UNEGRO - União de Negras e Negros Pela Igualdade. Esta organizada em de 26 estados brasileiros, e tornou-se uma referência internacional e tem cerca de mais de 12 mil filiados em todo o país. A UNEGRO DO BRASIL fundada em 14 de julho de 1988, em Salvador, por um grupo de militantes do movimento negro para articular a luta contra o racismo, a luta de classes e combater as desigualdades. Hoje, aos 33 anos de caminhada continua jovem atuante e combatente... Aqui as ações da UNEGRO RJ

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

“Dia de Iemanjá”

No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.
Origem do Dia de Iemanjá
Inicialmente, o Dia de Iemanjá era comemorado em conjunto com a Igreja Católica, porque dia 2 de fevereiro também é dia de Nossa Senhora da Conceição. Porém, nos anos 60, houve uma reação da Igreja, que começou a considerar a celebração um culto pagão, e atualmente a data conta com devotos do candomblé e da umbanda, em sua maioria.

IemanjáIemanjá é também conhecida por Yemanjá, Iyemanjá, Yemaya, Yemoja ou Iemoja. O nome Iemanjá é derivado da expressão Iorubá, que quer dizer "mãe cujos filhos são peixes".
Iemanjá era a orixá de uma nação iorubá, os Egba, que viviam inicialmente em um local no sudoeste da Nigéria, entre Ifé e Ibadan, onde há um rio chamado Yemanjá. No século XIX, por causa das guerras entre povos iorubás, os Egba foram obrigados a se afastar do rio Iemanjá e passaram a viver em Abeokuta. No entanto, continuaram cultuando a divindade, que segundo a tradição, passou a viver em um novo rio, o Ògùn.

Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja “Iemanjá” ou Yemoja, é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá “Yèyé omo ejá” (“Mãe cujos filhos são peixes”), identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejibe e ossá, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba yemanja

Iemanjá é um orixá africano, e faz parte da religião do candomblé e de outras

religiões afro-brasileiras. O Dia de Iemanjá é a maior festa de Iemanjá, onde milhares depessoas se vestem de branco e vão à praia depositar oferendas, como espelhos, jóias, comidas, perfumes e outras objetos.

Existe ainda uma ligação com o catolicismo, no entanto. O dia de Iemanjá é também o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes, uma santa católica. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ainda existe esse sincretismo entre Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes. No Rio de Janeiro Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Glória.

Se liga: primeira festa em homenagem à Sereia afro brasileira se deu nos anos 1920, quando um grupo de pescadores estava passando por dificuldades na pescaria. Foi então que pediram ajuda a um mentor espiritual, e este explicou que o alimento voltaria farto se fizessem uma oferenda à Deusa do Mar. Como o resultado foi positivo, decidiram realizar a festa todos os anos, para garantir a abundância na pescaria.

"São muitas as músicas escritas em homenagem à Iemanjá. Rita Ribeiro, que homenageou

a Sereia com uma interpretação de “Rainha do mar”, canção de Dorival Caymmi, comenta as características da Orixá, que é conhecida também como a Grande Mãe".


Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

REBELE-SE CONTRA O RACISMO!
fonte:ornalggn.com.br/noticia/

domingo, 28 de janeiro de 2018

Luther King: O Homem o Mito

 Martin Luther King: “Em 4 de abril de 1968. uma bala assassina silenciou esse profeta de
Deus. Contudo. sua vida continua inspirando milhões de homens e mulheres. Martin Luther King Jr. não pode ser esquecido. 

 Precisamos de homens e mulheres que não nos deixem acostumados com a ordem natural das coisas. Precisamos de gente cuja voz troveje ira contra a iniquidade e a injustiça, mas que nunca fale sem a ternura de Deus”.

Em 31 de janeiro de 1977,Coretta Scott King obteve de um tribunal federal uma ordem para que fossem lacradas, por 50 anos, 845 páginas de documentos do FBI a respeito de seu marido “porque a publicação delas destruiriam sua reputação!” Muitas pessoas alegam que há neste arquivo informações importantes que deveriam ser disponibilizadas ao público. A côrte disse que o arquivo é de pouca importância, mas outros afirmam que, se isto for de fato verdade, por que privar o público das informações?

A ordem para “grampear” King foi dada pelo então procurador federal Bobby Kennedy, em

1963. Antes que os arquivos fossem finalmente lacrados, parte das informações vazaram e foram corroboradas por pessoas ligadas a King. Estas afirmações estão incluídas nas Atas do Congresso, que estão disponíveis ao público. O que se sabe sobre King é tão chocante que é até difícil imaginar que há ainda mais coisas — mas os arquivos permanecem lacrados, até para a mídia. King esteve filiado a mais de 60 grupos comunistas (Ata do Congresso de 29 de maio de 1968, pg. E4785).

O jornal The Tennessean publicou uma foto de King, no final de semana do Dia do Trabalho de 1957, em que ele está sentado ao lado de Abner Berry, membro do Comitê Central do Partido Comunista e articulista do jornal comunista The Daily Worker; Aubrey Williams, um membro do Partido Comunista; e Myles Horton, diretor da escola comunista Highlander Folk, localizada em Montegle, Tennesse. Rosa Parks [ Nota do Tradutor: a Virgem Maria da hagiografia do movimento pelos Direitos Civis] também era aluna desta escola de treinamento comunista.

Biografia-
Nasceu no Sul segregacionista dos EUA, em Atlanta (Geórgia), no dia 15 de janeiro de 1929, e morreu também no Sul, em um hotel de Memphis (Tennessee), em 4 de

abril de 1968, supostamente assassinado por um branco racista.

O suposto assassino, Earl Ray, começou confessando o crime, mas pouco depois se retratou e proclamou sua inocência até sua morte há 10 anos, chegando inclusive a convencer a família de King.

O assassinato de Luther King ocorreu em um momento de turbulência política não só nos EUA, mas no mundo, dando margem a muitas teorias sobre possíveis conspirações.

A região Sul dos EUA, na qual faleceu King em 1968 já era muito diferente daquela na qual tinha nascido em 1929 - graças, em grande parte, a seus próprios esforços.

Em 1964, o presidente Lyndon Johnson tinha aprovado a Lei de Direitos Civis que proibiu a discriminação racial em estabelecimentos públicos, e em 1965 a Lei de Direito ao Voto.

Os negros tinham direito ao voto desde 1870, mas práticas discriminatórias na hora da inscrição criavam obstáculos a sua participação.

Luther King morreu quando fazia 15 anos que lutava por esses direitos e pela igualdade real entre os cidadãos.

Liderou ou co-liderou os protestos com os quais foram alcançados os maiores avanços em matéria de direitos civis nesses anos, começando pelo boicote aos ônibus da cidade de Montgomery quando uma mulher negra, Rosa Park, fora presa por se negar a ceder seu assento a um branco.

Devido ao boicote, King foi detido (ao longo de sua vida isso aconteceu várias vezes), acossado e ameaçado, mas a segregação nos ônibus terminou e a luta ativa pela igualdade racial foi iniciada.

