ma família que pôs a base para a 18ª Dinastia do Egito antigo. Mas sua família também foi a fonte de sua maior frustração, pois ele sempre acreditou que ele deveria ter chegdo ao poder antes de sua irmã, Hatshepsut, provocando assim uma tremenda irritação na maior parte de sua vida. Ironicamente, entretanto, foram as tarefas que ela lhe deu que não só ajudaram em sua elevação ao poder, mas também lhe ajudaram a aprender e entender as responsabilidades de sua posição na realeza. Thutmose III eventualmente superou sua raiva para se tornar mais importante dos Faraós na história egípcia, um homem que será lembrado como um grande guerreiro que fortaleceu a soberania do Egito e que expandiu sua influência pela Ásia Ocidental

TIYE
A Rainha Núbia do Egito (1415 – 1340 A.C

No 14º século A.C., uma mulher sábia e bonita de Nubia capturou o coração do faraó, e assim ela mudou o curso da história. Amenhotep III, jovem dirigente egípcio, foi tão levado pela beleza, intelecto e vontade de Tiye, que ele desafiou os sacerdotes e os costumes de sua nação, proclamando esta cidadã de Nubia como sua grande Cônjuge Real. Ele expressou publicamente de várias maneiras seu amor por sua linda rainha negra, fazendo dela uma pessoa célebre e rica em seus próprios direitos. Ele tomava vários conselhos dela em assuntos políticos e militares e depois declarou que, como ele
tinha a tratado em vida, assim ela deveria ser descrita na morte, a sua igualdade.

NEFERTARI
Rainha Nubia de Egito (1292 – 1225 A.C

Uma das muitas grandiosas rainhas da Nubia, Nefertari é anunciada como a rainha que se casou para a paz. O matrimônio dela com o Rei Rameses II do Egito, um dos últimos grandes faraós egípcios, começou estritamente como um movimento político, com o poder sendo compartilhado entre dois líderes. Isso não só se transformou em um dos maiores casos de amor na realeza da história, mas colocou um fim na guerra dos 100 anos entre Nubia e Egito. Mesmo até hoje, um monumento permanece em honra da Rainha Nefertari. Na realidade, o templo que Rameses construiu para ela em Abu Simbel, é
uma das maiores e mais belas estruturas construidas para honrar uma esposa e celebrar paz.

MAKEDA
Rainha de Sheba (ou Sabá) (960 A.C

Ela deu para o rei 120 talentos de ouro, variados temperos e pedras preciosas; lá não chegou mais nenhuma abundância de temperos como estes que a Rainha de Sheba deu ao Rei Salomão “. (Reis, 10:10) A passagem Bíblica recorre aos presentes que Makeda apresentou ao Rei Salomão de Israel em sua famosa viagem para visitar o monarca de Judá. Mas o presente de Makeda para Solomon se estendeu além de objetos materiais; ela também lhe deu um filho, Menelik I. A notável semelhança do menino com o avô (o grande Rei Davi) incitou Salomão a re-batizar Menelik. Salomão mais tarde re-nomeou seu filho como seu próprio pai, o Rei Davi.

TAHARQA
Rei de Nubia (710 – 664 A.C

Com dezesseis anos, este grande Rei de Nubia conduziu seus exércitos contra os assírios que invadiam seu aliado, Israel. Esta ação lhe deu um lugar na Bíblia (Isaias 37:9, 2 Reis 19:9). Durante os 25 anos de seu reinado, Taharqa controlou o maior império da África antiga. Seu poder só foi igualado pelos assírios. Estas duas forças sempre estavam em conflito, mas apesar da guerra contínua, Taharqa pôde iniciar um programa de construção ao longo do império que estava subjugando em extensão. Os números e a majestade
de seus projetos eram legendários, com o maior sendo o templo a Gebel Barkal no Sudão. O templo foi escavado da pedra viva e enfeitado com imagens de Taharqa com mais de 100 pés de altura.

HANNIBAL
Dirigente de Cartago (247 – 183 A.C

Considerado um dos maiores generais de todos os tempos, Hannibal e seus poderosos exércitos africanos conquistaram as porções principais da Espanha e da Itália, e estiveram muito perto de derrotar o superpoderoso Império Romano. Nascido em Cartago, país ao norte da África, Hannibal tornou-se general do exército aos vinte e cinco anos. Seus audaciosos movimentos como marchar com o exército em elefantes africanos de guerra pelos Alpes traiçoeiros para surpreender e conquistar o norte da Itália, e seu gênio tático, foram ilustradados pela batalha de Cannae onde seu exército, aparentemente capturado, com inteligência cercou e destruiu uma força romana muito maior, lhe rendeu um reconhecimento que se espandiu por mais de 2000 anos.

CLEÓPATRA VII
Rainha do Egito (69 – 30 A.C)

A mais famosa das sete matriarcas com este nome, Cleópatra subiu ao trono aos dezessete anos. A jovem rainha é freqüentemente retratada de forma errada como uma caucasiana (raça branca), porém ela tinha descendência grega e africana. Dominando vários idiomas diferentes e vários dialetos africanos, ela foi um importante instrumento além das fronteiras do Egito. Se esforçando para dar ao Egito a supremacia mundial, Cleópatra recrutou os serviços militares de dois grandes líderes romanos. Ela persuadiu Júlio César e, depois, Marco Antônio para renunciar as submissões romanas deles para lutar em nome do Egito. Porém, cada um conheceu a morte assim que os sonhos de conquistas de Cleópatra se realizaram. Desanimada, Cleopatra se matou, colocando um fim na vida da rainha africana mais célebre do mundo

TENKAMENIN
Rei de Gana (1037 – 1075

O país de Gana alcançou a altura de sua grandeza durante o reinado de Tenkamenin. Através de sua administração cuidadosa do comércio de ouro pelo deserto do Saara na África Ocidental, o império de Tenkamenin floresceu economicamente. Mas sua maior força estava no governo. Todo dia ele ia a cavalo e escutava os problemas e preocupações de seu povo. Ele insistiu que a ninguém fosse negada uma audiência e que lhes permitissem permanecer em sua presença até que a justiça fosse feita.

MANSA KANKAN MUSSA
Rei de Mali (1306 – 1332

Líder extravagante e uma figura do mundo, Mansa Mussa se distinguiu como um homem que fez de tudo em uma grande escala. Homem de negócios realizado, ele administrou vastos recursos para beneficiar seu reino inteiro. Ele também era um estudante, e importou notáveis artistas para levantar a consciência da cultura de seu povo. Em 1324 ele conduziu seu povo no Hadj, uma peregrinação santa de Timbuktu para Mecca. Sua caravana consistia em 72,000 pessoas que ele conduziu seguramente pelo Deserto do Saara a uma distância total de 6,496 milhas. Tão espetacular era este evento, que Mansa Mussa ganhou o respeito de estudantes e comerciantes ao longo da Europa, e ganhou prestígio internacional por Mali como um dos maiores e mais ricos impérios do mundo.

SUNNI ALI BER
Rei de Songhay (1464 – 1492

Quando Sunni Ali Ber chegou ao poder, Songhay era um pequeno reino no Sudão ocidental. Mas durante seu reinado de vinte e oito anos, esse reino se transformou no maior e mais poderoso império da África Ocidental. Sunni Ali Ber organizou um exército notável e com esta força feroz o rei guerreiro ganhou várias batalhas. Ele derrotou os nômades, aumentou as rotas de comércio, conquistou aldeias, e ampliou seu domínio. Ele capturou Timbuktu, trazendo para o império de Songhay um centro mais amplo de cultura de comércio, e bolsa de estudos muçulmano

JA JA
Rei de Opobo (1464 – 1492)

Jubo Jubogha, filho de um membro desconhecido do povo Ibo, foi forçado a escravidão aos 12 anos, mas ganhou a liberdade ainda jovem e se tornou um comerciante independente (conhecido como Ja Ja pelos europeus). Ele tornou-se chefe de seu povo e da cidade oriental nigeriana de Bonny. Ele mais tarde se tornou rei de seu próprio território, Opobo, uma área perto do rio oriental da Nigéria, mais favorável ao comércio. Com o passar dos anos, governos europeus, principalmente o britânico, tentaram controlar o comércio da Nigéria. A resistência feroz de Ja Ja a qualquer influência externa acabou o levando ao exílio aos 70 anos pelos britânicos, para as Índias Ocidentais. O maior chefe Ibo do século XIX nunca mais viu seu reino.

MOSHOESHOE
Rei de Basutoland (1518 – 1568)

Por meio século, o povo de Basotho foi governado pelo fundador de sua nação. Moshoeshoe foi um rei sábio e justo que era brilhante em diplomacia quando estava em batalha. Ele uniu diversos grupos , desarraigados pela guerra, em uma sociedade estável onde a lei e a ordem predominaram e as pessoas puderam criar suas colheitas e seu gado em paz. Ele sabia que a paz tornava a prosperidade possível, e ele freqüentemente evitava conflitos através de hábeis negociações. Hoshoeshoe solidificou as defesas de Basotho
em Thaba Bosiu, sua inconquistável capital montanhosa. Deste lugar seguro ele obteve várias vitórias sobre forças superiores.

IDRIS ALOOMA
Sultão de Bornu (1580 – 1617

Dois séculos antes de Idris Alooma se tornar Mai (o Sultão) de Bornu, Kanem era uma terra separada onde as pessoas tinham sido expulsas por seus primos nômades, os Bulala. Isto fez com que um dos mais extraordinários governantes africanos reunisse os dois reinos. Idris Alooma era um muçulmano devoto. Ele substituiu a lei tribal pela lei muçulmana, e no começo de seu reinado fez uma peregrinação a Mecca. A viagem tinha um significado tanto militar como religioso, de onde ele retornou com armas de fogo turcas e depois comandou um exército inacreditavelmente forte. Eles marchavam rapidamente e atacavam de repente, esmagando tribos hostis em campanhas anuais. Finalmente Idris conquistou Bulala, estabelecendo domínio sobre o império de Kanem-Bornu e uma paz que durou meio século.


