UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Você sabia que há judeus negros?

O Judaísmo tem origem remontada aproximadamente ao ano de 2000 a. C,
aproximadamente. Os nomes vinculados a sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos coletivos. Em termos de organização clerical, há a divisão em congregações, que escolhem individualmente seus rabinos. Os textos sagrados judaicos são: a Bíblia dos hebreus, que inclui o Torá (o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio), os Profetas e outros livros; o Talmude, formado pelo conjunto de ensinamentos do Judaísmo, além de tratar-se de um guia de leis religiosas e civis.

O Judaísmo constitui-se nas doutrinas e ritos dos Judeus, que seguem as leis de Moisés. O Judaísmo está baseado no Zoroastrismo. Do Judaísmo surgiram duas grandes religiões do mundo, ou Cristianismo e o Islamismo. Os muçulmanos admitem que sua religião tem os fundamentos no Judaísmo. O Corão é muito claro neste ponto. A concepção de Zoroastro de Ahura Mazda como sendo o ser Supremo é perfeitamente idêntica com a idéia de Elohim (Deus) Jeová, o qual nos encontramos no Antigo Testamento. Abraão, o Profeta, foi o primeiro homem que desvelou Deus para toda a humanidade. Ele foi o fundador da raça hebraica. Os Hebreus são descendentes de Jacó, um israelita, um Judeu. Isaac teve dois filhos, Esaú e Jacó, e seus descendentes são cristãos e judeus. Abraão teve dois filhos, um de Sara, e outro de Hagar, uma mulher egípcia, Isaac e Ismael que foram os pais dos Judeus e Muçulmanos respectivamente. 


O Antigo Testamento O Antigo Testamento contém os escritos sagrados no ambiente da raça judaica. A porção nova das Escritura Bíblicas são chamadas de Novo Testamento, os qual iniciaram depois da vinda de Jesus Cristo, cerca de dois mil anos atrás.


Durante a época em que Jesus veio ao mundo, os judeus escreveram e estudaram seus
livros sagrados. Eles foram escritos na língua hebraica. Os antigos livros hebraicos foram traduzidos para o grego, cerca de duzentos anos depois do início da era cristã. 


O Novo Testamento não é aceito pelos judeus. Os livros dos judeus foram arranjados em três divisões principais. A primeira foi chamada de A Lei. Ela lida com as leis do mundo. Estes livros são agora a primeira parted a Bíblia, a saber: Gênese, Êxodo, Levíticos, Números, e Deuteronomonio. A segunda parte estão os Profetas. Neles incluem-se Joshua, Isaías, e Jeremias. Salmos e Provérbios, constituem a terceira classe de leituras. O Antigo Testamento contém 39 livros. Seitas judaicas As Leis judaicas foram apresentadas como um sistema completo, pelos quais as pessoas devem viver. Por lei, entendemos o sentido especial do Pentateuco.

Cada palavra do Pentateuco é considerada como sendo inspirada, e uma revelação imediata de Moisies. 



a) Há uma necessidade de explanação da Lei. Os Escribas foram os itérpretes da Lei. Eles explicaram e aplicaram as regras do Torah para os casos especiais. Os Escribas foram reconhecidos como os legisladores e juizes de Israel. Suas decisões tinham a forca da Lei. Os primeiros Escrivas foram sacerdotes. 

b) A fraternidade dos Fariseus foram um partido popular ou nacional. Eles acreditavam na doutrina da imortalidade, ressurreição do corpo, na existência dos anjos e espíritos. Como mestres religiosos, eles sustentavam a tradição oral com a mesma validade da lei escrita. Eles eram inclinados ao fatalismo em questão de liberdade e vontade. Os Zelotes representam o lado extremo do movimento Farisaico. 

c) Sadducus foram os sacerdotes aristocráticos. Eles guardaram a carta da revelação Mosaica. Eles negaram a autoridade oral da tradição como interpretavam os Fariseus. Eles ensinaram a completa liberdade da vontade na ação moral. Ele não acreditavam em anjos ou espíritos. eles não aceitavam a doutrina da imortalidade como dedução do Pentateuco. 

d) Os Essênios seguiam o celibato, a isolação, o silêncio, a ablução cerimonial, a abstinência da alimentação de carne. 