Em 1957, King co-fundou e acabou presidindo a Conferência de Líderes Cristãos do Sul (SCLC), na qual desenvolveu seu movimento de protesto e persuasão não violenta inspirado em Gandhi. 


"O que mais preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. Martin Luther King Jr."

A não violência deste pastor - que levava o nome do pai da Reforma e viveu, segundo seus biógrafos, uma autêntica vida cristã com dúvidas e tormentos inclusive - o que lhe valeu reconhecimentos e críticas.

Em 1964 obteve o Prêmio Nobel da Paz e em 1965 o Pacem in Terris, e entre as honras póstumas está a celebração de seu aniversário como festa nacional.

Mas o pacifismo de Luther King provocava também rejeição entre grupos como a Nação do Islã (NOI) de Malcolm X ou o Black Power, que enfatizavam o orgulho negro, chegando, em algumas ocasiões, a pregar a superioridade negra.

No dia anterior de seu assassinato, King, se referindo às ameaças recebidas, disse que não temia porque: "Deus me permitiu chegar ao ao topo, eu olhei de cima e vi a Terra prometida. Pode ser que não chegue com vós, mas como povo a alcançaremos".

"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele.”Martin Luther King Jr.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.






fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King_Jr./https://educacao.uol.com.br/biografias/martin-lutherking.htm./http://www.suapesquisa.com/biografias/luther_king.htm/https://www.ebiografia.com/martin_luther_king/.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Alice Malsenior Walker (Eatonton, Georgia é uma escritora estado-unidense e feminista.

Alice Malsenior Walker (Condado de Putnam Geórgia, 9 de fevereiro de 1944) é  escritora de sucessos como "A COR PURPURA"
Filha de agricultores, ela perdeu a visão de um dos olhos aos 8 anos de idade, em um acidente. Graças à sua dedicação, Alice Walker conseguiu sucessivas bolsas de estudo, graduando-se em artes pelo Sarah Lawrence College, em 1965. Walker iniciou sua carreira de escritora com Once, um volume de poesias, e alcançou fama mundial com A Cor Púrpura.

Alice Walker é ganhador do Prêmio Pulitzer escritor Africano-americano mais conhecido como o autor do aclamado romance ' a cor púrpura ' que conta a história de uma mulher negra que luta contra não só a cultura branca racista, mas também a cultura negra patriarcal. Uma mulher de espírito independente e feminista, Walker é famosa por suas obras que abordam questões de racismo, discriminação de gênero e Patriarcado que são desenfreadas na sociedade da Africano-Americana. Ela nasceu como a filha mais nova de meeiros e cresceu na pobreza. Em meados do século XX crianças negras da América eram esperadas para trabalhar no campo ao invés de ir para a escola. No entanto, sua mãe era uma mulher obstinada, que insistiu que seus filhos recebem uma boa educação e enviaram a Alice para a escola. Ela era uma menina criativa e começou a escrever em uma idade jovem. Depois da escola ela foi com uma bolsa de estudos para a faculdade de Spelman em Atlanta. Durante este tempo, ela tornou-se influenciado por um dos seus professores, Howard Zinn, que foi também um ativista e cresceu interessado no movimento dos direitos civis dos Estados Unidos. Ela se tornou um escritor publicado enquanto ainda na faculdade e ao longo dos anos, estabeleceu-se como um importante
autor do movimento de artes negras. Ela é também uma proeminente ativista social, além de ser um escritor aclamado.

“Eu estava lá em 1963, na marcha de Washington, sentada em cima de uma árvore, para ouvir este discurso que foi muito utilizado, mas que foi muito mais complexo do que se divulga”, disse. E declarou que partiu deLuther King o conselho que mudaria sua vida: “Ele nos disse, a todos que éramos do sul, para voltar a nossa casa e mudar o estado das coisas por lá. E foi o que fizemos.”

Alice Walker deixou sua cidade para ir para estudar em Nova York, onde se tornou ativista dos direitos civis e conheceu Martin Luther King Jr. É a ele que credita seu retorno ao sul dos EUA, onde ela se envolveu com as unidades de registro de eleitores negros, campanhas de direitos sociais, e os programas infantis no Mississippi.

Legado muito alem da COR PURPURA "

O romance 'A cor púrpura' é, sem dúvida, a mais conhecida das suas criações literárias. Definido na Geórgia rural, a história centra-se na qualidade de vida miserável de mulheres afro-americanas no sul dos
Estados Unidos na década de 1930. O livro foi muito aclamado e ganhou dela vários prêmios de prestígio. Mais tarde foi adaptado em um filme musical de mesmo nome.

Prêmios & realizações -Alice Walker ganhou o prêmio Pulitzer de ficção em 1983 para o romance 'A cor púrpura'. Ela também recebeu o Prêmio Nacional do livro de ficção para o mesmo livro.
Ela foi nomeada a "humanista do ano" pela associação americana do humanista em 1997.
Ela também é o destinatário do prêmio Smith Lillian do Endowment nacional para as artes e prêmio de
Rosenthal, do Instituto Nacional de artes & letras.

Se liga: Em janeiro de 2009, ela foi uma das mais de 50 signatários de uma carta protestando no Toronto International Film Festival, sob holofotes dos cineastas israelenses, condenando Israel como um "regime de apartheid". Em março de 2009, Alice Walker viajou para Gaza, juntamente com um grupo de 60 outros ativistas do grupo anti-guerra Code Pink, em resposta à guerra de Gaza. Seu propósito era entregar ajuda, para se encontrar com ONGs e moradores, e persuadir Israel e Egito a abrir suas fronteiras para Gaza. Ela planejava visitar Gaza novamente em dezembro de 2009 para participar da Marcha de Libertação de Gaza. Em 23 de junho de 2011, ela anunciou planos para participar de uma flotilha de ajuda a Gaza que tentou romper o bloqueio naval de Israel. Explicando seus motivos, ela citou a preocupação para os filhos e que ela sentiu que "anciãos" deve trazer "o que for compreensão e sabedoria que possamos ter obtido em nossas vidas bastante longas, testemunhando e sendo uma parte de lutas contra a opressão".

Legado e vida pessoal -Alice Walker conheceu Melvyn Rosenman Leventhal, um advogado de direitos
civis judeu branco, em 1965. O casal se apaixonou e casou-se em 1967. Muitas vezes enfrentaram o assédio como eles eram um casal inter-racial. Eles tiveram uma filha, nascida em 1969. O casamento terminou em divórcio em 1976.
Ela estava envolvida em um romance com a cantora Tracy Chapman na década de 1990.

Patrimônio líquido -Alice Walker tem um patrimônio líquido de US $ 300 milhões. Em 1984, fundou sua própria editora, a Wild Trees Press.

"Walker sempre foi uma ativista pelos direitos dos negros e das mulheres, destacando-se na luta contra o apartheid e contra a mutilação genital feminina em países africanos".
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
fonte:cultura.estadao.com.br/..

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Você sabia que há judeus negros?