NZINGHA
Rainha Amazôna de Matamba, África Ocidental (1582 – 1663

Muitas mulheres estiveram entre as grandes dirigentes da África, inclusive esta rainha angolana que era uma astuta diplomata e se sobressaiu bem como líder militar. Quando os escravizadores portugueses atacaram o exército do reino de seu irmão, Nzingha foi enviada para negociar a paz. Com habilidade surpreendente e tato político ela se impôs, apesar do fato de seu irmão ter matado uma criança dela. Mais tarde ela formou seu próprio exército contra os portugueses, e empreendeu uma guerra durante quase trinta anos. Estas batalhas viram um momento sem igual na história colonial quando Nzingha aliou sua nação aos os holandeses, fazendo assim a primeira aliança européia africana contra um opressor europeu. Nzingha continuou com sua considerável influência entre seus assuntos, apesar de estar em exílio forçado. Por causa de seu apelo pela liberdade e seu direcionamento para trazer a paz ao seu povo, Nzingha permanece como um forte símbolo de inspiração.

SHAMBA BOLONGONGO
Rei Africano da Paz (1600 – 1620)

Saudado como um dos maiores monarcas do Congo, o Rei Shamba não teve desejo maior do que preservar a paz, que é refletida em uma comum citação sua: “Não mate nenhum homem, nem mulher, nem criança. Eles não são as crianças de Chembe (Deus), e eles não têm o direito de viver? ” Ele freqüentemente viajava para aldeias distantes que usavam sua faca com lâmina de madeira, reconhecida como um meio exclusivo de armamento do estado. Shamba também era notável em promover artes e barcos, e por projetar uma forma complexa e extremamente democrática de governo que caracteriza um sistema de empecilhos e equilíbrios. O governo era dividido em setores que incluíam o exército,
filiais judiciais e administrativas que representavam todas as pessoas de Bushongo.

OSEI TUTU
Rei de Asante (1680 – 1717)

Osei Tutu foi o fundador e o primeiro rei da nação de Asante, um grande reino da floresta ocidental africana onde agora é Gana. Ele conseguiu convencer meia dúzia de chefes desconfiados a juntarem seus estados sob a liderança de Osei quando, de acordo com lenda, o Tamborete Dourado desceu do céu e permaneceu nos joelhos de Osei Tutu, significando sua escolha pelos deuses. O Tamborete Dourado se tornou um símbolo sagrado da alma da nação que estava especialmente destinada desde que o ouro era a principal fonte de riqueza de Asante. Durante o reinado de Osei Tutu, a área geográfica
de Asante triplicou em tamanho. O reino tornou-se um poder significante que, com a coragem militar e sua política como um exemplo, se sustentaria durante dois séculos.
NANDI
Rainha da Terra Zulu (1778 – 1826)

O ano era 1786. O rei da terra Zulu era jubiloso. Sua espôsa, Nandi, tinha dado luz a seu primeiro filho, que eles chamaram Shaka. Mas as outras esposas do Rei, que era ciumento e frio, o pressionaram a banir Nandi e o jovem menino em exílio. Firme e orgulhosa, ela criou seu filho com o tipo de treinamento e orientação que um herdeiro real deveria ter. Depois ela e seu filho foram finalmente recompensados e mais tarde Shaka retornou para se tornar o maior de todos os Reis Zulus. Até hoje o povo Zulu usa
seu nome, “Nandi “, para se referir a uma mulher de alta estima.

SHAKA
Rei dos Zulus (1818 – 1848

Líder forte e inovador militar, Shaka é notável por revolucionar no 19º século a guerra Bantu pelo primeiro agrupamento de regimentos por idade, e treinando seus homens para usar armas unificadas e táticas especiais. Ele desenvolveu a ” azagaia “, uma lança curta, e marchou com seus regimentos em formação apertada, usando grandes proteções para se defender dos inimigos que lançavam lanças. Com o passar dos anos, as tropas de Shaka ganharam tal reputação que muitos inimigos fugiam. Com astúcia e confiança com suas ferramentas, Shaka tornou uma pequena tribo Zulu em uma nação poderosa de mais de um milhão de pessoas, unido todas as tribos da África do Sul contra o regime colonial.



KHAMA
O Rei Bom de Bechuanaland (1819 – 1923)

Khama distinguiu seu reinado como sendo altamente considerado como um governante pacífico com o desejo e habilidade para extrair inovações tecnológicas dos europeus enquanto resistia às tentativas deles para colonizar seu país. Tais avanços incluíram a construção de escolas, alimentos científicos para gado, e a introdução de um corpo de exército policial montado que praticamente eliminou todas as formas de crime. O respeito para Khama foi exemplificado durante uma visita a Rainha Victoria da Inglaterra para protestar contra a permanência inglesa em Bechuanaland em 1875. Os ingleses honraram Khama, confirmado seu apêlo para a continuação da liberdade para Bechuanaland.



SAMORY TOURE
O Napoleão Negro do Sudão (1830 – 1900

O ascendência de Samory Toure começou quando sua terra natal Bissandugu foi atacada e sua mãe levada capturada. Depois de insistentes apelos, Samory teve permissão para assumir o lugar da mãe, mas depois fugiu e se alistou no exército do Rei Bitike Souane de Torona. Seguindo uma elevação rápida pelos graus do exército de Bitike, Samory voltou a Bissandugu onde logo foi instalado como rei e desafiou expansionismo francês na África lançando uma conquista para unificar a África Ocidental em um único estado. Durante o conflito de dezoito anos com a França, Samory continuamente frustrou os europeus com suas táticas e estratégias militares. Esta astuta coragem militar incitou alguns dos maiores comandantes da França para intitular o monarca africano de ” O Napoleão Negro do Sudão “.

MENELIK II
Rei dos Reis da Abissínia (1844 – 1913)

Descendente da lendária Rainha de Sheba (ou Sabá) e do Rei Salomão, Menelik foi a figura principal naqueles tempos na África. Ele converteu um grupo de reinos independentes em um império forte e estável conhecido como os Estados Unidos de Abissínia (a Etiópia). O feito dele em reunir vários reinos que freqüentemente se opuseram fortemente uns aos outros, lhe deu um lugar como um dos grandes estadistas de história africana. As realizações adicionais dele na cena internacional lidando com os poderes mundiais, culminou com a vitória atordoante da Etiópia em cima da Itália em 1896 na Batalha de Adwa (uma tentativa para invadir o país) o colocou entre os grandes líderes da história mundial e manteve a independência do país até 1935.

NEHANDA
Guerreira do Zimbábue

Nascida em uma família religiosa, Nehanda exibiu liderança notável e habilidades organizacionais, e a uma idade jovem se tornou um dos líderes religiosos mais influentes do Zimbábue. Quando os colonos ingleses invadiram o Zimbábue em 1896 e começaram a confiscar a terra e o gado, Nehanda e outros líderes declararam guerra. A princípio eles alcançaram grande sucesso, mas como os materiais se esgotaram, foram vencidos no campo de batalha. Nehanda foi capturada, culpada e executada por ordenar a matança de um notável e cruel chefe nativo. Apesar de estar morta por quase cem anos, Nehanda permanece o que ela era quando viva – a única pessoa mais importante na história moderna do Zimbábue, e ainda é chamada de Mbuya (avó) Nehanda por patriotas do Zimbábue
FONTE:30ealguns.com.br/2007/11/grandes-reis-e-rainhas-da-africa

MAS UM CONTO QUE O NOSSO POVO CONTA...

CONTO POPULAR DA GUINÉ-BISSAU .


Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua. Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar. A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio. O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/children-and-youth/1624914-lenda-tambor-africano-contos-tradicionais

CONTOS E HISTORIAS AFRICANAS: CONTOS QUE A GENTE CONTAVA

YNARI, A MENINA DAS CINCO TRANÇAS
Era uma vez uma menina que tinha cinco tranças lindas e se chamava Ynari. Ela gostava muito de passear perto de sua aldeia, ver o campo, ouvir os passarinhos e sentar-se junto à margem do rio.
Certa tarde, já o Sol se punha, Ynari ouviu um barulho. Não eram os peixes a saltar na água, não era o cágado que às vezes lhe fazia companhia, nem era um passarinho verde.
Do capim alto saiu um homem muito pequenino com um sorriso muito grande. E embora ele não fosse do tamanho dos homens da aldeia de Ynari, ela não se assustou.
O homem muito pequenino andava devagarinho e devagarinho se aproximou. (...)
Estavam assim os dois conversando sobre as palavras, a importância que as palavras tinham na vida de cada um, como as usavam, quando as usavam, com quem as usavam, e que significados tinham para o coração de cada um deles. Ynari tentou explicar-lhe que havia palavras que para ela tinha mais do que um significado ou que lhe provocavam mais do que uma só alegria ou uma só tristeza...

Referência Bibliográfica:
Amâncio, Íris África para crianças: histórias e culturas africanas na educação infantil/ Belo Horizonte: Nandyala, 2007 (Coleção Afrocult, Vol 1).

MAIS UM POUCO E NOSSA HISTÓRIA NOSSA CULTURA...


Na época em que os africanos eram trazidos para o Brasil, como escravos, o continente africano apresentava uma divisão diferente da atual. Vindos em grupos, fazia-se reconhecer pelo traço cultural representado. De acordo com estudos apresentados por Sérgio Buarque de Holanda, sobressaíram dois grupos: bantos e sudaneses. Os bantos ou bântu era um grupo lingüístico que falava por milhões de africanos, dividindo-se em inúmeras línguas, em torno de 300 dialetos. Habitavam quase 2/3 da África Negra, desde o Camerum até o Sul, incluindo Angola e Congo de onde vieram a maioria dos escravos. Desse grupo e cujas línguas, Kimbundo e Kikongo, entre outras, são as que mais termos deixaram em nossa linguagem. Classificam-se ainda como bantos, os negros de Moçambique e colônias portuguesas da época. Os sudaneses, são povos que habitavam a região entre o deserto do Saara e o Atlântico (Golfo da Guiné), a chamada África Intertropical. Hoje corresponde aos países: Tchad, Niger, Sudão, entre outros. Os da Costa do Golfo: Nigéria, Benin (antigo Daomé), Togo, Gana (antiga Costa do Ouro), Costa do Marfim, estendendo-se até a Libéria, Serra Leoa, Guiné Bissau e Senegal. Esse grupo divide-se em dois (02), que muito contribuiu para a formação da cultura brasileira: os iorubás e os hauçás.
Os iorubás eram povos sudaneses, habitantes da região de Iorubá (Nigéria - África Ocidental), se estendia de Lagos para o Norte, até o rio Niger (Oya) e algumas cidades de Benin e Togo. Na Bahia foram conhecidos também como Nagôs, dominando social e religiosamente seus irmãos vindos de outras nações. Sua língua foi a mais falada, abafando os demais dialetos. Iorubá tinha como capital política "Oya" e a religiosa "Ifé", onde a humanidade foi criada, segundo os mitos. Os hauças, habitavam o norte da Nigéria, parte da República do Níger e em certas comunidades da África do Norte, Oeste e Equatorial. O dialeto "Kano" (da cidade de Kano que dizem ter mil anos) é aceito como padrão. Foi falada no Brasil, conhecidos também como malês ou muçulmis (refere-se a religião dos muçulmanos ou maometanos). Sua influência pode ser notada nos trajes e amuletos dos cultos afro-brasileiros, como lembra o professor Saul Martins. Também não se pode esquecer de que certos elementos desse grupo lideram vários movimentos de rebeldia, como a "Revolta dos Malês". A esse sub-grupo, o estudioso Arthur Ramos, denominou-se de guineano-sudaneses islamizados, ou negro-maometanos. O mapa apresentado é antigo e mostra as regiões de onde os negros vieram, e suas entradas no território brasileiro.