Eles praticavam o asceticismo. Eles faziam adoração para o Sol e para os anjos. Eles acreditavam Ana doutrina dualista do bem e do mal, e no simbolismo da luz. Eles abstinham-se de sacrifícios de animais na adoração do tempo. O Torah O profetas de Israel possuíam um grande líder religioso, que trouxe grande progresso no pensamento hebraico. Os rabinos eram a autoridade mestre. Eles trabalharam arduamente no campo do Torah. Eles produziram uma massiva literatura Talmúdica. Eles foram os representantes dos Fariseus. O Talmude é indispensável para o conhecimento do pensamento Hebraico. 

O Torah foi dado em dez palavras. Cada palavra tornou-se uma voz. Cada voz foi dividida em 70 vozes, todas as quais brilham e iluminam os olhos de toda a Israel. O Torah denota a divina revelação para Israel no monte Sinai, sendo incorporado nos cinco livros de Moises. O Torah (Lei), que foi dado para Moisés, consiste em 613 mandamentos, os quais são a essência dos mistérios terrestres e divinos. O Torah indica o caminho da vida numa forma particular de crença. Moisés recebeu o Torah (Lei, direção, instrução), no monte Sinai, e entregou a Joshua, Joshua para os anciãos, e os anciãos aos profetas, e os profetas entregaram para os homens da Grande Sinagoga, um sínodo para o zelo dos homens, criado por Ezra, o Escrita no quinto século antes de Cristo. 

A função da sinagoga era estudar e ensinar o Torah. A sinagoga era uma igreja, uma escola, e a corte de justiça. Ela era uma casa de instruções. 

A unidade de Deus, a imaterialidade de Deus, e a santidade de Deus, são os traços principais do Judaísmo. Os Mandamentos Eu Sou o Senhor Teu Deus, o qual os trouxe da terra do Egito, para fora do cativeiro. 

Não deveis ter outro Deus diante de Mim. Não deveis esculpir ou fazer nenhuma imagem, nem acima nem abaixo na terra, nem sobre a água, etc., 

Não deveis vos curvar para qualquer imagem, nem servi-las; porque Sou o Senhor Teu Deus, que vim visitar a iniquidade dos pais sobre os filhos para a terceira e quarta geração, daqueles que tem ódio, e demonstrar misericórdia para milhares daqueles que Me amam e seguem Meus mandamentos.

Não deveis tomar o nome do Senhor teu Deus em vão; o Senhor não deseja que tomem o Seu Santo Nome em vão. 

Guarde o dia se Sabbath como dia santo. Seis dias deveis trabalhar, e fazer todo o teu labor, mas no sétimo dia é o Sabbath para o Senhor teu Deus; neste dia não deveis fazer qualquer trabalho, nem vós, nem vosso filho, nem filha, nem o servo, nem a serva, nem teu gado, nem o estrangeiro dentro de teus portões. 

Em seis dias Deus fez os céus e a Terra, e no sétimo descansou; e Deus abençoou o sétimo dia ou dia do Sabbhath e o santificou.

Honraras teu pai e tua mãe; que teus dias sejam longos sobre a Terra a qual o Senhor teu Deus deu a ti;

Não matarás;

Não cometerás adultério;

Não roubaras; Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo;

Não cobiçarás a casa do teu próximo, não o invejaras, nem desejarás a esposa dele, nem seu servo ou serva, nem seu rebanho, nem seu cavalo, nem qualquer coisa do teu próximo.

Princípios do Judaísmo Os Judeus crêem na ressurreição, nos anjos, na existência de dois poderes a saber, Deus e o Demônio ou Satan. 

Os Judeus acreditam que todas as ações humanas serão medidas no dia do Julgamento numa balança. Os homens terão que passar por sobre a ponte do inferno após a ressurreição. A unidade de Deus é o ponto principal da religião dos Hebreus. Deus não tem corpo; está é uma doutrina de grande importância. Deus é sempre puro e sagrado; e o 

terceiro atributo importante de Deus. Ele é o Criador de todo o mundo. Ele é o Pai de todas