O Judaísmo tem origem remontada aproximadamente ao ano de 2000 a. C,
aproximadamente. Os nomes vinculados a sua fundação pelos judeus são Abraão e Moisés. Os cultos são realizados nas sinagogas, ainda sendo estas utilizadas como espaços dedicados à educação e aos assuntos coletivos. Em termos de organização clerical, há a divisão em congregações, que escolhem individualmente seus rabinos. Os textos sagrados judaicos são: a Bíblia dos hebreus, que inclui o Torá (o Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio), os Profetas e outros livros; o Talmude, formado pelo conjunto de ensinamentos do Judaísmo, além de tratar-se de um guia de leis religiosas e civis.

O Judaísmo constitui-se nas doutrinas e ritos dos Judeus, que seguem as leis de Moisés. O Judaísmo está baseado no Zoroastrismo. Do Judaísmo surgiram duas grandes religiões do mundo, ou Cristianismo e o Islamismo. Os muçulmanos admitem que sua religião tem os fundamentos no Judaísmo. O Corão é muito claro neste ponto. A concepção de Zoroastro de Ahura Mazda como sendo o ser Supremo é perfeitamente idêntica com a idéia de Elohim (Deus) Jeová, o qual nos encontramos no Antigo Testamento. Abraão, o Profeta, foi o primeiro homem que desvelou Deus para toda a humanidade. Ele foi o fundador da raça hebraica. Os Hebreus são descendentes de Jacó, um israelita, um Judeu. Isaac teve dois filhos, Esaú e Jacó, e seus descendentes são cristãos e judeus. Abraão teve dois filhos, um de Sara, e outro de Hagar, uma mulher egípcia, Isaac e Ismael que foram os pais dos Judeus e Muçulmanos respectivamente. 


O Antigo Testamento O Antigo Testamento contém os escritos sagrados no ambiente da raça judaica. A porção nova das Escritura Bíblicas são chamadas de Novo Testamento, os qual iniciaram depois da vinda de Jesus Cristo, cerca de dois mil anos atrás.


Durante a época em que Jesus veio ao mundo, os judeus escreveram e estudaram seus
livros sagrados. Eles foram escritos na língua hebraica. Os antigos livros hebraicos foram traduzidos para o grego, cerca de duzentos anos depois do início da era cristã. 


O Novo Testamento não é aceito pelos judeus. Os livros dos judeus foram arranjados em três divisões principais. A primeira foi chamada de A Lei. Ela lida com as leis do mundo. Estes livros são agora a primeira parted a Bíblia, a saber: Gênese, Êxodo, Levíticos, Números, e Deuteronomonio. A segunda parte estão os Profetas. Neles incluem-se Joshua, Isaías, e Jeremias. Salmos e Provérbios, constituem a terceira classe de leituras. O Antigo Testamento contém 39 livros. Seitas judaicas As Leis judaicas foram apresentadas como um sistema completo, pelos quais as pessoas devem viver. Por lei, entendemos o sentido especial do Pentateuco.

Cada palavra do Pentateuco é considerada como sendo inspirada, e uma revelação imediata de Moisies. 



a) Há uma necessidade de explanação da Lei. Os Escribas foram os itérpretes da Lei. Eles explicaram e aplicaram as regras do Torah para os casos especiais. Os Escribas foram reconhecidos como os legisladores e juizes de Israel. Suas decisões tinham a forca da Lei. Os primeiros Escrivas foram sacerdotes. 

b) A fraternidade dos Fariseus foram um partido popular ou nacional. Eles acreditavam na doutrina da imortalidade, ressurreição do corpo, na existência dos anjos e espíritos. Como mestres religiosos, eles sustentavam a tradição oral com a mesma validade da lei escrita. Eles eram inclinados ao fatalismo em questão de liberdade e vontade. Os Zelotes representam o lado extremo do movimento Farisaico. 

c) Sadducus foram os sacerdotes aristocráticos. Eles guardaram a carta da revelação Mosaica. Eles negaram a autoridade oral da tradição como interpretavam os Fariseus. Eles ensinaram a completa liberdade da vontade na ação moral. Ele não acreditavam em anjos ou espíritos. eles não aceitavam a doutrina da imortalidade como dedução do Pentateuco. 

d) Os Essênios seguiam o celibato, a isolação, o silêncio, a ablução cerimonial, a abstinência da alimentação de carne. 

Eles praticavam o asceticismo. Eles faziam adoração para o Sol e para os anjos. Eles acreditavam Ana doutrina dualista do bem e do mal, e no simbolismo da luz. Eles abstinham-se de sacrifícios de animais na adoração do tempo. O Torah O profetas de Israel possuíam um grande líder religioso, que trouxe grande progresso no pensamento hebraico. Os rabinos eram a autoridade mestre. Eles trabalharam arduamente no campo do Torah. Eles produziram uma massiva literatura Talmúdica. Eles foram os representantes dos Fariseus. O Talmude é indispensável para o conhecimento do pensamento Hebraico. 

O Torah foi dado em dez palavras. Cada palavra tornou-se uma voz. Cada voz foi dividida em 70 vozes, todas as quais brilham e iluminam os olhos de toda a Israel. O Torah denota a divina revelação para Israel no monte Sinai, sendo incorporado nos cinco livros de Moises. O Torah (Lei), que foi dado para Moisés, consiste em 613 mandamentos, os quais são a essência dos mistérios terrestres e divinos. O Torah indica o caminho da vida numa forma particular de crença. Moisés recebeu o Torah (Lei, direção, instrução), no monte Sinai, e entregou a Joshua, Joshua para os anciãos, e os anciãos aos profetas, e os profetas entregaram para os homens da Grande Sinagoga, um sínodo para o zelo dos homens, criado por Ezra, o Escrita no quinto século antes de Cristo. 

A função da sinagoga era estudar e ensinar o Torah. A sinagoga era uma igreja, uma escola, e a corte de justiça. Ela era uma casa de instruções. 

A unidade de Deus, a imaterialidade de Deus, e a santidade de Deus, são os traços principais do Judaísmo. Os Mandamentos Eu Sou o Senhor Teu Deus, o qual os trouxe da terra do Egito, para fora do cativeiro. 

Não deveis ter outro Deus diante de Mim. Não deveis esculpir ou fazer nenhuma imagem, nem acima nem abaixo na terra, nem sobre a água, etc., 

Não deveis vos curvar para qualquer imagem, nem servi-las; porque Sou o Senhor Teu Deus, que vim visitar a iniquidade dos pais sobre os filhos para a terceira e quarta geração, daqueles que tem ódio, e demonstrar misericórdia para milhares daqueles que Me amam e seguem Meus mandamentos.

Não deveis tomar o nome do Senhor teu Deus em vão; o Senhor não deseja que tomem o Seu Santo Nome em vão. 

Guarde o dia se Sabbath como dia santo. Seis dias deveis trabalhar, e fazer todo o teu labor, mas no sétimo dia é o Sabbath para o Senhor teu Deus; neste dia não deveis fazer qualquer trabalho, nem vós, nem vosso filho, nem filha, nem o servo, nem a serva, nem teu gado, nem o estrangeiro dentro de teus portões. 

Em seis dias Deus fez os céus e a Terra, e no sétimo descansou; e Deus abençoou o sétimo dia ou dia do Sabbhath e o santificou.