O desrespeito aos negros começa em sua própria casa, ao serem iludidos com propostas fantasiosas ou capturados de maneira desabusada, na África. Já nos porões dos navios negreiros, podiam sentir o que os esperava no Novo Mundo, no caso o Brasil. Durante a travessia do Atlântico, recebiam tratamento de animais: acorrentados, presos dois a dois, pelo pescoço, como bois na canga; alimentação precária, marcados a ferro para identificação. A morte era-lhes o único alívio. Ora provocada pelo banzo (estado emocional melancólico) ou pelo suicídio, atirando-se ao mar.
No final da viagem, a "carga humana", bastante reduzida pelo número de mortos, era comercializada pelos traficantes. Trazidos com exclusividade para serem explorados como mão-de-obra escrava, aos poucos iam substituindo o indígena, considerado pelos portugueses elemento não apto para certos tipos de trabalhos.
Existem teorias que levam a acreditar que o índio brasileiro veio de outras regiões do mundo, bem antes de 1500. Pela lógica, não seria ele o descobridor das terras? A exemplo do índio, o negro, como influenciador da construção econômica do Brasil (pioneiro na derrubada do pau-brasil; movedor da terra, plantando cana-de-açúcar, cultivando o café, explorando as minas de ouro, criando condições para Portugal explorar as riquezas e pagar suas dívidas à Inglaterra; participando ativamente nas guerras, defendendo nossos interesses; contribuindo de um modo geral para a formação cultural brasileira) não seria também merecedor de uma fatia do bolo? São duas raças, integrantes do processo de construção do país, que sempre foram consideradas inferiores e vivem marginalizadas. É justo que assim seja?
Em troca do trabalho prestado a esta terra, o negro vem recebendo o mínimo da classe dominante: recebe salários inferiores aos do branco; é discriminado na escola, no trabalho e em ambientes sociais. Você já viu como a propaganda, na maioria das vezes, relaciona o negro com o trabalho mais rude? Se ele aparece em um comercial de tevê, é na cozinha, no tanque, na favela ou pedindo esmola. Isto é comum nas publicidades do governo, em campanha para o "bem-estar social". As dificuldades enfrentadas pelo negro brasileiro são puro reflexo de seu passado, quando lhe foi negada a escolha de vida. Trabalhando em condições subumanas e sem receber pelo seu trabalho, ele não teve e não poderia ter outro destino senão o de ter um comportamento diferente na sociedade. Enquanto o branco prosperava economicamente, à custa do trabalho escravo, o negro entendia apenas o que era receber ordens, enfrentando a dor e a humilhação de um chicote. A sua libertação não lhe devolveu a dignidade, não ofereceu condições para um novo estilo de vida que ele passou a enfrentar, após a abolição. Como escolher um caminho, se não lhe deram condições? É como um pássaro que viveu numa gaiola por algum tempo. Livre, ele não saberá voar e fatalmente morrerá.

Na opinião do antropólogo Manuel Diégues Júnior, em "Etnias e Culturas do Brasil", não se pode dizer que a formação da cultura brasileira teve a participação pura do negro africano: "Quem passou a participar da formação brasileira não foi puramente o negro da África, mas o negro escravo". A descaracterização começa nos embarques nos portos africanos, na divisão dos grupos ou tribos, agravando-se mais com o desembarque no Brasil, quando famílias inteiras eram vendidas separadamente em atendimento ao pedido dos compradores, que procuravam, com isso, evitar o fortalecimento da rebelião em grupo. Com a convivência diária, os negros de regiões diferentes assimilavam certos elementos culturais e perdiam outros, sem se considerar a colaboração do branco em forçá-los a assimilar novos hábitos, deturpando sua cultura. Dessa mistura de costumes, surge o sincretismo e outros processos de vida. Por essa e outras razões o brasileiro foi tolhido de adquirir uma cultura genuinamente africana. Para o professor universitário de Maceió, coordenador do núcleo de Cultura da cidade - União dos Palmares (terra de Zumbi) - Zezito do Araújo, é na escola que se deve começar a conscientizar as crianças sobre o problema do racismo na nossa cultura. Com uma certa preocupação ele afirma: "As escolas de primeiro e segundo graus no Brasil são racistas. Elas menosprezam a contribuição negra na formação da cultura brasileira. Vemos como o aluno e o professor negros são vistos pelos colegas. Quando um negro tem um comportamento igual ao do branco ou ocupa lugar de destaque, é visto como um safado". Zezito cita um exemplo sentido na própria pelo:

"Quando eu era chamado para fazer trabalhos em grupos na escola, me davam as tarefas mais humildes".

A cultura negra é vista como fonte de divisas para o país. O carnaval, o samba, as mulatas, as festas religiosas com manifestações folclóricas e até os jogadores de futebol negros servem de cartão postal para promoverem o turismo no exterior. Se aqui sua posição é inferiorizada, lá fora, o valor é notado, como pude atestar em conversa com o ex-Ministro do Planejamento de Angola, Jofre Rocha: "Preservar e cultivar a cultura negra no Brasil é passo importantíssimo para os estudiosos africanos, para que juntos, africanos e brasileiros, possam reconstituir a cultura dessas duas regiões. Além do fato de ser o Brasil o reconstrutor do flagelo que derramou o sangue africano...".

Não se sabe precisamente o número de escravos trazidos para o Brasil. Alguns escritores estimam em dezoito milhões, enquando outros baixam para três milhões. A data de chegada dos primeiros escravos também não é muito precisa, possivelmente entre 1516 e 1526, época das instalações dos engenhos.
A princípio, as regiões receptoras de escravos foram a Bahia e Pernambuco, (local de plantações de cana-de-açúcar e lavoura de algodão). Da Bahia, os africanos eram levados para Sergipe; de Pernambuco, para Paraíba e Alagoas. Do Maranhão se espalhavam pelo Pará. Com a exploração da mineração, Minas Gerais atraiu a mão-de-obra escrava. Devido à expansão agrícola da cana-de-açúcar e do café, são requisitados para trabalhar nas terras fluminenses (hoje, Rio de Janeiro), abrangendo os cafezais paulistas. Com a queda dos engenhos nordestinos, muitos escravos foram vendidos para o Sul do País. A partir daí, de fazenda em fazenda, do trabalho na exploração das minas do Centro-Oeste ou em serviço doméstico aqui, ali, o negro foi-se espalhando e marcando sua presença em todo o País. A compra do escravo podia ser feita no local de desembarque como se fosse mercadoria. Eram eles escolhidos pelos dentes e pelo físico. Os jornais também eram utilizados, com anúncios de compra e venda de escravos, como registra o jornal "Diário de Pernambuco", do dia quatro de maio de 1835: "Vende-se ou troca-se negra muito boa lavadeira e vendedeira de rua, por uma que engoma e coza". A troca por animais ou objetos domésticos fazia-se bastante comum:
"... uma negra que saiba cozinhar e engomar ou um escravo que sirva de pajem, por uma canoa grande de carregar 1500 tijolos..."



O Nordeste, como porta de entrada do africano, tem em sua população o maior número de descendentes negros. Na Bahia, 80% e no Piauí, 82% da população têm pele escura. Por incrível que pareça, foi nessa região que encontrei preconceito racial mais acentuado. Na função de guia de turismo, presenciei situações chocantes, principalmente em Salvador. Cito apenas dois exemplos: o motorista de nossa excursão foi convidado "delicadamente" a fazer sua refeição na cozinha do hotel, de quatro estrelas, comendo um prato feito de comida amanhecida. Ao tomarmos conhecimento, indagamos o gerente do hotel o motivo da discriminação. Achamos que o motivo era das cortesias, permitidas pela Embratur, para a tripulação da excursão. Para nossa surpresa, nos foi esclarecido que "não fica bem um negro sentar-se ao lado do turista. Você não vê... são todos brancos...
Em um dos restaurantes típicos da cidade, foi proibido ao guia local sentar-se junto aos nossos passageiros, devido a sua cor.

Perguntei ao guia se ele não fazia valer a Lei Afonso Arinos (punidora de atos contra o racismo). Sua resposta foi a de quem já está acostumado com situações como essas: "__Se formos buscar em leis o nosso direito, teremos de lançar mão delas todos os dias. Além de ficarmos tempos aguardando soluções, nem sempre a denúncia é levada a sério. Mesmo assim, quem vai vencendo é geralmente o mais rico, que de réu passa a ser vítima. E, depois, o negro no Brasil não pode parar nem ficar manjado. Ele tem de dar duro, ou morre de fome, ou a polícia mete-lhe o cassetete". Enquanto no Nordeste brasileiro é visível o preconceito, no Sul do País, onde a população é abafada pelos descendentes europeus, não presenciei preconceito. Mas vale a pena registrar uma ocorrência envolvendo uma passageira mineira, que se recusou a fazer o city tour em Porto Alegre, colocando em dúvida a capacidade do guia local, simplesmente por ser ele um negro.

fonte:www.pousadadascores.com.br/leitura_virtual/cultura

FAVELA + POLICIA + PRECONCEITO

No Brasil Colônia, a base da economia e de sua riqueza estava no trabalho escravo. O Brasil foi o último país da América a abolir o terrível regime escravista, no ano de 1888, ato que condenou a Monarquia e abriu as portas para a República. Na época, o trabalho assalariado já despontava como o mais adequado à sociedade industrial em formação. Os negros, que até então não tinham outro trabalho a não ser o braçal se viram, repentinamente, sem labor ou onde morar, pois sua permanência nas terras do antigo senhor de escravos não era mais possível. Ao mesmo tempo, o Brasil abriu suas portas à mão de obra imigrante, principalmente de pessoas vindas da Europa, negligenciando os ex-escravos negros, em sua grande maioria, marginalizando-os, deixando-os sem trabalho e sem acesso à escola, refugiados em quilombos, favelas, mocambos e palafitas. De repente, os negros foram declarados livres e, após a alegria inicial, descobriram-se sem teto, trabalho e meios de sobrevivência. Durante a vida toda, os negros trabalhavam para seus senhores, nunca para si, recebendo um mínimo para sua subsistência. Com o fim da escravidão, não ocorreu aos abolicionistas a necessidade de garantir-lhes meios para sua sobrevivência nem a posse da terra para sua fixação. Favorecidos de um lado, a marginalização dos negros não acabou, apenas "mudou de roupagem", pois sua discriminação ganhou uma outra perspectiva: o esquecimento.