as Suas criaturas. Ele é justo e misericordioso. Ele não possui iniquidade. Os Judeus santos têm falado muito sobre a eficácia e o poder do arrependimento. “Feliz é o homem que se arrepende”, é dito por eles. Os portões do arrependimento jamais se fecham. O arrependimento prolonga a vida das pessoas. As lágrimas do verdadeiro arrependimento não são largadas em vão. Mesmo o mais reto não irão alcançar o elevado local no céu como o verdadeiro arrependido. Arrependa-se sinceramente, com o coração contrito antes de morrer. Após o arrependimento você não deverá repetir o ato maldoso. Mesmo uma hora despendida no arrependimento, com o coração constrito no mundo, é preferível do que toda uma vida no mundo vindouro. O final e meta de toda a sabedoria é o arrependimento. A unidade de Deus, a incorporeidade de Deus, e a Santidade de Deus, são as principais características do Judaísmo. Hari Om Tat Sat


Se liga-  No judaísmo houve o surgimento de várias vertentes, como a Ortodoxa, a Conservadora e a Reformista. A Conservadora, apesar de tomar como sagradas as tradições judaicas, encerra uma ideologia que permite novas interpretações dos textos sagrados. Os seguidores da vertente Reformista submetem as tradições judaicas à reavaliações, de geração a geração.

"Os judaicos acreditam que um Messias surgirá em busca da redenção da espécie humana. A fé judaica concentra-se em um único Deus, que haveria criado o homem à sua própria imagem e semelhança. Abraão, considerado o pai do povo judeu, estabeleceu um pacto com Deus. Moisés é considerado pelos judeus como um profeta superior a todos os demais, tratando-se ainda de um símbolo de libertação e independência pátria".

Há muitas estórias para serem contadas. - Não vamos deixar de lado as boas histórias também. Você sabia que há judeus negros? Na África há dois povos muito antigos que só recentemente foram reconhecidos como judeus: os Falashas e os Lembas. Um teste de DNA feito em 1999 pelo geneticista inglês David Goldstein, da Universidade de Oxford, descobriu que uma tribo de negros do norte da África do Sul e arredores têm ascendência judaica. Os Lembas fazem circuncisão, casam-se apenas entre si, guardam um dia da semana para orações e não comem carne de porco ou de hipopótamo, considerado
parente do porco.  Segundo sua tradição oral, eles viviam num lugar chamado Sena. Há no Iêmen uma vila com esse nome que até o século X ficava num vale fértil, abastecido por um açude. Quando este secou, a maioria das pessoas partiu. Geneticamente, os lembas são parentes dos Cohanim que junto com os Levi e os Israel formam um dos três grupos em que se divide o povo judeu. Os cientistas afirmaram que o ancestral comum dos Lemba e dos Cohanim viveu entre 2.600 e 3.100 anos atrás. Pela tradição judaica o período coincide com a vida de Aarão, irmão de Moisés, de quem os Cohanim descendem. Provavelmente o grande pai também dos negros lemba. 


Os falashas (nome pejorativo que significa estrangeiro) ou Beta-Israel são totalmente negros como os demais abissínios. Na Etiópia formavam uma comunidade atrasada e fechada que preservava, intactos, usos e costumes que remontam a mais de dois milênios, dizendo-se descendentes da tribo perdida de Dan, fundada por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha etíope de Sabá. Foram localizados em meados do século XIX e só em 1947 os rabinos-chefes de Israel admitiram formalmente serem eles judeus. Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas.


Os membros dessa comunidade observavam o Shabat, mantinham rígidas leis rituais da forma como eram descritas na Torá. Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Nenhum deles jamais saíra de seu vilarejo. 

Israelitas negros, também chamados de hebreus negros, são grupos de pessoas de ascendência negra africana, situados principalmente nos EUA, que acreditam serem descendentes dos antigos israelitas. Os israelitas negros aderem, em graus diferentes, às crenças e práticas religiosas do Judaísmo. Em geral, eles não são aceitos como judeus pela comunidade judaica tradicional, e muitos israelitas negros consideram-se os únicos judeus legítimos.Numerosos grupos de israelitas negros foram fundados no final do século XIX e no princípio do século XX. Nos anos 1980, o número de israelitas negros nos EUA estava entre 25.000 e 40.000. Nos anos 2000, a Aliança dos Judeus Negros nos Estados Unidos estimava haver 200.000 judeus afro-americanos.


Na África há dois povos muito antigos que só recentemente foram reconhecidos como judeus: os Falashas e os Lembas. 