Honraras teu pai e tua mãe; que teus dias sejam longos sobre a Terra a qual o Senhor teu Deus deu a ti;

Não matarás;

Não cometerás adultério;

Não roubaras; Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo;

Não cobiçarás a casa do teu próximo, não o invejaras, nem desejarás a esposa dele, nem seu servo ou serva, nem seu rebanho, nem seu cavalo, nem qualquer coisa do teu próximo.

Princípios do Judaísmo Os Judeus crêem na ressurreição, nos anjos, na existência de dois poderes a saber, Deus e o Demônio ou Satan. 

Os Judeus acreditam que todas as ações humanas serão medidas no dia do Julgamento numa balança. Os homens terão que passar por sobre a ponte do inferno após a ressurreição. A unidade de Deus é o ponto principal da religião dos Hebreus. Deus não tem corpo; está é uma doutrina de grande importância. Deus é sempre puro e sagrado; e o 

terceiro atributo importante de Deus. Ele é o Criador de todo o mundo. Ele é o Pai de todas


as Suas criaturas. Ele é justo e misericordioso. Ele não possui iniquidade. Os Judeus santos têm falado muito sobre a eficácia e o poder do arrependimento. “Feliz é o homem que se arrepende”, é dito por eles. Os portões do arrependimento jamais se fecham. O arrependimento prolonga a vida das pessoas. As lágrimas do verdadeiro arrependimento não são largadas em vão. Mesmo o mais reto não irão alcançar o elevado local no céu como o verdadeiro arrependido. Arrependa-se sinceramente, com o coração contrito antes de morrer. Após o arrependimento você não deverá repetir o ato maldoso. Mesmo uma hora despendida no arrependimento, com o coração constrito no mundo, é preferível do que toda uma vida no mundo vindouro. O final e meta de toda a sabedoria é o arrependimento. A unidade de Deus, a incorporeidade de Deus, e a Santidade de Deus, são as principais características do Judaísmo. Hari Om Tat Sat


Se liga-  No judaísmo houve o surgimento de várias vertentes, como a Ortodoxa, a Conservadora e a Reformista. A Conservadora, apesar de tomar como sagradas as tradições judaicas, encerra uma ideologia que permite novas interpretações dos textos sagrados. Os seguidores da vertente Reformista submetem as tradições judaicas à reavaliações, de geração a geração.

"Os judaicos acreditam que um Messias surgirá em busca da redenção da espécie humana. A fé judaica concentra-se em um único Deus, que haveria criado o homem à sua própria imagem e semelhança. Abraão, considerado o pai do povo judeu, estabeleceu um pacto com Deus. Moisés é considerado pelos judeus como um profeta superior a todos os demais, tratando-se ainda de um símbolo de libertação e independência pátria".

Há muitas estórias para serem contadas. - Não vamos deixar de lado as boas histórias também. Você sabia que há judeus negros? Na África há dois povos muito antigos que só recentemente foram reconhecidos como judeus: os Falashas e os Lembas. Um teste de DNA feito em 1999 pelo geneticista inglês David Goldstein, da Universidade de Oxford, descobriu que uma tribo de negros do norte da África do Sul e arredores têm ascendência judaica. Os Lembas fazem circuncisão, casam-se apenas entre si, guardam um dia da semana para orações e não comem carne de porco ou de hipopótamo, considerado
parente do porco.  Segundo sua tradição oral, eles viviam num lugar chamado Sena. Há no Iêmen uma vila com esse nome que até o século X ficava num vale fértil, abastecido por um açude. Quando este secou, a maioria das pessoas partiu. Geneticamente, os lembas são parentes dos Cohanim que junto com os Levi e os Israel formam um dos três grupos em que se divide o povo judeu. Os cientistas afirmaram que o ancestral comum dos Lemba e dos Cohanim viveu entre 2.600 e 3.100 anos atrás. Pela tradição judaica o período coincide com a vida de Aarão, irmão de Moisés, de quem os Cohanim descendem. Provavelmente o grande pai também dos negros lemba. 


Os falashas (nome pejorativo que significa estrangeiro) ou Beta-Israel são totalmente negros como os demais abissínios. Na Etiópia formavam uma comunidade atrasada e fechada que preservava, intactos, usos e costumes que remontam a mais de dois milênios, dizendo-se descendentes da tribo perdida de Dan, fundada por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha etíope de Sabá. Foram localizados em meados do século XIX e só em 1947 os rabinos-chefes de Israel admitiram formalmente serem eles judeus. Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas.


Os membros dessa comunidade observavam o Shabat, mantinham rígidas leis rituais da forma como eram descritas na Torá. Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Nenhum deles jamais saíra de seu vilarejo. 

Israelitas negros, também chamados de hebreus negros, são grupos de pessoas de ascendência negra africana, situados principalmente nos EUA, que acreditam serem descendentes dos antigos israelitas. Os israelitas negros aderem, em graus diferentes, às crenças e práticas religiosas do Judaísmo. Em geral, eles não são aceitos como judeus pela comunidade judaica tradicional, e muitos israelitas negros consideram-se os únicos judeus legítimos.Numerosos grupos de israelitas negros foram fundados no final do século XIX e no princípio do século XX. Nos anos 1980, o número de israelitas negros nos EUA estava entre 25.000 e 40.000. Nos anos 2000, a Aliança dos Judeus Negros nos Estados Unidos estimava haver 200.000 judeus afro-americanos.


Na África há dois povos muito antigos que só recentemente foram reconhecidos como judeus: os Falashas e os Lembas. 

Um teste de DNA feito em 1999 pelo geneticista inglês David Goldstein, da Universidade de Oxford, descobriu que uma tribo de negros do norte da África do Sul e arredores têm ascendência judaica. Os Lembas fazem circuncisão, casam-se apenas entre si, guardam um dia da semana para orações e não comem carne de porco ou de hipopótamo, considerado parente do porco. 

Segundo sua tradição oral. - Eles viviam num lugar chamado Sena. Há no Iêmen uma vila com esse nome que até o século X ficava num vale fértil, abastecido por um açude. Quando este secou, a maioria das pessoas partiu. Geneticamente, os lembas são parentes
dos Cohanim que junto com os Levi e os Israel formam um dos três grupos em que se divide o povo judeu. 

Os cientistas afirmaram que o ancestral comum dos Lemba e dos Cohanim viveu entre 2.600 e 3.100 anos atrás. Pela tradição judaica o período coincide com a vida de Aarão, irmão de Moisés, de quem os Cohanim descendem. Provavelmente o grande pai também dos negros lemba. Os falashas (nome pejorativo que significa estrangeiro) ou Beta-Israel são totalmente negros como os demais abissínios. 
Na Etiópia formavam uma comunidade atrasada e fechada que preservava, intactos, usos e costumes que remontam a mais de dois milênios, dizendo-se descendentes da tribo perdida de Dan, fundada por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha etíope de Sabá. Foram localizados em meados do século XIX e só em 1947 os rabinos-chefes de Israel admitiram formalmente serem eles judeus. Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas. 

Os membros dessa comunidade observavam o Shabat, mantinham rígidas leis rituais da forma como eram descritas na Torá. Pouco tempo depois, o estudioso Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: “O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!” Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Nenhum deles jamais saíra de seu vilarejo. 

