No século XIX, a ação imperialista belga se estabeleceu na região do Congo, na parte central
do continente africano. Em 1885, o domínio belga nessa região foi confirmado na chamada Conferência de Berlim, quando o rei Leopoldo II transformou o extenso território em sua propriedade pessoal. No ano de 1908, o território congolês voltou a ser controlado pelo governo, recebendo o nome de Congo Belga. Até a década de 1940, o território colonizado experimentou uma fase de relativa prosperidade econômica.
Chegando à década de 1950, observamos que a população congolesa passou a aderir o discurso nacionalista de lideranças locais que exigiam o fim da dominação belga no território. Em 1955, uma visita oficial do rei Balduino I reforçou o sentimento autonomista ao não atender as várias demandas sociais, políticas e econômicas da população nativa. Nesse instante, uma associação chamada Abako entrou em evidência e logo se transformou em um partido político defensor da independência definitiva.
Em 1957, o fracasso das eleições municipais alimentou ainda mais o sentimento autonomista. No ano seguinte, o Congresso Pan-Africano fortaleceu as lideranças nacionalistas, entre os quais se destacava o congolês Patrice Lumumba. No ano de 1959, a radicalização das manifestações acabou forçando o reino belga a reconhecer a independência congolesa. No ano seguinte, foi inaugurado o Estado Livre do Congo, tendo como presidente Joseph Kasavubu e Lumumba no cargo de primeiro-ministro.
A conquista dos congoleses foi logo ameaçada pelo movimento de independência ocorrido na província de Katanga, onde soldados e mercenários belgas instituíram um violento conflito a serviço da empresa Union Minière. Sem contar com o apoio da Organização das Nações Unidas, Lumumba foi deposto do cargo e preso. A partir de então, várias facções dissidentes se formaram com o objetivo de assumir o governo do país.
Mediante as tensões geradas pela violenta guerra civil – agravada pelo assassinato de Lumumba – a ONU interferiu no país e repassou, em 1964, o governo congolês para Moisés Tshombe, um antigo apoiador de Katanga. A ação acabou não surtindo efeito esperado, já que, no ano seguinte, um golpe político impôs uma ditadura pessoal liderada por Mobutu Joseph Désiré. Esse regime ditatorial perdurou até 1997, quando Mobutu foi retirado do poder por uma guerrilha liderada por Laurent-Désiré Kabila.
"A descolonização africana acentuou-se a partir da década de 1950. Muitos países que ainda se encontravam como colônias dos europeus iniciaram um processo de independência. O Congo, por exemplo, era uma colônia da Bélgica."
Na década de 1940, sob a liderança de Patrice Lumumba, teve início um movimento para a libertação colonial do Congo. Em 1960, várias entidades nacionais se uniram à Organização das Nações Unidas (ONU) e pressionaram a Bélgica para declarar a liberdade do Congo, fato ocorrido no mesmo ano.
Transcrição de Independência de Zaire
Independência de Zaire Historia Zaire, originouse de uma má pronúncia do termo kikongo(Língua Africana) foi o nome que adotou oficialmente a atual República Democrática do Congo entre 27 de outubro de 1971 e 17 de maio de 1997. Com uma população com quase 70 milhões de habitantes, a República Democrática do Congo é o mais populoso do país francófono. Independência de Congo (ex-Zaire) Na década de 1940, sob a liderança de Patrice Lumumba, teve início um movimento para a libertação colonial do Congo. Em 1960, várias nações se uniram à Organização das Nações Unidas (ONU) e pressionaram a Bélgica para declarar a liberdade do Congo. E com isso em 1964 o país passou a se chamar República Democrática do Congo (RDC) Zaire A independência nacional foi obtida, mediante a Bélgica, no dia 30 de junho de 1960, adotando o nome de República do Congo,Após a independência do Congo, fundou-se a República Democrática do Congo e Patrice Lumumba foi eleito primeiro-ministro congolense. A história do Congo independente iniciou-se com várias divergências políticas: logo no primeiro mês em que Lumumba havia tomado posse, iniciou-se uma rebelião contra o seu governo.
O primeiro-ministro Lumumba não acreditava que somente a independência política livraria o Congo da dependência colonial, mas declarou que a libertação da África aconteceria a partir do momento que o Congo deixasse de ser dependente economicamente da Europa.Depois da declaração do primeiro-ministro do Congo, todos os investidores ocidentais presentes no país ficaram sob alerta. As várias corporações inglesas e belgas que investiram na exploração do cobre, cobalto, diamante, ouro, entre outros minérios, estavam temendo uma nacionalização das empresas, ou seja, temiam influências comunistas, desde a aproximação do governo do Congo com a União Soviética.
Logo em seguida, no ano de 1961, Lumumba foi sequestrado e assassinado num golpe de Estado financiado e apoiado pelos Estados Unidos. O golpe de Estado no Congo somente foi possível em razão do apoio dado aos Estados Unidos pelo antigo oficial da Força Pública Colonial, Joseph Désiré Mobutu.
-O apoio dado aos Estados Unidos renderia a Mobutu o governo do Congo, tornando-se ditador de 1965 a 1997. Ele ficou 32 anos no poder e transformou o Congo em seu quintal particular. Mobutu foi sempre financiado pelos Estados Unidos e França em troca do seu anticomunismo e pela liberação da exploração capitalista ocidental nas minas de minérios do Congo.
Se liga: O ditador, nos seus mais de 30 anos no poder, instalou um dos governos mais cruéis e corruptos do Congo. Considerado um dos homens mais ricos do mundo, Mobutu só foi derrubado do poder em 1997. .
Um afro abraço.
fonte:www.pordentrodaafrica.com
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