Um teste de DNA feito em 1999 pelo geneticista inglês David Goldstein, da Universidade de Oxford, descobriu que uma tribo de negros do norte da África do Sul e arredores têm ascendência judaica. Os Lembas fazem circuncisão, casam-se apenas entre si, guardam um dia da semana para orações e não comem carne de porco ou de hipopótamo, considerado parente do porco. 

Segundo sua tradição oral. - Eles viviam num lugar chamado Sena. Há no Iêmen uma vila com esse nome que até o século X ficava num vale fértil, abastecido por um açude. Quando este secou, a maioria das pessoas partiu. Geneticamente, os lembas são parentes
dos Cohanim que junto com os Levi e os Israel formam um dos três grupos em que se divide o povo judeu. 

Os cientistas afirmaram que o ancestral comum dos Lemba e dos Cohanim viveu entre 2.600 e 3.100 anos atrás. Pela tradição judaica o período coincide com a vida de Aarão, irmão de Moisés, de quem os Cohanim descendem. Provavelmente o grande pai também dos negros lemba. Os falashas (nome pejorativo que significa estrangeiro) ou Beta-Israel são totalmente negros como os demais abissínios. 
Na Etiópia formavam uma comunidade atrasada e fechada que preservava, intactos, usos e costumes que remontam a mais de dois milênios, dizendo-se descendentes da tribo perdida de Dan, fundada por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha etíope de Sabá. Foram localizados em meados do século XIX e só em 1947 os rabinos-chefes de Israel admitiram formalmente serem eles judeus. Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas. 

Os membros dessa comunidade observavam o Shabat, mantinham rígidas leis rituais da forma como eram descritas na Torá. Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Nenhum deles jamais saíra de seu vilarejo. 

Viviam na Etiópia até a grande seca de 1985 quando, para salvar-lhes a vida, Israel montou a operação Moisés para tirá-los secretamente, via aérea, da África e levá-los ao Estado de Israel. No dia 21 de novembro de 1984 começou esta operação. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar. Um dos Jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros, transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no livro de recordes Guinness. Ao longo dos anos, a comunidade de judeus negros da Etiópia já chegou às 80.000 pessoas em Israel, mas o governo africano ainda retém entre 18 e 26.000 judeus em seu território. Ao chegarem em Israel, os médicos diagnosticaram nos falashas casos fisiológicos e de nutrição semelhantes aos encontrados nos sobreviventes dos campos de concentração. Chegaram magros, famintos, sem propriedades. Hoje eles são parte integrante da sociedade israelense. 

"Nunca é demais lembrar que Israel foi o único país que retirou negros da África para lhes dar vida, conforto, estudo, trabalho e dignidade". 


Além da África, na Índia há duas comunidades de judeus negros. Os mais conhecidos são os Bene Israel, de Bombaim. Sua cor é escura e a língua cotidiana é o marata. Sua vida diária pouco difere da população indiana, exceto quanto à religião. No Sul da Índia, em Cochin, há os judeus totalmente negros como os demais indianos do sul, cuja língua é o malaiala, idioma falado antes das invasões indo-européias. Remontam suas origens a uma da 10 tribos de Israel desaparecidas no exílio assírio, embora não seja historicamente comprovado. 



Nos EUA há grupos de negros que praticam o judaísmo e se chamam de "judeus etíopes". Sua posição é um tanto radical em relação aos judeus brancos. No Brasil, além de negros, os quilombos reuniam “bruxas”, hereges, ciganos e judeus. Há registros da presença permanente nas aldeias de mulatos, índios e brancos. A perseguição da época a minorias étnicas, como judeus, mouros e outros, além do combate às bruxas, heréticos, ladrões e criminosos, explica brancos terem ido viver no quilombo de Palmares. Zumbi foi o maior líder quilombola e sem dúvida o mais enigmático e místico. Sob seu reinado viveu e lutou o maior quilombo da história; grande também pela sua face multiétnica, pois em suas fortificações se refugiaram os escravos foragidos, os judeus perseguidos, os hereges e os índios entre outros, segundo as últimas descobertas de arqueólogos e etnólogos. 