Viviam na Etiópia até a grande seca de 1985 quando, para salvar-lhes a vida, Israel montou a operação Moisés para tirá-los secretamente, via aérea, da África e levá-los ao Estado de Israel. No dia 21 de novembro de 1984 começou esta operação. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar. Um dos Jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros, transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no livro de recordes Guinness. Ao longo dos anos, a comunidade de judeus negros da Etiópia já chegou às 80.000 pessoas em Israel, mas o governo africano ainda retém entre 18 e 26.000 judeus em seu território. Ao chegarem em Israel, os médicos diagnosticaram nos falashas casos fisiológicos e de nutrição semelhantes aos encontrados nos sobreviventes dos campos de concentração. Chegaram magros, famintos, sem propriedades. Hoje eles são parte integrante da sociedade israelense. 

"Nunca é demais lembrar que Israel foi o único país que retirou negros da África para lhes dar vida, conforto, estudo, trabalho e dignidade". 


Além da África, na Índia há duas comunidades de judeus negros. Os mais conhecidos são os Bene Israel, de Bombaim. Sua cor é escura e a língua cotidiana é o marata. Sua vida diária pouco difere da população indiana, exceto quanto à religião. No Sul da Índia, em Cochin, há os judeus totalmente negros como os demais indianos do sul, cuja língua é o malaiala, idioma falado antes das invasões indo-européias. Remontam suas origens a uma da 10 tribos de Israel desaparecidas no exílio assírio, embora não seja historicamente comprovado. 



Nos EUA há grupos de negros que praticam o judaísmo e se chamam de "judeus etíopes". Sua posição é um tanto radical em relação aos judeus brancos. No Brasil, além de negros, os quilombos reuniam “bruxas”, hereges, ciganos e judeus. Há registros da presença permanente nas aldeias de mulatos, índios e brancos. A perseguição da época a minorias étnicas, como judeus, mouros e outros, além do combate às bruxas, heréticos, ladrões e criminosos, explica brancos terem ido viver no quilombo de Palmares. Zumbi foi o maior líder quilombola e sem dúvida o mais enigmático e místico. Sob seu reinado viveu e lutou o maior quilombo da história; grande também pela sua face multiétnica, pois em suas fortificações se refugiaram os escravos foragidos, os judeus perseguidos, os hereges e os índios entre outros, segundo as últimas descobertas de arqueólogos e etnólogos. 

Por volta de 1590, os primeiros fugitivos africanos rompiam suas correntes e fugiam para se agrupar na floresta, nas matas e sertões do Nordeste do Brasil. Pouco numerosos, eles se organizavam em bandos de fugitivos. O número foi aumentando, eles se reagruparam em uma primeira comunidade, que ao longo de sua existência chegou a contar com uma população de mais de trinta mil rebeldes, homens e mulheres de todas as origens. Eles constituíram o primeiro governo de um Estado livre no novo mundo. Inicialmente a população era de negros e poucos índios. 

Com a chegada de numerosos judeus fugidos da inquisição, a população abriu-se aos brancos e estes últimos muito inspiraram a sua organização econômica e política a partir de então. O quilombo era organizado como um pequeno Estado. Havia leis e normas que regulamentavam a vida dos seus habitantes, algumas até muito duras; roubo, deserção ou homicídio eram punidos com a morte. As decisões eram tomadas em assembleias, da qual participavam todos os adultos, sendo aceitas, pois resultava da vontade coletiva. 

Palmares significava esse desafio não só por organizar-se como uma República dentro de uma sociedade colonial, mas também por questionar as próprias bases do sistema. É o que fica evidente no relato do português Manuel Inojosa, em 1677: “Entre eles tudo é de todos e nada é de ninguém, pois os frutos do que plantam e colhem ou fabricam nas suas tendas são obrigados a depositar às mãos de um conselho, que reparte a cada um quando requer seu sustento”. 

Foi isso que motivou as dezenas de investidas militares contra o quilombo – que também abrigava judeus, índios, brancos pobres e gente perseguida pelos colonizadores – até sua completa destruição, pelo sanguinário bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694. Palmares, contudo, em vez representar a história de uma derrota, é, até hoje, um exemplo
da importância da luta dos quilombos  além dos negros foragidos da escravidão, mas também aos judeus que estavam fugindo da inquisição é preciso relembrar os horrores e a suprema vergonha do passado escravagista, da mesma forma que devemos relembrar os horrores do Holocausto dos judeus e outras minorias da II Guerra Mundial.


Os principais grupos de hebreus africanos são: Church of God and Saints of Christ ("Igreja de Deus e dos Santos de Cristo"), African Hebrew Israelites of Jerusalem ("Israelitas hebreus africanos de Jerusalém"), Commandment Keepers ("Observadores do Mandamento").


Alegações  -Em 2008,o Southern Poverty Law Center (SPLC) descreveu como supremacista negro aquilo que chamou de "a fronteira extremista do movimento hebreu israelita". Ele escreveu que os membros desses grupos "crêem que os judeus são impostores malignos e ... condenam abertamente os brancos como a personificação do Mal, merecedores somente da morte ou da escravidão". O SPLC disse também que "a maior parte dos israelitas hebreus não é explicitamente racista nem anti-semita e não advoga a violência".



Alguns dos grupos hebreus negros caracterizados como supremacistas negros pelo SPLC são Nation of Yaweh e Israelite Church of God in Jesus Christ. A Anti-Defamation League (ADL) escreveu que o website "12 Tribes of Israel" (12 tribos de Israel), administrado por um grupo hebreu negro, promove a supremacia negra.
   Correspondência com as Doze Tribos de Israel

Alguns grupos de hebreus negros creem que vários povos da América correspondem às Doze tribos de Israel bíblicas. Uma correspondência desse tipo é:
Judá — afroamericanos
Benjamim — caribenhos
Levi — haitianos
Simeão — dominicanos
Zebulom — guatemaltecos, panamenhos
Efraim — porto-riquenhos
Manassés — cubanos
Gade — indígenas da América
Rubem — seminoles
Aser — colombianos, uruguaios
Naftali — argentinos, chilenos
Issacar — mexicanos


Um afro abraço.
Claudia Vitalino,

fonte:www.ippalmares.org.br\Bahrampour, Tara (26 de junho de 2000). «They're Jewish, With a Gospel Accent».\ The New York Times\ Michael Gelbwasser (1998 abril 10). «Organization for black Jews claims 200,000 in U.S.\ Intelligence Report. Southern Poverty Law Center\ Potok, Mark (outono de 2007). «Margins to the Mainstream». Intelligence Report. Southern Poverty Law Center\«Poisoning the Web: African-American Anti-Semitism». Anti-Defamation League. 2001\ «The 12 Tribes». Children of the Saints.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Normal É Ser Diferente! Grandes Pequeninos

“Muita gente imaginou que eu estaria chorando pelos corredores, mas a verdade é que eu já lido com essas questões desde que me entendo por gente. Eu não esmoreço.

