O Brasil é um país composto por várias etnias: europeus, africanos, índios e outros povos que compõem a sociedade brasileira. Essas variações étnicas se refletem no espaço onde se inicia a vida cultural de um povo, a escola.
A vida escolar brasileira é composta por várias histórias, diferentes famílias, cada um com sua peculiaridade, o que proporciona ao professor uma interação com os alunos, onde se pode criar um processo didático interativo em que um aprende com o outro. Porém, na maioria das vezes, isso acaba não acontecendo.
Cabe ao professor também o papel de mediar e equilibrar a situação, pois em geral, os alunos mais pobres são os negros e correm os maiores riscos de serem discriminados.
Outro fator que tenta silenciar as diferenças culturais existentes na escola é o mito da democracia racial, em que são apresentados alunos de culturas diferentes como se fossem iguais o que acaba contribuindo negativamente para a preservação da riqueza cultural brasileira.
Mas o que mostra a realidade é um maior índice de evasão escolar por parte dos negros e também um elevado grau de analfabetos em relação aos outros grupos étnicos. Além disso, os próprios mecanismos didáticos estigmatizam o negro e pregam o etnocentrismo da raça
branca.
O livro didático não apresenta o negro como realmente deveria ser visto que, às vezes, ele é até apresentado como uma figura folclórica:
A família também é um fator predominante na questão da discriminação, muitas vezes, quando a criança comenta sobre uma situação de racismo sofrido por ela e os pais dão pouca importância ou nem acreditam, isso acaba gerando um mal-estar na criança.
Pode-se defender a hipótese que a discriminação racial afeta o desempenho escolar do aluno, já que esse é um problema que envolve uma questão social que influencia a aprendizagem e a vida do aluno, e esse problema será justificado em todo o trabalho. Para tanto, dividimos este trabalho tendo em vista os capítulos descritos abaixo.
1 – O RACISMO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
Neste primeiro capitulo, o trabalho monográfico versará sobre o panorama histórico das práticas intituladas como racistas. Trata-se de uma caracterização, de certa forma breve, que visa exemplificar algumas situações que foram entendidas como discriminatórias.
Na primeira parte deste capitulo, buscaremos, ao longo da historia da humanidade, algumas ações, descrições de pensamentos que, direta ou indiretamente, colaboraram para a definição de racismo que temos hoje.
1.1 As diferenças raciais e culturais na antiguidade
As diferenças raciais se constituem num dos grandes dilemas que, sem sombra de dúvidas, atravessa os períodos da evolução humana. Independentemente de ser de ordem física, cultural ou étnica ela sempre está presente para estigmatizar, rotular, marcar, elevando ou rebaixando pessoas.
É difícil afirmar como e em qual período da historia o racismo teve ponto inicial, porém o que se sabe é que já existem vários relatos de restrições a determinados tipos de pessoas por
conta de sua raça.
1.2 O racismo na modernidade
Nesta segunda parte do primeiro capítulo pretende-se tecer considerações acerca do modo como o racismo se constitui na época moderna. Para tanto, busca-se a caracterização do outro descoberto a partir das grandes navegações e domínio de novos territórios. Este outro será exemplificado aqui, a partir da figura do negro e do judeu.
1.3 Brasil: um país de diferenças e preconceitos
Nesta terceira parte do primeiro capítulo objetiva-se a constituição do povo brasileiro, bem como as situações de racismo presentes na história do nosso país, já que a presença evidente de uma diversidade populacional no cenário do Brasil.
Logo com a chegada dos portugueses no Brasil por volta do século XVI, inicia-se um processo gradativo de discriminação racial, pois os portugueses tomam as terras que outrora eram dos índios. Mais tarde, utilizando a mão-de-obra escrava dos negros, impulsionaram a economia de seu país, explorando todas as riquezas brasileiras.
Com o fim da escravidão, o Brasil começa a utilizar o trabalho dos imigrantes, os europeus
principalmente italianos começam a vir e dessa maneira que é composta a sociedade brasileira, negros, brancos, índios, asiáticos, europeus entre outros.
2- O AMBIENTE ESCOLAR E O RACISMO
O documento intitulado Parâmetros Curriculares Nacionais introduziu a temática denominada Pluralidade Cultural para abordar entre outros aspectos, uma crítica às relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira, provendo assim, uma discussão as práticas racistas dentro da sala de aula.
2.1 Diferenças e preconceitos na escola
É notável que, embora reconheçamos a diversidade do nosso país, fazemos parte de uma sociedade que, de verdade, não conhece o Brasil de fato, pois sempre que tentamos definir os povos que fazem parte do território brasileiro nos utilizamos de estereótipos que descaracterizam a cultura dos mesmos.
Por não conhecer o país, não entender a sua história e todos os problemas vividos aqui, ao longo da colonização, sempre tivemos muito receio de lidar com este tema publicamente e é por isso que muitos professores se mostram, hoje, incapazes de lidar com temáticas como o racismo em sala de aula. Contudo, práticas racistas existem diariamente nas escolas.
Consciente ou não, alunos, professores, funcionários se vêem em situações preconceituosas.
2.2-A questão do racismo no livro didático
O livro didático é um instrumento muito importante no cotidiano escolar, pode se dizer que ele é um grande responsável pelo sucesso ou pelo fracasso da escola.
2.3- A discriminação racial e seu efeito na formação educacional da população
A discriminação racial nos revela um triste quadro de desigualdade no contexto educacional e social da população. Números mostram que negros e pardos estudam menos que os brancos, isso é um quadro que sem sombra de dúvidas prejudica em muito as pessoas de cor negra...
Se liga:
Declarações e leis internacionais contra a discriminação racial
Em 1919, criou-se uma proposta chamada Proposta de Igualdade Racial para incluir uma provisão de igualdade racial no Pacto da Liga das Nações, a proposta foi apoiada pela maioria mas não foi adotada na Conferência de Paz de Paris.
Em 1943, o Japão e seus aliados declararam que esforços para abolição da discriminação racial era um objetivo comum, na Grande Conferência do Leste Asiático. O Artigo I da Carta
das Nações Unidas de 1945 inclui "promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça" como um propósito da ONU.
Um afro abraço.
fonte:monografias.brasilescola.com/foto net
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