A partir do capitalismo o indivíduo negro, quando não permanecia desempregado por não possuir qualificação, passou a ser utilizado em serviços que exigiam mão-de-obra pesada. De escravo, o negro passou a ser assalariado, mas não ascende, socialmente, como os brancos. A qualificação era imprescindível no regime capitalista e, justamente por apresentar mais procura do que oferta, o mercado de trabalho era seletivo, estando os negros em último lugar na ordem de preferência. Esta tendência continua, ainda, nos dias de hoje, evidentemente. Os negros, em sua grande maioria, continuam sem vez e sem voz, em trabalhos mais pesados e em regime de quase semi-escravidão, particularmente nas fazendas. Aos negros sobraram os pequenos serviços: o comércio ambulante, o conserto, o biscate e, sobretudo, os serviços pessoais.


O Brasil é um país de dimensões continentais, dotado de recursos inimagináveis e, em sua maioria, ainda inexplorados. Além disso, desde que se tornou uma "esperança" mundial em tempos passados, como o "Jardim do Éden" dos povos em sua maioria provenientes da Europa e que fugiam de focos de guerras e revoluções que assolaram o continente, principalmente no século XIX e atual, esta terra se transformou numa gigantesca "Arca de Noé", acolhendo diversas raças e culturas que aqui depositaram sua confiança, sonhos e expectativas. O Brasil possui uma formação populacional altamente heterogênea em índices não experimentados por nenhuma outra nação do planeta, o que faz dele, realmente, um lugar especial e a prova viva de que é possível viver em harmonia étnica e cultural em meio a um oceano de miscigenação. Evidentemente que esta "harmonia" é relativa e deve ser observada com olhos atentos. Mas não se pode negar que o cenário nacional encontra-se livre de antecedentes históricos envolvendo atentados à bomba contra templos religiosos ou grupos racistas radicais declarados como se vê em países como Estados Unidos, França e Alemanha. O povo brasileiro, em toda a sua diversificação, é um povo uno, uma raça só oriunda de diversas outras raças, uma só entidade socio-política de larga base territorial. Mas esta aparente unidade não pode esconder uma outra realidade nacional: o racismo.

Apesar do negro ter alcançando a igualdade jurídica a partir da abolição, a desigualdade sócio-econômica com relação aos brancos se mantinha a mesma, e a ideologia de 400 anos de escravidão se mantinha forte, definindo a diferença entre os dois, sendo o negro eternamente visto como um indivíduo submisso e inferior aos brancos. Mais do que isso o negro, com o fim da escravidão, passa a ser visto como um fator de concorrência ao mercado de trabalho, a ameaça viva de tirar do branco as oportunidades que sempre lhe couberam. O preconceito racial continuou a ser exteriorizado de maneira discreta e branda e existe ainda hoje em várias regiões do Brasil, manifestando-se em maior ou menor grau, em todas as classes sociais.


Um exemplo comum de racismo se comprova com os dados de pesquisa do Datafolha, que publicou uma pesquisa onde revela que os negros são abordados com mais freqüência em batidas policiais, recebendo mais insultos e agressões físicas do que os indivíduos brancos. Por questão desta abordagem, são igualmente mais revistados que pessoas de outra etnia. A escolaridade e a condição financeira têm pouca influência sobre a freqüência e incidência destas batidas policiais e da violência que ora se comete. Esta violência é praticada quase sempre contra indivíduos negros ou mulatos, seja na forma de ofensa verbal ou agressão física. Conclui-se que os métodos de abordagem da polícia junto ao indivíduo levam em consideração sua aparência física (vestimentas), a etnia (fatos principal) e um estereótipo completamente fora de sentido: a expressão facial da pessoal. O indivíduo que se encontra dentro da tipificação psicológica acaba fazendo parte de um sistema seletivo e discriminatório, e este indivíduo, geralmente, é pobre, negro ou mulato.

Infelismente este tratamento é comum, e mostra o pré-conceito e a forma como estes individuos que deveriam proteger a população estam sendo treinados; independente de sua etnia, pois algums vezes policiais negros são mais vilentosque os não negros, fato que tambem nos faz recordar o capital no mato que na sua uase totalidad eram negro o que é uma outra história...

fonte:direitos_humanos.sites.uol.com.br/negros.htmEm cache

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Preconceito nas favelas

Uma boa forma de medir o preconceito que existe contra favelados seja no Rio ou em Salvador é falar com um taxistas, perguntando a eles o que fariam se alguém lhes pedisse para que fosse a uma favela?
Baixa estima:
O Rio da a impressão de que consideram as favelas locais onde a maioria esmagadora dos moradores é de consumidores de drogas, traficantes ou criminosos em sua totalidade.

Mas visitando favelas e conversando com seus moradores é fácil perceber que isso não é verdade.

Há violência e traficantes, mas grande parte dos que lá residem é de trabalhadores assalariados que, se pudessem, viveriam em casas melhores, em outros locais.

O preconceito, porém, existe e é cria uma forte barreira que dificulta ainda mais o respeito dos direitos humanos nessas comunidades.

Por causa do preconceito, por exemplo, as pessoas que vivem em favelas acabam sem as mesmas oportunidades de conseguir empregos que os que moram fora das favelas - o que é uma violação do artigo 23 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"Se você procurar um trabalho e colocar na ficha (para se candidatar a vaga) que mora na favela, não consegue o emprego", disser que mora na favela diz uma moradora da Rocinha.

O preconceito contra o favelado também se mistura com o preconceito racial. A Bahia é o Estado brasileiro com a maior porcentagem de negros e mulatos no Brasil, e muitos deles vivem justamente nas comunidades carentes, como a de Alagados.

"Eu sou um cidadão negro, pobre, de periferia. Então eles já separam. Não tenho os mesmos direitos", disse Ivanil dos Santos, um servente que mora nas palafitas.

Como resultado da carga de preconceito a que são sujeitos, moradores de comunidades carentes acabam se tornando pessoas com baixa auto-estima e auto-confiança, o que torna mais difícil que possam buscar mudanças.

Preconceito:
Quanto maior e mais antiga é a favela, mais se faz presente um outro tipo de preconceito que muitos moradores se recusam a admitir: o preconceito de alguns moradores em relação a alguns de seus vizinhos.

As favelas da Rocinha e de Alagados espelham a estrutura social das cidades: há áreas mais pobres e menos pobres, áreas consideradas "nobres" e áreas com menos prestígio.

Na Rocinha, por exemplo, quando mais perto de ruas asfaltadas e mais na parte baixa do morro, melhor. As pessoas mais pobres estão geralmente em áreas da parte alta, onde é mais difícil chegar. Em Alagados, os moradores nas palafitas são os que sofrem mais preconceito.

"Tem preconceito sim... Quem está em terra firme não quer que coloquem entulho aqui, para que a gente também possa viver fora da maré, eles estão reclamando", disse Valdeci da Silva Borges, moradora das palafitas. "Quando eu falo que vivo aqui, eles dizem: 'Nossa, como você pode viver lá?'"

Foi difícil encontrar alguém disposto a falar sobre a "divisão social" na Rocinha. Mas as amigas Vanessa e Raquel, de 15 e 14 anos, dizem que "não vão lá em cima".


Proposta de mudança:
Mas como seria possível vencer o preconceito? Segundo pessoas ouvidas pela BBC Brasil nas duas cidades, a chave é que as pessoas que moram fora das favelas conheçam mais a verdade sobre o que se passa lá dentro.

"O desconhecimento é a raiz dessa verdadeira separeção social", disse a promotora Márcia Regina Teixeira, que trabalha com comunidades carentes em Salvador.

"Os moradores das favelas precisam se mobilizar para mudar isso. Se eles mostrarem o que são, o que querem... (a situação vai mudar)"
Só depende de sua propria organização enquanto moradores,seres humanos com deveres mais tambem com diretos, de sonhar,realizar e ter seus direitos despeitados, como qualquer um.
Um afro abraço.
fonte:www.preconceito.org.br

INTOLERANCIA RELIGIOSA NAS ESCOLAS



Abordar as religiões de matriz africana em sala de aula torna-se primordial para que o preconceito, o estigma e a intolerância religiosa sejam subtraídos. É nesta perspectiva que este trabalho vem ceder uma discussão teórico-metodológica que possa, pelo menos, amenizar esse problema em sala de aula, contribuindo para tornar o ambiente escolar mais democrático e inclusivo.

Intolerância religiosa; religiões de matriz africana; sala de aula, educação inclusiva.



Não devemos deixar de ressaltar, a princípio, o problema que suscita sempre que nos submetemos em trabalhar com religião(ões), pois acabamos entrando em um campo onde os aspectos místicos, de crença, nos impõe certos limites. Mas não estamos aqui para julgar ou negar doutrinas religiosas, e sim para trazer à luz do conhecimento outras religiões que pelo sufocamento promovido por religiões e classes “dominantes”, em um longo processo histórico, deixamos de (re)conhecê-las e considerá-las enquanto elemento determinante para compreendermos a construção de nossa pluralidade religiosa.
Nosso desafio é procurar compreender como a mentalidade negativa das religiões de origem africanas se constituiu e permanece até hoje disseminada na sociedade brasileira preconceituosa. Mentalidade esta que justificam muitos dos atos de intolerância em nossa sociedade e se reflete em nossas salas de aulas.