Por volta de 1590, os primeiros fugitivos africanos rompiam suas correntes e fugiam para se agrupar na floresta, nas matas e sertões do Nordeste do Brasil. Pouco numerosos, eles se organizavam em bandos de fugitivos. O número foi aumentando, eles se reagruparam em uma primeira comunidade, que ao longo de sua existência chegou a contar com uma população de mais de trinta mil rebeldes, homens e mulheres de todas as origens. Eles constituíram o primeiro governo de um Estado livre no novo mundo. Inicialmente a população era de negros e poucos índios. 

Com a chegada de numerosos judeus fugidos da inquisição, a população abriu-se aos brancos e estes últimos muito inspiraram a sua organização econômica e política a partir de então. O quilombo era organizado como um pequeno Estado. Havia leis e normas que regulamentavam a vida dos seus habitantes, algumas até muito duras; roubo, deserção ou homicídio eram punidos com a morte. As decisões eram tomadas em assembleias, da qual participavam todos os adultos, sendo aceitas, pois resultava da vontade coletiva. 

Palmares significava esse desafio não só por organizar-se como uma República dentro de uma sociedade colonial, mas também por questionar as próprias bases do sistema. É o que fica evidente no relato do português Manuel Inojosa, em 1677: “Entre eles tudo é de todos e nada é de ninguém, pois os frutos do que plantam e colhem ou fabricam nas suas tendas são obrigados a depositar às mãos de um conselho, que reparte a cada um quando requer seu sustento”. 

Foi isso que motivou as dezenas de investidas militares contra o quilombo – que também abrigava judeus, índios, brancos pobres e gente perseguida pelos colonizadores – até sua completa destruição, pelo sanguinário bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694. Palmares, contudo, em vez representar a história de uma derrota, é, até hoje, um exemplo
da importância da luta dos quilombos  além dos negros foragidos da escravidão, mas também aos judeus que estavam fugindo da inquisição é preciso relembrar os horrores e a suprema vergonha do passado escravagista, da mesma forma que devemos relembrar os horrores do Holocausto dos judeus e outras minorias da II Guerra Mundial.


Os principais grupos de hebreus africanos são: Church of God and Saints of Christ ("Igreja de Deus e dos Santos de Cristo"), African Hebrew Israelites of Jerusalem ("Israelitas hebreus africanos de Jerusalém"), Commandment Keepers ("Observadores do Mandamento").


Alegações  -Em 2008,o Southern Poverty Law Center (SPLC) descreveu como supremacista negro aquilo que chamou de "a fronteira extremista do movimento hebreu israelita". Ele escreveu que os membros desses grupos "crêem que os judeus são impostores malignos e ... condenam abertamente os brancos como a personificação do Mal, merecedores somente da morte ou da escravidão". O SPLC disse também que "a maior parte dos israelitas hebreus não é explicitamente racista nem anti-semita e não advoga a violência".



Alguns dos grupos hebreus negros caracterizados como supremacistas negros pelo SPLC são Nation of Yaweh e Israelite Church of God in Jesus Christ. A Anti-Defamation League (ADL) escreveu que o website "12 Tribes of Israel" (12 tribos de Israel), administrado por um grupo hebreu negro, promove a supremacia negra.
   Correspondência com as Doze Tribos de Israel

Alguns grupos de hebreus negros creem que vários povos da América correspondem às Doze tribos de Israel bíblicas. Uma correspondência desse tipo é:
Judá — afroamericanos
Benjamim — caribenhos
Levi — haitianos
Simeão — dominicanos
Zebulom — guatemaltecos, panamenhos
Efraim — porto-riquenhos
Manassés — cubanos
Gade — indígenas da América
Rubem — seminoles
Aser — colombianos, uruguaios
Naftali — argentinos, chilenos
Issacar — mexicanos


Um afro abraço.
Claudia Vitalino,

fonte:www.ippalmares.org.br\Bahrampour, Tara (26 de junho de 2000). «They're Jewish, With a Gospel Accent».\ The New York Times\ Michael Gelbwasser (1998 abril 10). «Organization for black Jews claims 200,000 in U.S.\ Intelligence Report. Southern Poverty Law Center\ Potok, Mark (outono de 2007). «Margins to the Mainstream». Intelligence Report. Southern Poverty Law Center\«Poisoning the Web: African-American Anti-Semitism». Anti-Defamation League. 2001\ «The 12 Tribes». Children of the Saints.

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