Tive a sorte de ter pais militantes, que sempre me orientaram a enfrentar o ódio da maneira correta. Fiquei muito feliz com as manifestações de carinho, recebi milhares de e-mails me dando apoio. A minha militância é fazer o meu trabalho bem feito, com carinho e competência. Os preconceituosos ladram, mas a caravana passa! ”

Esse caso só mostra que o preconceito está enraizado em nossa sociedade, e que não vai ser fácil acabar com um preconceito que já vem de anos, e que passa de geração em geração.

Nós devemos definir uma pessoa pelo conhecimento, estudo e atitudes perante nossa sociedade e não descriminar as pessoas por sua etnia, religião ou sexualidade.

Minimizar os efeitos do preconceito seja na subjetividade (brincadeiras), quando nas relações objetivas já é uma forma de descriminação, uma vez que uma das mais eficientes armas pela quais a humanidade realiza a descriminação de si mesma é justamente pelo silêncio do outro ou, pela ridicularizarão da condição do sujeito a ser discriminado.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
fonte:youtube\ http://www.administradores.com.br/artigos/academico

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

21 de janeiro: Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

A liberdade de crença religiosa, embora seja um princípio constitucional, ainda é um grande desafio para milhões de brasileiros que professam sua fé...“Infelizmente, a intolerância
religiosa ou Racismo Religioso é responsável por mais de 80% dos conflitos existentes hoje no planeta, haja vista os grupos terroristas do Oriente Médio, que hoje atacam em qualquer local do mundo. No Brasil, começou-se uma intolerância contra as religiões de matriz africana, por serem consideradas mais frágeis.

Se liga: O Estado tem o dever de proteger o pluralismo religioso dentro de seu território, criar as condições materiais para um bom exercício sem problemas dos atos religiosos das distintas religiões, velar pela pureza do princípio de igualdade religiosa, mas deveria manter-se à margem do fato religioso, sem incorporá-lo em sua ideologia

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, foi instituído em 2007 pela Lei nº 11.635. A data rememora o dia do falecimento da Iyalorixá Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum (BA), vítima de intolerância por ser praticante de religião de matriz africana.


"A sacerdotisa foi acusada de charlatanismo, sua casa foi invadido e depredado por um grupo de fundamentalistas cristãos. O violento ataque ao terreiro acabou provocando a morte de Mãe Gilda poucos dias depois, vítima de infarto. Ela faleceu no dia 21 de janeiro de 2000, vítima de infarto".
-Apenas em 2016, a ouvidoria da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) recebeu cerca de 64 denúncias de intolerância religiosa. Em 2015, foram 61 casos. Em 2014, 24 registros. No ano 2013, 49 ocorrências. E em 2012, foram 27.

No contexto brasileiro, onde a compreensão da intolerância religiosa ainda é incipiente e onde, justamente por conta da racismo, alguns segmentos religiosos não têm credibilidade, a denúncia é minimizada, a investigação tende a ser pouco profícua e apuração dos casos é inconsistente a ineficiência ou boa vontade dos órgãos, a falta de acolhimento e a situação de intolerância religiosa em si acabam por provocar uma sensação de impotência e desconfiança nas vítimas, de insegurança e vulnerabilidade social, pois não há garantias de proteção, nem mesmo de apuração e punição eficiente dos casos. Isso tem levado as pessoas a episódios de depressão em diversos níveis, tudo em razão da intolerância religiosa


Racismo religioso esse é o retrato da intolerância no Brasil
O mito da democracia racial tenta esconder as diversas formas do racismo no Brasil e uma

delas tem relação com as religiões de matriz africana, uma das formas de resistência do povo negro trazido nos navios negreiros. Além da imensa desigualdade social que atinge em especial o povo pobre, negro e indígena, quem professa o Candomblé ou Umbanda sofre discriminação e atos de violência das mais variadas formas. Nem mesmo as crianças e adolescentes são poupadas. Vestir uma roupa que identifica sua religião é motivo de deboche, bullying, chegando até mesmo a agressões físicas, bem como casos de proibição de frequentar aulas nas escolas públicas.

A criminalização das religiões de matriz africana é anterior a primeira metade do século XX, quando cerca de 200 objetos sagrados foram apreendidos pela polícia civil e se encontram no seu Museu até hoje. A campanha Liberte Nosso Sagrado é uma campanha conjunta do movimento negro, das lideranças religiosas da Umbanda e do Candomblé, pesquisadores e do mandato coletivo Flávio Serafini, que tem como propósito a realocação desses objetos sagrados. A campanha defende que esse acervo sagrado e histórico de matriz africana deve ser realocado em um museu em que a guarda seja compartilhada com as lideranças religiosas e acessível aos pesquisadores.

Frente a todos esses acontecimentos, foi criada a Comissão Especial de Liberdade Religiosa, uma iniciativa da sociedade civil organizada e a OAB, sob a portaria 195/2017.


Projeto de Lei nº 128 / 2015 – Cria o Estatuto Estadual da Liberdade Religiosa
CRFB – Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Decreto Lei nº 2.848 – Código Penal
Conselho Nacional de Segurança Pública – Recomendação
Lei Federal nº 7.716 – Define os Crimes Resultantes de Preconceito
Lei Federal nº 12. 288 – Institui o Estatuto da Igualdade Racial
Lei Federal nº 11.635 – Institui o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Lei Federal nº 9.982 – Dispõe Sobre a Prestação de Assistência Religiosa
Lei Federal nº 8.213 – Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social
Lei Federal nº 4.898 – Regula o Direito de Representação nos Casos de Abuso de Autoridade
Lei Estadual nº 5.931 – Dispõe Sobre a Criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância
Lei Estadual nº 6.483 – Dispõe Sobre a Aplicabilidade das Penalidades Administrativas Motivadas pela Prática de Atos de Discriminação


Denúncias- A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial pode ser acionada pelo e-mail ouvidoria@seppir.gov.br e telefone (61) 2025-7000.

Com isso, a comemoração é considerada um marco pela luta ao respeito da diversidade religiosa, pois além de alertar para a discriminação no âmbito religioso, propõe a igualdade
para professar as diferentes religiões. No mesmo dia 21 de janeiro é comemorado o Dia Mundial da Religião.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino

Fonte: Portal Brasil, com informações da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SDH) e do Ministério da Cultura (MinC)

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Vida de Amílcar Cabral o revolucionário negro...

Amílcar Cabral nasceu em Bafatá, Guiné-Bissau, a 12 de Setembro de 1924 e foi morto a 23 de Janeiro de
1973. Filho de Juvenal Cabral e Iva Pinhel Évora, Cabral foi poeta, agrónomo, fundador do PAIGC e “pai” da independência conjunta de Cabo Verde (5 Julho de 1975) e Guiné-Bissau (oficialmente a 10 Setembro de 1974).

Vida e Obra - Em 1932 Amílcar Cabral muda-se com a família para a ilha de Santiago, Cabo Verde onde vive grande parte da sua infância e juventude, na localidade de Santa Catarina. Entra para o liceu em S. Vicente no ano de 1937-38, onde completa em 1944 os seus estudos secundários.