As religiões de matriz africana: alguns motivos da intolerância

Antes de entrarmos na discussão, é necessário deixar esclarecido alguns conceitos que serão trabalhados neste artigo. Então partiremos destacando o conceito de intolerância. Partindo do pressuposto de que a intolerância
fonte:www.partes.com.br/educacao/intoleranciareligiosa

domingo, 23 de outubro de 2011

QUANDO OS NEGROS NÃO PODIAM CULTUAR SEUS DEUZES - ORIXAS

Nossa Historia nossa gente...
Cambomblé X Umbanda - Parte II

• A língua portuguesa falada no Brasil foi enriquecida com a contribuição do negro. Na sua formação houve o aproveitamento de várias palavras: bamba, batuque, cachimbo, caçula, cacunda (corcunda), cafuné, calombo, camundongo, carimbo, catimba (astúcia), dengo, dengue, farofa, fubá, inhame, macaco, mamona, marimbondo, miçanga, molambo, moleque, mundongo (miúdos de animais), mucama, quindim, quitanda, quitute, senzala, sunga, tanga, xingar.

• "Prudência é exatamente o que faltou à maior parte dos estudos sobre os africanismos no Português do Brasil, que invariavelmente tendiam para os extremos: ou limitavam essa influência ao vocabulário específico dos cultos religiosos e à culinária correspondente (entre centenas de outros, exu, bará, egum, orixá, ilê; mungunzá, efó, dendê, vatapá, axoxô, xinxim, acaçá), ou caíam no exagero oposto, atribuindo à África vocábulos de origem européia, ameríndia ou oriental (bugiganga, cachaça, cutucar, fulo, bengala, tarrafa, minhoca, pindaíba)." (Fonte: Sua língua, prof. Cláudio Moreno)

• Mandingas era o nome dos escravos de uma tribo da Guiné-Bissau. Por serem tidos como feiticeiros, a palavra mandinga virou sinônimo de feitiço, magia. O costume dos negros bengueles ou banguelos de cortarem ou limarem os dentes, por motivos estéticos ou religiosos, originou a palavra banguela (pessoa que não tem um ou mais dentes da frente). Kabula era o nome dos escravos de uma tribo banto predominante no ES. Por serem muito arredios, deram origem a palavra encabulado. Segundo a micromonografia do pesquisador Hugo P. Carradore, de SP, publicada pelo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, o cafuné, ato de coçar suavemente a cabeça de alguém, foi trazido pelos negros de Angola. No quimbundo é kifune, de kufunata (torcer, vergar). Em banguela entre os umbundos, é xicuanli; para os quiocos e lundas, é coxoboleno. Candango, palavra do dialeto quimbundo, era o nome dado pelos escravos africanos aos portugueses, em Angola, e aos senhores de engenho no Nordeste. Quando começou a construção de Brasília, as pessoas que trabalhavam na construção civil também ficaram conhecidas como candangos.


• Os escravos domésticos eram escolhidos segundo sua aparência. Mucamas, pajens, amas-de-leite, amas-secas, cozinheiras, lavadeiras, cocheiros, copeiros e garotos de recado, recebiam roupas mais finas e eram sempre os mais bem vestidos e bem tratados. Os escravos das casas de pessoas ricas ou de posição usavam antigos librés (uniforme dos criados de casas nobres).

• Turbante - As escravas, em geral, usavam uma longa faixa de tecido enrolada em volta da cabeça, em forma de torço, muito semelhante ao turbante mouro. As escravas das casas de pessoas ricas ou de posição, quando não usavam turbantes, exibiam penteados extravagantes.

• Abadá - Os malês, negros muçulmanos que desembarcaram principalmente na Bahia, trajavam-se em público como os demais escravos e, para se reconhecerem, usavam anéis de metal branco feitos de ferro ou prata. Mas, nas orações e outros rituais de cunho religioso, vestiam uma espécie de camisolão branco chamado abadá. Na cabeça usavam um barrete (pequeno gorro) branco. Atualmente, a roupa branca (calça e camisa) ou só a calça do capoeirista, também são chamados de abadá. E o camisolão foi adotado por blocos do carnaval baiano.

• Baiana - Na Bahia, com suas roupas vistosas, turbantes (torços), panos da costa, batas (blusa branca comprida e solta), saias rodadas, pulseiras e colares na cor do seu orixá, as negras de ganho criaram um tipo. O traje que costumamos chamar de baiano, reflete a influência africana no Brasil. O turbante e os balangandãs indicam elementos da cultura árabe do norte da África. Em Salvador, no dia 25 de novembro, Dia da Baiana, tem missa na Igreja de N. Sra. do Rosário dos Pretos e manifestações culturais no Memorial das Baianas.

• Balangandã - As pencas de balangandãs integraram as roupas tradicionais das negras baianas do século XIX. Balangandã é o ornamento ou amuleto, em forma de figa, fruta, medalha, moeda, chave ou dente de animal, pendente de argola, broche ou pulseira de prata, usado pelas baianas em dias festivos. Figas e dentes são usados como amuletos para combater o mau-olhado. A figa é um amuleto em forma de mão fechada, com o polegar entre o indicador e o dedo grande, usado como ornamento pessoal, da casa ou estabelecimento comercial.

• Pano da costa - Na África, o pano da costa era apenas um complemento da vestimenta das mulheres negras, e não tinha conotações religiosas. A partir do século XIX, no Brasil, é que começou a ter ligação com as celebrações do candomblé. Na África, é denominado alaká ou pano de alaká. No Brasil, ficou conhecido como pano da costa porque vinha da Costa do Marfim (África) e também por ser usado nas costas. Os primeiros panos da costa vieram no corpo das escravas, que não tinham roupa e eram vendidas enroladas no pano. Depois, os panos foram tecidos aqui mesmo por escravos ou por seus descendentes, em teares manuais e rústicos vindos para o Brasil no século XVIII. Tecido em tear manual, o pano da costa é formado por tiras de dois metros de comprimento cada uma, com largura variando entre 10 a 15 centímetros. As tiras são depois costuradas uma a uma. Branco não é a cor predominante no pano da costa que, geralmente, é listrado ou bordado em alto-relevo e colorido com padronagens variadas dependendo do orixá de cada nação. Os filhos de santo usam o alaká enrolado no tronco. As mães escravas traziam durante as horas de trabalho seus bebês escanchados (com as pernas em volta da cintura) às costas e presos por um pano.
Religião:
• Batismo - A Igreja Católica Romana deu ordens para que todos os escravos fossem batizados e participassem da missa e dos sacramentos. Eles eram batizados, antes do embarque na África, ou dentro dos navios ou pouco depois de chegar ao Brasil. Quem não fosse batizado era considerado "não gente", por ser pagão. Como prova de terem sido batizados no ritual católico, eles recebiam na pele o sinal da cruz feito com ferro quente. Os escravos nascidos no Brasil eram logo batizados e ainda assim considerados gente sem alma.

• Jesuítas - Os padres da Companhia de Jesus (jesuítas), limitavam-se ao repúdio aos maus tratos e torturas, não havendo, porém, questionamento da escravidão enquanto instituição. O negro foi excluído da catequese e do processo de educação devido a crença de que não tinha alma. Os jesuítas ensinavam aos escravos apenas a obedecer ao seu senhor e aos padres.

• Irmandades - Os escravos africanos eram proibidos de praticar suas religiões nativas. Não podendo adorar os seus orixás (deuses) publicamente e freqüentar as mesmas igrejas dos senhores, os escravos filiavam-se às irmandades católicas negras. Sob domínio e influência dos colonizadores, começaram a cultuar N. Sra. do Rosário, também chamada de N. Sra. dos Homens Pretos, pois já a conheciam da África, onde a devoção foi levada por missionários dominicanos que impuseram seu culto aos negros. Mais tarde, essa devoção foi associada a São Benedito. As irmandades religiosas dedicadas aos dois santos são ligados aos grupos de dançadores de Congada e Moçambique. Por isso, os estandartes e bandeiras desses grupos fazem referência a eles. A igreja de N. Sra. do Rosário dos Pretos, em Salvador (BA), concluída em 1781 no Largo do Pelourinho, é um marco para a arquitetura colonial. Em estilo rococó, tem cúpulas em estilo mouro sobre os campanários, e foi construída por escravos. N. Sra. do Rosário é padroeira do Pelourinho e tem uma festa no segundo domingo de outubro.

• São Benedito - Considerado o santo padroeiro dos negros, São Benedito nasceu na Itália, por volta do ano de 1526, e faleceu em Palermo (Itália), em 4 de abril de 1589. Seus pais eram de origem escrava e descendiam de negros etíopes ou de mouros do norte da África, daí o fato de ser chamado de São Benedito, o Preto ou o Mouro. No século XVIII surgiram por todo o país as Irmandades de São Benedito, formadas por devotos do santo negro, cozinheiro e descendente de escravos. Pelo calendário litúrgico, seu dia é 5 de outubro mas, suas festas, se estendem por todo o ano. No Vale do Paraíba (entre o RJ e SP) estão concentradas no período compreendido entre a Páscoa e o dia 13 de maio, data da abolição da escravatura, estabelecendo um verdadeiro Ciclo de São Benedito. Em Paraty (RJ), São Benedito é comemorado a 29 de dezembro pelo povo e pela igreja, junto com N. Sra. do Rosário, na festa a que chamam Divino dos Pretos.

