O 1º de Maio tem sido, ao longo dos anos, uma comemoração, um feriado para quem trabalha ou quem está desempregado, um dia de descanso, uma data no calendário de feriadões a mais no ano.
Vemos toda uma apologia ao lazer e ao ócio, literalmente um dia em que os empresários, CDL, indústria e demais setores do trabalho fazem desta data uma festa. A começar pela propaganda: “Dia do Trabalho!”. Sindicatos fazem sorteios de carros e prêmios, apresentações artísticas, dentre outros eventos culturais que, segundo eles, visam ao prazer do ofício. O que muita gente não sabe é que a história deste “feriado” condiz com uma batalha constante daqueles que lutavam por melhores condições de vida. Seu nome correto era “Dia do Trabalhador”, mais precisamente: “Dia do Internacionalismo Proletário”. Alguns costumam pensar que aquelas lutas pelos direitos são muito antigas e hoje já estão ultrapassadas, por isso não há motivos para continuar lembrando de velhas memórias...
Vocês sabem que á história contada é a versão dos vencedores. Pouco se sabe que, em 1937, Getúlio Vargas foi obrigado a criar um ministério do trabalho que se encarregou de controlar todos os sindicatos, uma resposta dada para a organização em massa dos trabalhadores, que era capaz de conquistar grandes mudanças. Vargas destrói o sindicalismo e se proclama “pai dos pobres”, “pai dos trabalhadores”. Não é à toa: aqueles que deveriam ser defensores das causas sociais, os políticos, são os nossos maiores inimigos porque privilegiam seus próprios interesses individuais e não nos representam. Aqueles que deveriam ser nossos defensores contra a exploração no trabalho, as centrais sindicais, são nossos traidores quando não estão ombro a ombro com os que estão todo o dia na labuta. É através de festas e “feriados” que um e outro transformam a vida do povo em pão-e-circo. Ainda por cima, a mídia tem a função de propagandear a ideologia dos poderosos, escondendo a história do 1º de maio e tirando seu caráter de reivindicação.
Vocês sabem que á história contada é a versão dos vencedores. Pouco se sabe que, em 1937, Getúlio Vargas foi obrigado a criar um ministério do trabalho que se encarregou de controlar todos os sindicatos, uma resposta dada para a organização em massa dos trabalhadores, que era capaz de conquistar grandes mudanças. Vargas destrói o sindicalismo e se proclama “pai dos pobres”, “pai dos trabalhadores”. Não é à toa: aqueles que deveriam ser defensores das causas sociais, os políticos, são os nossos maiores inimigos porque privilegiam seus próprios interesses individuais e não nos representam. Aqueles que deveriam ser nossos defensores contra a exploração no trabalho, as centrais sindicais, são nossos traidores quando não estão ombro a ombro com os que estão todo o dia na labuta. É através de festas e “feriados” que um e outro transformam a vida do povo em pão-e-circo. Ainda por cima, a mídia tem a função de propagandear a ideologia dos poderosos, escondendo a história do 1º de maio e tirando seu caráter de reivindicação.
Se liga: E importante registrar que até aquele momento não se tinha nada que resguardassem o trabalhador
Essa data marcou definitivamente o que chamamos de luta de classes e, no entanto, esse confronto entre aqueles poucos que têm muito contra aqueles muitos que têm pouco, hoje em dia é cada vez mais atual. Há desigualdade entre categorias, assim como precarização dos trabalhos, desigualdade entre homens e mulheres, trabalho infantil, informalidade, semi-escravidão, altos impostos, aposentadoria individual, déficit de carteiras assinadas, dentre outras carências que o trabalhador e o desempregado sofrem. Enquanto os políticos passam a reivindicar seus próprios salários, a maioria da população reparte as migalhas dessa riqueza não distribuída. Isso, sem falar das contínuas reformas trabalhistas, com antigos direitos que são definitivamente usurpados pelas novas leis, na chamada “flexibilização”. De fato, se estamos tão longe das discussões abertas e públicas sobre política, estamos mais longe ainda das jornadas de luta pela melhoria salarial e por nossos direitos, que hoje perdemos pouco a pouco. Ter uma carteira assinada hoje é uma vitória! Mais de 15 milhões de pessoas estão inseridas no trabalho informal sem quaisquer assistências e direitos, como férias, vale-alimentação, vale-transporte, 13º salário, etc. Toda cidadã e cidadão tem direito a uma vida de subsistência digna, livre da exploração. Isso é exatamente o que não acontece neste país e no mundo.