Amante do desporto, em S. Vicente, Amílcar Cabral foi secretário do “Boavista Futebol Clube” entre 1944-45. Após terminar o liceu em São Vicente obtém uma bolsa de estudos para o Instituto Superior de Agronomia e viaja para Portugal em 1945-46, onde acaba por conhecer e casar, em 1946, com a sua primeira mulher Maria Helena de Ataíde Vilhena Rodrigues.

Em Portugal, Cabral participou ativamente na luta anti-fascista conjuntamente com outros estudantes africanos. Foi militante do Movimento de Unidade Democrático da Juventude (MUDJuvenil) da qual afastou por divergências em relação às questões coloniais.

Amílcar Cabral sempre defendeu os seus ideias de libertação das colónias africanas de uma forma muito
ativa, assim sendo, em 1948-51 foi eleito presidente do Comité da Cultura da Casa dos Estudantes do Império (CEI), secretário-geral em 1950 e em 1951 vice-presidente da CEI.

Conjuntamente com outros estudantes africanos (Francisco José Tenreiro e Mário Pinto de Andrade) cria em Lisboa, o Centro de Estudos Africanos, em 1951. Em 1956, com Viriato da Cruz e outros africanos fundam o PLUA – Partido da Luta Armada Unida dos Africanos.

Mais tarde em Bissau, cria o PAI – Partido Africano da Independência, que mais tarde viria a chamar-se PAIGC – Partido Africano para a Independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau.

Em 1952 regressa a Bissau, onde trabalha no posto experimental de Pessubé e realiza o recenseamento agrícola, o que viria a servir de base a preparação da estratégia da luta armada em 1963. Na Guiné-Bissau, Amílcar Cabral casa, em Maio de 1965, com a sua segunda esposa Ana Maria Fos de Sá.

Amílcar Cabral manteve contatos com comandante Ernesto “Ché” Guevara em 1965 e com Fidel Castro em Escambray e Havana em 1966, para discutir pormenores da ajuda cubana ao PAIGC, numa altura em que o PAIGC já controlava metade do território Guineense.

No dia 1 de Julho de 1970 o Papa Paulo VI recebe em audiência Amílcar Cabral (PAIGC), Agostinho Neto (MPLA) e Marcelino dos Santos (FRELIMO). No mesmo ano Cabral recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Lincoln, EUA.

"Em 24 de Janeiro de 1973 na presença da sua mulher Ana Maria em Conacry, Amílcar Cabral assume uma figura de destaque no continente Africano, como um dos líderes mais influentes." 

O autor dos disparos foi Inocêncio Kani, guerrilheiro do PAIGC. Após a morte de Cabral e sobre o comando de Sekou Touré, presidente da Guiné Conacry, foi constituída uma comissão internacional para apurar às circunstâncias envolventes da morte do líder do PAIGC. Os conspiradores foram presos e entregues aos militantes do PAIGC, que prossegue ao fuzilamento dos mesmos.

-Um ano e três meses depois do assassínio de Amílcar Cabral, dava-se o 25 de Abril. Seguir-se-ia a independência das colônias. Talvez nessa altura, alguns dos responsáveis militares portugueses, alguns mesmo dos que tinham estado por trás da operação que terminou com a sua morte, tenham sentido a falta de um interlocutor que muitos insistem em considerar um dos maiores dirigentes africanos de sempre: Amílcar Cabral, engenheiro agrônomo.

Um afro abraço.

Claudia Vitalino.

fonte:repositorio.unesp.br/www.esquerda.net

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A Guerra das Aba Women's Riots

Há uma longa história de ação coletiva por mulheres na Nigéria. Na década de 1910, as mulheres em Agbaja ficaram longe de suas casas por um mês porque achavam que homens
estavam matando mulheres grávidas Sua ausência coletiva levou os idosos da aldeia a tomarem medidas para abordar as preocupações das mulheres.Em 1924, 3000 mulheres em Calabar protestaram contra uma ferramenta de mercado exigida pelo governo. No sudoeste da Nigéria, onde ocorreu a Guerra das Mulheres, havia outras organizações femininas, como a Associação de Mulheres do Mercado de Lagos, Partido das mulheres nigerianas, e União de Mulheres de Abeokuta. Havia também um "elaborado sistema de redes de mercado feminino, que as mulheres Igbo e Ibibio costumavam comunicar informações para organizar a Guerra das Mulheres.



A crise - No sudoeste da Nigéria, onde ocorreu a Guerra das Mulheres, havia outras organizações femininas, como a Associação de Mulheres do Mercado de Lagos, Partido das mulheres nigerianas, e União de Mulheres de Abeokuta. Havia também um "elaborado sistema de redes de mercado feminino,” que as mulheres Igbo e Ibibio costumavam comunicar informações para organizar a Guerra das Mulheres.

A Guerra das mulheres ou Aba Women's Riots foi uma insurreição na Nigéria britânica que ocorreu em novembro de 1929. A revolta começou quando milhares de mulheres Igbo de distrito de Bende, Umuahia e outros lugares no leste da Nigéria viajou para a cidade de Oloko para protestar contra o Chefe de mandado, a quem acusaram de restringir o papel das mulheres no governo. O Aba Women's Riots de 1929, como foi nomeado em registros coloniais britânicos, é mais apropriadamente considerado uma revolta anticolonial estrategicamente executada organizada pelas mulheres para corrigir as questões sociais, políticas, e problemas econômicos. O protesto abrangeu mulheres de seis grupos étnicos (Ibibio, Andoni, Orgoni, Bonny, Opobo, e Igbo) Foi organizado e liderado pelas mulheres rurais das províncias Owerri e Calabar. Durante os eventos, muitos Chefes de mandado foram forçados a renunciar e dezesseis tribunais nativos foram atacados, a maioria dos quais foram destruídos.


O evento passa por muitos nomes diferentes, incluindo (mas não limitado a) Aba Women's Riots of 1929, Guerra das Mulheres Aba, e A Rebelião do mercado feminino de 1929.. Geralmente é referido como "Aba Women's Riots of 1929", porque foi assim que foi nomeado
em registros britânicos Colonial. As mulheres utilizaram técnicas de protesto que eram tradicionais e específicas para suas comunidades, como sentar em um homem e vestindo roupas rituais tradicionais.Enquanto os homens da comunidade entenderam o que essas 

técnicas e táticas significavam, os britânicos não porque eram estranhos. Como tal, o evento pareceu ser "atos loucos por mulheres histéricas", chamando os eventos de tumultos.Os estudiosos argumentaram que chamar o evento "Aba Riots" de politize o "ímpeto feminista", além de enquadrar os eventos através de uma lente colonialista. Uma vez que o evento foi chamado "Ogu Umunwanyi" em Igbo e "Ekong Iban" em Ibibio pelas mulheres locais - o que se traduz em "guerra das mulheres" - as pessoas fizeram um impulso para chamá-lo de "guerra feminina" para levar o evento fora de uma lente colonialista e centrá-lo sobre as mulheres envolvidas.
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O Negro de hoje é Fruto da Abolição não concluída : 130 ano de que...

No Brasil, assim como em outros países das Américas, a abolição foi primeiramente um ato jurídico,
pelo qual os próprios escravizados lutaram, com a solidariedade dos chamados abolicionistas, em defesa de sua liberdade e dignidade humana.