• Candomblé e Umbanda - As crenças religiosas dos escravos africanos deram origem ao Candomblé e a Umbanda (mistura do Candomblé com Espiritismo). Existem 4 tipos de Candomblé no Brasil, cada um deles saído de uma nação (grupos étnicos dos escravos africanos): Queto (BA), Xangô (PE e AL), Batuque (RS) e Angola (BA e SP). As diferenças aparecem principalmente na maneira de tocar os atabaques, na língua do culto e no nome dos orixás (deuses). Os povos que mais influenciaram os 4 tipos de Candomblé praticados no Brasil são os da língua iorubá. A mistura com o Catolicismo foi uma questão de sobrevivência. Para os colonizadores portugueses, as danças e os rituais africanos eram pura feitiçaria e deviam ser reprimidos. A saída, para os escravos, era rezar para um santo e acender a vela para um orixá. Foi assim que os santos católicos pegaram carona com deuses africanos e passaram a ser associados a eles. A partir da década de 20, o Espiritismo também entrou nos terreiros, criando a Umbanda, com características bem diferentes. Assim, o Candomblé já se incorporou à alma brasileira. Tanto é que o país inteiro conhece a saudação mágica que significa, em iorubá, energia vital e sagrada: Axé! (Texto de Pierre Verger, in Super Interessante, janeiro 1995)

• Candomblé - A preparação é fechada ao público. Somente os membros da comunidade de santo, ou seja, do terreiro, podem participar dela. Essa parte do ritual começa na madrugada anterior e dura o dia inteiro. O toque é o mesmo que festa e se refere à batida dos atabaques, que convoca os orixás. A estrutura da cerimônia, chamada "ordem de xirê" (brincadeira, na língua iorubá), divide a festa em três partes. A primeira acontece à tarde, com o sacrifício, a oferenda e o padê de Exu. A segunda é a festa em si, à noite, na presença do público, quando os filhos-de-santo incorporam os orixás. E a terceira fase, o encerramento, com a roda de Oxalá, o deus criador do homem. Os três atabaques (rum, rumpi e lé), que fazem soar o toque durante o ritual também são responsáveis pela convocação dos deuses. O rum funciona como solista, marcando os passos da dança. Os outros dois, o rumpi e o lé, reforçam a marcação, reproduzindo as modulações da língua africana iorubá. Além dos atabaques, usam-se também o agogô (dois sinos achatados, de ferro, onde se bate com pedaço de metal), e o xequerê (cabaça envolta em uma rede de contas). São, ao todo, mais de 15 ritmos diferentes. Cada casa-de-santo tem até 500 cânticos. Segundo a fé dos praticantes, os versos e as frases rítmicas, repetidos incansavelmente, têm o poder de captar o mundo sobrenatural. Essa música sagrada só sai dos terreiros na época do carnaval, levada por grupos e blocos de rua, principalmente em Salvador, como Olodum ou Filhos de Gandhi. (Fonte: Super Interessante, janeiro 1995)

• Afoxé - O afoxé é uma dança-cortejo ligada ao Candomblé, conhecida como candomblé de rua, típica do Carnaval baiano. Após os ritos religiosos nos terreiros, onde são evocados os orixás, o grupo sai para a rua entoando canções com palavras em línguas africanas como o iorubá. Para marcar o ritmo, são usados instrumentos como agogôs, atabaques e xequerês. Entre os afoxés, o mais conhecido é o Filhos de Gandhi, cujos integrantes se vestem de branco e azul, com turbantes na cabeça. O primeiro afoxé baiano, foi organizado em 1895 pelos negros nagôs e desfilou com roupas e objetos de adorno importados da África. (Fonte: Almanaque Abril, 1995)

• Xangô - Há no Norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do Candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram da África. (Fonte: livro Orixás - Editora Três)

•Tambor de mina - É o termo pelo qual é conhecida a religião que os descendentes de negros africanos de origem jeje e nagô trouxeram para o Maranhão. É uma manifestação da religiosidade popular maranhense que tem lugar em casas de culto conhecidas como terreiros. É uma religião de possessão, onde os iniciados recebem entidades espirituais cultuadas pelo seu pai de santo em rituais conhecidos como tambor. Nos rituais são utilizados tambores, cabaças, triângulos e agogôs. Mediante o toque dos instrumentos, os iniciados, em grande parte mulheres, vestidas com roupas específicas para o ritual, dançam e incorporam as entidades espirituais. Em São Luís, duas casas de culto africano deram origem a esta forma de manifestação da religiosidade dos negros: a Casa das Minas e a Casa de Nagô. A Casa das Minas foi fundada por negras trazidas do reino do Daomé (hoje Benim), habitado por negros Mina. Nesse terreiro são recebidas entidades espirituais denominadas voduns. A Casa de Nagô, também fundada por descendentes de africanos, deu origem aos demais terreiros de São Luís, onde são recebidas entidades caboclas de origem européia ou nativa. (Fonte: City Brasil - Maranhão)

• Orixás (deuses) - Cada orixá tem o seu símbolo, o seu dia da semana, suas vestimentas e cores próprias. Os 12 orixás mais cultuados no Brasil são: Exu, Oxóssi, Obaluaê, Oxum, Iansã, Ogum, Ossaim, Oxumarê, Xangô, Nanã, Iemanjá e Oxalá. Exu é o orixá mensageiro entre os homens e os deuses, guardião da porta da rua e das encruzilhadas. Só através dele é possível invocar os orixás. Colar e roupa: vermelho e preto; Oxóssi é o deus da caça. É o grande patrono do candomblé brasileiro. Colar: azul claro. Roupa: azul ou verde claro; Obaluaê é o deus da peste, das doenças da pele. É o médico dos pobres. Colar: preto e vermelho, ou vermelho, branco e preto. Roupa: vermelha e preta, coberta por palha; Oxum é a deusa das águas doces (rios, fontes e lagos). É também deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor. Colar e roupa: amarelo ouro; Iansã é a deusa dos ventos e das tempestades. É a senhora dos raios e dona da alma dos mortos. Colar: vermelho ou marrom escuro. Roupa: vermelha; Ogum é o deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e, sem sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso. Colar: azul-marinho. Roupa: azul, verde escuro, vermelho ou amarelo; Ossaim é o deus das folhas e ervas medicinais. Conhece seus usos e as palavras mágicas (ofós) que despertam seus poderes. Colar: Branco rajado de verde. Roupa: branca e verde claro; Oxumarê é o deus da chuva e do arco-íris. É, ao mesmo tempo, de natureza masculina e feminina. Transposta a água entre o céu e a terra. Colar: amarelo e verde. Roupa: azul claro e verde claro; Xangô é o deus do fogo e do trovão. Diz a tradição que foi rei de Oyó, cidade da Nigéria. É viril, violento e justiceiro. Castiga os mentirosos e protege advogados e juízes. Colar e roupa: branco e vermelho; Nanã é a deusa da lama e do fundo dos rios, associada à fertilidade, à doença e à morte. É a orixá mais velha de todos e, por isso, muito respeitada. Colar: branco, azul e vermelho. Roupa: branca e azul; Iemanjá é considerada deusa dos mares e oceanos. É a mãe de todos os orixás e representada com seios volumosos, simbolizando a maternidade e a fecundidade. Colar: transparente, verde ou azul claro. Roupa: branca e azul; Oxalá é o deus da criação. É o orixá que criou os homens. Obstinado e independente, é representado de duas maneiras: Oxaguiã, jovem, e Oxalufã, velho. Colar e roupa: branco. (Fonte: Super Interessante, janeiro 1995)

• Sincretismo - São comuns, nas festas populares baseadas no calendário religioso, manifestações de sincretismo afro-cristão, que fundem os orixás do candomblé com os santos católicos. Na religião católica Exu é representado por Sto Antônio (festa dia 13 de junho) e São Benedito (dia 5 de outubro); Omolu/ Obaluaê por São Lázaro (dia 17 de dezembro) e São Roque (dia 16 de agosto); Nanã por Sta Ana (dia 26 de julho); Xangô por São Jerônimo (dia 30 de setembro), São José (dia 19 de março), São João (dia 24 de junho) e São Pedro (dia 29 de junho); Iansã/Oiá por Sta Bárbara (dia 4 de dezembro); Obá por Sta Joana d'Arc (dia 30 de maio); Ogum por São Jorge (dia 23 de abril) ou São Sebastião (dia 20 de janeiro); Oxóssi por São Sebastião (dia 20 de janeiro) ou São Jorge (dia 23 de abril); Oxumaré por São Bartolomeu (dia 24 de agosto); Logunedê por Sto Expedito (dia 19 de abril) ou São Miguel (dia 29 de setembro); Oxalá jovem (Oxaguiã) pelo Menino Jesus (dia 24 de dezembro) e Oxalá velho (Oxalufã) pelo Senhor do Bonfim (2o domingo depois do Dia de Reis); Iemanjá por N. Sra. das Candeias (dia 2 de fevereiro); Oxum por N. Sra. da Conceição (dia 8 de dezembro); Euá por N. Sra. das Neves (dia 5 de agosto); Ibeji (Vungi) pelos santos Cosme e Damião (dia 27 de setembro). (Fonte: Orixás - Pallas Editora)

• Iemanjá - A festa de Iemanjá é realizada na madrugada do primeiro dia do ano, no Sul e no Sudeste, e em Salvador no dia 2 de fevereiro, dia de N. Sra. da Candelária (da Luz ou das Candeias). Entregam-se flores e outras oferendas à Iemanjá (ou Janaína), principal orixá feminino, mãe de todos os orixás, considerada deusa dos mares e oceanos, rainha das águas e sereia do mar. Segundo o livro Orixás, da Editora Três, "na África, a origem de Iemanjá é um rio que vai desembocar no mar. De tanto chorar com o rompimento com seu filho Oxóssi, que a abandonou e foi viver escondido na mata junto com o irmão renegado Ossaim, Iemanjá se derreteu, transformando-se num rio que foi desembocar no mar." Iemanjá na religião católica corresponde a Nossa Senhora.

• Lenda de Iemanjá - Quando Obatalá e Odudua se casaram, tiveram dois filhos: Iemanjá (o mar) e Aganju (a terra). Os irmãos se casaram e tiveram um filho, Orungã (o ar). Quando cresceu, Orungã apaixonou-se pela mãe. Um dia, aproveitando a ausência do pai, tentou violentá-la. Iemanjá conseguiu escapar e fugiu pelos campos. Quando Orungã já a alcançava, ela caiu ao chão e morreu. Então seu corpo começou a crescer até que seus seios se romperam e deles saíram dois grandes rios, que formaram os mares; e do ventre saíram os orixás que governam as 16 direcões do mundo: Exu, Ogum, Xangô, Iansã, Ossain, Oxóssi, Obá, Oxum, Dadá, Olocum, Oloxá, Okô, Okê, Ajê Xalugá, Orum e Oxu. (Fonte: Orixás - Pallas Editora)

• São Sebastião - A Igreja Católica festeja São Sebastião com missas e procissões no dia 20 de janeiro. Nessa mesma data ele é festejado pelas comunidades dos cultos religiosos afro-brasileiros em seus terreiros e barracões. No Candomblé São Sebastião é sincretizado com Ogum, deus da guerra, e na Umbanda é sincretizado com Oxóssi, deus da caça. Em outros rituais ele é sincretizado com Omulú e Obaluayê, por causas das chagas causadas pelos ferimentos causados pelas flechas. São Sebastião é muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o têm como padroeiro, entre elas, a cidade do Rio de Janeiro. Em sua honra, dramatiza-se em Conceição da Barra (ES), a 19 e 20 de janeiro, o Alardo, dança dramática do grupo dos folguedos de cristãos e mouros (Chegança). Ele é o protetor dos atletas, dos soldados e guardião do amor, devido à demonstração de amor e fé dedicada aos princípios fundamentais do cristianismo.