- Somos de 55% da população brasileira se declara negra e parda — um número que vem crescendo na última década. Há dez anos, por exemplo, essa porcentagem era de 50% e, em 2004, de 48%. 86% afirmam hoje sentir orgulho de ser negro, segundo o estudo. "Se a população negra brasileira (112 milhões) formasse um país, seria o décimo primeiro maior do mundo"
Negros e pardos ganham menos que os trabalhadores brancos
Se os negros ganhassem salários iguais aos dos brancos no Brasil, seriam injetados na economia brasileira R$ 808,83 bilhões. Esse é o preço da desigualdade atual, segundo o estudo O Desafio da Inclusão, do instituto de pesquisa Locomotiva e do IBGE. "Um branco paulistano de 40 anos, com curso superior, como eu, ganha em média 31% a mais do que um negro paulistano com curso superior da mesma idade e na mesma função", atualmente à frente do instituto, em evento realizado em São Paulo,. A pesquisa do Locomotiva é focada na população negra e ouviu 2 mil brasileiros em 70 cidades.
Trata-se de uma fatia da população que tem menos acesso a universidades e educação. Enquanto 18% dos adultos brancos têm curso superior, a porcentagem entre os negros é de 8%. 93% dos jovens negros nunca fizeram um curso de idiomas e 60% não receberam qualificação profissional. Entre aqueles com curso superior, a renda média de um homem negro é, em média, de R$ 4,8 mil (versus R$ 6,7 mil do homem branco), enquanto a da mulher negra é de R$ 2,9 mil (versus R$ 3,8 mil da mulher branca).
O racismo na cara do trabalhador: Negros em pleno seculo XXI é tratado como trabalhador de segunda Classe
Aqueles que conseguiram entrar na faculdade, subir em suas carreiras e conseguir boa remuneração ainda são poucos. Mesmo sendo a maioria da população, os negros representam apenas 19% da população brasileira que ganha acima de R$ 10 mil por mês.
O estudo também aponta que a renda da população negra no Brasil é de R$ 1,6 trilhão. É um mercado com grande potencial consumidor, equivalente ao 17º maior do mundo —
São 28 milhões de pessoas com intenção de comprar móveis para casa e 11 milhões com vontade de adquirir um smartphone nos próximos 12 meses. E isso mesmo tendo uma visão pessimista do futuro. 78% dos negros avaliam de forma negativa a situação atual do país e 88% têm medo de perder seu padrão de vida.
Segundo o estudo, o brasileiro reconhece que existe racismo no Brasil (93% das pessoas), mas são poucos que enxergam o próprio preconceito. Apenas 3% declararam abertamente que preferem evitar conviver com negros.
A menor diferença de brancos para negros, portanto, está entre analfabetos: a média salarial de brancos que não sabem ler ou escrever é de R$ 1.249,35 , enquanto para negros é de R$ 1.144,48 (R$ 91,61 para cada 100).
Negros ou pardos ganham cerca de 90% do salário de brancos em todas as classificações de estudo mais baixas, até o ensino fundamental completo. Dali em diante que a diferença cresce. Quando entram na universidade, a relação chega a ficar abaixo dos 80%.
Ao completar o ensino superior, o salário de todos dão um salto, mas ele é mais expressivo entre brancos. A média salarial pula de R$ 2.719,98 para os R$ 5.589,25 — aumento de 105%. Entre negros, a diferença parte de R$ 2.252,55 para os R$ 3.777,39 — ou 67% a mais.
Essa data marcou definitivamente o que chamamos de luta de classes e, no entanto, esse confronto entre aqueles poucos que têm muito contra aqueles muitos que têm pouco, hoje em dia é cada vez mais atual. Há desigualdade entre categorias, assim como precarização dos trabalhos, desigualdade entre homens e mulheres, trabalho infantil, informalidade, semi-escravidão, altos impostos, aposentadoria individual, déficit de carteiras assinadas, dentre outras carências que o trabalhador e o desempregado sofrem. Enquanto os políticos passam a reivindicar seus próprios salários, a maioria da população reparte as migalhas dessa riqueza não distribuída. Isso, sem falar das contínuas reformas trabalhistas, com antigos direitos que são definitivamente usurpados pelas novas leis, na chamada “flexibilização”. De fato, se estamos tão longe das discussões abertas e públicas sobre política, estamos mais longe ainda das jornadas de luta pela melhoria salarial e por nossos direitos, que hoje perdemos pouco a pouco. Ter uma carteira assinada hoje é uma vitória! Mais de 15 milhões de pessoas estão inseridas no trabalho informal sem quaisquer assistências e direitos, como férias, vale-alimentação, vale-transporte, 13º salário, etc. Toda cidadã e cidadão tem direito a uma vida de subsistência digna, livre da exploração. Isso é exatamente o que não acontece neste país e no mundo.