"A abolição da escravatura no Brasil em 1888 não foi uma ruptura, pela sua incapacidade para transformar as profundas desigualdades econômicas e sociais, pois não se organizou uma resposta
ao racismo que se seguiu para manter o status quo. Essa manutenção da relação mestre/escravo se metamorfoseou na relação branco/negro, ambas hierarquizadas".

Processo de imigração: Brasil recebeu muitos imigrantes europeus e a forma de substituição da mão de obra alijou aquela população que até então vinha trabalhando. Então o negro que era um bom escravo passou a ser um mau cidadão, alguém que, segundo a elite brasileira, era incapaz de se adaptar ao trabalho livre.

Esse processo tem como resultado a marginalização de um povo, transformado em inimigo, hostilizado pela classe dominante.

Processo de miscigenação: um processo de desafricanização. A qualquer denúncia contra um negro, ele era colocado em um navio e levado de volta à África. Uma acusação já era suficiente para devolver o negro à África, com o Estado pagando a viagem.

O resultado disso é que o Brasil passa a ser um país com profundas desigualdades socioeconômicas, passa a ser um país bastante violento.

A data de 13 de maio vem sendo uma data histórica importante, pois milhares de pessoas morreram para conseguir essa abolição jurídica que não se concretizou em abolição material, o que faz dela uma data ambígua. E o movimento negro não vê por que comemorar e elegeu o 20 de novembro uma data mais importante.

As grandes vítimas do tráfico e da escravidão foram os africanos escravizados e seus descendentes brasileiros também escravizados. - Por isso a memória da escravidão é comum à África e à sua diáspora no mundo. O que levou a União Africana a considerar a diáspora como constituindo a sexta parte do continente africano.

O mais beneficiado de todos com a escravidão e o tráfico foi o Brasil, que recebeu cerca de 40% de todos os africanos deportados às Américas. Nesse sentido, o Brasil é considerado como o maior país da diáspora negra no mundo, com uma população negra ou afrodescendente numericamente superada apenas pela Nigéria, que é o maior país da África negra em termos populacionais.

Os africanos e seus descendentes se constituíram um dos mais importantes componentes da formação
do Brasil, como povo e como nação. Apesar da desigualdade racial, da sub-representação dos negros, em diversos setores da vida nacional, os aportes e as contribuições culturais que fazem parte da identidade brasileira no plural são inegáveis.

O significado do 13 de Maio passa pela reflexão sobre a situação do negro no Brasil de hoje, passa pela reflexão sobre a memória positiva e negativa da escravidão, passa pela análise da situação do negro pós-abolição. Essa reflexão deve ser feita ou refeita por nossos historiadores e cientistas sociais.

Durante o processo abolicionista, muito antes de chegar ao Brasil, a elite brasileira começou a se preocupar com vários aspectos, por causa da densidade demográfica brasileira majoritariamente negra. Havia um grande medo do que seria um país como o Brasil livre. Havia a experiência da revolução no Haiti, onde os negros não só se libertaram da escravidão como tomaram o poder no país e expulsaram os brancos.

A grande pergunta era: o que fazer? -Ninguém queria abolir ninguém. Queriam acabar com o regime escravocrata porque ele atrapalhava as pretensões capitalistas. Então, o que fazer com esses negros, praticamente 90% da população? A elite brasileira opta por vários processos para diminuir tanto quantitativamente como também assegurar que o poder depois da abolição se mantivesse em suas mãos.

Por que o Brasil levou tanto tempo para resgatar a memória da escravidão? Um país que foi o último a abolir a escravidão por que levou tanto tempo para resgatar a memória da escravidão, o legado da escravidão? É possível construir a democracia sem discutir sua relação com a diferença? É possível discutir a democracia sem discutir suas diferenças em relação às raças, às mulheres, aos homossexuais, aos indígenas?

A escola pública não reservou um espaço central no ensino do tráfico e da escravidão, apesar de existirem movimentos e as reivindicações na população negra. Por que em alguns livros os portugueses foram para a África, onde já havia pessoas que nasceram escravas, compradas por cachaça ou fumo?

Crime que exige reparação, pelo menos reparação moral, não existe entre os brasileiros...
-"A aceitação da culpabilidade serve apenas para apaziguar as tensões, sem buscar tentar sair do impasse político. Estamos acostumados a discursos bonitos, mas depois deles não tem mais nada. Discurso bonito não resolve nada".

Na discussão sobre a abolição coloca-se o acento sobre o abolicionismo, mas apaga-se o que veio antes e depois. O que aconteceu no dia seguinte à abolição até hoje, com aqueles que ficaram na rua, não estavam mais na senzala? Isso é importante para entender a abolição.

A Lei Áurea é apresentada como grandeza da nação, mas a realidade social dos negros depois dessa lei fica desconhecida. O racismo está presente em nossa sociedade.

O discurso abolicionista tem um conteúdo paternalista: os negros são considerados como grandes crianças, ainda incapazes de discernir seus direitos e deveres na sociedade, por isso os abolicionistas os libertaram. Então a educação fica dominada pelo eurocentrismo.

A questão do negro tal como colocada hoje se apoia sobre uma constatação: o tráfico e a escravidão ocupam uma posição marginal na história nacional. No entanto, a história, a cultura dos escravizados são constitutivas da história coletiva.

A abolição da escravatura é apresentada como um evento do qual a República pôde legitimamente se orgulhar. Mas a comemoração da data tenta fazer esquecer até hoje a longa história do tráfico e da escravidão para insistir apenas sobre a ação de certos abolicionistas e marginalizar as resistências dos escravizados.

A memória da escravidão é negativamente associada aos escravistas e a memória da abolição positivamente associada à nação brasileira. No entanto, as duas memórias deveriam dialogar para se
projetar no presente e no futuro do negro ou simplesmente se construir uma única memória partilhada.

A principal luta hoje e sobre a qual precisamos começar a compreendê-la é a desigualdade em espaços de poder e decisão. Temos consenso em muitas agendas, o movimento negro tem uma grande unidade em sua pauta política. Mas por que as pautas do movimento não acontecem? Por que nossas coordenadorias, secretarias nas prefeituras são pastas sem dinheiro? É para não funcionar mesmo. Porque não temos força política, não temos caneta.

Então a discussão do poder é fundamental. Como estabelecer uma tática para atingir o poder? Está na
hora de discutir o voto étnico. Está na hora de usar o Estado a nosso favor. Porque o Estado é um instrumento que a burguesia usa para ela e contra nós. Temos que trabalhar agora com a consciência de que negro vota em negro.

Hoje precisamos começar a construir a presença de negros e negras nesses espaços. E não tem outra forma, na democracia brasileira, além do voto. Para que não nos tornemos um movimento colecionador de reivindicações, ou de fracassos, ou de mentiras. Hoje somos um movimento social sem representação política.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.

Favelas as grandes vítimas do coronavírus no Brasil

O Coronavírus persiste e dados científicos se tornam disponíveis para a população, temos observado que a pandemia evidencia como as desigual...