• São Cosme e São Damião - Eram gêmeos que foram martirizados no dia 27 de setembro de 287, na Egéia, Cíclica, Ásia Menor, durante a perseguição do imperador Diocleciano. Foram canonizados pela Igreja Católica e hoje são patronos dos cirurgiões. No Brasil, são defensores da fome, das doenças do sexo e dos partos duplos. No Candomblé os santos Cosme e Damião são sincretizados com Ibeji (Vungi). No dia que lhes é consagrado, 27 de setembro, recebem homenagens promovidas por pagadores de promessa, que deve estender-se por 7 anos. Alguns devotos fazem a festa de mesa, quando 7 crianças (ou outro múltipo de 7), sentam-se em uma mesa com bolo, doces e refrigerantes. No RJ, as ruas enchem-se de crianças em correria à procura de brinquedos e saquinhos de doces, decorados com as figuras dos santos, ofertados por devotos. Nos saquinhos, encontram-se diferentes tipos de doces: cocada, pé-de-moleque, maria-mole, doce-de-leite, balas. Os devotos também costumam destinar alguns doces e refrigerantes para serem colocados em frente às suas imagens num altar, onde também são acesas velas. Na Bahia, Dois-dois é o nome que o povo dá aos santos. No dia deles são oferecidas refeições à 7 crianças, seguindo-se o almoço dos adultos e danças, diante do altar com as imagens dos santos. É comum as estampas de Cosme e Damião incluírem uma criança representando Doum que, segundo a crença popular, era filho de uma empregada da família dos gêmeos e morreu no dia seguinte ao martírio dos irmãos.

• São Jorge - Conhecido como o santo guerreiro, São Jorge é um santo muito popular, cultuado não somente nas igrejas católicas como também em terreiros de todas as linhas. É festejado no dia 23 de abril, com procissões católicas e atividades nos terreiros. No Candomblé São Jorge é sincretizado com Oxóssi, deus da caça, e na Umbanda é sincretizado com Ogum, deus da guerra. Justiceiro, protetor dos oprimidos e injustiçados, é o patrono de corporações militares, escolas de samba, clubes de futebol. É bom ter um pé de espada-de-são jorge plantado no jardim das casas que ficam, assim, protegidas de todo o mal. A espada-de-são jorge é uma planta muito usada nos banhos e libações (derramamento de líquido em um altar).

• Banho-de-cheiro - O banho-de-cheiro é muito usado nas religiões afro-brasileiras. É um banho aromático preparado com ervas, cascas de plantas, flores, essências e resinas, que tem o poder de conservar a felicidade, afastar o azar, readquirir os favores da sorte e acabar com o mau-olhado. O banho-de-cheiro nordestino é feito com sete plantas: arruda, alecrim, manjericão, malva-rosa, malva-branca, manjerona e vassourinha. Nos banhos de cheiro não se usa sabonete nem toalha. Os melhores dias para tomar banho-de-cheiro são os seguintes: Ano-Novo, Sábado de Aleluia, dia de São João, Natal e antes de casar. (Fonte: Dicionário de Folclore para Estudantes)

• Missa afro - Missa onde os rituais católicos misturam-se às tradições afro-brasileiras. É um rito católico inculturado, a partir dos valores africanos, celebrado ao som de atabaques e cantos afros. Não há sincretismo, isto é, elementos dos cultos africanos não são misturados à celebração. Na Paróquia N. Sra. Achiropita em São Paulo, além da missa afro, são celebrados batismos e casamentos afro.
fonte:www.lendorelendogabi.com/.../cultura_popular_e_folclore

OS ORIXAS E SUAS INFUÊNCIAS


Para começar: ORIXÁS

Orixás são elementos da natureza, cada orixá representa uma força da natureza.

Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc. Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (asé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande pai. Pai esse conhecido por nós como "Ólorun"ou Olodumaré (Deus supremo).

No Brasil, erroneamente, diz-se que Oxalá é o pai maior. Na verdade, Oxalá é um dos mais velhos, Orixá Fun Fun* (Nota: quando nos referirmos a Ifá/Iyami, a fim de não criar confusões, pedimos que visitem o nosso portal Matriz Afro para ter esclarecimentos mais abrangente e técnicos sobre a senhoridade e Cronologia) Orisála por ser sincretizado no Brasil com Jesus Cristo, é cultuado como "Orisá maior", no Brasil o mais respeitado e o mais velho entre os Orixás.

A grande maioria das nações africanas anterior a era cristã, conheciam a existência de Ólorun como grande criador, ser fundamental.
Acreditamos que nosso Deus "é o todo". E o todo é a natureza e seus integrantes, (animais, vegetais, homens, planetas, etc.)

Nota: Olorun está acima da vaidade pessoal e de religiões que buscam sempre monopolizar o seu poder.

Nosso Deus jamais pune seus filhos tão pouco condena-os a fogueira eterna, também nunca os entregou ao seu maior inimigo (Satanás) após cometer erros divinos chamado de pecados eternos, nosso deus não destrói países e não aniquila civilizações de filhos amados por ciúmes quando não adorado, amado ou seguido...
Como pai, jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco condenaria-os ao extermínio por erros que cometem ou possam cometer.
O verdadeiro pai perdoa, ensina, ama e protege seus filhos.
Portanto nosso deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai...

Como já havíamos comentado, nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza, cada elemento e força da natureza é por nós representado por um Orixá...

Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através de cada Orixá, os seguidores iniciados(iyawos) sobre a influência de um Orixá, específico,detém mais energia do seu influente que os filhos de outros Orixás.

Exemplo: Os filhos de Ossain possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os filhos de Ogun que possuem por sua vez, detém mais energia voltado a armas, metais, ferramentas, etc.

Em resumo, quase todos os Orixás tiveram uma curta passagem pelo nosso mundo, sendo muitos ancestrais divinizados que após fatos heróicos ou divinos, e por possuerem energia extrema, maior que a capacidade humana poderia suportar, encantaram-se e/ou retornaram ao Orun (céu), deixando para nós, segredos e ensinamentos, encurtando a ligação do material ao espiritual. Ligação essa, que nós preservamos e usamos não só para nós, mas também para as pessoas que nos procuram, mesmo sem ter ligações diretas com a religião. Essas ligações são em sua grande maioria revelados por IFÁ, cujo veremos na parte relacionado a Odús.

Em nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contato com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu asé e portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu Orixá aproximando mais de olorum(Deus criador/construtor de todo o universo).
Orixá significa também o caminho que nos guia em determinados pontos de nossas vidas, caminhos revelados por Ifá onde se faz necessário o devido culto para que os que dele pertencem seguir e equilibrar sua energia durante o tempo que permanecerá no aiye (terra).
Entre todos Orixás, salientamos o de maior e incontestável importância que é ORI, seu Deus pessoal, sua identidade, sua conciência viva e presente, que antes de tudo deve ser muito bem cuidada, alimentada e equilibrada para que se possa ter a consiência e o o equilíbrio mental para possuir ou ser conduzido na Energia pura de Orixá


Um pouco da história da umbanda - Parte I.

Uma das mais impressionantes marcas do estudo da Umbanda é a influência que os Orixás exercem em seus filhos. Ou seja, aqueles que nasceram sob
História pouco da Umbanda...

Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens. Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.

A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado". No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.

Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita , já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita . No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.

Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:

" Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:

" Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?"

Ele responde:

Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."

O vidente ainda pergunta:

" Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"

Novamente ele responde;

Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."

Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 · Neves · São Gonçalo · RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita , parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:

Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".

Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:

Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai".

Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: "- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá". Após insistência dos presentes fala:

Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".

Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:

Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".

Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de"Guia de Pai Antonio".

No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados. A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda. Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.

Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebendo ordens do astral, fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:

Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia
Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição
Tenda Espírita Santa Bárbara
Tenda Espírita São Pedro
Tenda Espírita Oxalá
Tenda Espírita São Jorge
Tenda Espírita São Jerônimo

As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas. Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitar a ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele. O ritual sempre foi simples.

Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam. A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias.

Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.

Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, Cachoeira do Macacú·RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos, no dia 03 de outubro de 1975.

Dia 16 de setembro de 2010, faleceu Dona Zilméia de Moraes, a única dos quatro filhos de Zélio de Moraes, fundador da Umbanda, que ainda estava encarnada. Fica mais órfã a Umbanda a partir de agora. Deixamos aqui nossa homenagem a essa querida e doce mãe de santo. Saravá!


o manto da vibração do Orixá, o que não se pode saber por data de nascimento, mas por rituais próprios da religião
Falaremos das descrições dos Orixás, não se preocupando com lendas. Apesar de cada região cultuar diferentes Orixás e sincretizar com determinados Santos Católicos descreveremos os que cultuamos em nosso Terreiro, as suas datas de comemoração e os arquétipos dos seus filhos. Isto não quer dizer que os outros terreiros estejam fazendo seus cultos erroneamente.


A origem da Religião de Matriz Africana vem de longe... muito longe.

A chegada dos escravos africanos ao Brasil foi responsável pela consolidação de uma nova experiência religiosa em nosso território. Contudo, ao contrário do que muitos chegam a imaginar, não podemos supor que esse movimento simplesmente instalou a mesma lógica e as mesmas divindades cultuadas no território africano. Ao mesmo tempo em que alguns deuses ficaram para trás, outros foram criados para compor uma experiência singular.

Desse vasto panteão de divindades, os orixás se tornaram os mais conhecidos entre os praticantes e não praticantes das religiões de origem e influência africana. Segundo os ensinamentos do candomblé, todas as pessoas são filhas de orixás. Para que seja possível determinar a quais orixás um indivíduo pertence, ele precisa recorrer aos saberes oferecidos pelo jogo de búzios.

O jogo de búzios consiste basicamente no lançamento de dezesseis conchas, também conhecidas como cauris, em uma peneira. O pai de santo é o único capaz de realizar o lançamento das conchas e realizar a correta leitura da posição de cada búzio. Além do jogo, os praticantes do candomblé também associam a pessoa ao seu orixá através das características físicas e psicológicas do praticante.