- Somos de 55% da população brasileira se declara negra e parda — um número que vem crescendo na última década. Há dez anos, por exemplo, essa porcentagem era de 50% e, em 2004, de 48%. 86% afirmam hoje sentir orgulho de ser negro, segundo o estudo. "Se a população negra brasileira (112 milhões) formasse um país, seria o décimo primeiro maior do mundo"
Negros e pardos ganham menos que os trabalhadores brancos
Se os negros ganhassem salários iguais aos dos brancos no Brasil, seriam injetados na economia brasileira R$ 808,83 bilhões. Esse é o preço da desigualdade atual, segundo o estudo O Desafio da Inclusão, do instituto de pesquisa Locomotiva e do IBGE. "Um branco paulistano de 40 anos, com curso superior, como eu, ganha em média 31% a mais do que um negro paulistano com curso superior da mesma idade e na mesma função", atualmente à frente do instituto, em evento realizado em São Paulo,. A pesquisa do Locomotiva é focada na população negra e ouviu 2 mil brasileiros em 70 cidades.
Trata-se de uma fatia da população que tem menos acesso a universidades e educação. Enquanto 18% dos adultos brancos têm curso superior, a porcentagem entre os negros é de 8%. 93% dos jovens negros nunca fizeram um curso de idiomas e 60% não receberam qualificação profissional. Entre aqueles com curso superior, a renda média de um homem negro é, em média, de R$ 4,8 mil (versus R$ 6,7 mil do homem branco), enquanto a da mulher negra é de R$ 2,9 mil (versus R$ 3,8 mil da mulher branca).
O racismo na cara do trabalhador: Negros em pleno seculo XXI é tratado como trabalhador de segunda Classe
Aqueles que conseguiram entrar na faculdade, subir em suas carreiras e conseguir boa remuneração ainda são poucos. Mesmo sendo a maioria da população, os negros representam apenas 19% da população brasileira que ganha acima de R$ 10 mil por mês.
O estudo também aponta que a renda da população negra no Brasil é de R$ 1,6 trilhão. É um mercado com grande potencial consumidor, equivalente ao 17º maior do mundo —
São 28 milhões de pessoas com intenção de comprar móveis para casa e 11 milhões com vontade de adquirir um smartphone nos próximos 12 meses. E isso mesmo tendo uma visão pessimista do futuro. 78% dos negros avaliam de forma negativa a situação atual do país e 88% têm medo de perder seu padrão de vida.
Segundo o estudo, o brasileiro reconhece que existe racismo no Brasil (93% das pessoas), mas são poucos que enxergam o próprio preconceito. Apenas 3% declararam abertamente que preferem evitar conviver com negros.
A menor diferença de brancos para negros, portanto, está entre analfabetos: a média salarial de brancos que não sabem ler ou escrever é de R$ 1.249,35 , enquanto para negros é de R$ 1.144,48 (R$ 91,61 para cada 100).
Negros ou pardos ganham cerca de 90% do salário de brancos em todas as classificações de estudo mais baixas, até o ensino fundamental completo. Dali em diante que a diferença cresce. Quando entram na universidade, a relação chega a ficar abaixo dos 80%.
Ao completar o ensino superior, o salário de todos dão um salto, mas ele é mais expressivo entre brancos. A média salarial pula de R$ 2.719,98 para os R$ 5.589,25 — aumento de 105%. Entre negros, a diferença parte de R$ 2.252,55 para os R$ 3.777,39 — ou 67% a mais.
Sendo assim ou sem reformas os trabalhadores negros que construíram este pais com dor,suor e as vodas de milhares dos seu não tem o que comemorar...
Rebele-se Contra o Racismo!
PRA SENZALA EU NÃO VOLTO NÃO!
Um afro abraço.
Claudia Vitalno. CTB RJ\UNEGRO RJ\Pesquisadora\Historiadora
fonte:https://epocanegocios.globo.com\ IBGE
Um afro abraço.
Claudia Vitalno. CTB RJ\UNEGRO RJ\Pesquisadora\Historiadora
fonte:https://epocanegocios.globo.com\ IBGE
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