Segundo a crença, cada pessoa recebe a influência de dois orixás principais. O primeiro é conhecido como o “orixá da frente” e o segundo como o “orixá de trás”, “segundo santo” ou “jutó”. Esse casal de divindades promove a proteção de seu seguidor e são reverenciados pelo pai de santo quando este toca a testa, para o orixá da frente, e a nuca para o orixá de trás. Além dessas duas divindades, uma pessoa pode incorporar a proteção de outros deuses, completando o número máximo de sete orixás.

No conjunto das religiões afro-brasileiras, os orixás podem assumir diferentes nomenclaturas segundo a crença que o adota. Na umbanda, os orixás não são diretamente incorporados pelas pessoas com aptidões mediúnicas. Geralmente, o orixá envia um representante, o falangeiro, que tem a função de repassar as ordens e orientações do orixá que o domina.

Entre os mais conhecidos orixás podemos destacar as figuras de Exu, orixá mensageiro sem o qual nenhuma transformação acontece; Ogum, divindade que está correntemente associada às guerras e à agricultura; Oxossi, reconhecido como irmão de Ogum e associado à caça e proteção. Além disso, podemos destacar Omulu, poderosa divindade responsável pelos poderes de cura e doença; Xangô, senhor dos raios e trovões; Iemanjá, a mãe de todos os orixás; e Oxalá, o grande orixá da criação.


Dentro da concepção africana, os orixás são a força na natureza, cada orixá representa uma ou mais forças, como por exemplo, o mar, os rios, as matas e etc. Quando vieram para o Brasil os escravos africanos trouxeram consigo sua crença que com o tempo acabou se mesclando com a crença católica no Brasil e a imagem dos orixás também se mesclou com a dos santos católicos, seja pela semelhança de valores entre eles, ou seja, pelo tipo de energia que eles exercem.
Os Orixás, hoje em dia, são considerados espíritos de alta evolução que se encaixam nas mais altas vibrações. Essas entidades dificilmente falam, limitando-se a dar passes magnéticos através de gestos que também as identificam. Demoram pouco tempo incorporado pois sua alta vibração cansa demasiadamente o médium, que desgasta grande quantidade de energia nessas incorporações.

Os Orixás possuem aspectos pessoais interessantes, suas energia se manifesta em nosso cotidiano de acordo com a data de nosso nascimento; um indivíduo que nasceu na quarta-feira tem seu nascimento aliado a Orixá Iansã; adoram curtir as mais loucas paixões. Vivem num clima de sedução e conquista, sem medo das conseqüências. Ousados, correm todos os riscos e enfrentam todos os perigos para realizar suas tarefas e alcançar seus objetivos.

Saber a influência do dia do seu nascimento e conhecer as particularidades atribuídas ao Orixá deste dia pode ser interessante para explicar alguns aspectos da personalidade de um indivíduo.

Após detalhar o dia simplesmente veja as características do Orixá, um pequeno resumo sobre as principais características esta abaixo, mas lembre-se que as características são atribuídas ao dia da semana que você nasceu, para saber qual o seu Orixá guia consulte um estudioso da cultura Afro


Domingo - As pessoas nascidas no domingo são regidos por Oxalá. Geralmente são audaciosas, revolucionárias e incansáveis. Estão sempre querendo melhorar o que já existe, mudar, mexer deixar a sua forma. Equilibrada e serenas são o espelho deste orixá.

Segunda-feira - As pessoas nascidas na segunda-feira, dia regido por Exu, o mensageiro dos deuses, são alegres, boêmias e sensuais. Dona de caráter nobre costumam mostra-se bastante amigáveis. Mas, caso sofram injustiças, não conseguem afastar pensamentos de vingança.

Terça-feira - As pessoas nascidas na terça-feira, dia regido por Ogum, o orixá da guerra e do progresso tecnológico, detestam a rotina e são dinâmicas. Estão sempre lutando por mudanças no trabalho, na política e na vida pessoal. Geralmente obtém sucesso em tudo o que fazem. Mas precisam combater a tendência ao egoísmo e à arrogância.

Quarta-feira - As pessoas nascidas na quarta-feira, dia regido por Iansã, senhora da sensualidade e das tempestades, adoram curtir as mais loucas paixões. Vivem num clima de sedução e conquista, sem medo das conseqüências. Ousadas, correm todos os riscos e enfrentam todos os perigos para realizar suas tarefas e alcançar seus objetivos.

Quinta-feira - As pessoas nascidas na quinta-feira, dia regido por Oxossi, deus das matas, são introvertidas e discretas. Sabem exprimir suas opiniões, mas jamais tentam impô-las aos outros. Simplesmente esperam, com paciência que lhe dêem razão. Essa qualidade lhes confere muito charme um ar de nobreza.

Sexta-feira - As pessoas nascidas na sexta-feira, dia regido por Oxaguiã, a manifestação jovem de Oxalá, são orgulhosas e não gostam de meios-termos. Para elas, é sempre tudo ou nada. Por isso, oscilam entre uma tristeza profunda e uma alegria sem limites; entre o ódio e o amor; entre a dedicação e o desinteresse. Mas, a media que amadurecem, ganham algumas características de Oxalá.

Sábado - As pessoas nascidas no sábado, dia regido por Iemanjá, a rainha do mar, ficam furiosas quando sentem ciúmes ou se julgam vítimas de uma ingratidão. O mais comum, porém, é estarem sempre numa boa maré, protegendo os amigos e os filhos. Seus sábios conselhos são fruto de uma grande capacidade de observar.
Domingo - As pessoas nascidas no domingo são regidos por Oxalá. Geralmente são audaciosas, revolucionárias e incansáveis. Estão sempre querendo melhorar o que já existe, mudar, mexer deixar a sua forma. Equilibrada e serenas são o espelho deste orixá.

Segunda-feira - As pessoas nascidas na segunda-feira, dia regido por Exu, o mensageiro dos deuses, são alegres, boêmias e sensuais. Dona de caráter nobre costumam mostra-se bastante amigáveis. Mas, caso sofram injustiças, não conseguem afastar pensamentos de vingança.

Terça-feira - As pessoas nascidas na terça-feira, dia regido por Ogum, o orixá da guerra e do progresso tecnológico, detestam a rotina e são dinâmicas. Estão sempre lutando por mudanças no trabalho, na política e na vida pessoal. Geralmente obtém sucesso em tudo o que fazem. Mas precisam combater a tendência ao egoísmo e à arrogância.

Quarta-feira - As pessoas nascidas na quarta-feira, dia regido por Iansã, senhora da sensualidade e das tempestades, adoram curtir as mais loucas paixões. Vivem num clima de sedução e conquista, sem medo das conseqüências. Ousadas, correm todos os riscos e enfrentam todos os perigos para realizar suas tarefas e alcançar seus objetivos.

Quinta-feira - As pessoas nascidas na quinta-feira, dia regido por Oxossi, deus das matas, são introvertidas e discretas. Sabem exprimir suas opiniões, mas jamais tentam impô-las aos outros. Simplesmente esperam, com paciência que lhe dêem razão. Essa qualidade lhes confere muito charme um ar de nobreza.

Sexta-feira - As pessoas nascidas na sexta-feira, dia regido por Oxaguiã, a manifestação jovem de Oxalá, são orgulhosas e não gostam de meios-termos. Para elas, é sempre tudo ou nada. Por isso, oscilam entre uma tristeza profunda e uma alegria sem limites; entre o ódio e o amor; entre a dedicação e o desinteresse. Mas, a media que amadurecem, ganham algumas características de Oxalá.

Sábado - As pessoas nascidas no sábado, dia regido por Iemanjá, a rainha do mar, ficam furiosas quando sentem ciúmes ou se julgam vítimas de uma ingratidão. O mais comum, porém, é estarem sempre numa boa maré, protegendo os amigos e os filhos. Seus sábios conselhos são fruto de uma grande capacidade de observação.

Fonte: Domingo - As pessoas nascidas no domingo são regidos por Oxalá. Geralmente são audaciosas, revolucionárias e incansáveis. Estão sempre querendo melhorar o que já existe, mudar, mexer deixar a sua forma. Equilibrada e serenas são o espelho deste orixá.

Segunda-feira - As pessoas nascidas na segunda-feira, dia regido por Exu, o mensageiro dos deuses, são alegres, boêmias e sensuais. Dona de caráter nobre costumam mostra-se bastante amigáveis. Mas, caso sofram injustiças, não conseguem afastar pensamentos de vingança.

Terça-feira - As pessoas nascidas na terça-feira, dia regido por Ogum, o orixá da guerra e do progresso tecnológico, detestam a rotina e são dinâmicas. Estão sempre lutando por mudanças no trabalho, na política e na vida pessoal. Geralmente obtém sucesso em tudo o que fazem. Mas precisam combater a tendência ao egoísmo e à arrogância.

Quarta-feira - As pessoas nascidas na quarta-feira, dia regido por Iansã, senhora da sensualidade e das tempestades, adoram curtir as mais loucas paixões. Vivem num clima de sedução e conquista, sem medo das conseqüências. Ousadas, correm todos os riscos e enfrentam todos os perigos para realizar suas tarefas e alcançar seus objetivos.

Quinta-feira - As pessoas nascidas na quinta-feira, dia regido por Oxossi, deus das matas, são introvertidas e discretas. Sabem exprimir suas opiniões, mas jamais tentam impô-las aos outros. Simplesmente esperam, com paciência que lhe dêem razão. Essa qualidade lhes confere muito charme um ar de nobreza.

Sexta-feira - As pessoas nascidas na sexta-feira, dia regido por Oxaguiã, a manifestação jovem de Oxalá, são orgulhosas e não gostam de meios-termos. Para elas, é sempre tudo ou nada. Por isso, oscilam entre uma tristeza profunda e uma alegria sem limites; entre o ódio e o amor; entre a dedicação e o desinteresse. Mas, a media que amadurecem, ganham algumas características de Oxalá.

Sábado - As pessoas nascidas no sábado, dia regido por Iemanjá, a rainha do mar, ficam furiosas quando sentem ciúmes ou se julgam vítimas de uma ingratidão. O mais comum, porém, é estarem sempre numa boa maré, protegendo os amigos e os filhos. Seus sábios conselhos são fruto de uma grande capacidade de observação.

fonte:.portaldascuriosidades.com/www.paimaneco.org.br/orixas/orixas-da-umbanda/

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